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DITADURA MILITAR II

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PROFESSOR: BRANDO 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DE FORTALEZA 
 
DÉCADA 70/80 
 
 
 
E destes alguns ainda conservavam características de um passado remoto (além dos próprios 
nomes Tunga (na Água Fria) por exemplo, o sítio Cocó da Família Diogo (a margem esquerda do 
rio), deu origem a um loteamento na Praia do Futuro (na década do 1950), e a Cidade 2000 (a 
partir do 1971). Já no lado de Messejana (margem direita do rio), o Srs. Patriolino Ribeiro e Edson 
Queiroz possuíam terras que se estendiam do Cocó ao mar. Ao mesmo tempo muitos terrenos 
centrais ficavam sem uso a espera de valorização, demonstrando que a especulação imobiliária 
é também histórica. Outro núcleo surgido no distrito, mais recentemente foi o bairro Cidade dos 
Funcionários e sua ocupação começou em 1952 como um projeto dos correios (era terra do 
Estado), próximo de onde já na década dos anos 1970 houve a prolongamento da Avenida 
Santos Dumont até a Praia do Futuro que se pressupunha promissora pare a mercado 
imobiliário, mas cujas condições “naturais” (maresia) não permitiram (ainda) essa expansão. 
 
Existiam algumas povoações, como o sítio Cajazeiras e a Vila Cazumba (no Jardim das Oliveiras). 
Os lates foram vendidas inicialmente somente para funcionários públicos. Ai, a procura 
residencial intensificou-se anos 1970.A disponibilidade de terrenos, o clima e a / infra-estrutura 
constituíam-se nos atrativos usados pelas imobiliárias pare atrair compradores”. Em 1973, as 
regiões metropolitanas são criadas, entre elas a de Fortaleza, possuindo na época apenas 4 
cidades em sua região.Com o fim residual do bipartidarismo, em 1979, o antigo partido ARENA 
passou a se chamar PDS. Nesse processo de aperfeiçoamento partidário dentro do pacto dos 
coronéis, Virgílio Távora volta ao poder em 1980, como uma escolha pessoal do então 
presidente, Ernesto Geisel. 
 
Nesse segundo mandato realiza obras que visam inserir o Ceará e Fortaleza na modernidade. 
Tais como o sistema de abastecimento d’água Pacoti-Riachão, que irá abastecer Fortaleza e sua 
região metropolitana. Entretanto ocorrerá uma ruptura entre os coronéis, fragilizando seu 
poder, junto as elites e até mesmo na capital. O prefeito indicado nesse período pelos coronéis 
foi Lúcio Alcântara que ficou conhecido por construir os polos de lazer, como o Opaia, o Cocó 
(Adahil Barreto) e o Pajéu. A sociedade civil passava a ter um comportamento eleitoral mais 
independente. As obras de ações sociais da primeira-dama, dona Luiza Távora, nas favelas do 
 
 
 
 
Lagamar, Santa Terezinha, São Miguel e São Francisco buscavam ocupar espaços dos 
movimentos sociais e na população favelada de Fortaleza. 
 
GOVERNO CÉSAR CALS (1971 A 1975) 
 
❖ Indicado pelo Presidente Médici e referendado pela Assembleia Legislativa. 
❖ Auge da repressão militar, vários cearenses mortos no Araguaia e torturas em outros 
aqui. 
❖ Nomeação de Vicente Fialho para prefeito de Fortaleza. 
❖ Procurou governar tecnocraticamente e formar sua própria facção política. 
❖ Grande ênfase a publicidade (governo da confiança). 
❖ Também se mostrou omisso com a repressão as esquerdas. 
❖ Ao final de governo teve seu candidato ao senado derrotado (Edílson Távora). 
 
ADAUTO BEZERRA (1975 A 1978) 
▪ Construção do interceptor oceânico. 
▪ Criação da secretaria de assuntos municipais (Humberto Bezerra). 
▪ Elege 95% dos prefeitos interioranos. 
▪ Facilita empréstimos para os prefeitos no BIC em troca de favores políticos. 
▪ Assumiu o vice- Waldemar Alcântara (apenas cumpriu o restante do mandato). 
▪ Criação do Senador Biônico (César Cals) durante o governo Waldemar Alcântara. 
 
VIRGILIO TÁVORA (1979 A 1982) 
● Última eleição indireta para governador da ditadura militar. 
● Criação do PLAMEG II. 
● Governa praticamente sem oposição na Assembleia. 
● Criação do PROMOVALE (projeto de irrigação). 
● Luiza Távora implementa projetos sociais. 
● Grande descontrole financeiro. 
● Instalação do II polo industrial do Nordeste no Ceará. 
● Ressurgimento das greves e dos movimentos populares (Federação de Bairros e 
Favelas). 
● Fim do bipartidarismo os três coronéis entram no PDS. 
● O acordo dos Coronéis (O Ceará é dividido entre os três com o apoio do planalto. 
 
GONZAGA MOTA (1983 A 1987) 
 
Último governador do ciclo dos coronéis (através do acordo dos coronéis). Tenta articular-se 
com o planalto sem sucesso, rompe com Figueiredo e sofre represália (dinheiro não saia de 
Brasília).Nas disputas pela prefeitura de Fortaleza, seu candidato é derrotado e é eleita Maria 
Luiza(PT),a primeira prefeita de Fortaleza. Deixa o governo praticamente falido e com o 
funcionalismo atrasado. 
 
PREFEITOS DA DÉCADA DE 70 E 80. 
 
1971 - 1975 - Vicente Cavalcante Fialho: Engenharia Civil formado pela Universidade Federal do 
Ceará (UFC) e especialista em transportes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
 
 
 
 
em 1966. Quando prefeito, priorizou infraestrutura como avenidas Aguanambi e mais um trecho 
da avenida Leste-Oeste 
 
1975 - 1978 - Evandro Ayres de Moura: Criou o Balcão de Projetos, destinado a criar planos 
urbanos que captassem fundos do Governo Federal. Apoiou-se administrativamente na junção 
do já existente Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Fortaleza (Plandirf) aos 
recentes Plano de Desenvolvimento Integrado de Fortaleza (Pladif) e Plano de Ação Municipal 
(PAM). 
 
1978 - 1979 - Luiz Gonzaga Nogueira Marques: Deputado, professor, engenheiro e empresário. 
Foi secretário de obras no governo Gonzaga Motta (1979-1986) e prefeito indireto de Fortaleza 
(1978-1979). Membro da Comissão de Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das 
Instituições e da Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos. 
 
1979 - 1982 - Lúcio Gonçalo de Alcântara: Assumiu a Secretaria para Assuntos Municipais em 
1978 e, aos 36 anos, foi prefeito de Fortaleza (1979-1982). Seu mandato foi marcado pela defesa 
do meio ambiente, criando o Parque Adahil Barreto, a urbanização do Lagamar e garantindo 
proteção às lagoas urbanas de Fortaleza como a do Opaia e da Parangaba. Foi vice-governador 
do Ceará de 1991 a 1994. Em 1995, elegeu-se senador. Foi governador do Estado de 2003 a 
2006. 
 
1982 - 1983 - José Aragão. 
 
1983 - 1985 - César Cals de Oliveira Neto: Anunciou a “humanização” do Centro da Cidade para 
revitalizar as atividades de lazer, cultura, educação, saúde e habitação. Nesse período havia 
intensa imigração de cearenses do interior do Estado chegando à capital em busca de alimento 
e emprego. Defendeu autonomia para bairros periféricos e descentralização dos serviços da 
prefeitura. 
 
1985 - 1986 - José Maria de Barros Pinho. 
 
1986 - 1988 - Maria Luíza Fontenele: Eleita em 15 de novembro de 1985, sua vitória representou 
a maior surpresa eleitoral da história política da Cidade. Maria Luíza derrotou os franco-favoritos 
Lúcio Alcântara e Paes de Andrade. A gestão da prefeita foi marcada por greves, paralisações de 
serviços públicos essenciais e manifestações de desagravo à sua administração. Atribuídas a um 
boicote federal e estadual no repasse de verbas ao erário municipal, os salários dos servidores 
sofreram atrasos e a imagem da prefeita ficou associada à incapacidade gerencial. 
 
1989 - 1990 - Ciro Ferreira Gomes: Advogado formado pela Universidade Federal do Ceará 
(UFC), Ciro Gomes foi prefeito de Fortaleza por dois anos, até sair para assumir o Governo do 
Estado do Ceará. Quando prefeito, anunciou a Operação Fortaleza Limpa, a qual prometia tapar 
todos os buracos em 90 dias. Criou a Comissão de Modernização Administrativa a fim de adotar 
regulamentações, rotinas, estatutos, análise de distribuição de trabalhos. Foi responsável pela 
extinção e fusão de vários órgãos e secretarias. 
 
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DE FORTALEZA. 
 
 
 
 
 
Maria Luiza Fontenele, foi a primeira prefeita de Fortaleza, de 1986 a 1989.Foi a primeira 
prefeita de capital estadual eleita peloPartido dos Trabalhadores e o primeiro político do sexo 
feminino a ser eleito para esse cargo. Quando assumiu o cargo, a cidade estava em total estado 
de abandono e com dívidas monumentais, inclusive atraso na folha de pagamentos. 
 
Se tratava da primeira administração eleita pelo voto direto, não existindo ainda a Constituição 
Federal de 1988,a quase totalidade de recursos da prefeitura dependia de repasses federais ou 
estaduais. Prova da perseguição sofrida pela prefeita foi a liberação imediata de todos os 
recursos para projetos da cidade, negados durante os três anos de sua gestão, para Ciro Gomes, 
sucessor da prefeita e afilhado do governador Tasso Jereissati. Todos os projetos encaminhados 
por Maria Luíza foram liberados quando Ciro assumiu. 
 
 
Foi prefeita de um partido de oposição de esquerda que dava os seus primeiros passos (PT),e 
sua administração sofreu bloqueio explícito por parte do Governo Federal, então Sarney, e dos 
governos Gonzaga Mota e Tasso Jereissati. 
 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
20.Sobre o período da Ditadura militar em Fortaleza, julgue as sentenças e assinale a 
alternativa correta. 
I. Os coronéis tinham sua base eleitoreira no interior, atrelado a prática do nepotismo e do 
clientelismo. 
II. A construção de obras de infraestrutura e de modernização da cidade de Fortaleza, não foram 
suficientes para refrear a oposição que começava a crescer. 
III. As obras assistencialistas de Luiza Távora, foram insuficientes para aliar o movimento de 
bairros e favelas de Fortaleza a política habitacional dos coronéis e do Prefeito Lúcio Alcântara. 
IV. O governo de Cesar Cals foi marcado pela baixa repressão a esquerda. 
Assinale a alternativa correta. 
a) I, III, IV são verdadeiras. 
b) Apenas II é verdadeira. 
c) III, IV são verdadeiras. 
d) Todas são verdadeiras. 
 
21.A participação feminina na política ainda é bastante acanhada. Em Fortaleza, a primeira 
mulher a ocupar o cargo de prefeita foi: (DETRAN/2018) 
a) Luiziane Lins. 
b) Maria Luiza Fontenele. 
c) Patrícia Ferreira Gomes. 
d) Zenaide Magalhães. 
 
 
 
 
 
Ao longo do século XX, Fortaleza passou por duas grandes transformações urbanas, a primeira 
nos anos 1920 com o aformoseamento e o embelezamento da cidade, e a segunda nos anos 
1970/80 em que a cidade precisava mais uma vez se modernizar agora no modelo americano 
de consumo. 
22.Assim, podemos considerar equipamentos urbanos culturais da cidade:(SME/2021) 
a) Os Shoppings Center Um e Iguatemi. 
b) A Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e o Passeio Público. 
c) A Avenida Washington Soares e o Conjunto Habitacional Ceará. 
d) O Shopping Iguatemi e o Salinas. 
 
GABARITO 
 
20.D 
21.B 
22.B

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