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CUIDADOS PRÉ-OP

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1 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
CUIDADOS P-OP; RISCO CIRÚRGICO E 
ESTADO FÍSICO 
→ CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS 
FATORES PREDITIVOS DE RISCO 
Cirurgia de grande porte ou emergência 
Doenças preexistentes 
Neoplasias 
Nutrição inadequada 
Déficits de mobilidade 
 
 INTERNAÇÃO 
 Planejamento 
 Procedimento ambulatorial (Day clinic)? 
 Internação de véspera? 
 Internação próximo do momento da cirurgia? 
o Mudança da microbiota (muda com até 48h de internação) 
 Termos de consentimento 
 Avaliação dos exames 
o Exame clínico 
o Necessidade de acordo com o paciente e suas comorbidades 
o ECG, hemograma, coagulograma, glicemia, ureia, creatinina, rx de 
tórax (acima de 75 anos), tipagem sanguínea (caso precise de 
transfusão). 
 Protocolos de cirurgia segura 
 Necessidade de medicações prévias ao ato operatório 
 
 RISCO CIRÚRGICO ANESTÉSICO (American Society of Anesthesiologists) 
ASA Definições Exemplos Mortalidade por 
anestesia 
I Paciente com saúde 
normal 
- 0,08% 
 
 
II 
 
Paciente com doença 
sistêmica branda 
controlada 
Hipertensão 
controlada com 
medicação de uso 
diário e atividade 
física 
 
 
0,27% 
 
 
 
III 
Paciente com uma 
doença sistêmica 
limitante, mas não 
incapacitante 
Diabetes mellitus 
descompensado com 
lesão secundária em 
órgão-alvo 
 
1,8% 
 
 
IV 
Paciente com doença 
sistêmica 
incapacitante que lhe 
constitui ameaça à 
vida 
Doença pulmonar 
obstrutiva crônica, 
oxigênio-dependente 
 
 
7,8% 
 
2 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
 
 
V 
Paciente que está em 
falência de vida, com 
sobrevida estimada < 
24 horas, com ou 
sem cirurgia 
Insuficiência de 3 ou 
mais sistemas 
orgânicos 
 
 
9,4% 
VI Doador de órgãos e 
tecidos 
- - 
 
E 
Recomendável 
acréscimo do fator E 
em cirurgias de 
emergência 
 
- 
 
Considerar o dobro 
do risco cirúrgico 
 
 EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS 
 
 
 
3 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
 JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO 
 Sólidos e leite – 8 horas antes; 
 Água e líquidos claros ricos em carboidratos (maltodextrina)- 2 horas antes; 
 Pacientes obesos/ grávidas/ doença do refluxo- 8 horas antes; 
 Urgência e emergência- estômago cheio! 
 
ADULTOS 
Dieta leve 6 horas 
Líquido não particulados e maltodextrina 2 horas 
Nutrição parenteral total Suspensão ao encaminhar para o CC 
Dieta geral 8 horas 
CRIANÇAS 
Leite materno 4 horas 
Sólidos e leite não materno 6 horas 
Líquidos não particulados 2 horas 
Dieta geral 8 horas 
GESTANTES 
Cesárea eletiva O mesmo que para os adultos 
Trabalho de parto- sólidos A partir da admissão no CO 
Trabalho de parto- líquidos sem resíduos Sem restrições 
 
 MEDICAMENTOS NO PRÉ-OPERATÓRIO 
MEDICAÇÕES ORIENTAÇÕES 
Betabloqueadores, anti-hipertensivos, 
cardiotônicos, broncodilatadores, 
anticonvulsivantes, corticoides, 
antialérgicos, potássio e medicações 
psiquiátricas 
 
Mantidos até o dia da cirurgia 
 
 
Anticoagulantes orais 
- Cumarínicos (inibidores da via de fatores de 
coagulação dependente da vit K), recomenda-
se a suspensão prévia por 5 dias, a fim de que 
o INR caia 1,5 ou menos. 
- Inibidores do fator Xa- devem ser 
suspensos 2 dias antes e substituição por 
heparina. 
 
Heparina 
Suspensão 6 horas antes, reiniciada 12 a 24 
horas após 
Ácido acetilsalicílico Suspenso 7 dias antes 
Ticlopidina (antiagregante plaquetário) Descontinuada 2 semanas antes 
Hipoglicemiantes orais - Substituição por insulina regular ou NPH na 
véspera do ato operatório; 
- Quem usa NPH -> metade da dose ou 
substituir pela insulina regular 
 
Ansiolíticos Não devem ser descontinuados 
 
OBS: se o paciente está em prevenção secundária (terapia dupla), ou seja, já teve algum evento 
de coagulopatias (trombose, IAM), e faz uso de AAS e clopidogrel, em cirurgias NÃO 
CARDÍACAS, descontinuar o clopidogrel 5 dias antes e manter o AAS. 
 
 
4 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
 ANTIBIOTICOPROFILAXIA 
TIPO DE CIRURGIA CARACTERÍSTICAS ANTIBIÓTICO 
 
 
Limpas 
Procedimentos eletivos em 
que não há penetração dos 
trato aéreo digestivo ou 
geniturinário. Risco de 
infecção 1 a 2%. 
 
 
Não é necessário 
 
 
Potencialmente 
contaminadas 
Penetração de vísceras 
colonizadas, porém em 
condições controladas. 
Cirurgia limpa com o uso de 
prótese. Índice varia de 10 a 
15%. 
Antibiótico profilático, de 
espectro visando patógenos 
prováveis do sítio operatório. 
Via venosa. Mantida de 6 a 24 
horas. 
 
 
 
Contaminadas 
Inflamação não purulenta já 
instalada ou extravasamento 
de conteúdo luminar ou falha 
de técnica asséptica. Infecção 
de 10 a 20%. 
Aplicação preventiva de 
antibióticos. Como não há 
infecção estabelecida, a 
administração de ATB 
terapêutico pode ser 
interrompida mais 
precocemente. 
Infectadas ou sujas Já existem abscessos 
intracavitários, ou para 
tratamento de feridas 
traumáticas com 
contaminação. Índice maior 
que 50%. 
Caráter terapêutico, com 
cobertura de largo espectro. É 
prudente coletar material para 
cultura e antibiograma. 
 
 PREPAROS ESPECIAIS 
 Paciente ictérico administrar vitamina K 
 Estenose pilórica -> vômitos -> perda de sódio -> mecanismo de compensação 
renal -> libera potássio -> alcalose metabólica com hipopotassemia -> libera 
tbm íons H+ gerando uma alcalose metabólica com acidúria paradoxal. 
REPOR SÓDIO!! 
 Feocromocitoma: 
o Bloqueador alfa-adrenérgico; 
o Noradrenalina; 
o Betabloqueador- após bloqueio alfa e permanência de taquicardia; 
 Síndrome de Cushing: 
o Cetoconazol (bloqueia o citocromo P450 impedindo a síntese de 
glicocorticoides -> bloqueia a produção de cortisol); 
 Hipertireoidismo: 
o Propiltiouracil 
o Betabloqueadores 
 Esplenectomia eletiva: 
o Relação com sepse 
o Imunização- 2 semanas antes ou 2 depois 
o Pneumococo, H. influenza, meningococo 
o Doenças hemolíticas-> colecistectomia 
 Síndrome de Addison 
o Administrar alta dose de corticoide na véspera 
o Pós-operatório- deslocamento 
 
5 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
 
 RISCO NUTRICIONAL 
 Albumina abaixo de 3,2 g/dL 
 Neoplasia 
 Idosos 
 Leucócitos abaixo de 1500 
 Perda de 10% do peso nos últimos 6 meses 
 Indicação 
 Terapêutica nutricional pré-operatória (tudo depende das condições do 
paciente). 
 Oral? 
 Enteral? 
 Parenteral? 
 
→ RISCO CIRÚRGICO E ESTADO FÍSICO 
 CAPACIDADE FUNCIONAL 
 
 FATORES PREDITIVOS DE RISCO 
 Cirurgia de grande porte ou emergência 
 Doenças preexistentes 
 Neoplasias 
 Nutrição inadequada 
 Déficits de mobilidade 
 
 RISCO CARDIOLÓGICO 
Critérios de Goldman (para cirurgia NÃO cardíaca) 
 
HISTÓRIA 
Idade > 70 anos 
 
5 
 
IAM último 6 meses 10 
 
EXAME FÍSICO 
Galope (B3) ou estase jugular 
 
11 
 
Estenose aórtica importante 3 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
Ritmo não sinusal ou 
Extrassístole ventricular 
 
7 
 
 
+ de 5 extrassístoles/min 7 
 
6 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
ESTADO CLÍNICO Precário 3 
 
TIPO DE CIRURGIA 
Intraperitoneal, torácica ou 
aorta 
 
 
3 
 
Emergência 4 
 
RISCO (PONTOS) NENHUMA OU 
PEQUENAS 
COMPLICAÇÕES 
COMPLICAÇÕES 
COM AMEAÇA À 
VIDA (%) 
MORTE 
CARDÍCA (%) 
I (0 a 5) 99 0,7 0,2 
II (6 a 12) 93 5 2 
III (13 a 25) 86 11 17 
IV (> 26) 22 22 56 
 
 RISCO PROVÁVEL DE IAM NO PERIOPERATÓRIO 
CIRURGIA NÃO CARDÍACA E IDADE > 
60 ANOS 
0,1% 
HISTÓRIA DE DOENÇA CORONARIANA 4% 
IAM PRÉVIO 4 a 5% 
IAM PRÉVIO E IDADE > 65 ANOS 5 a 6% 
IAM NO INTERVALO DE 3 A 6 MESES 30 a 40% 
 
 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA 
 Tratamento com diuréticos e vasodilatadores 
 Monitorização intensiva 
 Avaliação do débito urinário 
 Cuidado com hidratação excessiva e edema agudo de pulmão 
 Necessidade de controle da dor 
 Cirurgias de grande porte: cateter na artéria pulmonar (Swan-Ganz) HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Prevalência aumentada com a idade 
 Maior risco: isquemia miocárdica; disfunção ventricular; disfunção renal. 
 IECA podem exacerbar a queda de pressão induzida pela anestesia 
 Suspensão de bloqueadores alfa-adrenérgicos podem causar efeito rebote 
 Betabloqueadores não devem ser retirados 
OBS: PA diastólica > 110 mmHg – contraindica cirurgia eletiva (deve ser tratado duas semanas 
antes da cirurgia). Em casos de cirurgia de emergência -> adm nitroprussiato de sódio. 
 DIABETES MELLITUS 
 Aumento da prevalência de acordo com a idade 
 Mortalidade aumentada em casos agudos (colecistite aguda – 22%) 
 Feridas operatórias com maior risco de infecção 
 Problemas com a cicatrização (diminuição de macrófagos na diabetes) 
 Controle da glicemia e uso da insulina regular 
 Cuidados com a hidratação 
 Está indicado o uso do soro glicosado no pós-operatório 
 Suspender metformina 24 horas antes da cirurgia 
 
7 
GABRIELA M. D. FARIAS 
MEDICINA FIPGUANAMBI 
 
 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 
 Controlar anemia 
 Checar função plaquetária 
 Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos 
 Diálise no pré e no pós-operatório com 24 horas de intervalo, para pacientes com 
RFG < 5% 
OBS: quimioterapia após 3 semanas da cirurgia devido ao efeitos tóxicos.

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