Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR DISCENTES: Deborah Cristina B Cruzeiro Darine Pereira Goularte Andressa Vitoria Cabral de Souza Samuel Felipe Nettzlaf CARACTERÍSTICAS GERAIS 01 MICOLOGIA02 VIROLOGIA03 BACTERIOLOGIA04 05 CASOS CLINÍCOS O QUE É O TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR? ● O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O que é uma infecção do trato superior respiratório? ● É um processo de infecção de qualquer um dos componentes que formam o sistema. ● Elas incluem: ➔ Rinite alérgica ou não alérgica. ➔ Sinusite. ➔ Inflamação dos seios da face, região óssea que fica no interior do nariz. ➔ Resfriado (rinofaringite) ➔ Faringite por infecção (inflamação da faringe, da úvula e das amígdalas). https://superafarma.com.br/rinite-alergica-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-problema/ ➔ Epiglotite por infecção (inflamação da epiglote, que é a parte superior da laringe). ➔ Laringite por infecção. ➔ Laringotraqueíte por infecção (inflamação da laringe e da traqueia ao mesmo tempo). ➔ Traqueíte por infecção. O que é uma infecção do trato superior respiratório? Principais Sintomas, Ocorrencias, Contagio ➔ Sintomas: ● Os principais sintomas incluem: Coriza, Dor de garganta, Tosse, Dificuldade de respirar, Letargia, Dor de cabeça, Mau hálito, e Coceira nos olhos. ● O tempo médio de duração dos sintomas varia entre 3 e, no máximo, 14 dias. ➔ Ocorrencias: ● Uma infecção do trato superior respiratório pode acontecer em qualquer época do ano. Porém, algumas são mais comuns no inverno. ● Além das principais causas: Vírus, Bactérias e Fungos. https://superafarma.com.br/falta-de-ar-o-que-fazer-7-causas-possiveis-alem-do-covid-19/ ➔ Contagio: ● As infecções que atacam o trato respiratório superior podem ser transmitidas. Pela proximidade ou pelo compartilhamento de objetos. ● Quando o infectado tosse ou espirra, libera no ar gotículas que se espalham e ficam nas superfícies. Principais Sintomas, Ocorrencias, Contagio Como as infecções acontecem? ● Primeiramente, eles precisam ultrapassar as nossas barreiras físicas e imunológicas naturais (os pelos da mucosa do nariz). ● Falhas no sistema imunológico quando ele tenta impedir que esses seres indesejados invadam. ● As amígdalas e as adenoides, fazem parte do trato respiratório superior e do sistema imunológico e, quando não estão saudáveis, não combatem as infecções. FUNGOS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR ● Os fungos são agentes infecciosos naturalmente presentes no ambiente e no organismo.Causadores de possíveis patologias como micoses. ● As micoses são infecções , cuja maioria são adquiridas através da exposição e inalação de fragmentos ou esporos pelo trato respiratório. ● A porta de entrada para o fungo é o trato respiratório superior, através da inalação de conídios. Sendo os pulmões e as vias aéreas superiores os primeiros locais acometidos. ● A progressão para a doença manifestar depende da concentração , da patogenicidade e virulência do fungo e da integridade dos mecanismos de defesa do hospedeiro. ● A sinusite fúngica pode ser uma infecção aguda ou crônica na qual as cavidades dos seios da face ficam inchadas, congestionadas e doloridas. Existem muitas formas diferentes de sinusite fúngica. Tais como: ● Rinossinusite fúngica alérgica ● Bola fúngica ● Sinusite fúngica saprofítica ● Rinossinusite invasiva fulminante ● Rinossinusite invasiva crônica ● Sinusite fúngica invasiva granulomatosa Sinusite Fúngica ➔ O fungo que mais causa sinusite fúngica é o gênero Aspergillus. ➔ É um gênero de fungos que abrange mais de 100 espécies que são caracterizadas por serem filamentosas. ➔ Os fungos pertencentes a este gênero são saprófitas e são encontrados em habitats onde há muita umidade. Eles crescem principalmente em matéria orgânica morta, que ajudam a decompor. Aspergillus spp/Sinusite Fúngica Especies de importancia clínica: ● Aspergillus fumigatus ● A. flavus ● A. niger ● A. nudilans ● A. terreus Aspergillus fumigatus/Sinusite Fúngica ● É a causa de inúmeras infecções do trato respiratório, principalmente devido à sua inalação. ● É um fungo filamentoso, capaz de causar uma variedade de doenças infecciosas e alérgicas dependendo da imunidade do indivíduo. ● Mais comum em pessoas imunocomprometidas e também tem aumentado sua frequência em pacientes imunocompetentes. ● É um fungo filamentoso considerado onipresente Características microscópicas ● Consiste em conidióforos lisos e curtos ou semi-longos (300-500 µm). Geralmente com manchas esverdeadas, especialmente na área do terminal. ● Possui vesículas de 30 a 50 µm de diâmetro na forma de uma garrafa tipicamente fertil. ● Os filóides são formados por longas cadeias de conídios esféricos ou curvados ligeiramente oval. Aspergillus fumigatus/Sinusite Fúngica Características macroscópicas ● Possui micélio filamentoso com hifas hialinas. ● Suas colônias podem ter uma aparência que varia de veludo a algodão. ● Nas culturas, suas colônias são inicialmente brancas e, posteriormente, adotam uma cor que varia de verde azulado a verde acinzentado. ● Na borda da colônia há uma camada branca. Aspergillus fumigatus/Sinusite Fúngica ● São muito resistentes a altas temperaturas, suportando até 70°C. ● Extremamente presentes na natureza, sendo encontrados em restos orgânicos, no solo, no ar e sobre a superfície de seres vivos, etc. ● Por essas razões, representa no laboratório de micologia, uma fonte frequente de contaminação dos meios de cultura e de espécimes clínicos a serem analisados. ● Os meios de cultura Sabouraud Dextrose a 4% Ágar e Ágar Sangue são os mais utilizados para cultivo. Aspergillus fumigatus/Sinusite Fúngica ● Solicitar ao paciente que retire o excesso de secreção nasal, com auxílio de um lenço de papel. ● Coletar a amostra introduzindo um swab estéril aproximadamente 01 cm dentro das narinas, fazendo movimentos giratórios delicados para evitar rompimentos de vasos sanguíneos; ● Rolar o swab imediatamente em uma pequena área de Ágar Sabouraud estriar com auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma da outra para obter colônias isoladas,de acordo com a técnica de esgotamento, em seguida colocar estufa a 37º; Cultura de amostras de secreção de Nasofaringe. ● O diagnóstico microbiológico da aspergilose é difícil de interpretar. ● O microrganismo, mesmo que seja observado em amostras clínicas e isolado em diferentes meios de cultura, não é indicativo de doença. ● Isso ocorre porque o gênero Aspergillus pode ser um poluente ambiental ou estar presente no trato respiratório sem causar patologia. ● Por isso, em alguns casos se faz necessário confirmação pela detecção de antígenos. Aspergillus fumigatus/Sinusite Fúngica ● É usado para detecção de antígenos da parede celular fúngica ● É um polissacarídeo da parede celular de fungos de um gênero de grande importância médica, o Aspergillus. ● Esse antígeno é liberado na circulação sanguínea durante o crescimento das hifas nos tecidos, podendo ser encontrado em diferentes tipos de amostras em nosso organismo. Galactomanana ● A técnica de ELISA sanduíche é a mais sensível, detectando baixas concentrações de galactomananas nas amostras. ● É importante no monitoramento do paciente, podendo antecipar o diagnóstico de aspergilose invasiva de 6 até 14 dias Galactomanana Tratamento: ● As infecções fúngicas invasivas dos seios da face requerem tratamento imediato. ● Os tratamentos incluem: ➔ Medicamentos antifúngicos e corticosteróides. ➔ Lavagem nasal. ➔ Cirurgia: Dependendo do tipo de infecção, seu provedor pode fazer uma cirurgia tradicional ou cirurgia endoscópica minimamente invasiva. Aspergillus fumigatus/SinusiteFúngica ➔ É uma inflamação da membrana mucosa da orofaringe causada por fungos oportunistas.Se desenvolve precisamente devido ao impacto da flora patogênica na mucosa faríngea. ➔ Mais comuns em pacientes com: ● imunodeficiências decorrentes. ● Uso prolongado de glicocorticóides. ● Uso prolongado de Imunossupressores para câncer,doenças do sangue e infecção pelo HIV. Faringomicose ● O fungo que mais causa faringomicose é o gênero Candida. ● Candida spp são responsáveis por cerca de 80% das principais infecções fúngicas sistêmicas e são a causa mais comum de infecções fúngicas em pacientes imunocomprometidos. ● Pode ser encontrada como parte da flora humana normal dos seres humanos.. Candida spp/Faringomicose Espécies de importância clínica: Candida. Albicans C. Tropicalis C.krusei C. Glabrata C. Parapsilose Características microscópicas ● Blastoconídios globosos ou ovóides isolados ou em cachos.Medem de 3 a 5µm de diâmetro. ● É uma levedura diplóide, e apresenta-se com a habilidade de se apresentar em várias formas, como brotamento e filamentação. ● Pseudo-hifas hialinas. ● Seu crescimento é favorecido em temperaturas entre 20ºC a 38ºC. ● O pH ácido favorece sua proliferação sendo que a faixa ideal de pH varia de 2,5 até 7,5. Candida albicans/Faringomicose Características macroscópicas ● Morfologia colonial úmida, cremosa e odor específico, de aspecto liso ou rugoso. ● Podem apresentar franjas de pseudo-hifas em torno da periferia. ● Todas as leveduras são Gram positivas e apresentam dimorfismo. ● As colônias são completamente brancas mas assumem uma cor creme ou queimada à medida que continuam a envelhecer Candida albicans/Faringomicose ● Solicitar ao paciente que engula a saliva e emita o som “AAA”, para elevar a úvula e ajudar a reduzir o refluxo da náusea; ● Com auxílio de um abaixador de língua e boa iluminação, introduzir um swab estéril e friccioná-lo sobre a faringe posterior e amídalas, com moderada pressão, procurando colher nas áreas onde existem pontos de pus. ● Retirar uma porção da amostra e colocar entre lâmina e lamínula com algumas gotas de hidróxido de potássio (KOH) que possibilita a visualização de estruturas filamentosas ou leveduriformes. ● Colocar em câmara úmida por no mínimo 2h e no máximo 24h. ● Coloração pode ser feita por azul de metileno, pelo método de GRAM,ou Giemsa. ● Fazer a leitura em microscópio ótico em aumento de 10x e 40x. Exame Micológico Direto ● Solicitar ao paciente que engula a saliva e emita o som “AAA”, para elevar a úvula e ajudar a reduzir o refluxo da náusea; ● Com auxílio de um abaixador de língua e boa iluminação, introduzir um swab estéril e friccioná-lo sobre a faringe posterior e amídalas, com moderada pressão, procurando colher nas áreas onde existem pontos de pus, deve-se evitar tocar na língua, úvula, dentes e saliva. ● Rolar o swab imediatamente em uma pequena área de Ágar Sabouraud e estriar com auxílio de uma alça bacteriológica em três direções próximas uma da outra para obter colônias isoladas de acordo com a técnica de esgotamento. CULTURA DE AMOSTRAS ● Em seguida colocar na estufa a 37º. ● Se não for possível semear imediatamente, introduzir o swab logo após a coleta no meio de transporte específico (Stuart). Não refrigerar a amostra e encaminhar o mais breve ao laboratório, no prazo de 24 horas. ● Observações: O meio de Stuart deve ser conservado na geladeira e tem validade de aproximadamente 03 meses. CULTURA DE AMOSTRAS VÍRUS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR ● A maioria das infecções de vias aéreas superiores são autolimitadas, de etiologia viral. (LEVY, 2004) ● Infecções virais (IV’s) são importantes causas de doenças do trato respiratório. ● O resfriado comum é a síndrome infecciosa mais frequentemente, tendo em média uma incidência de 3 a 4 casos por pessoa por ano (DOLIN, 2007). ● Exceto pela influenza, as IV’s do trato respiratório não são um causa maior de mortalidade nos países desenvolvidos ● Contudo é estimado que, nos países em desenvolvimento, IV’s contribuem com 20%-30% dos 4,5 milhões de mortes anuais por infecção respiratória (PEIRIS, 2003). ● As vias de transmissão dos vírus respiratórios incluem contato direto, fômites contaminados e gotículas de secreção transportadas pelo ar VÍRUS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR Fonte adaptada: (LEVY, 2004) DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO VIRAL ● Grande parte das IV’s do trato respiratório, como o resfriado comum, faringite, laringite e bronquite são doenças autolimitadas, não apresentando gravidade. ● A detecção viral nas amostras clínicas normalmente é feita por cultura viral, detecção de antígeno e detecção do ácido nucléico. ● A sorologia é uma opção diagnóstica em algumas doenças virais respiratórias ● O diagnóstico mais comum é o clínico, através da anamnese e sintomas ● A influenza possui tratamento anti-retroviral efetivo BACTÉRIAS DO TRS DOENÇAS BACTERIANAS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR (TRS) TEXTO ➔ Características Gerais: ❏ Exclusivamente um patógeno humano com taxa de colonização da nasofaringe em crianças oscilando entre 3 e 5% dependendo da população; ❏ Supraglotite; ❏ Pico de incidência dos 2 aos 6 anos, predominância no sexo masculino; ❏ Final do inverno e início da primavera; ❏ A incidência decaiu mais de 95%: ❏ Vacina conjugada: Contra o sorotipo diminui a taxa de colonização nasofaríngea e, portanto, as possibilidades de transmissão; ❏ Dor de garganta e febre alta; ❏ Edema e eritema: Emergência clínica. Epiglotite: Haemophilus Influenza Tipo B “sinal do polegar” Epiglotite: Haemophilus Influenza ❏ Pfeiffer em 1892: Epidemia de gripe na Europa; ❏ Bactéria pleomórfica; ❏ Gram negativo imóvel; ❏ Aeróbia facultativa; ❏ Não forma esporos; ❏ Não produzem hemólise; ❏ Fastidiosa: Derivados do sangue, X (Hemina) e V (NAD) para o seu crescimento. Haemophilus Influenza ➔ Homem hospedeiro natural; ➔ Microbiota da via respiratória superior e ocasionalmente se encontra colonizando o trato gastrointestinal e genital; ➔ A partir da nasofaringe invadem outros locais (infecção invasiva): Otite média, meningite, nasofaringite, epiglotite, conjuntivite, septicemia, pericardite, endocardite, peritonite, artrite, pneumonia e outros; Haemophilus Influenza ➔ 1931 se conhece seis sorotipos capsulares: a, b, c, d, e, f - maior fator de virulência; ➔ Cápsula polissacarídica reconhecida por Ac específicos; ➔ Linhagens comensais raramente apresentam cápsulas (otite média e infecção do trato respiratório), já as linhagens invasivas são capsuladas (infecções mais severas); ❏ Polissacarídeo capsular b, um polímero composto por unidades repetidas de ribosil-ribitol-fosfato (PRP) - Hib; ❏ Principal agente causador da pneumonia, bacteremia e meningite em crianças menores de cinco anos de idade; ❏ Vacina conjugada: PRP ligado químicamente a uma proteína (PRP-proteína), confere proteção e induz memória imunológica. ❏ Hib: Induz resposta inflamatória com a presença de fagócitos que leva à lise bacteriana, liberando endotoxinas e outros componentes que têm efeitos sobre os tecidos (febre, coagulação intravascular e outras manifestações sistêmicas); ❏ Imunidade contra Hib no primeiro ano de vida sem desenvolver a doença: Colonização faríngea ou colonização entérica assintomática de microrganismos que têm reatividade cruzada com o Hib; Haemophilus Influenza Tipo B Haemophilus Influenza Tipo B ● Profilaxia de curto prazo: Antibióticos; ● Profilaxia de longo prazo: Vacina conjugada. ● Fatores de virulência: 1. Polissacarídeo capsular: Imunogenicidade, resistência, adesão. 2. Lipopolissacarídeos: Envolvido na patogênese nas etapas de colonização e evasão do sistema imune do hospedeiro. O lipídio A é uma região conservada altamente hidrofóbica e endotóxica do LPS formada por fosfolipídios. Haemophilus Influenza Tipo B ● Fatores de virulência: 3. Proteínas de adesão: Mucosa do hospedeiro (piliou fimbria); 4. IgA-proteases: Formação de canais na membrana citoplasmática permeáveis a íons, degradação não específica do DNA, inibição da síntese protéica, ou lise da célula pela inibição de síntese de peptídeoglicano (Haemocina). Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Cultura (sangue, líquidos do corpo) e algumas vezes, sorotipagem (doença invasiva); ➔ Métodos diretos e rápidos (diagnóstico presuntivo): Imunoeletroforese, aglutinação de látex, coaglutinação e ELISA - detectam o Ag capsular, sobretudo orientado pela busca do tipo b; ➔ Valor adicional: Detecta infecções quando o paciente recebe antimicrobianos que inibem seu crescimento em cultura; ➔ Meios que atendam às características nutricionais exigidas por essa bactéria: Agar chocolate + compostos vitamínicos; ➔ Coloração de Gram para visualizar os aspectos morfológicos do microrganismo: Colônias pequenas e translúcidas (24 horas); ➔ Meio incubado a T de 35-37°C por até três dias quando não houver crescimento aparente nos dois primeiros dias, preferencialmente em atmosfera com 5 - 10% C02; ➔ OBS: Haemophilus influenzae não cresce em meio Plain Blood Agar, a menos que seja suplementado com fator V. DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Características coloniais e microscópicas de Haemophilus spp.: fatores X e V; ➔ Testes bioquímicos para diferenciar o H. influenzae de outras espécies de Haemophilus spp.; ➔ Sondas de DNA. DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ● 1 a 2 mL para análise microbiológica e bioquímica: são de alta magnitude (mais de 100 unidades formadoras de colônias por mL. DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Preparação do ágar chocolate suplementado: ● Adicionado à base ágar Mueller-Hinton (Oxoid) aquecida a 70°C, 10% de sangue desfibrinado e estéril, de cavalo e 1% de IsoVitalex (BBL); ● A incubação da placa de ágar chocolate foi feita em câmara úmida com atmosfera de 5% de CO2 a 35-37°C por 24 a 48 horas; ● O teste para confirmar a dependência dos fatores de crescimento (X e V) foi realizado em ágar Mueller-Hinton, empregando-se discos de papel de filtro impregnados com os fatores V, X e XV (Oxoid). DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Biotipagem: 1. Teste da Ornitina descarboxilase: ● Capacidade de um organismo descarboxilar um aminoácido em amina resultando em alcalinidade do meio. ● Base de Moeller (Difco) acrescido de 1% de L-ornitina, ajustado o pH em 6,0 com a utilização de hidróxido de sódio ou ácido clorídrico 1N e esterilizado por autoclavação. ● Foi adicionado aproximadamente 1mL de óleo mineral estéril no tubo da ornitina, após a inoculação com o Hi a ser estudado. ● Leitura (+): Cor púrpura do meio mais acentuada que a do tubo controle: utilização do aminoácido. ● Leitura (-): Cor do meio igual ou mais amarelada que a do tubo controle: não utilização do aminoácido. DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Biotipagem: 2. Teste da Urease: Solução composta pelo vermelho de fenol (indicador) e solução aquosa de uréia, esterilizada por filtração. Assim, detecta crescimento da bactéria em meio contendo uréia e usando um indicador de pH. Quando a uréia é hidrolisada, a amônia se acumula no meio e o torna alcalino. DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Biotipagem: 3. Teste do Indol: Possui a enzima triptofanase degrada o triptofano, produzindo indol, ácido pirúvico e amônia. A presença de indol pode ser detectada pela adição do Reativo de Kovacs, ocorrendo a formação de um anel de coloração vermelho na superfície do meio (+). Biotipo H. influenzae Hemolise X / V Gli Sac / Lac / Fru Rib Xil Man Indol Urease Orn I – + + – + + – + + + II – + + – + + – + + – III – + + – + + – – + – IV – + + – + + – – + + V – + + – + + – + – + VI – + + – + + – – – + VII – + + – + + – + – – VIII – + + – + + – – – – aegyptius – + + – +’ – – – + – DIAGNÓSTICO: Haemophilus Influenza Tipo B ➔ Características biológicas e bioquímicas dos diferentes biotipos de Hi: ● Distribuição mundial: Áreas urbanas, pobres, superpovoadas e com níveis inadequados de imunização; países tropicais; ● Originalmente uma doença pediátrica; ● Transmissão pessoa-pessoa: Gotículas de secreção respiratória e contato com a pele (difteria cutânea); ● Brasil – vacina tetravalente DTP-Hib (difteria, tétano e coqueluche) adicionada de Hib contra infecções causadas pelo Haemophilus influenzae b. ● Em virtude da vacinação compulsória, a difteria na atualidade é uma doença rara em pacientes imunizado Difteria: Corynebacterium diphtheriae Difteria: Corynebacterium diphtheriae ● Bacilo Gram-positivo Corineforme ● Bem adaptado à transmissão pelo ar e muito resistente ao ressecamento; ● Difteria - começa com dor de garganta e febre, seguidas de indisposição e edema do pescoço; ● Pseudomembrana diftérica: bloqueia a passagem de ar para os pulmões. ● A toxina diftérica é um polipeptídio de 58.342 Da contendo 535 resíduos de aminoácidos. ● A toxina é constituída por dois fragmentos, o fragmento A de 21.500 Da e o fragmento B de 37.200 Da. (KONEMAN, Elmer W.; ALLEN, Stephen, 2008) ● Bactérias não invadem os tecidos mas podem produzir uma exotoxina; ● A toxina diftérica produz um efeito muito forte, podendo ser fatal – interfere com a síntese protéica; ● É fundamental o laboratório de microbiologia poder caracterizar ou afastar a possibilidade de isolamento das espécies de C. diphtheriae e C. ulcerans que tem capacidade de produzir a toxina diftérica. (LEVY, 2004) ● Difteria cutânea - ulcerações de cura lenta, recobertas por uma membrana cinzenta; infecção em ferimentos ou lesão; ● Tratamento: antibióticos + antitoxina diftérica. Difteria: Corynebacterium diphtheriae Difteria: Corynebacterium diphtheriae Lamina da bacteria Corynebacterium diphtheriae Difteria: Corynebacterium diphtheriae ➔ Em 2000, a vacina quádrupla combinada DTPHib foi inserida no Programa Nacional de Imunização. Nesta vacina, o componente constituído pelo polissacarídeo capsular tipo b de H. influenzae (Hib) conjugado ao Toxóide Tetânico (PRP-TT) é produzido pela BioManguinhos enquanto a vacina tríplice Difteria-Tétano-Pertrussis (DTP) é produzida pelo Instituto Butantan. Difteria Fonte adaptada: (LEVY, 2004) Difteria Fonte adaptada: (LEVY, 2004) Cultura Difteria IRS vs RESISTÊNCIA ★ Outubro de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ★ Uso excessivo de antimicrobiano: Aumentar os custos dos tratamentos pode levar à emergência de resistência bacteriana aos antimicrobianos mais frequentemente utilizados. ★ Elevada quantidade de farmácias e drogarias; ★ Dúvida no diagnóstico entre infecções bacterianas e infecções virais; ★ Ausência de programas de uso racional de antimicrobianos; ★ Erros na prescrição de antimicrobianos quanto a sua administração ANTIMICROBIANOS “O uso indiscriminado e repetidamente de antimicrobianos possui extrema relação com o surgimento de micro-organismos resistentes, de modo que essa resistência é de crescente preocupação à saúde humana (WILLEMSEN et al., 2009).” Caso Clínico “Dor de garganta há 6 dias” ● Paciente do sexo masculino, 12 anos, pardo, estudante, procedente e residente de Goiânia-GO. ● Procurou a Unidade Básica de Saúde acompanhado da mãe queixando-se de “dor de garganta e dificuldade para engolir” há 6 dias. ● Paciente referiu febre (38,2ºC) há 3 dias, com melhora ao uso de paracetamol e inapetência. Nega vômito, doenças prévias e alergias. ● A mãe referiu que o paciente nasceu de parto normal sem intercorrências e apresentou desenvolvimento neuropsicomotor adequado. Vacinação atualizada. ● Exame físico, apresentou prostração, estado geral regular, lúcido e orientado em tempo e espaço, normocorado, normohidratado, acianótico, anictérico, afebril e normotenso (110×60 mmHg). ● A oroscopia revelou hiperemia e exsudato faríngeo, amígdalas grau 2 de Brodsky,ausência de abscesso. ● Aparelho respiratório com murmúrios vesiculares presentes bilateralmente e simétricos sem ruídos adventícios, eupneico (16 ipm). Aparelho cardiovascular em taquicardia (FC: 110 bpm), ritmo cardíaco regular, em dois tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. . ● Foi prescrito o tratamento com Amoxicilina via oral 50mg/kg/dia por 10 dias, a ser iniciado de imediato, e manutenção do paracetamol, se febre. ● A mãe foi orientada a levar a criança à sala da enfermagem para coleta de material para cultura de orofaringe e retornar em 72 horas para reavaliação e resultados dos exames. ● Na consulta de retorno a criança relatou remissão total da febre com persistência de odinofagia em ardor, sem surgimento de novos sintomas. ● O exame físico não apresentou alterações. ● A cultura de orofaringe indicou presença de estreptococos beta-hemolítico do grupo A. ● A mãe foi informada quanto à possibilidade de surgimento de glomerulonefrite pós-estreptocócica e foi orientada quanto ao retorno imediato ao atendimento médico caso houvesse surgimento desses. REFERENCIAS 1. Health Service Executive. Respiratory tract infection. Disponível em: https://www.hse.ie/eng/health/az/r/respiratory-tract-infection/causes-of-respiratory-tract-infections.html. Acesso em Junho/2021. 2. National Health Service. Respiratory tract infections. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/respiratory-tract-infection. Acesso em Junho/2021. 3. https://fernandobraganca.com.br/tag/sangramento-nasal/ 4. chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o /TestesDescarboxilases_Rev01.pdf 5. Fortún, J., Mije, Y., Fresco, G., Moreno, S. (2012). Aspergilose Formas clínicas e tratamento. Doenças infecciosas e microbiologia clínica. 6. Guerrero, V., Herrera, A., Urbano, J., Terré, R., Sánchez, I., Sánchez, F., Martínez, M. e Caballero, j. (2008). Aspergillus sinusite fúngica invasiva crônica do seio maxilar. https://www.hse.ie/eng/health/az/r/respiratory-tract-infection/causes-of-respiratory-tract-infections.html https://www.nhs.uk/conditions/respiratory-tract-infection https://fernandobraganca.com.br/tag/sangramento-nasal/ http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/TestesDescarboxilases_Rev01.pdf http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/TestesDescarboxilases_Rev01.pdf OBRIGADA!
Compartilhar