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DESENVOLVIMENTO-DA-CRIANÇA-E-DO-ADOLESCENTE-1

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1 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
1 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
Importância do estudo do desenvolvimento humano ................................... 3 
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano ............................... 4 
Princípios do desenvolvimento humano ................................................... 5 
Aspectos do desenvolvimento humano .................................................... 6 
As etapas do desenvolvimento humano ................................................... 7 
Desenvolvimento da criança ........................................................................ 8 
Tipos de desenvolvimento infantil ............................................................. 8 
O Desenvolvimento da inteligência ........................................................ 10 
Estágios do desenvolvimento segundo Piaget e Lev Vygotski ............... 14 
Desenvolvimento do adolescente .............................................................. 16 
Desenvolvimento intelectual e comportamental ..................................... 17 
Desenvolvimento emocional ................................................................... 18 
Desenvolvimento social e psicológico .................................................... 19 
Sexualidade ............................................................................................ 20 
Desenvolvimento físico ........................................................................... 21 
Desenvolvimento cognitivo ..................................................................... 23 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Desenvolvimento da Criança e do Adolescente 
O desenvolvimento humano se estabelece através da interação do indivíduo 
com o ambiente físico e social. Caracteriza-se pelo desenvolvimento mental e pelo 
crescimento orgânico. 
O desenvolvimento mental se 
constrói continuamente e se constitui pelo 
aparecimento gradativo de estruturas 
mentais. As estruturas mentais são formas 
de organização da atividade mental que vão 
se aperfeiçoando e se solidificando, até o 
momento em que todas elas, estando 
plenamente desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior em 
relação à inteligência, à vida afetiva e às relações sociais. Algumas estruturas mentais 
podem permanecer ao longo de toda a vida, como, por exemplo: a motivação. Outras 
estruturas são substituídas a cada nova fase da vida do indivíduo. A obediência da 
criança é substituída pela autonomia moral do adolescente. A relação da criança com 
os objetos que, se dá primeiro apenas de forma concreta se transforma na capacidade 
de abstração. 
 
Importância do estudo do desenvolvimento humano 
 
Cada fase do desenvolvimento humano: pré-natal, infância, adolescência, 
maturidade e senescência; apresentam características que as identificam e permitem 
o seu reconhecimento. O seu estudo possibilita uma melhor observação, 
compreensão e interpretação do comportamento humano. Distinguindo como nascem 
e como se desenvolvem as funções psicológicas do ser humano para subsidiar a 
organização das condições para o seu desenvolvimento pleno. O desenvolvimento 
humano é determinado pela interação de vários fatores. 
 
 
4 
 
 
Fatores que influenciam o desenvolvimento humano 
 
 Hereditariedade - Cada criança ao nascer herda de seus sais uma carga 
genética que estabelece o seu potencial de desenvolvimento. Estas potencialidades 
poderão ou não se desenvolver de acordo com os estímulos advindos do meio 
ambiente. 
 Crescimento orgânico - Com o aumento da altura e estabilização do 
esqueleto, é permitido ao indivíduo comportamentos e um domínio de mundo que 
antes não eram possíveis. 
 Maturação Neurofisiológica - É o que torna possível determinados 
padrões de comportamento. Por exemplo, o aluno para ser, adequadamente, 
alfabetizado deve ter condições de segurar o lápis e manejá-lo com habilidade, para 
tanto, é necessário um desenvolvimento neurológico que uma criança de 2 anos ainda 
não possui. 
 Meio Ambiente - Conjunto de influências e estimulações ambientais que 
alteram os padrões de comportamento do indivíduo. Uma criança muito estimulada 
para a fala pode ter um vocabulário excelente aos 3 anos e não subir escadas bem 
porque não vivenciou isso. 
 
5 
 
 
 
 
 
Princípios do desenvolvimento humano 
 
O ser humano, no seu processo de desenvolvimento, apesar das diferenças 
individuais, segue algumas tendências que são encontradas em todas as pessoas. 
Seis delas serão destacadas: 
1. O desenvolvimento humano é um processo ordenado e contínuo, 
dividido em quatro fases principais: infância, adolescência, idade adulta e 
senescência; 
2. O desenvolvimento humano se realiza da cabeça para as extremidades; 
sequência céfalo-caudal: a criança sustenta primeiro a cabeça, para só então levantar 
o tronco, sentar e andar; progride do centro para a periferia do corpo; sequência 
próximodistal: a criança movimenta primeiro os braços, para depois movimentar as 
mãos e os dedos; 
3. O indivíduo tende a responder sempre de forma mais específica as 
estimulações do meio. Cada vez mais vão se especializando os movimentos do corpo 
para respostas específicas. A fala se torna mais abrangente em relação aos objetos 
a serem designados etc. O desenvolvimento se dá do geral para o específico; 
4. Os órgãos não crescem de maneira uniforme. Enquanto o cérebro, por 
exemplo, se desenvolve rapidamente na infância, as outras partes do corpo seguem 
ritmos diferenciados, as vezes de forma lenta em outras aceleradamente; 
5. Cada indivíduo se desenvolve de acordo com um ritmo próprio que 
tende a permanecer constante segundo seus padrões de hereditariedade, se não for 
perturbado por influências externas, como má alimentação; ou internas, como 
doenças; 
 6. Todos os aspectos do desenvolvimento humano são inter-relacionados, 
não podendo ser avaliados sem levar em conta essas mútuas interferências. 
 
6 
 
 
Aspectos do desenvolvimento humano 
 
O desenvolvimento deve ser entendido como uma globalidade; mas, em razão 
de sua riqueza e diversidade, é abordado, para efeito de estudo, a partir de quatro 
aspectos básicos: 
 Aspecto físico-motor - Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação 
neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio 
corpo. 
 Aspecto intelectual - Inclui os aspectos de desenvolvimento ligados as 
capacidades cognitivas do indivíduo em todas as suas fases. Como quando, por 
exemplo, a criança de 2 anos puxa um brinquedode baixo dos móveis ou adolescente 
planeja seus gastos a partir da mesada. 
 Aspecto afetivo emocional - É a capacidade do indivíduo de integrar 
suas experiências. São os sentimentos cotidianos que formam nossa estrutura 
emocional. envolvem os aspectos relacionados ao convívio em sociedade. 
Todos esses aspectos estão presentes de forma concomitante no 
desenvolvimento do indivíduo. Uma criança com dificuldades auditivas poderá 
apresentar problemas na aprendizagem, repetir o ano letivo, se isolar e por esta causa 
se tornar agressiva. Após tratada pode voltar a ter um desenvolvimento normal. 
 Todas as teorias do desenvolvimento humano partem deste pressuposto de 
indissociabilidade desses quatro aspectos, mas, podem estudar o desenvolvimento 
global a partir da ênfase em um dos aspectos. A psicanálise, por exemplo, toma como 
princípio o aspecto afetivo-emocional. Piaget, o desenvolvimento intelectual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
As etapas do desenvolvimento humano 
 
 
8 
 
 
Desenvolvimento da criança 
 
O desenvolvimento infantil é um processo de aprendizado pelos quais as 
crianças passam para adquirir e aprimorar diversas capacidades de âmbito cognitivo, 
motor, emocional e social. Ao conquistar determinadas capacidades, a criança passa 
a apresentar certos comportamentos e ações (como, por exemplo, dizer a primeira 
palavra, dar os primeiros passos, etc.) que são esperados a partir de determinada 
idade. 
O desenvolvimento infantil 
acaba por ser um conjunto de 
aprendizados que, pouco a pouco, 
vai tornando a criança cada vez mais 
independente e autônoma. 
 
Tipos de desenvolvimento infantil 
 
Durante o processo de desenvolvimento, a criança evolui em diferentes 
aspectos de sua formação. A evolução não se dá somente no crescimento físico da 
criança, mas também na sua parte cognitiva e social, dentre outras. Confira abaixo os 
diferentes aspectos englobados pelo desenvolvimento infantil. 
 
Desenvolvimento afetivo 
O desenvolvimento afetivo está relacionado aos sentimentos e às emoções e 
é perceptível por parte da criança desde a fase de bebê. 
Um bebê é capaz de compreender a recepção de carinho e de amor, e também 
de amar e de criar laços afetivos com os pais e com outras pessoas próximas, 
principalmente com aquelas com as quais tem mais convívio. 
O estabelecimento dessas relações é fundamental para que a criança 
desenvolva sua inteligência emocional e não tenha, no futuro, problemas afetivos. 
 
9 
 
 
Desenvolvimento cognitivo 
O desenvolvimento cognitivo refere-se à parte mais intelectual do ser humano. 
Diz respeito à atenção, ao raciocínio, à memória e à capacidade de resolver 
problemas. 
A cognição do ser humano é desenvolvida com o tempo. Enquanto bebê, uma 
pessoa não tem uma capacidade de memória muito aguçada. Em geral, as pessoas 
não têm, por exemplo, recordações de acontecimentos que tenham tido lugar antes 
dos seus dois anos de idade. 
O desenvolvimento cognitivo infantil permite que a criança interprete, assimile 
e se relacione com os estímulos do ambiente que a cerca e com a sua própria 
essência. 
 
Desenvolvimento físico 
O desenvolvimento físico é aquele através do qual as crianças desenvolvem 
habilidades e capacidades motoras como sentar, andar, ficar em pé, pular, correr, etc. 
Em atividades que requerem mais precisão, como por exemplo, escrever, o 
desenvolvimento físico fica também dependente do desenvolvimento cognitivo. 
 
Desenvolvimento social 
Com o desenvolvimento social, a criança aprende a interagir em sociedade. 
É com base nesse tipo de desenvolvimento que a criança estabelece com 
outras pessoas uma espécie de intercâmbio de informações, que permite adquirir 
cultura, tradições e normas sociais. 
A importância de brincar no desenvolvimento infantil está diretamente 
relacionada com esse tipo de desenvolvimento, pois através da socialização com 
outras crianças, são desenvolvidas certas capacidades de interação e noções de 
limites. 
 
 
10 
 
 
O Desenvolvimento da inteligência 
 
Se os muitos psicólogos que 
pesquisam o funcionamento mental fossem 
solicitados a definir inteligência, haveria uma 
grande quantidade de diferenças de opinião. 
Alguns psicólogos comportamentais propõem 
que a inteligência é essencialmente uma 
capacidade geral única. Outros argumentam 
que a inteligência depende de muitas 
capacidades separadas. 
Spearman (1863-1945) era um conhecido proponente do ponto de vista da 
capacidade ser única. Concluiu que todas as tarefas mentais solicitavam duas 
qualidades: inteligência e perícias específicas para o item individual. Resolver 
problemas de álgebra, por exemplo, exige inteligência geral mais um entendimento 
de conceitos numéricos. Spearman supôs que as pessoas espertas tivessem uma 
grande dose do fator geral. 
L.L. Thurstone (1887-1955), um engenheiro eletricista americano que se tornou 
um eminente fazedor de testes, esposava o ponto de vista das “capacidades 
separadas”. Alegava que o fator de abrangência geral de Spearman na realidade se 
constituía em sete habilidades algo distintas : 
1) somar, subtrair, multiplicar e dividir; 
2) escrever e falar com facilidade; 
3) compreender ideias em forma de palavras; 
 4) reter impressões; 
5) resolver problemas complexos e tirar proveito da experiência passada; 
6) perceber corretamente relacionamentos de tamanho e espaciais; 
7) identificar objetos rápida e exatamente. 
Embora Thurstone considerasse que estas capacidades eram relacionadas até 
certo ponto, ele enfatizava suas diferenças. Outras controvérsias sobre a natureza da 
11 
 
 
inteligência dividem os psicólogos em campos opostos: A inteligência deve ser 
conceituada como uma capacidade (ou capacidades) para aprender em situações 
acadêmicas ou dominar matérias conceituadas abstratas ou, mais geralmente, como 
uma capacidade (ou capacidades) para se adaptar ao ambiente? A inteligência deve 
ser visualizada como uma faculdade inteiramente cognitiva ou deve-se levar em conta 
a motivação ? Até que ponto a hereditariedade influencia a inteligência? 
Os primitivos psicólogos estavam muito mais interessados em inventar testes 
que pudessem diferenciar entre estudantes embotados e rápidos, para que pudessem 
ser designados para um currículo escolar apropriado. Por esta razão, as questões 
teóricas foram facilmente postas de lado. A inteligência passou a ser definida 
operacionalmente em termos dos testes destinados a medi-la. Em outras palavras, o 
que quer que os testes medissem era chamado de inteligência. Conceitos práticos 
como estes dominaram a pesquisa psicológica sobre a inteligência até bem 
recentemente, quando os cientistas comportamentais começaram a reexaminar seus 
pressupostos. 
Aqui, distinguimos inteligência medida e inteligência. Por inteligência medida 
queremos dizer desempenho em uma situação específica de teste, sempre baseada 
em realizações: hábitos e habilidades adquiridos. Em contraste,
 definimos inteligência como uma capacidade para atividade mental que não 
pode ser medida diretamente. Assumiremos o ponto de vista de que a inteligência 
consiste em muitas capacidades cognitivas separadas, inclusive as envolvidas em 
percepção, memória, pensamento e linguagem. Embora até certo ponto todos os 
seres humanos possuam estas capacidades, parece haver muita variabilidade na 
eficiência de cada processo. Também fazemos a suposição de que a inteligência se 
aplica no ajustamento de cada processo. Também fazemos a suposição de que a 
inteligência se aplica no ajustamento em todas as esferas da vida. Já que as 
investigações de inteligência se amparam fortemente em testes, é crucial 
compreender como os psicólogos têm medido as capacidades mentais. 
 
 
 
12 
 
 
 
Conceito tradicional de inteligência 
 
O cientista comportamental britânico Francis Galton provavelmente foi a 
primeira pessoa a pensar seriamente em testara inteligência. Galton estabeleceu um 
pequeno laboratório em um museu da Londres, expressamente para o propósito de 
medir as capacidades humanas. Admitindo que as pessoas com desvantagens 
mentais podiam ter falta de acuidade sensorial, ele 
decidiu que as capacidades intelectuais e perceptuais 
poderiam estar altamente relacionadas. Se assim 
fosse, uma poderia proporcionar um índice da outra. 
Por isso, Galton começou a avaliar tais 
características, como acuidade visual e auditiva, 
sentido da cor, julgamento visual e tempo de reação. 
Media as atividades motoras, inclusive o “vigor do 
puxar e do apertar” e a “força do sopro também”. Em 
breve, muitos outros psicólogos estavam igualmente empenhados em procurar criar 
testes de capacidades intelectuais. O problema da mensuração da inteligência foi 
resolvido adequadamente, pela primeira vez, pelos psicólogos franceses Binet e 
Simon. 
 Em 1904, estes psicólogos foram encarregados pelo governo francês para 
auxiliarem a resolver o problema do baixo rendimento escolar, do grande números de 
reprovações nas escolas primárias francesas. Binet atribuiu o problema ao fato das 
classes serem heterogêneas, isto é, em uma única classe havia alunos bem dotados 
e pouco dotados intelectualmente. Assim, tornava-se selecionar as crianças pelo grau 
de inteligência, para formar classes homogêneas. Admitiu-se, também, que o simples 
julgamento dos professores não seria uma medida muita objetiva porque eles seriam 
influenciados pelas suas simpatias, preconceitos, pelos pais das crianças ou outros 
fatores. 
Abandonando o problema da definição da inteligência, Binet perguntou-se 
simplesmente: “O que fazem os sujeitos brilhantes que a média não consegue fazer?” 
Para responder à questão, Binet e Simon desenvolveram uma grande variedade de 
tarefas que enfatizavam diferentes aspectos como julgamento, compreensão, 
13 
 
 
raciocínio, atenção, memória e outros. Uma criança de seis anos que conseguisse 
resolver apenas os testes da idade de quatro anos tinha, portanto, uma idade mental 
de quatro anos. A criança que resolvesse os testes próprios para a sua idade e 
também os de idade superior à sua era considerada de inteligência normal. Este teste 
foi traduzido para todo o mundo e despertou especial atenção nos Estados Unidos da 
América, onde foram feitas várias revisões e apareceram outras formas de testes. A 
mais famosa é a de Terman. Lewis Terman (1877-1956), um psicólogo americano 
que trabalhava na Stanford University, produziu uma versão amplamente aceita do 
teste de Binet para americanos em 1916 e foi quem primeiro se utilizou do conceito 
de “quociente intelectual” (QI), atribuído 
ao psicólogo alemão Willian Stern, como 
um indicador de inteligência. 
O Q.I. é um índice numérico que 
descreve o desempenho relativo em um 
teste. Compara o desempenho de uma 
pessoa com o de outras da mesma idade. 
Os Q.I. podem ser calculados de diferentes maneiras. Terman usou o Q.I. para 
descrever o relacionamento entre o nível mental e a idade cronológica, tendo rejeitado 
a medida de Binet, ou seja, a diferença entre os dois. 
Na Escala de Inteligência Stanford-Binet, como foi denominada a revisão de 
Terman, inicialmente o Q.I. era calculado desta maneira: a pessoa que estava sendo 
testada recebia o crédito de um número preciso de meses para cada resposta correta. 
Os pontos eram somados e a soma recebia o rótulo de idade mental (IM). Os valores 
dos pontos dados para cada tarefa eram escolhidos de modo que os escores das 
idades mentais médias das pessoas fossem iguais à sua idade cronológica. Depois, 
a idade mental era dividida pela idade cronológica (IC) e o resultado multiplicado por 
100. Em outras palavras, dizia-se que Q.I. = (MI/IC) x 100. Uma criança de dez anos 
de idade que conseguisse um escore de idade mental de onze obtinha um Q.I. de 110 
(11/10 x 100 = 110). O Q.I. refletia a suposição de que uma idade mental um ano 
abaixo da idade cronológica da pessoa mostra uma desvantagem maior aos cinco 
anos de idade do que aos quinze. Hoje, os Q.I. Stanford-Binet são calculados de modo 
ligeiramente diferente. Nota: Não cometa engano de equacionar Q.I. e inteligência. 
14 
 
 
Inteligência, como a definimos, é uma capacidade global para atividades 
mentais. Q.I. é um número que diz como uma pessoa se desempenhou em um 
determinado teste em comparação com outras na mesma faixa etária. As idéias de 
Binet a respeito de testar a inteligência foram geralmente adotadas no mundo inteiro 
porque seu modelo “funcionava” em um sentido prático. Permitia aos psicólogos 
designar à inteligência um número que parecia razoável. E o número podia ser 
facilmente calculado por um estranho absoluto depois de interagir com o sujeito 
durante uma idade aproximadamente. Alguns cientistas comportamentais tentaram 
aperfeiçoar a escala de Binet. Outros construíram novos testes seguindo linhas 
semelhantes às de Binet. A fim de pouparem tempo e dinheiro, os psicólogos 
desenvolveram instrumentos que podiam ser ministrados a grupos de indivíduos. 
Foram criados testes para categorias especiais de pessoas, inclusive bebês, 
adolescentes, adultos, cegos e mudos. Atualmente há quase uma centena de testes 
de inteligência usados pelos educadores. 
Estágios do desenvolvimento segundo Piaget e Lev Vygotski 
 
Piaget acredita que existem, no desenvolvimento humano, diferentes 
momentos: um pensamento, uma maneira de calcular, uma certa conclusão, podem 
parecer absolutamente corretos em um determinado período de desenvolvimento e 
absurdos em um outro. 
 Para Piaget, a forma de raciocinar e de aprender da criança passa por 
estágios. Por volta dos dois anos, ela evolui do estágio sensório motor, em que a ação 
envolve os órgãos sensoriais e os reflexos neurológicos básicos – com sugar o seio 
materno - e o pensamento se dá somente sobre as coisas presentes na ação que 
desenvolve, para o pré-operatório. Nessa etapa, a crianças e torna capaz de fazer 
uma coisa e imaginar outra. Ela faz isso, por exemplo, quando brinca de boneca e 
representa situações vividas em dias anteriores. 
Outra progressão acontece por volta dos sete anos, quando ela passa para o 
estágio operatório concreto. Ela consegue refletir sobre o inverso das coisas e dos 
fenômenos e, para concluir um raciocínio, leva em consideração as relações entre os 
objetos. Percebe que 3-1=2 porque sabe que 2+1=3. Finalmente, por volta dos doze 
anos, chega ao estágio operatório formal. É quando o adolescente começa a 
desenvolver ideias completamente abstratas, sem necessitar da relação direta com 
15 
 
 
a experiência concreta. Ele compreende conceitos como: amor, democracia, 
liberdade, etc. 
O conhecimento e o desenvolvimento da 
inteligência seria construído na experiência, a 
partir da ação do sujeito sobre a realidade. Não 
sendo imposto de fora para dentro, por pressão 
do meio. Mas, alcançadas pelo indivíduo ao 
longo do processo de desenvolvimento, 
processo este entendido como sucessão de 
estágios que se diferenciam um dos outros, por 
mudanças qualitativas. Mudanças que permitam, não só a assimilação de objetos do 
conhecimento compatíveis com as possibilidades já construídas, através da 
acomodação, mas também sirvam de ponto de partida para novas construções. 
Para Lev Vygotski, o indivíduo não nasce pronto nem é cópia do ambiente 
externo. Em sua evolução intelectual há uma interação constante ininterrupta entre 
processos internos e influências do mundo social. Vygotski em um posicionamento 
que se contrapunha ao pensamento inatista, segundo a qual as pessoas já nascem 
com características, como inteligência e estados emocionais, pré-determinados. Da 
mesma forma, enfrentou o empirismo, corrente que defende que as pessoas nascem 
como um folha de papel em branco e que são formadas de acordo com as 
experiências às quais são submetidas. 
Vygotski, no entanto, entende que o desenvolvimentodo conhecimento é fruto 
de uma grande influência das experiências do indivíduo. Mas que cada um 
proporciona um significado particular a essas vivências. A apreensão do mundo seria 
obra do próprio indivíduo. Para ele, desenvolvimento e aprendizado estão 
intimamente ligados: nós só nos desenvolvemos se e quando aprendemos. Além 
disso, o desenvolvimento não dependeria apenas da maturação, como acreditavam 
os inatistas. Apesar de ter condições maturacionais para falar, uma criança só falará 
se participar ao longo de sua vida do processo cultural de um grupo, se tiver contato 
com uma comunidade de falantes. 
A ideia de um maior desenvolvimento quanto maior for o aprendizado suscitou 
erros de interpretação. Várias escolas passaram a entender o ensino como uma 
16 
 
 
transmissão incessante de conteúdos enciclopédicos. Imaginando que assim os 
alunos se desenvolveriam mais. No entanto, para ser assimiladas as informações têm 
de fazer sentido. Isso acontece quando elas incidem no que Vygotski chamou de Zona 
de desenvolvimento proximal, a distância entre aquilo que a criança sabe fazer 
sozinha – o desenvolvimento real – e o que é capaz de realizar com a ajuda de alguém 
mais experiente – o desenvolvimento potencial. 
Dessa forma, o que é zona de desenvolvimento proximal hoje se torna nível de 
desenvolvimento real amanhã. O bom ensino, portanto, é o que incide na zona 
proximal. Pois, ensinar o que a criança já sabe é pouco desafiador e ir além do que 
ela pode aprender é ineficaz. O ideal é partir do que ela domina para ampliar seu 
conhecimento. 
O professor, de posse desses conceitos pode proporcionar aos alunos, com o 
aperfeiçoamento de sua prática através da 
teoria, de conteúdos pedagógicos 
proporcionais à sua capacidade. 
Democratizando as relações de 
aprendizagem, a partir das características 
de desenvolvimento de conhecimento de 
cada aluno, para formar sujeitos 
autônomos. 
 
 
Desenvolvimento do adolescente 
 
Adolescência é o período de desenvolvimento durante o qual a criança 
dependente evolui para a vida adulta independente. Esse período começa, em geral, 
por volta dos 10 anos e termina próximo dos 20 anos de idade. Durante a 
adolescência, a criança passa por intensas mudanças físicas, intelectuais e 
emocionais. A condução desse período é um desafio não só para os pais, mas 
também para os médicos. 
 
17 
 
 
Desenvolvimento intelectual e comportamental 
 
No início da adolescência, as crianças começam a desenvolver a capacidade 
de pensamento abstrato, lógico. Essa maior sofisticação resulta em melhor percepção 
do eu e na capacidade de refletir sobre a própria existência. Por causa das muitas 
mudanças físicas visíveis da adolescência, essa autopercepção muitas vezes se 
transforma em autoconsciência, com um sentimento concomitante de estranheza. O 
adolescente também se preocupa com sua aparência física, atratividade e maior 
sensibilidade às diferenças entre colegas. 
Adolescentes também aplicam suas novas capacidades reflexivas a questões 
morais. Pré-adolescentes entendem o certo e o errado como fixo e absoluto. 
Adolescentes mais velhos muitas vezes questionam os padrões de comportamento e 
podem rejeitar as tradições—para consternação dos pais. Idealmente, essa reflexão 
culmina no desenvolvimento e interiorização do código moral do próprio adolescente. 
À medida que os adolescentes se deparam 
com trabalhos escolares mais complexos, eles 
começam a identificar áreas de interesse, bem 
como pontos fortes e fracos relativos. 
Adolescência é o período durante o qual os jovens 
começam a considerar opções de carreira, embora 
a maioria não tenha um objetivo claramente 
definido. Pais e médicos precisam estar cientes da 
capacidade do adolescente, ajudá-lo a formular 
expectativas realistas e estar preparados para identificar empecilhos para o 
aprendizado e que necessitam de recursos, como dificuldade de aprendizado, 
problemas de atenção, problemas de comportamento ou ambientes inapropriados de 
aprendizagem. Pais e médicos devem facilitar aprendizagens e experiências que 
exponham os adolescentes mais velhos a potenciais oportunidades de carreira tanto 
na escola quanto durante as férias escolares. Essas oportunidades podem ajudar os 
adolescentes a focar as escolhas de carreira e estudos futuros. 
Muitos adolescentes começam a se envolver em comportamentos de risco, 
como dirigir de forma imprudente. Muitos adolescentes começam a experimentar 
práticas sexuais, e alguns podem se envolver em práticas sexuais de risco. Alguns 
18 
 
 
adolescentes podem se envolver em atividades ilegais, como roubo e consumo 
abusivo de álcool e drogas ilícitas. Especialistas especulam que esses 
comportamentos ocorrem em parte porque os adolescentes tendem a superestimar 
suas próprias habilidades como uma preparação para sair de casa. Estudos recentes 
do sistema nervoso também mostraram que as partes do encéfalo que suprimem os 
impulsos só estão totalmente amadurecidas no início da idade adulta. 
 
Desenvolvimento emocional 
 
Na adolescência, as regiões do encéfalo que controlam as emoções se 
desenvolvem e amadurecem. Essa fase é caracterizada por explosões 
aparentemente espontâneas que podem ser desafiadoras para pais e professores, 
que são as pessoas que frequentemente recebem o confronto. Adolescentes 
aprendem gradualmente a suprimir pensamentos e ações inadequados e substituí-
los por comportamentos orientados a objetivos. 
O aspecto emocional do crescimento é o mais árduo, quase sempre exigindo 
muita paciência de pais, professores e médicos. A labilidade emocional é o resultado 
direto do desenvolvimento neurológico durante esse período, à medida que as regiões 
do cérebro que controlam as emoções amadurecem. A frustração também pode surgir 
do crescimento em múltiplos domínios. 
A principal área de conflito surge dos desejos do adolescente por mais 
liberdade, o que se choca com os fortes instintos dos pais de protegerem os filhos 
dos perigos. Os pais podem necessitar de ajuda na renegociação do papel deles, 
permitindo aos adolescentes, aos poucos, mais privilégios e esperando deles maior 
responsabilidade com eles próprios e com a família. 
A comunicação, mesmo dentro de famílias estáveis, pode ser difícil e piora 
quando as famílias são divididas ou os pais têm seus próprios problemas emocionais. 
Os médicos podem ser de grande ajuda ao oferecer aos adolescentes e aos pais 
apoio concreto, sensível e prático, facilitando a comunicação dentro da família. 
 
 
19 
 
 
 
Desenvolvimento social e psicológico 
 
A família é o centro da vida social para as crianças. Durante a adolescência, o 
grupo de colegas começa a substituir a família como o principal foco social da criança. 
Os grupos de colegas frequentemente são estabelecidos por causa de distinções no 
vestuário, aparência, atitudes, passatempos, interesses e outras características que 
podem parecer profundas ou triviais a quem vê de fora. Inicialmente, os grupos de 
colegas geralmente são do mesmo sexo, mas costumam se mesclar no final da 
adolescência. Esses grupos são importantes para os adolescentes porque fornecem 
validação para escolhas preliminares do adolescente e suporte em situações 
estressantes. 
Adolescente que não é parte de um grupo de colegas pode desenvolver 
sentimentos intensos em relação a ser diferente e alienado. Embora esses 
sentimentos geralmente não tenham efeitos permanentes, eles podem agravar o 
potencial de comportamento disfuncional ou antissocial. No outro extremo, o grupo 
de colegas pode assumir muita importância, também resultando em comportamento 
antissocial. Participação em gangues é mais comum quando os ambientes 
domésticos e sociais são incapazes de contrabalançar as exigências disfuncionais de 
um grupo de colegas. 
Os médicos devem examinar em todos os adolescentes distúrbios de saúde 
mental, como depressão, transtornobipolar e ansiedade. A incidência de distúrbios 
de saúde mental durante essa fase da vida é maior e pode resultar em pensamento 
ou comportamento suicida. Transtornos psicóticos, como esquizofrenia, embora 
raros, na maioria das vezes são percebidos durante o final da adolescência. 
Distúrbios alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa, são relativamente 
comuns entre meninas e podem ser difíceis de detectar porque as adolescentes 
fazem de tudo para ocultar comportamentos e alterações no peso. 
O uso de substâncias tipicamente começa na adolescência. Mais de 70% dos 
adolescentes nos Estados Unidos experimentam álcool antes de terminar o ensino 
médio. O consumo excessivo de álcool é comum e leva a riscos de saúde agudos e 
crônicos. Pesquisas mostraram que os adolescentes que começam a consumir álcool 
em uma idade jovem são mais propensos a desenvolver transtorno por uso de álcool 
20 
 
 
quando adultos. Por exemplo, adolescentes que começam a beber aos 13 anos de 
idade têm probabilidade 5 vezes maior de desenvolver transtorno por uso de álcool 
do que aqueles que começam a beber aos 21 anos. 
Quase 50% dos adolescentes norte-
americanos experimentam cigarros e mais de 
40% experimentam maconha enquanto ainda 
estão no ensino fundamental. O uso de outras 
drogas ilícitas é muito menos comum, embora 
o uso abusivo de drogas, incluindo fármacos 
para dor e estimulantes, esteja aumentando. 
Os pais podem ter uma forte influência positiva sobre seus filhos dando bons 
exemplos (p. ex., o uso de álcool com moderação, evitar o uso de drogas ilícitas), 
compartilhando seus valores e definindo expectativas quanto a ficar longe das 
drogasw. Os pais também devem ensinar às crianças que fármacos de venda sob 
prescrição só devem ser usados para fins médicos. Todos os adolescentes devem 
ser submetidos confidencialmente à triagem quanto ao uso abusivo de substâncias. 
Aconselhamento adequado deve ser dado como parte dos cuidados de saúde de 
rotina porque demonstrou-se que mesmo intervenções muito curtas por médicos e 
profissionais de saúde diminuem o uso de substâncias por adolescentes. 
 
Sexualidade 
Além da adaptação para as mudanças do corpo, o adolescente deve ficar 
confortável com o papel adulto de homem ou de mulher e com o estímulo sexual, que 
pode ser muito forte e, às vezes, temível quanto à perspectiva. 
Alguns adolescentes se indispõem com a questão da identidade sexual e 
podem se sentir amedrontados em revelar a orientação sexual a amigos ou familiares. 
Adolescentes homossexuais podem enfrentar desafios à medida que sua sexualidade 
se desenvolve. Os adolescentes podem se sentir desprezados ou não aceitos pela 
família ou colegas quando expressam desejos homossexuais. Essa pressão 
(especialmente durante um momento na vida em que a aceitação social é 
extremamente importante) pode causar estresse grave. Medo do abandono pelos 
pais, às vezes real, pode levar a comunicação desonesta ou pelo menos incompleta 
21 
 
 
entre adolescentes e os pais. Esses adolescentes também podem ser insultados e 
intimidados pelo colegas. Ameaças de violência física devem ser levadas a sério e 
relatadas aos funcionários da escola. A melhor ajuda para o desenvolvimento 
emocional de adolescentes homossexuais e heterossexuais é dada por médicos, 
amigos e familiares apoiadores. 
Alguns elementos da experiência humana associam aspectos físicos, 
intelectuais e emocionais quase completamente à sexualidade. É muito importante 
auxiliar o adolescente a colocar a sexualidade em um contexto saudável por meio de 
respostas honestas que dizem respeito a reprodução e doenças sexualmente 
transmissíveis. Os adolescentes e os pais devem ser encorajados ao diálogo aberto 
com relação às atitudes de sexo e sexualidade; as opiniões dos pais permanecem um 
determinante importante do comportamento do adolescente. 
 
Desenvolvimento físico 
 
Apesar de algumas mudanças físicas que ocorrem durante o período da 
adolescência serem internas e não visíveis, outras podem ser facilmente vistas pelos 
outros. Estas mudanças corporais óbvias podem afetar a forma como adultos e 
colegas de ambos os sexos enxergam e tratam os jovens. As mudanças que ocorrem 
tanto fora quanto dentro do corpo durante a adolescência acontecem por meio de um 
processo chamado “puberdade”. 
Este processo deriva da liberação de certos hormônios (substâncias químicas) 
no cérebro. Estes hormônios liberados são os mesmos em todos os adolescentes, 
mas diferenças nos níveis hormonais levam a resultados diferentes em homens e 
mulheres. As mudanças físicas nos adolescentes que fazem a transição de seus 
corpos infantis para corpos adultos e dão a eles a possibilidade de engravidar é 
chamada de “fertilidade”. 
Qualquer pessoa que olhe para um ou uma adolescente lado a lado verá 
algumas diferenças claras. Ainda assim, adolescentes de ambos os sexos exibem 
muitas mudanças em comum, mais destacadamente, estirões de crescimento em 
altura e peso. Durante estes estirões de crescimento, ossos e músculos se tornam 
mais longos e mais fortes, o que permite que adolescentes assumam tarefas que eles 
22 
 
 
provavelmente não eram capazes de realizar quando crianças, como levantar objetos 
pesados ou caminhar, correr ou andar de bicicleta por longas distâncias. Muitos 
jovens alcançarão a sua altura adulta máxima ao final da puberdade. Além dos 
estirões de crescimento, outras mudanças físicas podem acontecer tanto em 
mulheres quanto em homens, incluindo odor corporal, acne e o aparecimento de mais 
pelos corporais. 
Apesar dos principais marcos do desenvolvimento físico da adolescência 
acontecerem a todos, o tempo destes marcos varia muito, tanto entre os sexos quanto 
dentro deles. Alguns adolescentes exibem sinais físicos de maturidade mais cedo do 
que seus pares, enquanto outros os exibem mais tarde. Por exemplo, as mudanças 
físicas visíveis nos homens geralmente começam alguns anos depois de começarem 
nas mulheres. O momento da primeira menstruação de uma mulher também varia: as 
meninas podem apresentar sua primeira menstruação desde os oito até os 16 anos. 
Muitos fatores podem ser responsáveis pelas diferenças no tempo e nos 
resultados das alterações físicas dos adolescentes, como: 
 
 
23 
 
 
Desenvolvimento cognitivo 
 
O desenvolvimento cognitivo diz respeito às alterações cerebrais que 
preparam as pessoas a pensar e aprender. Assim como na primeira infância, os 
cérebros na adolescência sofrem crescimento e desenvolvimento expressivos. Estas 
mudanças reforçarão a capacidade dos adolescentes de tomar e executar decisões 
que os ajudarão a prosperar agora e no futuro. O cérebro cresce e se fortalece de 
três modos: 
 
 
Apesar destas mudanças serem rápidas, estes processos levam tempo. 
Diferentes partes do cérebro se desenvolvem em diferentes momentos, com a parte 
do cérebro responsável pelo pensamento abstrato, planejamento e tomada de 
decisões se desenvolvendo por último. No geral, o cérebro não está totalmente 
desenvolvido e protegido até o meio da década dos vinte anos. 
As mudanças no cérebro dos adolescentes afetam as habilidades de 
pensamento dos adolescentes. Especificamente, os jovens obtêm estas vantagens à 
medida que o cérebro cresce, é “podado” e fortalece as conexões do pensamento 
abstrato, raciocínio avançado, metacognição e aprendizagem avançada. 
24 
 
 
 
 
25 
 
 
 
A adolescência é um momento ideal na vida de uma pessoa para ganhar e 
manter novas habilidades. As mudanças no cérebro e como elas moldam o 
pensamento de um jovem ajudam a preparar adolescentes para a tomada de 
decisões da vida adulta. Desta forma, pais e outros cuidadores devem lembrar que o 
cérebro adolescente não está totalmente desenvolvido. Em particular, os 
adolescentes podem lutar com o controle dos impulsos e podem ter mais 
probabilidade de tomar decisões baseadas mais em emoções do quena lógica. Além 
disto, os processos de pensamento e tomada de decisão de um adolescente podem 
variar de um dia para o outro. Ao manter estas questões em mente, os adultos podem 
fornecer o apoio que os adolescentes precisam, à medida que seus cérebros se 
desenvolvem. 
 
26 
 
 
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