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11/09/12 O adv ento do homem-massa | Blog C ontrov érsia
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O advento do homem-massa
Posted on 27/11/2010 by Ricardo | 1 Comment
Na decadente conjuntura da degradação cultural promovida pelo nivelamento vulgar das
qualidades humanas, vivemos sob o jugo da "ditadura da massificação", na qual se dilui todo
destaque pessoal, todo brilho singular
Renato Nunes Bittencourt
As inúmeras transformações sociais e valorativas ocorridas na modernidade oitocentista a partir da
queda do ideário aristocrático e sua substituição pela v isão de mundo burguesa trouxeram consigo
um projeto cultural de instauração da noção de "igualdade" na esfera política, econômica ou social.
Todavia, o projeto moderno de estabelecimento da "igualdade" humana se revelou uma farsa, pois
nenhum ser humano manifesta qualquer tipo de característica semelhante a outrem, e se falamos de
"igualdade", estamos certamente estabelecendo uma redução simbólica da condição indiv idual.
Ortega y Gasset foi um dos principais filósofos a problematizar a questão da massificação da cultura
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na modernidade ocidental, e suas diversas implicações na esfera simbólica e social da v ida humana.
Ao criar o conceito de "homem-massa", o filósofo forneceu um importante aparato intelectual para
compreendermos de que maneira v ivemos sob a égide moralista do nivelamento humano, e de que
forma nossa criação cultural se submeteu a tais parâmetros normativos motivando, assim, nada
mais do que o empobrecimento existencial e a legitimação do grotesco. Para Ortega y Gasset, "de
repente a multidão tornou-se v isível, instalou-se nos lugares preferenciais da sociedade. Antes, se
existia, passava despercebida. Ocupava o fundo do cenário social; agora, antecipou-se às baterias,
tornou-se o personagem principal. Já não há protagonistas, só coro" (A Rebelião das Massas, p. 43).
É importante destacar que a configuração valorativa do "homem-massa" não segue parâmetros
sociais ou econômicos específicos, mas a análise da existência ou não de uma nobreza de espírito
interior. Assim, uma pessoa detentora de posses materiais, caso avalie sua existência pelos
parâmetros quantitativos da ganância, da falta de finesse e da degradação do gosto cultural, associa-
se ao grupo dos "homens-massa"; por sua vez, uma pessoa desprov ida de instrução formal e de bens
materiais, mas que é dotada de espírito avaliativo e sensibilidade cultural para apreciar aquilo que é
belo ou sublime, se encontra longe da esfera vulgar da tipologia da massa, caracterizada justamente
pela ausência de critérios seletivos em suas avaliações. Para Ortega y Gasset, "massa é todo aquele
que não atribui a si mesmo um valor – bom ou mau – por razões especiais, mas que se sente como
todo "mundo" e, certamente, não se angustia com isso, sente-se bem por ser idêntico aos demais" (A
Rebelião das Massas, p. 45)
Filisteu da cultura
Encontramos no "filisteu da cultura" um dos principais avatares do "homem-massa" tal como
delineado por Ortega y Gasset em A Rebelião das Massas. O "filisteu da cultura", conceito criado pela
intelligentsia alemã do período oitocentista e analisado filosoficamente por Nietzsche na sua
Primeira Consideração Intempestiva, se satisfaz plenamente com o cotidiano da v ida privada pacata
e confortável, não sendo capaz de estabelecer para si próprio a realização de quaisquer tipos de
projetos superiores, mas apenas propostas práticas passíveis de ser contabilizadas em melhorias
para a sua v ida privada imediata. Ao "filisteu da cultura" nada mais interessa do que cumprir as
determinações burocráticas que lhe são impostas pelo meio social e, realizando tal intento, poder
dormir placidamente sobre os louros da v itória.
A confonfonfiguração valorativa do "hom em -m assa"
não segue parâm etros sociais ou econ ôm icos específicos
O desenvolv imento da indústria promoveu a inserção cada vez mais vertiginosa dos bens culturais
no sistema de mercado, promovendo assim a vulgarização da arte e das realizações culturais.
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Podemos afirmar que o maior malefício cultural promovido pela obtusidade intelectual e existencial
do tipo "filisteu" ocorre quando ele detém o poder sobre as instituições artísticas e educacionais,
pois essas organizações passam a ser gerenciadas pela óptica do lucro imediato e da comercialização
das realizações culturais, que se tornam assim meros objetos consumíveis e, por conseguinte,
descartáveis. Esse dispositivo comerciário, incompatível com o florescimento autêntico da v ida
cultural, se manifesta até mesmo na mercantilização do ensino pela especulação empresarial.
A burocracia nos diversos setores sociais também é fruto da ação deletéria do "homem-massa", pois
impede que as ações humanas se desenvolvam com a agilidade necessária para que elas motivem a
transformação para melhor da sociedade. A burocracia institucionalizada faz que as forças criativas
dos indiv íduos se cristalizem e, por conseguinte, fiquem estagnadas. Quando o espírito burocrático
atua no âmbito do sistema educacional, por exemplo (veja box abaixo), os malefícios intelectuais
são ev identes: ausência de estímulo para a constante superação das competências profissionais,
submissão aos valores normativos estabelecidos, supressão dos ideais progressistas e desmotivação
intelectual. Um dos maiores responsáveis para essa degradação da experiência de ensino ocorre
pela interferência de questões alheias ao desenvolv imento do saber e da troca de conhecimentos na
realidade pedagógica, ao se criar parâmetros avaliativos para a classe de estudantes, homogeneizada
em sua raiz, e para o próprio professor, obrigado a se submeter a um sistema castrador de seu
próprio potencial didático.
Favorecer o com um
Na contramão, Ortega y Gasset ressaltou a multidão ao discutir o advento do homem-massa
Ora, uma vez que a estrutura escolar não pretende favorecer o desenvolv imento da exceção, mas o
comum, não é estranho vermos a instituição de ensino como um instrumento promotor da
estagnação das forças criativas dos indiv íduos. Projetos educacionais e planejamentos econômicos
são instâncias diametralmente opostas, mas na realidade da sociedade de massas tal intercessão é a
regra. Quando uma instituição de ensino promove a facilitação dos conteúdos didáticos como forma
de promover a progressão dos estudantes, ela gera a supressão da disciplina intelectual necessária
para que o aluno possa continuamente se esforçar em prol da aquisição de novos patamares
cognitivos. Tal como afirma Ortega y Gasset, "o ‘homem–massa’ jamais teria apelado para qualquer
coisa fora dele se a circunstância não o tivesse forçado v iolentamente a isso. Como as circunstâncias
atuais não o obrigam, o eterno ‘homem-massa’, de acordo com sua índole, deixa de apelar e se sente
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senhor de sua v ida" (A Rebelião das Massas, p. 95).
A sociedade tecnicista faz triunfar os valores da massificação da cultura e o nivelamento por baixo
entre os indiv íduos, pois o ato de despertar da singularidade é considerado prejudicial para a
manutenção da ordem pública, que se sustenta pela homogeneização dos comportamentos e
qualidades humanas. Por conseguinte, v ive-se sob o império moralista da "igualdade absoluta", pois
nesse sistema de padronização extrínseco da v ida humana é considerado como algo moralmente
indecente a singularização indiv idual. Conforme destaca Ortega y Gasset: "a massa faz sucumbir tudo
o que é diferente, egrégio, indiv idual, qualificado e especial. Quem não for como todo mundo, quem
não pensar como todo mundo, correrá o risco de ser eliminado" (A Rebelião das Massas, p. 48).Filisteu da Cultura é o tipo hum ano que avalia as criações superiores do espírito
hum ano a partir de critérios puram ente m ateriais, m ensurando sob o m esm o padrão
avaliativo a Arte, a Cultura e as necessidades corriqueiras da existência
Ensino de m assa
Não é de se estranhar quando um "filisteu da cultura" que, porventura, venha a conquistar o cargo
de diretor de uma escola diz que o "estudante é um cliente", discurso muito próximo ao da ideologia
comerciária que dá ao freguês a razão incondicional sobre todas as coisas, impedindo que o
indiv íduo saia do estado de menoridade intelectual e v ivencie com responsabilidade as suas
escolhas e decisões existenciais. Tanto pior, o "filisteu da cultura" infiltrado no sistema educacional
interferirá continuamente no planejamento pedagógico da instituição ao v islumbrar obter o lucro
incondicional, pois a sua relação com a cultura superior é absolutamente artificial, movida apenas
pelo aproveitamento usurário dos bens educacionais. Explorando as capacidades profissionais dos
professores, o diretor-burocrata, alheio ao autêntico espírito educacional, exigirá de cada docente a
máxima dedicação aos seus afazeres, sem que, todavia, lhes forneça condições adequadas para o
exercício das suas funções pedagógicas.
A s escolas, em geral, promovem a legitimação da massificação da cultura, pois os estudantes se
encontram na obrigação imediata de se adequarem intelectualmente aos parâmetros pedagógicos
estabelecidos pelo sistema de ensino, regido por uma lógica burocrática estranha ao plano imanente
da sala de aula; mais ainda, torna-se praticamente impossível que um estudante seja avaliado
singularmente em suas competências específicas, circunstância que o torna mero número diante da
lógica fria dos fluxogramas acadêmicos.
No sistema de ensino massificado, o estudante é despojado de tudo aquilo que lhe é singular para
que possa se tornar "igual" aos demais, e tal objetivo se realiza não apenas pelo uso do uniforme
escolar, mas acima de tudo pela uniformização do pensamento. Por conseguinte, a escola regida pelo
sistema burocrático e massificador de valores, em vez de promover a afirmação da criativ idade
humana e da cultura, motiva em verdade a barbárie. Por tal motivo a escola pode ser considerada
como uma esfera normativa da sociedade de massa, pois ela sutilmente "educa" o indiv íduo a ser,
desde a sua infância, uma pessoa desprov ida de senso crítico para que assim v iva sempre ao serv iço
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da realização plena da ordem estabelecida. Para isso, tal pessoa deve se adequar à autoridade
pedagógica, mantenedora do projeto burocrático da "sociedade de iguais". A moral de rebanho não
se manifesta, portanto, apenas na esfera religiosa de caráter repressor da ousadia da singularidade,
mas também no âmbito educacional, catequizando os indiv íduos na cartilha da "igualdade".
A globalização também traz tendências "culturais" da massificação do gosto e a degradação da
experiência estética das cidades e de toda a sociedade
A moda tenta pregar nos consumidores uma ideia de destaque, mas insere o indivíduo na
massificação orgânica ao fazer seguir os preceitos de uma tendência ditada e homogênea
Estamos sob a constante ameaça de, na decadente conjuntura da degradação cultural promovida
pelo nivelamento vulgar das qualidades humanas, v ivermos sob o jugo da "ditadura da
massificação", na qual é diluído todo destaque pessoal, todo brilho singular. Esse sistema normativo
impede o florescimento de disposições agonísticas entre os indiv íduos, processos rigorosamente
interativos que, mediante o embate de qualidades, faz vencer aquele que no momento da oposição é
o mais apto. Entretanto, o espírito massificado não quer "v iver perigosamente" e, desprov ido de
sentimentos que instigam ações transformadoras, v ive confortavelmente na sua medíocre
banalidade existencial. Dessa maneira, ocorre a v itória social do "homem-massa" que, incapaz de se
realizar como ser humano no decorrer da sua existência e se destacar por seus méritos intelectuais,
culturais e valorativos, não mede esforços para impedir que outros o façam. O "homem-massa",
nessas condições, atua sob a influência do espírito de ressentimento, caracterizado pelo ódio figadal
contra o indiv íduo que consegue dar vazão aos seus impulsos criativos e, assim, realizar ações
extraordinárias para maior benefício da cultura social. Afinal, nada mais desagrada ao homem sem
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qualidades superiores do que ver o triunfo dos indiv íduos ousados, capazes de se destacarem
socialmente por seus méritos pessoais. O talento é o maior fantasma para a mediocridade. Tal como
enunciado por Ortega y Gasset, "a característica do momento é que a alma vulgar, sabendo que é
vulgar, tem a coragem de afirmar o direito da vulgaridade e o impõe em toda parte" (A Rebelião das
Massas, p. 48).
A indústria da propaganda e do slogan cria na população a vinculação entre a mercadoria e a
felicidade
Slogans e publicidade
A massificação do gosto vem atender também ao estado de degradação da experiência estética da
sociedade moderna, na qual se elaboram tendências "culturais" padronizadas para determinados
grupos sociais, exigindo simultaneamente pouca reflexão e grande capacidade de assimilação das
tendências projetadas a cada estação. Como o "homem-massa" segue afoitamente as palavras de
ordem de slogans e os mandamentos seculares dos ícones sociais explorados pela publicidade
(instrumento por excelência do processo massificador da sociedade), sua mente se torna um
grotesco depositário de ideias heteróclitas, perdendo assim qualquer autonomia nas suas escolhas.
Vive-se, por conseguinte, conforme a "moralidade do impessoal", pois agir de forma destacada da
coletiv idade anônima é algo ofensivo para o falso pudor da moderna civ ilização das massas; esta, em
vez de promover o refinamento intelectual e cultural do indiv íduo, se esforça acima de tudo por
anular as próprias noções de singularidade e originalidade, criando blocos humanos desprov idos de
personalidade, para que se possa assim melhor controlá-los.
Segundo Ortega y Gasset, "v iver é sentir-se fatalmente forçado a exercer a liberdade, a decidir o que
vamos ser neste mundo. Não há um momento de descanso para nossa ativ idade de decisão.
Inclusive, quando, desesperados, nos abandonamos à sorte, decidimos não decidir" (A Rebelião das
Massas, p. 73). Podemos dizer que nobreza é sinônimo de v ida dedicada, sempre disposta a superar
a si mesma, a transcender do que já é para o que se propõe como dever e exigência. A v ida nobre se
contrapõe à v ida vulgar e inerte que, estaticamente, se restringe a si mesma, condenada à imanência
perpétua, a não ser que algum fator externo a obrigue a reagir. Por isso, chamamos massa a esse
modo de ser homem – não tanto por ser multitudinário, mas por ser inerte.
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O ato de despertar da singularidade é considerado
prejudicial para a m anutenção da ordem pública
A Educação também tem a sua forma de massificação ao tirar do aluno a possibilidade de expor o
que lhe é singular e promover a uniformização do pensamento
A moda é uma grande promotora da massificação orgânica da sociedade regida pelo sistema de
burocratização da existência, pois ao prometer de forma falaciosa ao consumidor a oportunidade
deste se destacar gloriosamente dos demais ao adquirir determinado gênero, faz na verdade que tal
sujeito siga o sistema aglutinador de massificação. Se, na Antiguidade grega, um indiv íduo obtinha o
reconhecimento social pela realização de feitos extraordinários que superavam o padrão ordinário,
em nossa moderna ordem burocrática da existência conquistamoso reconhecimento público
consumindo os produtos prev iamente estabelecidos pelos "sacerdotes" da massificação cultural.
Como ninguém quer ficar fora de moda e assim ser estigmatizado como "extravagante", todo um
grupo social segue passivamente as palavras encantadas dos publicitários, que promovem uma
relação fetichista entre a mercadoria e a felicidade que supostamente pode v ir a ser alcançada
mediante o consumo do produto alardeado. Acreditando se destacar do seio da massa ao usar
determinada coisa, o indiv íduo, ludibriado pela propaganda, chafurda ainda mais na essência da
própria massa da qual pretensamente queria se emancipar.
A obra de Ortega y Gasset se revela, conforme v imos no decorrer deste texto, como um libelo contra
a ameaça da supressão da singularidade do homem ocidental, oprimido continuamente por um
ideário valorativo sectário da redenção da mediocridade diante da demonização da singularidade.
Povo m arcado, povo feliz
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O advento do hom em massa cresce a cada v itória do capitalismo, que se mostra
vertiginosamente eficiente, uma poderosa máquina de esvaziar reflexões e ideias próprias ao
estimular o "ter" em detrimento do "ser", e fazendo com que pessoas busquem satisfação apenas no
material. Esse processo favorece o mercado da propaganda, já que irreflexivos são mais maleáveis
aos estímulos dos slogans. A necessidade do ter, entretanto, afunda ainda mais na massa os que
seguem uma tendência específica ditada, caso que acontece na moda ou na necessidade de aquisição
de bens do efeito da modernização e que movimentam o capitalismo. Exposições dessa nova
realidade trazida com a globalização pelo mundo moderno é frequentemente encontrada nas
expressões da Arte. Na Literatura, o escritor inglês Aldous Huxley , em Admirável mundo novo,
descreve uma sociedade em que pessoas v ivem uma harmonia seguindo uma série de regras para
qual foram condicionadas biológica e psicologicamente. Drogas e sexo são estimulados e o amor
reprimido para extirpar qualquer forma de revolução e estabelecem uma ordem por meio do
conformismo. O cantor Zé Ramalho, numa clara referência ao romance de Huxley , compôs, no final
dos anos 7 0, em um período de ditadura no Brasil, a música de denúncia social chamada Admirável
Gado Novo, exaltando os mecanismos de alienação tão presentes na época e que vemos crescer nos
dias de hoje.
Referências
NIETZSCHE, Friedrich. Consideraciones Intempestivas, 1 – David Strauss, el confesor y el escritor.
Trad. Esp. de Andrés Sánchez Pascual. Madrid: Alianza Editorial, 2000. ORTEGA Y GASSET, José. A
Rebelião das Massas. Trad. de Mary lene Pinto Michael. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Renato Nunes Bittencourt é doutor em Filosofia pelo PPGF-UFRJ e professor do curso de
Comunicação Social da Faculdade CCAA
Fonte: Rev ista Filosofia – http://conhecimentopratico.uol.com.br/filosofia/
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