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AUDITORIA-NO-SISTEMA-SUS-E-PRIVADO-DE-SAÚDE-DIAGRAMADA

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Auditoria no Sistema 
Sus e Privado 
de Saúde 
 
 02 
 
 
1. Auditoria: Histórico e Conceituação 5 
Auditoria em Sistemas de Saúde 6 
Os Sistemas de Auditoria em Saúde no Brasil 7 
 
2. Diretrizes da Auditoria do SUS 10 
Princípios, Diretrizes e Regras da Auditoria do SUS 11 
Princípios Éticos e Profissionais do Auditor 13 
Postura Ética 13 
Independência 13 
Imparcialidade 13 
Objetividade 14 
Competência e Capacidade Profissional 14 
Ceticismo e Julgamento Profissional 15 
Zelo Profissional 15 
Uso de Informações de Terceiros 15 
Sigilo 16 
Cortesia 16 
Credibilidade 16 
 
3. O Processo de Auditoria no SUS 18 
Do Procedimento 19 
Da Fase Analítica 19 
Levantamento de Informações Sobre o Objeto 
da Auditoria 20 
Construção das Matrizes de Coleta e Análise 
de Informações 20 
Elaboração dos Papéis de Trabalho 22 
Cronograma de Trabalho 23 
Elaboração do Relatório Analítico 23 
Da Fase Operativa ou In Loco 24 
Da Fase de Relatório Final 26 
Do Controle de Qualidade das Fases de Auditoria 28 
Das Considerações Finais 28 
 
 
 
 
 3 
 
 
4. Auditoria na Saúde Suplementar 30 
As Atribuições do Auditor em Saúde 33 
 
5. Referências Bibliográficas 38 
 
 
 04 
 
 
 
 
 
 5 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
1. Auditoria: Histórico e Conceituação 
 
 
Fonte: Nexxto1 
 
auditoria prática teve seu início 
na área contábil principalmen-
te a partir da Revolução Industrial 
no século XVIII, com o surgimento 
das indústrias e do capitalismo, sen-
do consolidada e conceituada na In-
glaterra como um meio para garan-
tir a estabilidade econômica e finan-
ceira das empresas que surgiram 
neste período. 
Segundo Aurélio Buarque de 
Holanda Ferreira, no Novo Dicioná-
rio da Língua Portuguesa, as pala-
vras “auditoria” e “auditor” vêm do 
 
1 Retirado em https://nexxto.com/ 
latim “auditore” e significam audito-
ria: cargo de auditor, lugar ou repar-
tição onde o auditor exerce suas fun-
ções, exame analítico ou pericial que 
segue o desenvolvimento das ações 
contábeis, desde o início até o ba-
lanço, auditagem; auditor: aquele 
que houve - ouvidor; perito-conta-
dor encarregado da auditoria. 
A AUDIBRA: Instituto de Audito-
ria Interna do Brasil - que fala sobre 
a função da auditoria dentro das or-
ganizações, denominada como audi-
toria interna, descreve a auditoria 
A 
 
 
6 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
interna como uma função de avalia-
ção independente, criada dentro das 
organizações para avaliar suas ativi-
dades, como um serviço a essa mes-
ma organização. 
Existem diferentes conceitua-
ções para auditoria, variando con-
forme o autor e de acordo com sua 
finalidade. Holmes (1956) postula 
que auditoria é o exame de demons-
trações e registros administrativos. 
Para Sá (2002), o auditor observa a 
exatidão, a integridade e a autentici-
dade de tais demonstrações, regis-
tros e documentos. Conforme asse-
vera Chiavenato (2006), a auditoria 
é um sistema de revisão de controle 
para informar a administração sobre 
a eficiência e a eficácia dos progra-
mas em desenvolvimento, não sendo 
sua função somente indicar os pro-
blemas e as falhas, mas também 
apontar sugestões e soluções, assu-
mindo, portanto, um caráter educa-
dor. 
Kurcgant (1991) define a fun-
ção de auditoria como sendo a avali-
ação sistemática e formal de uma 
atividade ou processo de trabalho, 
por alguém não envolvido direta-
mente na execução desta atividade, 
para determinar se essa atividade 
está sendo levada a efeito de acordo 
com seus objetivos, verificando se os 
resultados obtidos através da avalia-
ção são satisfatórios ou insatisfató-
rios. 
Gil (2000) descreve a audito-
ria como uma função da organização 
institucional que visa a revisão, ava-
liação e emissão de opinião referente 
a todo o ciclo administrativo enten-
dendo-se como ciclo administrativo 
o planejamento, a execução e o con-
trole, considerando a auditoria im-
portante em todos os momentos 
e/ou ambientes das entidades. 
A partir destes conceitos pode-
se dizer que a Auditoria está relacio-
nada à avaliação das atividades de-
senvolvidas nas organizações e o 
produto do trabalho buscando por 
uma análise coerente e objetiva a 
mudança ou aprimoramento de pro-
cessos para obtenção de um resul-
tado positivo e verificação de rotinas 
ineficientes. 
 
Auditoria em Sistemas de 
Saúde 
 
Na área da saúde a auditoria 
aparece, pela primeira vez, no traba-
lho realizado pelo médico George 
Gray Ward, nos Estados Unidos, em 
1918, no qual foi verificada a quali-
dade da assistência médica prestada 
ao paciente por meio dos registros 
em prontuário. 
Segundo Zanon (2001), a au-
ditoria médica foi criada em 1943 
por Vergil N. Slee. A partir da década 
de 1980, à luz dos conceitos de Do-
 
 
7 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
nabedian (1980), passou a ser em-
pregada com maior ênfase para a 
avaliação da qualidade dos serviços 
médicos prestados, bem como de 
seus custos (MALIK; SCHIESARI, 
1998; MELO; VAITSMAN, 2008; 
PAIM; CICONELLI, 2007; PIMEN-
TEL, 2006). 
A auditoria incorporou-se à 
rotina das instituições de saúde com 
o intuito de avaliar os aspectos qua-
litativos da assistência requerida 
pelo paciente, os processos internos 
e as contas hospitalares objetivando 
a redução da perda financeira ou 
ainda a reestruturação dos serviços 
 
Os Sistemas de Auditoria em 
Saúde no Brasil 
 
As atividades de auditoria no 
Brasil não são recentes, tendo sido 
realizadas em Hospitais Universitá-
rios de modo superficial. No serviço 
público, já ocorriam antes de 1976, 
com base no então Instituto Nacio-
nal de Previdência Social (INPS), e 
eram executadas pelos supervisores 
por meio de apurações em prontuá-
rios e em contas hospitalares, por-
quanto à época não havia auditorias 
diretas em hospitais. A partir de 
1976, as denominadas contas hospi-
talares foram transformadas em 
Guias de Internação Hospitalar 
(GIH) e as atividades de auditoria fi-
caram estabelecidas como Controle 
Formal e Técnico (BRASIL, 200?). 
Em 1978, foi criada a Secreta-
ria de Assistência Médica, subordi-
nada ao Instituto Nacional de Assis-
tência Médica da Previdência Social 
(INAMPS). Percebeu-se a necessi-
dade de aperfeiçoar a GIH, criando-
se, então, a Coordenadoria de Con-
trole e Avaliação nas capitais e o Ser-
viço de Medicina Social nos municí-
pios. Posteriormente, em 1983, a 
GIH foi substituída pela Autorização 
de Internação Hospitalar (AIH), no 
Sistema de Assistência Médica da 
Previdência Social (SAMPS), e no 
mesmo ano se reconheceu o cargo de 
auditor-médico, passando a audito-
ria a ser conduzida nos próprios hos-
pitais (BRASIL, 200?). 
Caleman, Moreira e Sanchez 
(1998) relatam que a criação do 
SUS, em 1988, instituiu o acesso 
universal e igualitário às ações e ser-
viços de saúde, com regionalização e 
hierarquização, descentralização 
com direção única em cada esfera de 
governo, participação da comuni-
dade e atendimento integral, com 
prioridade para a atenção primária. 
O Sistema Nacional de Audito-
ria (SNA) do SUS foi criado em 1993 
pela Lei n.º 8.689 e regulamentado 
pelo Decreto n.º 1.651, de 1995. O 
SNA atua de forma descentralizada, 
conforme preconiza o referido De-
creto, e, por corolário, possui entes 
em cada unidade federativa do Bra-
sil. 
 
 
8 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
O Sistema é coordenado pelo 
DENASUS, órgão que compõe a es-
trutura da Secretaria de Gestão Es-
tratégica e Participativa do SUS 
(SGEP), do Ministério da Saúde. 
Além disso, o Sistema é represen-
tado, na esfera federal, pelo DENA-
SUS e pelas Seções de Auditoria, as 
quais se localizam em cada estado da 
Federação. 
A atividade de auditoria, reali-
zada no âmbito das unidades de au-
ditoria do Ministério da Saúde, é 
crucial para a melhoriada qualidade 
das ações e dos serviços no SUS. Os 
relatórios produzidos pelas audito-
rias materializam-se em instrumen-
tos utilizados para detectar irregula-
ridades e oportunidades de melhoria 
na gestão do SUS, desde que elabo-
rados observando-se princípios, mé-
todos e técnicas apropriados. Por 
isso, constituem-se em um produto 
relevante, um instrumento informa-
tivo e construtivo, de alta credibili-
dade pública, reconhecidamente im-
prescindível na tomada de decisões 
dos gestores de todas as esferas do 
SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
2. Diretrizes da Auditoria do SUS 
 
 
Fonte: Hygia2 
 
egundo a Organização Interna-
cional das Entidades Fiscaliza-
doras Superiores (Intosai)1, a audi-
toria é o exame das operações, ativi-
dades e sistemas de determinada en-
tidade, com vistas a verificar se são 
executados ou funcionam em con-
formidade com determinados obje-
tivos, orçamentos, regras e normas 
(BRASIL, 2017). 
Também pode ser conceituada 
como o processo de exame indepen-
dente de determinadas situações, 
 
2 Retirado em https://blog.hygia.com.br/auditoria-organizacional-no-sus/ 
objetivando a emissão de juízos so-
bre a conformidade com padrões, 
que são denominados de critérios de 
auditoria. 
O compromisso da auditoria 
para o fortalecimento da gestão se 
estabelece na orientação ao gestor 
quanto à aplicação eficiente do orça-
mento da saúde, o qual deve refletir 
na melhoria dos indicadores epide-
miológicos e de bem-estar social, no 
acesso e na humanização dos servi-
ços. 
S 
 
 11 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Na concepção trazida pelo 
SNA, auditoria é um instrumento de 
qualificação da gestão que visa forta-
lecer o SUS, por meio de recomen-
dações e orientações ao auditado, 
com vista à garantia do acesso e à 
qualidade da atenção à saúde ofere-
cida aos cidadãos. Essa concepção 
altera a dialética da produção/fatu-
ramento para a lógica da atenção aos 
usuários, em defesa da vida, incor-
porando a preocupação com o acom-
panhamento das ações de saúde (po-
líticas públicas e seus determinantes 
sociais) e análise de seus resultados. 
Coerentemente, o DENASUS 
formalizou um método para execu-
tar suas auditorias, estabelecendo 
padrões, inclusive de conduta, com 
regras claras quanto à documenta-
ção que deve respaldar todo o pro-
cesso de trabalho. Por esse ângulo, 
comprometido em apoiar a gestão 
do SUS, o SNA requer profissionais 
trabalhando na lógica de um obser-
vatório social das questões da reso-
lutividade do SUS, visando contri-
buir efetivamente para a construção 
do modelo de saúde voltado para 
qualidade de vida e cidadania. 
Assim sendo, as finalidades da 
auditoria do SUS consistem em: 
 Aferir a observância dos pa-
drões estabelecidos de quali-
dade, quantidade, custos e 
gastos da atenção à saúde. 
 
 Avaliar os elementos compo-
nentes dos processos da insti-
tuição, serviço ou sistema au-
ditado, objetivando a melhoria 
dos procedimentos por meio 
da detecção de desvios dos pa-
drões estabelecidos. 
 Conferir a qualidade, a propri-
edade e a efetividade dos ser-
viços de saúde prestados à po-
pulação. 
 Produzir informações para 
subsidiar o planejamento das 
ações que contribuam para o 
aperfeiçoamento do SUS. 
 
As auditorias, no âmbito do 
DENASUS e da Seaud, são realiza-
das por equipes lideradas pelo coor-
denador e acompanhadas por um 
supervisor técnico. Iniciam- se a 
partir de demandas que podem ser 
de áreas técnicas do Ministério da 
Saúde, órgãos de controle interno e 
externo, entre outros. 
A demanda é interpretada e dá 
origem à tarefa, que é o seu detalha-
mento em termos de orientações pa-
ra nortear o trabalho da equipe de 
auditoria e podem dar origem a no-
vas atividades similares. 
 
Princípios, Diretrizes e Re-
gras da Auditoria do SUS 
 
O processo de auditoria do 
SUS obedece à lógica apresentada 
na figura a seguir: 
 
 
 12 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
 
Fonte: CGSNA, 2017. 
 
A fase analítica tem por obje-
tivo organizar informações de ma-
neira a facilitar execução do trabalho 
de campo. Na fase analítica, os ser-
vidores devem planejar seu trabalho 
para assegurar que a auditoria seja 
conduzida de forma eficiente e efi-
caz. Nesse momento, busca- se co-
nhecer e planejar a atividade de au-
ditoria. 
Isso inclui entender os aspec-
tos relevantes, as normas, os contro-
les internos vigentes corresponden-
tes ao período a ser verificado, os 
sistemas e os processos relaciona-
dos, pesquisando as potenciais fon-
tes de evidência de auditoria. O pro-
duto dessa fase é o Relatório Analí-
tico, que traz uma síntese da coleta 
de dados sobre o objeto a ser audi-
tado. Um bom relatório analítico 
orienta a equipe e otimiza o tempo 
da verificação in loco. 
A fase operativa ou in loco é a 
segunda etapa do processo de audi-
toria. Nela, os auditores devem exe-
cutar procedimentos de auditoria 
que forneçam evidência suficiente e 
apropriada para respaldar o relató-
rio de auditoria. Consiste no traba-
lho de campo propriamente dito. O 
produto dessa fase é o Relatório Pre-
liminar, que descreve as constata-
ções da equipe de auditoria e se 
presta a embasar notificação do au-
ditado sobre o seu conteúdo. 
Já na fase de Relatório Final, 
os auditores devem avaliar a evidên-
cia da auditoria e extrair conclusões 
respaldadas nos achados, ou seja, 
devem exercer seu julgamento pro-
fissional para chegar a uma conclu-
são acerca do objeto auditado, cote-
jando as suas constatações com as 
justificativas apresentadas, caso 
existam, com o escopo de apresentar 
recomendações aos órgãos com 
competência para implementá-las. 
Durante todas as fases da au-
ditoria, é imperioso que todos os 
servidores que atuam na auditoria 
do SUS se comportem de acordo 
com os princípios éticos e profissio-
Figura 1 – Fases de uma auditoria no SNA
 
 
 
Fonte: CGSNA, 2017. 
Fase analítica 
Fase 
operativa ou 
in loco 
Fase de 
Relatório 
Final 
 
 13 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
nais exigíveis na Administração Pú-
blica. Tal posicionamento, além de 
garantir a qualidade do trabalho 
executado, proporciona respeito e 
confiança no produto apresentado. 
 
Princípios Éticos e Profissio-
nais do Auditor 
 
A fim de que o órgão de audi-
toria e o auditor possam desempe-
nhar bem sua missão, é essencial ob-
servar os princípios éticos e profissi-
onais apresentados. Estes princípios 
devem ser assegurados tanto pelo 
órgão de auditoria, quanto pela ati-
tude e comporta- mento do auditor. 
 
Postura Ética 
 
Enquanto servidor público, o 
auditor deve, se comprometer a pro-
teger os interesses da sociedade e a 
respeitar as normas de conduta que 
regem os servidores públicos. O au-
ditor, no curso de suas atividades, 
pode se deparar com interesses con-
flitantes de gestores e autoridades 
governamentais e de outros possí-
veis interessados e, em virtude 
disso, sofrer pressões para violar 
princípios éticos e, de forma inade-
quada, obter ganho pessoal ou orga-
nizacional. Agindo com integridade, 
o auditor pode lidar adequada- 
mente com as pressões, priorizando 
suas responsabilidades para com o 
interesse público. 
Independência 
 
Independência significa liber-
dade em relação a influências ideo-
lógicas, partidárias, ou situações que 
possam enviesar o julgamento. Sig-
nifica também manter-se afastado 
da influência do auditado ou de inte-
resses de terceiros que possam afe-
tar seu julgamento. Portanto, não 
basta manter uma postura indepen-
dente, mas é necessário fazer com 
que os interessados na auditoria 
percebam essa condição. 
 
Imparcialidade 
 
Em casos onde haja conflito de 
interesses que possam influenciar a 
imparcialidade do seu trabalho, o 
auditor deve seabster de intervir. 
Especialmente participar de audito-
rias nas situações em que o respon-
sável auditado seja cônjuge, parente 
consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral, até o terceiro grau, ou 
pessoa com quem mantenha ou 
manteve laço de amizade ou inimi-
zade ou que envolva entidade com a 
qual tenha mantido vínculo profissi-
onal nos últimos dois anos. 
O auditor deverá declarar im-
pedimento ou suspeição nas situa-
ções que possam afetar, ou parecer 
afetar, o desempenho de suas fun-
ções com imparcialidade, comuni-
cando o fato a seus superiores. 
 
 14 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Objetividade 
 
Na execução de suas ativida-
des, o auditor deve adotar métodos e 
procedimentos reconhecidos e acei-
tos para obter e organizar evidên-
cias, formar convicção sobre as situ-
ações examinadas e emitir opinião 
tecnicamente fundamentada. Isso 
exige que os trabalhos sejam realiza-
dos por profissionais competentes 
que detenham os conhecimentos ne-
cessários. 
As constatações e conclusões 
de auditoria de- vem estar sustenta-
das em sua totalidade pelas evidên-
cias coletadas. Qualquer afirmação 
para além do que as evidências per-
mitem deve ser evitada, pois com-
promete a objetividade e confiabili-
dade desses resultados. 
As análises devem estar bem 
documentadas, a ponto de poderem 
ser reproduzidas. Aqui vale a analo-
gia com as ciências naturais: os re-
sultados obtidos devem, em princí-
pio, serem obtidos por qualquer pes-
soa que aplique os mesmos méto-
dos, aos mesmos objetos, em situa-
ções semelhantes. 
 
Competência e Capacidade 
Profissional 
 
Auditoria é um trabalho multi-
disciplinar e com- plexo. Em razão 
disso, os membros da equipe de au-
ditoria devem possuir, coletivamen-
te, o conhecimento, as habilidades e 
a competência necessários para con-
cluir com êxito uma auditoria. 
Atuar em uma auditoria re-
quer compreensão e experiência 
prática acerca do tipo de auditoria 
que está sendo realizada, familiari-
dade com as normas e a legislação 
aplicáveis, entendimento das opera-
ções da entidade auditada e habili-
dade e experiência para exercer jul-
gamento profissional. Também re-
quer do auditor competência na 
aplicação de métodos e técnicas de 
auditoria e conhecimentos contá-
beis, financeiros, de gestão pública 
e, no caso de auditores do SNA, de 
saúde pública. 
O auditor não deve fazer análi-
ses e julgamentos que não sejam 
amparados pela melhor técnica e co-
nhecimento disponível, sob pena de 
comprometer a confiabilidade dos 
resultados. Não significa que o audi-
tor deva ser um especialista em to-
dos os assuntos, mas que deve bus-
car se certificar de que suas ações es-
tão embasadas nas melhores práti-
cas. 
De toda forma, a atuação do 
auditor exige a atualização constan-
te de suas competências e conheci-
mentos técnicos. O auditor do SNA 
deve acompanhar a evolução das 
normas, procedimentos e técnicas 
aplicáveis ao Sistema Nacional de 
Auditoria e ao SUS. 
 
 15 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Ceticismo e Julgamento Pro-
fissional 
 
A atitude do auditor deve ser 
caracterizada pelo ceticismo profis-
sional e pelo julgamento profissio-
nal, utilizados quando tomam deci-
sões sobre o curso de ação apropri-
ado, como, por exemplo, no planeja-
mento dos seus exames, na seleção e 
aplicação de procedimentos técnicos 
e testes de auditoria, na definição de 
suas conclusões e na elaboração dos 
seus relatórios e pareceres. 
Ceticismo profissional signi-
fica manter distanciamento profissi-
onal e uma atitude alerta e questio-
nadora ao avaliar a suficiência e ade-
quação da evidência obtida ao longo 
da auditoria. Também significa 
manter a mente aberta e receptiva a 
todos os pontos de vista e argumen-
tos. 
O julgamento profissional sig-
nifica a aplicação coletiva de conhe-
cimentos, habilidades e a experiên-
cia dos membros da equipe ao pro-
cesso de auditoria. A prerrogativa do 
julgamento profissional não dá ao 
auditor o direito de manter opiniões 
que não se sustentam diante de ar-
gumentos válidos de um membro da 
equipe ou do supervisor. A natureza 
coletiva de uma auditoria requer que 
os argumentos sejam expostos ao 
contraditório com o objetivo de tes-
tar sua validade e garantir a consis-
tência do trabalho. 
 
Zelo Profissional 
 
Os auditores devem exercer 
devido zelo visando assegurar que 
seu comportamento profissional é 
apropriado. O auditor demonstra 
zelo profissional ao planejar e execu-
tar auditorias de uma maneira dili-
gente, focada nos objetivos estabele-
cidos, e ao evitar qualquer conduta 
que possa desacreditar seu trabalho. 
Atuar com zelo implica obser-
var normas e procedimentos que se 
aplicam à sua função de auditor pú-
blico agir com prudência, habilidade 
e atenção de modo a reduzir ao mí-
nimo a margem de erro. 
 
Uso de Informações de Tercei-
ros 
 
O auditor pode valer-se de in-
formações anteriormente produzi-
das pelos profissionais do Sistema 
Nacional de Auditoria, não necessi-
tando reconfirmá-las ou retestá-las, 
pois foram obtidas com as mesmas 
técnicas e a observação das mesmas 
normas no âmbito do Sistema. Ao 
utilizar informações produzidas fora 
do SNA, o auditor deve obter evidên- 
 
 
 16 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
cia da competência e independência 
dos outros auditores ou especialistas 
e da qualidade do trabalho que rea-
lizaram. 
 
Sigilo 
 
O auditor é obrigado a utilizar 
os dados e as informações que ob-
teve no desempenho de sua função 
somente na execução dos serviços 
que lhes foram confiados. Salvo de-
terminação legal ou autorização ex-
pressa da alta administração, ne-
nhum documento, dado ou informa-
ção poderá ser fornecido ou revelado 
a terceiros, nem deles poderá utili-
zar-se o auditor, direta ou indireta-
mente, em proveito pessoal ou de 
terceiros. 
 
Cortesia 
 
O auditor deve manter atitude 
serena e tratar com cortesia, de for-
ma justa e equilibrada, a todos com 
os quais se relaciona profissional- 
mente (superiores, subordinados, 
pares e representantes das entida-
des auditadas). Deve agir com corte-
sia sem, contudo, abrir mão das 
prerrogativas de sua função. 
Na sua relação com o audi-
tado, o auditor deve ser cortês, res-
peitando o interlocutor e evitando o 
pedantismo de achar que sabe mais 
do que o gestor. Lembre-se de que é 
fundamental para o trabalho do au-
ditor saber ouvir. Não se pode ouvir 
sem a devida atenção e verdadeiro 
interesse, coisas incompatíveis com 
a postura de que se sabe tudo. Uma 
atitude cortês estimula a cooperação 
entre as partes e favorece a troca de 
informações entre auditor e audi-
tado, o que contribui para a quali-
dade do trabalho. 
 
Credibilidade 
 
A credibilidade dos auditores 
do SNA não é um princípio, mas o 
resultado da percepção de que os 
trabalhos são conduzidos em con-
formidade com todos os princípios 
éticos e profissionais aqui listados. 
Em auditoria no setor público, 
vale a máxima que diz que não basta 
apenas ser fiel aos princípios éticos e 
profissionais, mas deve-se também 
parecer; ou seja, a equipe de audito-
ria deve se comportar de acordo com 
esses princípios, e exemplificar es-
sas qualidades no dia-a-dia. Importa 
destacar que a confiança e o respeito 
públicos de um auditor depende em 
grande parte da impressão deixada 
por outros auditores, do presente e 
do passado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
3. O Processo de Auditoria no SUS 
 
 
Fonte: IClinic3 
 
processo de auditoria, o qual 
será processado no Sistema 
Eletrônico de Informação (SEI), ini-
ciará de ofício ou a pedido de inte-
ressado, desde que preenchidos os 
requisitos mínimos necessários à 
identificação da atividade a ser rea-
lizada. 
a. Os requisitos mínimos neces-
sáriosreferem-se aos aspectos de 
competência, interesse público, ma-
terialidade, relevância e oportuni-
dade. 
b. Todo processo de auditoria de-
verá ser iniciado por meio de proto-
colização de documento escrito con-
tendo os seguintes elementos: 
 
3 Retirado em https://blog.iclinic.com.br/entenda-agora-a-importancia-da-auditoria-na-area-da-
saude/ 
 Órgão ou autoridade adminis-
trativa a que se dirige; 
 Identificação do interessado 
ou de quem o represente; 
 Domicílio do requerente ou lo-
cal para recebimento de comu-
nicações, se for o caso; 
 Formulação do pedido, com 
exposição dos fatos e de seus 
fundamentos; 
 Data e assinatura do reque-
rente ou de seu representante 
(brasil, 1999, art. 6º). 
 
c. Todos os documentos produzi-
dos e/ou obtidos na atividade de au-
ditoria deverão ser insertos no pro-
cesso de auditoria, salvo os papéis de 
O 
 
 19 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
trabalho, os quais serão arquivados 
no Sisaud/SUS. 
d. O processo de auditoria deverá 
ser restrito até a sua conclusão e 
consequente publicação do Relató-
rio Final (art. 23, inciso VIII, da Lei 
n.º 12.527/2011). 
e. O processo de auditoria será 
concluído pela direção do Departa-
mento. 
 
Do Procedimento 
 
a. Após a criação do processo de 
auditoria no SEI, deverá haver des-
pacho de designação da equipe que 
conduzirá as respectivas atividades, 
a qual, preliminarmente, elaborará, 
sob a orientação do supervisor téc-
nico, documento que contenha a ta-
refa a ser executada. 
b. Conceitua-se como tarefa um 
conjunto de orientações que permite 
nortear o trabalho da equipe de au-
ditoria, a qual deverá conter: 
 O objetivo da auditoria; 
 As questões a serem respondi-
das para alcançar o objetivo 
proposto; 
 O período de abrangência da 
auditoria; 
 As localidades e as unidades 
organizacionais a serem visita-
das; 
 Os processos e as atividades 
que serão examinados. 
 
 
c. As principais informações da 
tarefa deverão ser inseridas no Si-
saud/SUS, com o intuito de se ini-
ciar as três fases da atividade de au-
ditoria: 
 Fase analítica; 
 Fase operativa ou in loco; e 
 Fase de relatório final. 
 
Da Fase Analítica 
 
a. A fase analítica corresponde 
ao planejamento da auditoria para 
que seja adequadamente executada 
pela equipe dentro do prazo estabe-
lecido. 
b. O objetivo principal é preparar 
os servidores para a fase operativa 
ou in loco, propiciando o desenvol-
vimento de uma compreensão mais 
acurada sobre as atividades admi-
nistrativas imprescindíveis ao bom 
êxito das fases subsequentes. 
c. Com o fim de que a referida 
fase agregue valor substancial à au-
ditoria, devem-se observar as se-
guintes etapas: 
 Levantamento de informações 
sobre o objeto da auditoria; 
 Construção das matrizes de 
coleta e análise de informa-
ções; 
 Elaboração dos papéis de tra-
balho; 
 Cronograma de trabalho; e 
 Elaboração do Relatório Ana-
lítico. 
 
 
 
 20 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Levantamento de Informa-
ções Sobre o Objeto da Audito-
ria 
 
a. A equipe deve levantar infor-
mações sobre o objeto da auditoria 
de modo a obter conhecimento sufi-
ciente para executar as fases subse-
quentes. 
b. Essa etapa possui a finalidade 
de definir o foco e delimitar a exten-
são dos trabalhos por meio da revi-
são e do aprimoramento da defini-
ção de objetivos e do escopo da au-
ditoria, construídos durante a ta-
refa. 
c. A equipe deve procurar infor-
mações que indiquem os critérios 
que possam ser utilizados para ava-
liar a situação do objeto de audito-
ria, tais como: 
 Setores responsáveis, compe-
tências e atribuições do órgão 
auditado; 
 Legislações aplicáveis; 
 Objetivos do órgão ou pro-
grama de governo; 
 Desempenho recente por meio 
da análise de indicadores e re-
sultados; 
 Pontos fracos e deficiências do 
controle; e 
 Outras informações relevan-
tes. 
 
d. Podem ser buscadas informa-
ções de diversas fontes, desde que 
permitam à equipe estabelecer uma 
visão geral sobre o objeto e seu con-
texto, tais como: 
 Auditorias anteriores realiza-
das pelo DENASUS e pelas Se-
ções de Auditoria; 
 Sistemas de informação; 
 Relatórios do órgão responsá-
vel e sítio na internet; 
 Bases de legislação e normas; 
 Atividades de controle realiza-
das por outros órgãos; 
 Artigos acadêmicos; 
 Informações da mídia; e 
 Outras fontes relevantes. 
 
Construção das Matrizes de 
Coleta e Análise de Informa-
ções 
 
a. As matrizes têm o objetivo de 
sistematizar e organizar o processo 
de auditoria para que a equipe te-
nha, de forma clara, as informações 
necessárias para produzir evidên-
cias que irão sustentar possíveis 
constatações, antes de ir a campo. 
b. São elaboradas com o intuito 
de equalizar o entendimento da 
equipe em relação ao objetivo da ati-
vidade, bem como os passos e a me-
todologia a ser utilizada, principal-
mente na fase operativa. 
c. A Matriz de Coleta de Infor-
mações é o instrumento que indica 
quais são os dados requeridos pela 
auditoria, quais as fontes e por meio 
de qual procedimento esses dados 
serão coletados. 
 
 21 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
d. Recomenda-se que todas as 
informações vindas de uma mesma 
fonte sejam apresentadas de forma 
agrupada na referida matriz. 
e. A Matriz de Análise de Infor-
mações, por sua vez, indica, por 
meio dos procedimentos de análise, 
como as informações serão tratadas, 
visando revelar a situação real do 
objeto e compará-las à situação ideal 
ou critérios. 
f. Referida comparação permi-
tirá confirmar ou não possíveis 
constatações e, assim, responder às 
questões de auditoria, que podem 
ter uma ou mais constatações asso-
ciadas. Cada constatação, via de re-
gra, apoia-se em um único critério. 
g. As questões de auditoria esta-
belecem o foco da investigação e de-
vem: 
 Ser claras e específicas; 
 Apresentar viabilidade inves-
tigativa; 
 Apresentar articulação e coe-
rência entre si; e 
 Ser capazes de esclarecer o 
problema apontado na de-
manda. 
 
h. Obrigatoriamente, as Matrizes 
de Coleta e de Análise de Informa-
ções farão parte do Relatório Analí-
tico e os modelos estão insertos no 
Anexo A. 
i. As matrizes devem ser revistas 
pela equipe, que deve observar: 
 
 Se as informações previstas na 
matriz de coleta são necessá-
rias e suficientes para respon-
der às questões de auditoria; 
 Se estão claros a fonte e como 
cada informação pode ser ob-
tida; 
 Se a obtenção das informações 
previstas é factível dentro do 
prazo da auditoria e com os re-
cursos disponíveis; 
 Se está claro como cada infor-
mação obtida será usada na 
construção da constatação; e 
 Se haverá tempo para fazer to-
das as análises previstas. 
 
f. As matrizes revisadas serão 
validadas pela supervisão técnica. O 
supervisor técnico deve observar, 
minimamente, os itens a seguir rela-
cionados: 
 As questões, quando respondi-
das, permitem alcançar o obje-
tivo da auditoria? 
 As informações requeridas são 
suficientes para responder às 
questões? 
 As fontes de informação estão 
corretas? 
 Os procedimentos de coleta 
são adequados segundo o tipo 
de informação? 
 Os procedimentos de análise 
são suficientes para conduzir 
às constatações? 
 As possíveis constatações são 
compatíveis com as questões 
de auditoria? 
 
 
 
 22 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Elaboração dos Papéis de Tra-
balho 
 
a. Os papéis de trabalho de audi-
toria constituem um registro perma-
nente dos fatos e das informações 
obtidos, bem como das conclusões 
sobre os exames. É com base nesses 
documentos que a equipe irá relatar 
as constatações, conclusões e reco-
mendações. 
b. Eles devem ser mantidos orga-
nizados e à disposição para consulta, 
de maneira a demonstrar os proce-
dimentos adotadospela equipe, as 
evidências obtidas, as constatações e 
as conclusões alcançadas. 
c. Devem ser completos e deta-
lhados o suficiente para que um ser-
vidor que não tenha participado da 
auditoria possa, com base nos pa-
péis de trabalho, compreender os 
procedimentos adotados, as evidên-
cias obtidas, as constatações e as 
conclusões alcançadas. 
d. Devem oferecer suporte a to-
das as etapas da auditoria e contri-
buir para a qualidade e a eficiência 
da atividade, bem como subsidiar a 
elaboração do relatório e a resposta 
a questionamentos do auditado ou 
de outras partes interessadas. 
e. A boa qualidade da documen-
tação é fator essencial do sucesso da 
auditoria como um todo. Nesse sen-
tido, bons papéis de trabalho devem 
ser: 
 Completos, com início, meio e 
fim, de modo a registrar os 
passos que o auditor planejou 
ou utilizou para coletar e ana-
lisar informações; 
 Concisos, indicando registros 
sucintos, mas suficientes para 
produzir evidências e embasar 
constatações; 
 Lógicos, construídos conforme 
a sequência natural dos fatos e 
o objetivo visado com o res-
pectivo procedimento; e 
 Precisos, isto é, não apresentar 
imperfeições e incorreções. 
 
f. Ao elaborar um papel de tra-
balho, o servidor deve indicar, no ca-
beçalho, órgão ou entidade audi-
tado; número da auditoria; título do 
papel de trabalho; objeto auditado; 
período de realização da auditoria; 
numeração da página no formato nº 
folha/total de páginas; no rodapé, 
devem ser indicados: nomes do exe-
cutor e do revisor; e data de preen-
chimento. 
g. Todo papel de trabalho deve 
indicar as fontes dos dados; os docu-
mentos analisados; os agentes en-
trevistados, conforme a finalidade 
do papel de trabalho; notas explica-
tivas com esclarecimentos sobre o 
conteúdo, quando necessário; e 
campo para referenciar outro papel 
de trabalho, quando for o caso. 
h. A equipe de auditoria tem a 
responsabilidade e a liberdade para 
 
 23 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
definir a quantidade, o tipo e o con-
teúdo da documentação. Entretanto, 
deve-se documentar principalmente 
o seguinte: 
 Objetivos, escopo, crono-
grama e metodologia do traba-
lho; 
 Matrizes de coleta e de análise 
de informações; 
 Instrumentos de coleta de da-
dos; 
 Resultado das técnicas de di-
agnóstico aplicadas; 
 Resultado de questionários, 
entrevistas, inspeções físicas e 
exames documentais realiza-
dos; 
 Resultado de análises estatísti-
cas e de banco de dados; 
 Matriz de constatação; e 
 Análise percuciente da justifi-
cativa do auditado. 
 
Cronograma de Trabalho 
 
a. O cronograma, além de indicar 
prazos para as atividades, cumpre a 
função de indicar a melhor sequên-
cia para realização das atividades 
durante a fase operativa. 
b. É importante identificar os lo-
cais a visitar e as pessoas a entrevis-
tar, com endereço, nome e telefone 
da pessoa de contato. 
c. Ao listar as atividades, deve-se 
indicar o membro da equipe respon-
sável por executar cada uma delas e 
se haverá outro prestando apoio. 
d. A equipe poderá ajustar o cro-
nograma, desde que o foco no obje-
tivo da auditoria seja mantido. 
 
Elaboração do Relatório Analí-
tico 
 
a. O Relatório Analítico é o prin-
cipal produto da fase analítica, haja 
vista que será o guia para a ação da 
equipe na fase operativa. 
b. Orelatóriodeveráserconfeccio-
nadopelaequipeerevisadopelosu-
pervisor técnico, com o fim de ser 
submetido à COPLAO para valida-
ção. 
c. O Relatório Analítico deverá 
conter: 
 A visão geral do objeto de au-
ditoria; 
 A metodologia utilizada na 
fase analítica; 
 Os documentos, normas, áreas 
ou especialistas consultados; 
 As matrizes de coleta e de aná-
lise de informações; e 
 O cronograma detalhado de 
realização das fases operativa 
e de relatório final. 
 
d. A fase operativa somente ocor-
rerá após a aprovação do Relatório 
Analítico pela COPLAO. Após a 
aprovação do Relatório Analítico, a 
equipe elaborará o Comunicado de 
Auditoria, o qual será submetido ao 
crivo do chefe da Seaud, seguindo o 
modelo descrito no Anexo B, com a 
finalidade de que os documentos e 
 
 24 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
as informações previstos nas Matri-
zes de Coleta e de Análise de Infor-
mação (Anexo A) e na de Qualifica-
ção de Responsável (Anexo D) este-
jam disponibilizados no momento 
da realização da fase operativa. 
e. Na situação prevista no item 
anterior, a chefia do Nems enviará 
ofício encaminhando o Comunicado 
de Auditoria, seguindo o modelo es-
truturado no Anexo C, com o propó-
sito de informar o gestor que será re-
alizada auditoria em sua unidade de 
serviço em determinado período, 
bem como solicitar documentos in-
dispensáveis à realização de audito-
ria. No caso de auditorias realizadas 
no Distrito Federal, mencionado ofí-
cio será assinado pela direção do 
DENASUS. 
 
Da Fase Operativa ou In Loco 
 
a. Esta fase corresponde à execu-
ção do que foi planejado na fase ana-
lítica. O objetivo central é obter evi-
dências para caracterizar as consta-
tações de forma consistente. 
b. As ações deverão ser pautadas 
pelas Matrizes de Coleta e de Análise 
de Informações e executadas dentro 
do cronograma desenvolvido. 
c. Os principais produtos desta 
fase serão a Matriz de Constatações 
e o Relatório Preliminar. 
d. Deve ser realizada uma reu-
nião de abertura com o auditado, 
com as finalidades de ser entregue o 
ofício de apresentação da equipe, se-
guindo o modelo constante do Ane-
xo D, e receber os documentos soli-
citados, se for o caso. 
e. Ressalte-se, que a fase opera-
tiva deve ser conduzida com objeti-
vidade e eficiência, pois, muitas ve-
zes, o tempo disponível em campo é 
reduzido, motivo pelo qual deve ser 
aproveitado para coletar as informa-
ções, conforme foi planejado na fase 
analítica. 
f. Ao final da fase operativa, é re-
comendável realizar reunião de en-
cerramento, informando ao audi-
tado os próximos passos, inclusive o 
de envio do Relatório Preliminar, 
com o intuito de se ofertar oportuni-
dade de apresentação de justificati-
vas sobre algumas constatações, 
caso existam. 
g. No Relatório Preliminar, de-
ver-se-á esmiuçar todas as relevan-
tes evidências e constatações sobre a 
atividade de auditoria realizada, 
com a correta identificação dos 
agentes que praticaram as condutas 
reputadas irregulares. 
h. A identificação do responsável 
deverá ser comprovada por meio de 
atos administrativos, na hipótese de 
servidor público, ou de outro docu-
mento oficial, nos demais casos, 
desde que contenham todos os da-
dos necessários à sua qualificação, 
cujos documentos deverão ser ane-
xados ao Relatório Preliminar. 
 
 25 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
I. As evidências servem para va-
lidar o trabalho da equipe e devem 
ser suficientes, adequadas e perti-
nentes de forma a permitir à 
equipe obter constatações que 
fundamentem as suas conclusões, 
razão pela qual devem conter os 
seguintes requisitos: 
 
Validade: A evidência deve ser le-
gítima, ou seja, baseada em informa-
ções precisas e confiáveis. 
Confiabilidade: Garantia de que 
serão obtidos os mesmos resultados 
se a auditoria for repetida. 
Relevância: A evidência é rele-
vante se for relacionada, de forma 
clara e lógica, aos critérios e objeti-
vos da auditoria. 
Suficiência: A quantidade e a qua-
lidade das evidências obtidas devem 
demonstrar que as constatações, as 
conclusões e as recomendações da 
auditoria estão bem fundamenta-
das. 
 
II. A constatação é o resultado da 
comparação entre o critério e a si-
tuação encontrada, a qual deve 
apresentar os seguintes elemen-
tos: 
 A situação encontrada do ob-
jeto, caracterizada por evidên-
cias; 
 A fonte da evidência; 
 O critério que define a situação 
ideal do objeto; 
 A causa que levou à situação; 
 O efeito gerado;e 
 As recomendações. 
 
III. As constatações devem ser in-
sumos para elaborar a Matriz de 
Constatação, conforme modelo 
inserto no Anexo E. A matriz é a 
ferramenta utilizada para analisar 
e organizar as informações neces-
sárias à sustentação das constata-
ções obtidas. 
IV. Para as constatações que cons-
tituírem irregularidades, deverá 
ser preenchida a Matriz de Quali-
ficação de Responsáveis, con-
forme modelo inserto no Anexo D, 
contendo a identificação da cons-
tatação, nome do responsável, 
CPF, período de exercício, con-
duta, nexo de causalidade e culpa-
bilidade, cujas informações deve-
rão figurar, também, nas evidên-
cias das constatações. 
V. Quando da realização da audi-
toria não resultarem constata-
ções, ou as constatações resultan-
tes não se constituírem em irregu-
laridades, não será necessária a 
aplicação da Matriz de Qualifica-
ção de Responsáveis. 
 
i. O produto final da fase operativa é 
o Relatório Preliminar de auditoria, 
que é elaborado pela equipe com 
base nas constatações preliminares 
resultantes dos trabalhos desenvol-
vidos. Ressalte-se que o seu conte-
 
 26 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
údo deve ser restrito aos interessa-
dos, ficando vedada a sua divulga-
ção. 
j. O Relatório Preliminar será 
analisado pelo supervisor técnico e 
validado pela COAUD, antes de ser 
submetido ao auditado, o qual terá o 
prazo de 15 dias, prorrogáveis por 
igual período, para apresentar as 
suas considerações sobre o seu con-
teúdo. 
 
Da Fase de Relatório Final 
 
a. O Relatório Final é o instru-
mento formal e técnico utilizado 
para comunicar o objetivo e as ques-
tões de auditoria, a metodologia uti-
lizada, as constatações encontradas, 
as recomendações e a conclusão dos 
trabalhos. Além disso, é referência 
para o monitoramento da atividade. 
b. O Relatório Final será baseado 
no Relatório Preliminar e será ela-
borado após a apresentação das con-
siderações ofertadas pelo auditado, 
as quais deverão ser percuciente-
mente analisadas. 
c. Na redação do relatório, a 
equipe de auditoria deve orientar-se 
pelos requisitos resumidos no mne-
mônico 4CTI: Clareza, Concisão, 
Convicção, Confiabilidade, Tempes-
tividade e Imparcialidade, com os 
seguintes significados: 
Clareza: linguagem clara, a fim de 
que o leitor entenda facilmente, ain-
da que não versado na matéria, o 
que se quer transmitir, sem necessi-
dade de explicações adicionais. 
Concisão: conter apenas informa-
ções relevantes para elucidação dos 
fatos auditados, com linguagem di-
reta. Logo, deve-se evitar o uso ex-
cessivo de adjetivos e emprego de 
termos que contenham em si só ju-
ízo de valor. 
Convicção: relatar de forma con-
sistente as constatações e as evidên-
cias, permitindo que qualquer pes-
soa chegue às mesmas conclusões 
que chegou a equipe de auditoria. 
Confiabilidade: apresentar as ne-
cessárias evidências para sustentar 
as constatações, conclusões e reco-
mendações, procurando não deixar 
espaço para contra argumentações. 
Tempestividade: deve ser emitido 
em tempo hábil, a fim de que as pro-
vidências necessárias sejam toma-
das oportunamente. 
Imparcialidade: a análise contida 
no relatório deve ser pautada pelo 
ceticismo e julgamento profissional, 
livres de opiniões que não se susten-
tam diante de argumentos válidos. 
 
d. O Relatório Final deve contextua-
lizar a auditoria, abordando origem, 
antecedentes, objetivos, escopo e vi-
são geral do objeto, bem como os 
métodos adotados na execução dos 
trabalhos na fase analítica e na fase 
operativa, informando, por exem-
 
 27 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
plo, os tipos de documentos analisa-
dos, os sistemas de informações ve-
rificados, as origens/fontes dos re-
cursos financeiros analisados (se 
possível, o percentual), as institui-
ções visitadas na atividade, a realiza-
ção de eventuais visitas domicilia-
res, a utilização e o tipo de instru-
mentos para coleta de dados, e, se 
for o caso, circularização, entrevistas 
com usuários, com trabalhadores de 
Saúde e com gestores. 
e. Quando houver limitações que 
impossibilitaram o aprofundamento 
de determinadas questões, elas de-
verão ser descritas, apontando cla-
ramente aquilo que não pôde ser in-
vestigado em profundidade sufici-
ente para a formulação de conclu-
sões, com as justificativas pertinen-
tes. 
f. O documento contendo a res-
posta do auditado deverá ser inse-
rido no Processo de Auditoria, com o 
fim de a equipe analisar, percucien-
temente, as considerações ofertadas 
por cada agente notificado. 
g. Caso não ocorra a apresenta-
ção de justificativa, a equipe fará a 
análise em consonância com os de-
mais elementos probatórios cons-
tantes dos autos, haja vista que a re-
velia não importa em reconheci-
mento da verdade dos fatos, nem a 
renúncia ao direito do auditado, 
prosseguindo o processo e garan-
tindo a qualquer tempo, antes da fi-
nalização do processo de auditoria, a 
oferta de citada manifestação (art. 
27 da Lei n.º 9.784/1999). 
 
I. O acatamento ou não da justi-
ficativa apresentada deverá, ne-
cessariamente, ser sustentado e 
consubstanciado em argumentos 
técnicos e convincentes emitidos 
pela equipe. Registre-se que, nos 
termos do artigo 50 da Lei n.º 
9.784/1999, referida análise de-
verá ser fundamentada de forma 
explícita, clara e congruente. 
II. Na hipótese de a equipe impu-
tar responsabilidade de devolução 
de recursos públicos, detalhará os 
atos ilegais, ilegítimos ou anti-
econômicos dos agentes que de-
ram origem ao dano. Nessa situa-
ção, deverá identificar os respon-
sáveis pelo ressarcimento, quanti-
ficando o débito relativo a cada 
um dos responsáveis. 
 
h. O Relatório Final, sempre que 
possível, deverá conter recomenda-
ções a serem implementadas pelos 
gestores competentes, com o intuito 
de: 
 Promover a sanação das possí-
veis irregularidades encontra-
das; e 
 Melhorar os processos de ge-
renciamento de riscos, con-
trole e governança. 
 
 
 28 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
I. As recomendações propostas 
deverão seguir as seguintes orien-
tações: 
 Não recomendar o que não foi 
objeto de análise conclusiva; 
 A redação deverá ser clara e 
objetiva, com o fim de detalhar 
a forma que se efetuará a pro-
vidência que deve ser adotada; 
e 
 Sempre deverá abordar os re-
sultados esperados com a pro-
posta. 
 
II. A minuta do Relatório Final 
será analisada pelo supervisor téc-
nico e validada pela COAUD, an-
tes da versão final ser inserida no 
Processo de Auditoria, o qual será 
encaminhado à CGAUD. 
III. Após a análise da CGAUD, o 
processo será concluído à direção 
do DENASUS. 
 
Do Controle de Qualidade das 
Fases de Auditoria 
 
a. O controle de qualidade visa à 
melhoria da ação de auditoria em 
termos de aderência aos padrões 
aqui estabelecidos, com vista à redu-
ção do tempo de tramitação do pro-
cesso de auditoria, à diminuição do 
retrabalho e ao aumento da efetivi-
dade das propostas de encaminha-
mento. 
b. O controle será efetuado pela 
própria equipe de auditoria, pelo su-
pervisor técnico e pela equipe da 
COAUD, consoante formulário de 
controle de qualidade inserto no 
Anexo F, que, após preenchido, de-
verá ser parte integrante do pro-
cesso de auditoria. 
 
Das Considerações Finais 
 
a. As atividades serão consubs-
tanciadas em relatório registrado 
eletronicamente no Sisaud/SUS, 
que será publicado no sítio 
<http://sna.saude.gov.br>, nos ter-
mos da Lei n.º 12.527/2011, bem 
como deverá compor o processo de 
auditoria no SEI. 
b. Quando houver situações con-
troversas ou divergência de entendi-
mentos entre os membros da equipe 
de auditoria e os demais integrantes 
da cadeia revisora, a decisão final so-
bre a questão caberá a um colegiado 
composto pelo diretor e pelos coor-
denadores-gerais, presidido peloprimeiro, cujo resultado irá compor 
um banco de orientações técnicas, 
com observância obrigatória em si-
tuações similares. 
c. Todos os relatórios devem ser 
revisados pela equipe e validados 
pele supervisão técnica antes de se-
rem submetidos ao DENASUS. 
 
29 
 
 
 
 30 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
4. Auditoria na Saúde Suplementar 
 
 
Fonte: Popolo adv4 
 
m uma época em que o Brasil 
vivia uma situação de inflação 
galopante, os reajustes mensais de 
preços constituíam a rotina e os pla-
nos de saúde mantinham excelente 
relacionamento com seus prestado-
res de serviço (médicos, laborató-
rios, hospitais, entre outros), pois 
auferiam lucros de capital na ciran-
da financeira. Com a estabilização 
da moeda, as operadoras deixaram 
de ganhar com as aplicações finan-
ceiras e passaram a focalizar sua 
 
4 Retirado em https://popoloadvocacia.adv.br/ 
atenção em economizar na assistên-
cia à saúde (JUNQUEIRA, 2001). 
Sob esta perspectiva, essas 
empresas começaram a auditar con-
tas médicas e hospitalares com cará-
ter restritivo, baseado em autoriza-
ções de internações hospitalares e 
suas necessidades, passando pela 
autorização de procedimentos em 
diagnose e terapia, órteses, próteses, 
materiais e medicamentos especiais 
(PRISZKULNIK, 2008). 
E 
 
 31 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
Na mesma época, foi regula-
mentado o Código de Defesa do 
Consumidor, que estabelece como 
direitos básicos do consumidor a 
proteção à saúde e a segurança con-
tra riscos decorrentes da prestação 
de serviços à saúde (BRASIL, 1990). 
Os consumidores passaram a ser 
mais cautelosos, críticos e exigentes, 
buscando no mercado aqueles pla-
nos e seguros de saúde que lhes ofe-
recem a melhor relação entre custo e 
benefício, cada vez mais fazendo uso 
de seus direitos estabelecidos e le-
vando suas reclamações aos órgãos 
existentes (PAIM; CICONELLI, 
2007). 
Diante da repercussão negati-
va que a atuação desse setor da saú-
de teve perante a opinião pública, 
passou a ser alvo de preocupação 
dos agentes públicos, percebendo-se 
a necessidade de intervenção estatal 
sobre a atuação das operadoras de 
planos de saúde (GOUVEIA, 2004; 
JUNQUEIRA, 2001). Esses fatos 
culminaram com a aprovação da lei 
nº 9.656/1998 (BRASIL, 1998), que 
estabeleceu as normas de regulação 
para os planos e seguros privados de 
assistência à saúde, e a lei nº 9.961/ 
2000 (BRASIL, 2000), que criou a 
Agência Nacional de Saúde Suple-
mentar (ANS). 
A partir de então, a regulação 
de planos e seguros de saúde passou 
a ser uma atividade do governo 
federal, que por meio de leis e reso-
luções, tem procurado melhorar a 
qualidade dos contratos, corrigindo 
as falhas de mercado, visando con-
tribuir para que as empresas se sus-
tentem e gerem incentivos que be-
neficiem os consumidores. 
Para tanto, foram propostas 
ações para ampliação de cobertura, 
ressarcimento ao SUS, registro das 
operadoras, acompanhamento de 
preços pelo governo, obrigatorieda-
de da comprovação de solvência, re-
servas técnicas, permissão para a 
atuação de empresas de capital es-
trangeiro e proibição do monopólio 
dessas atividades. 
As organizações que formam o 
setor de saúde suplementar tiveram 
de se adequar e cumprir a regula-
mentação estabelecida. Ademais, 
para manter posição competitiva no 
mercado, precisaram se reorganizar 
e reestruturar, passando por uma 
série de transformações que permi-
tissem sua adaptação aos novos pro-
cessos de trabalho (MOTTA; LEÃO; 
ZAGATTO, 2005). 
Ao fornecer conhecimentos 
sobre o verdadeiro estado da organi-
zação, a auditoria tornou-se facilita-
dora dessas mudanças, deixando de 
ser apenas um instrumento fiscali-
zador para promover a contenção de 
custos. Lançando mão das ativida-
des de auditoria interna, a organiza-
ção consegue atingir os seus objeti-
 
 32 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
vos internos de custos, produtivida-
de, qualidade e satisfação dos clien-
tes. 
O auditor, por sua vez, tem o 
papel de melhorar as formas de 
atendimento, disponibilizar os re-
cursos de forma técnica, acompa-
nhar a qualidade dos serviços ofere-
cidos e verificar a exatidão na indi-
cação de sua execução. Nesse mister, 
deve agir sempre de forma concilia-
dora, atuando de forma a propiciar 
orientação, incentivo à parceria e 
melhoria da relação entre prestado-
res e usuários na execução dos bene-
fícios previstos nas regras do siste-
ma (FRANCO, 2007). Sua análise 
criteriosa, aliada a sugestões de me-
lhoria, aperfeiçoa sobremaneira o 
desempenho operacional, bem como 
a qualidade técnica dos serviços ou 
mesmo da produção. 
Essa regulação trouxe avanços 
que tornaram o ambiente da saúde 
suplementar melhor na atualidade 
que no período anterior a ela. Embo-
ra ainda haja inúmeros conflitos 
entre os diversos atores sociais, exis-
te um ponto de convergência de ob-
jetivos, que é a qualificação daqueles 
que atuam no setor. 
Focada nessa nova perspecti-
va, a regulação da ANS passou a dar 
ênfase à qualificação de todos os 
envolvidos no processo, como ope-
radoras, prestadores de serviços, be-
neficiários e órgão regulador. Opor-
tunizando a qualificação, a ANS pro-
cura significar o setor de saúde su-
plementar como local de produção 
de saúde, conduzindo as operadoras 
de planos de saúde a transformar-se 
em gestoras de saúde, os prestado-
res de serviços em produtores de 
cuidado de saúde, os beneficiários 
em usuários com consciência sanitá-
ria e o próprio órgão regulador qua-
lificando-se para corresponder à ta-
refa de regular um setor cujo objeti-
vo é produzir saúde (BRASIL, 
2007). 
Da mesma forma que as or-
ganizações de saúde são mutantes, 
também o é a auditoria em saúde, 
cujo perfil vem se alterando ao longo 
dos anos. De um ciclo tradicional fo-
cado em glosar, fixar normas, medir 
desempenho, com valorização da 
quantidade e do preço, a auditoria 
em saúde passou à avaliação da qua-
lidade das pessoas, dos processos e 
dos resultados. Em sua fase atual, 
destaca-se como uma ferramenta de 
apoio à gestão, constituindo instru-
mento de aperfeiçoamento e educa-
ção contínua, que permite buscar a 
excelência em aspectos técnicos, 
administrativos, éticos e legais 
(MEDEIROS; ANDRADE, 2007; 
MOTTA; LEÃO; ZAGATTO, 2005). 
A auditoria como ferramenta 
de gestão ajuda a eliminar desperdí-
cios, simplificar tarefas e transmitir 
informações seguras sobre o desen-
 
 33 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
volvimento das atividades executa-
das (PORTAL DE CONTABILIDA-
DE, 2009), ao mesmo tempo em que 
visa a construção e a consolidação da 
organização, impedindo fraudes e 
erros fortuitos, como má aquisição 
de equipamentos e insumos, falhas 
de seleção e treinamento de pessoal, 
falhas em sistemas e pagamentos 
indevidos, que geram perdas ou 
danos por vezes irreversíveis. 
De acordo com Medeiros e 
Andrade (2007), para que a audito-
ria possa ser considerada eficiente e 
eficaz, é importante que se torne um 
sistema de educação e aperfeiçoa-
mento contínuo, mostrando preocu-
pação com a qualidade, a segurança 
e a humanidade das prestações de 
saúde, tratando de alcançar, por 
intermédio de um processo de 
ensino e aprendizagem, motivação e 
participação de todas e cada uma 
das pessoas que atendem pacientes. 
Deve, também, constituir uma 
instância de mediação, conciliação e 
solução de conflitos, os quais podem 
surgir nas relações entre profissio-
nais, pacientes, parentes, institui-
ções, além de ser um sistema de 
caráter preventivo do erro profissio-
nal e reparador deste, sem cunho de 
ordem penal. Sempre com esse 
enfoque, a auditoria em serviços de 
saúde deve ter como seus objetivos: 
manter o equilíbrio do sistema, pos-
sibilitando o direito à saúdepara to-
dos; garantir a qualidade dos servi-
ços de saúde oferecidos e prestados; 
fazer cumprir os preceitos legais 
estabelecidos pela legislação nacio-
nal, de acordo com os princípios 
éticos e a defesa do consumidor; 
atuar desenvolvendo seu papel nas 
fases de pré-auditoria, auditoria 
operativa, analítica e mista; revisar, 
avaliar e apresentar subsídios visan-
do o aperfeiçoamento de procedi-
mentos administrativos, controles 
internos, normas, regulamentos e 
relações contratuais; promover o 
andamento justo, adequado e har-
monioso dos serviços de saúde; ava-
liar o desempenho dos profissionais 
de saúde com relação aos aspectos 
éticos, técnicos e administrativos, 
com qualidade, eficiência e eficácia 
das ações de proteção e atenção à 
saúde; promover o processo educa-
tivo, objetivando a melhoria da qua-
lidade do atendimento, a um custo 
compatível com os recursos finan-
ceiros disponíveis e pelo justo valor 
do serviço prestado; participar de 
credenciamento/contratação de 
serviços e profissionais; fazer respei-
tar o estabelecido em contrato entre 
as partes envolvidas - usuário, pla-
no de saúde e prestadores de serviço. 
 
As Atribuições do Auditor 
em Saúde 
 
Conforme argumenta Chiave-
nato (2006, apud SANTOS e BAR-
 
 34 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
CELLOS, 2009), auditoria é um 
instrumento que a administração 
tem para conhecer a eficiência e 
eficácia dos programas em anda-
mento; sendo assim, sua função não 
é apenas indicar problemas ou erros, 
mas sobretudo, assinalar sugestões e 
soluções tendo, portanto, uma 
atitude educativa. 
Brasil (2012) enfatiza que "A 
auditoria é um instrumento de ges-
tão para fortalecer o Sistema Único 
de Saúde (SUS), contribuindo para a 
alocação e utilização adequada dos 
recursos, a garantia do acesso e a 
qualidade da atenção à saúde ofere-
cida aos cidadãos." 
O Lo Ré (2006) identifica 
como o momento de desacordo, de 
desgaste profissional o instante em 
que a relação auditor e auditado se 
torna mais próxima; isso porque 
para se manter diante das adversi-
dades inerentes da sua profissão, 
ambos criam mecanismos de defesa 
quando suas verdades são questio-
nadas. 
O autor acredita ainda que as 
interferências emocionais identifi-
cadas no processo de qualquer audi-
tagem, estão intrinsecamente liga-
das as reações emocionais que se 
manifestam tanto no auditor quanto 
no auditado. Assim é obrigação do 
auditor está capacitado e bem infor-
mado para que desenvolva e execute 
suas funções de forma satisfatória. 
Neste momento colaboração é a pa-
lavra chave para o bom desempenho 
do trabalho do auditor, que começa 
quando o auditado é respeitado e 
ouvido. 
Sobre isso Crepaldi (2006) 
menciona que alguns autores, reco-
nhecem a importância das pessoas e 
de sua colaboração, para que pos-
sam desenvolver seu trabalho de 
auditoria, de maneira satisfatória. 
Motta (2010) fala que existem 
condutas em auditoria que se segui-
das por todos os auditores, auxiliam 
tornando o trabalho menos confli-
tante e mais ameno. Estas condutas 
devem ser aperfeiçoadas com o 
tempo, pois o perfil do auditor em 
saúde é difícil de ser formado, exi-
gindo tempo, paciência, autocontro-
le e dedicação. Deste modo o autor 
sugere condutas para o bom desem-
penho no trabalho de auditoria, tais 
como: 
 Conhecer e identificar os as-
pectos que envolvem o am-
biente no qual está inserido. 
 Conhecer os aspectos técni-
cos-científicos da área que 
audita; 
 Conhecer os acordos e situa-
ções que envolvem as diversas 
questões do trabalho; 
 Trabalhar com honestidade, 
ponderação e bom senso; 
 Não fazer julgamentos prévios 
sem ter pleno conhecimento 
dos fatos; 
 
 
 35 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
 Trabalhar em parceria, bus-
cando novas informações; 
 Orientar os demais colegas de 
trabalho quanto a novas 
situações; 
 Discutir e aprender com isso; 
 Agir sempre dentro dos pre-
ceitos éticos de sua profissão. 
 
O autor acima cita de maneira 
geral o perfil que todo auditor deve 
ter, já Sawyer (2012), cita algumas 
regras para tentar minimizar o efeito 
do medo nos auditados, tais como: 
 Antes de dar início a auditoria, 
ligue para o local onde a mes-
ma será realizada e fale com o 
responsável, de forma clara 
informe sobre sua chegada e 
explique que fará seu trabalho 
de maneira a interferir o mí-
nimo possível na rotina dele. 
Deixe-o à vontade, pois se ele 
ficar apreensivo todos os ou-
tros funcionários também se-
rão influenciados e ficarão da 
mesma forma. “a primeira im-
pressão é a que fica” (ibid, 
p.02); 
 Em seu primeiro dia no local 
da auditoria, seja agradável 
com todos, do administrador 
ao funcionário menos gradua-
do. Faça com que vejam você 
como um convidado na casa 
deles, atitude essa que deve 
perdurar durante todo o 
processo da auditoria; 
 Seja agradável, respeitoso 
sempre que for dirigir-se as 
pessoas para pedir explicações 
ou fazer perguntas, para que a 
confiança seja construída du-
rante o processo de auditoria; 
 Quando encontrar erros bus-
que maneiras de agir frente ao 
que foi verificado, não vá de 
imediato aos responsáveis sem 
antes conversar com quem 
cometeu o erro, do contrário 
estará jogando toda confiança 
conquistada e o trabalho fora. 
 
Além das regras acima citadas 
é importante ressalta a importância 
de apontar para as pessoas audita-
das que o que está sendo analisado é 
o sistema como um todo, e não 
exclusivamente erros individuais. 
Solicite que o auditado lhe explique 
o funcionamento do sistema, o que 
atrapalha seu trabalho, desta forma 
as pessoas irão ajudá-lo no anda-
mento da auditoria, pois se sentirão 
pertencendo ao processo, partici-
pando dos resultados do trabalho de 
auditoria (IBID). 
Para que a auditoria possa ser 
considerada eficiente e eficaz, é 
importante que se torne um sistema 
de educação e aperfeiçoamento con-
tínuo, mostrando preocupação com 
a qualidade, a segurança e a huma-
nidade das prestações de saúde, tra-
tando de alcançar, por intermédio 
de um processo de ensino e aprendi-
zagem, motivação e participação de 
todas e cada uma das pessoas que 
atendem pacientes. (MEDEIROS, 
 
 36 
AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
ANDRADE, 2007, apud SANTOS e 
BARCELLOS, 2009:5) 
Sawyer (2012), resume os 
objetivos a serem alcançados pelo 
auditor em dois: o primeiro é des-
crever a administração todos os seus 
achados, e o segundo deixar o lugar 
auditado melhor do que encontrou. 
Mas, para que isso aconteça é neces-
sário primeiro conquistarmos a con-
fiança dos auditados, para que em 
seguida possamos realizar nosso 
trabalho e ao mesmo tempo mos-
trar-lhes maneiras mais simples de 
realizar o seu, resolvemos proble-
mas que há tempo os incomodava. 
“Quando o auditor se mostra inte-
ressado, simpático e compreensivo, 
encontrará disposição nos seus 
interlocutores para o diálogo. [...] 
você tem que mostrar para todos os 
que o ouvem que você também está 
disposto a escutá-los” (p. 3). 
Busque um ambiente encora-
jador, para que o auditado possa 
implicar-se e comprometer-se com a 
resolução dos problemas; “iguale-
se”, a igualdade encoraja e ratifica 
uma confiança mútua, pois ambos 
são responsáveis e parceiros na re-
solução dos problemas. “Você não é 
infalível, reconheça seus erros e - 
mais importante - reconheça ideias 
melhores que as suas” (IBID). 
O medo pelo trabalho do audi-
tor é esclarecido e o respeito con-
quistado no momento em que: o 
auditor tem o cuidado de informar 
primeiramente sobre os erros en-
contrados as pessoas envolvidas, e 
não aos superiores, dando-lhes a 
chance de explicar-se, definindo 
corretamente a responsabilidade de 
cada pessoas sobre os fatos consta-
tados; divulgando os problemas 
encontrados para que haja tempo de 
regularizar qualquer falha antes da 
emissão do relatóriofinal, e as falhas 
que não puderem ser regularizadas 
durante o processo da auditoria, 
serão comunicadas a administração 
superior como em fase de regulari-
zação; não responsabilizar ninguém 
indevidamente, apenas quando pos-
suir todos os fatos e dados para em-
basar suas afirmativas; busca me-
lhorar o sistema todo e não apenas 
corrigir erros individuais; comuni-
que as coisas boas e o trabalho bem 
feito que encontrou na empresa e 
não apenas as coisas erradas 
(SAWYER, 2012). 
 
37 
 
 37 
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AUDITORIA NO SISTEMA SUS E PRIVADO DE SAÚDE 
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