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A influência do estresse no sistema imunológico

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1
A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE SOBRE O SISTEMA IMUNOLOGICO E 
SEUS MECANISMOS DE RESPOSTA CELULAR. 
 
 
THE INFLUENCE OF STRESS ON THE IMMUNOLOGICAL SYSTEM AND ITS 
CELL RESPONSE MECHANISMS. 
 
 
 
2
Crislane Cordeiro 
Esterfanny Rafiza 
Fernanda Carvalho 
3
Johnny Ramos 
 
 
 
 
RESUMO 
O estresse, de acordo com estudos científicos influi no sistema imune causando a 
imunossupressão, uma condição que afeta o sistema imunológico e torna o corpo mais 
suscetível a doenças, percebe-se então a importância de compreender os mecanismos de 
ação do estresse e quais impactos ele causa na saúde humana. Objetivo: analisar a 
influência do estresse e das agressões tóxicas no sistema imunológico e quais 
mecanismos de resposta celular estão envolvidos nesse processo, apontando os 
principais fatores que implicam no equilíbrio multifuncional do brasileiro. Metodologia: 
estudo realizado através de revisão bibliográfica, baseado em artigos científicos, livros e 
trabalhos acadêmicos através de pesquisa nas bases de dados Scielo, Pubmed. 
Abordando sobre os impactos que o estresse causa nos indivíduos, totalizando 08 
artigos incluídos no estudo. Conclusão: pode-se observar que o estresse tem um impacto 
negativo sobre o sistema imune, tais alterações ocorridas no sistema imunológico 
podem levar a predisposição de algumas doenças. 
 
1
 Paper apresentado á disciplina de Mecanismo de Lesão e Reparo, do Centro Universitário Unidade de 
Ensino Superior Dom Bosco 
2
 Aluna do 2º período do curso de Enfermagem da UNDB 
3
 Professor, Doutor, Orientador Johnny Ramos 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Stress, according to scientific studies, influences the immune system causing 
immunosuppression, a condition that affects the immune system and makes the body 
more susceptible to diseases, so it is important to understand the mechanisms of action 
of stress and what impacts it causes. cause in human health. Objective: to analyze the 
influence of stress and toxic aggressions on the immune system and which cellular 
response mechanisms are involved in this process, pointing out the main factors that 
imply the multifunctional balance of Brazilians. Methodology: study carried out through 
bibliographic review, based on scientific articles, books and academic works through 
research in Scielo, Pubmed databases. Addressing the impacts that stress causes on 
individuals, totaling 08 articles included in the study. Conclusion: it can be seen that 
stress has a negative impact on the immune system, such changes in the immune system 
can lead to a predisposition to some diseases. 
 
INTRODUÇÃO 
De acordo com Faccini et al (2020) o estresse é caracterizado como um conjunto de 
respostas fisiológicas e comportamentais antecipadas, produzidas pelo corpo, fazendo 
com que ocorra a liberação de neurotransmissores em excesso e, com isso a liberação de 
dois hormônios responsáveis pela regulação do humor que são o cortisol e a adrenalina 
e que atuam no sistema imunológico. 
O cortisol é o hormônio responsável pela regulação do humor ou do medo, fazendo com 
que o corpo entre em estado de alerta. Já o hormônio da adrenalina, a epinefrina, é o 
hormônio conhecido como "luta ou fuga" e que prepara o individuo para situações que 
desencadeiam o estresse (PAGLIORONE; SFORCIN, 2009). 
No final do século 19 foram descobertos os efeitos que o estresse causa a saúde pelo 
microbiólogo francês Louis Pasteur (1822-1895), que realizou um experimento 
demonstrando o impacto que o estresse causa no sstema imunológico. Em seus estudos, 
Pasteur analisou que quando galinhas eram expostas a situações estressantes a elas, 
tornava-se mais suscetíveis a infecções e doenças bacterianas, do que as que não foram 
submetidas a tais situações (FACCINI et al.,2020). 
O Sistema Nervoso Central SNC é responsável por mediar as respostas fisiológicas ao 
estresse, juntamente com o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal HHA. O SNA é 
responsável pela resposta rápida a uma situação de estresse, fazendo com que sejam 
realizadas mudanças rápidas no estado fisiológico; enquanto o HHA uma vez ativado, 
faz com que os níveis de glicocorticóides circulantes aumentem de maneira expressiva 
(OPPERMANN, 2002). 
O sistema imunológico é responsável por combater e eliminar tudo aquilo que considera 
estranho como, bactérias, parasitas, e vírus. Fazendo com que nosso corpo produza 
anticorpos. Os hormônios glicocorticóides produzidos em função do estresse podem 
representar um perigo ao sistema imune. Já que o sistema imunológico está diretamente 
ligado ao sistema endócrino e, sua produção excessiva, pode causar danos as células de 
defesa (FACCINI et al., 2020; POGLIORONE; SFORCIN, 2009). 
 
CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA 
O estresse é considerado uma reação involuntária do organismo quando o ser humano 
passa por alguma situação de perigo ou ameaça e esse mecanismo pode ser causado por 
diversos fatores como: sensações de irritação, desconforto, medo, preocupação, 
frustração ou nervoso. 
 A medida que o estresse passa a interferir na vida do ser humano por longos períodos, 
pode ser perigoso tanto para a mente quanto para o corpo. Pois quando submetido a uma 
situação estressora o corpo entra em um estado de alerta, liberando uma mistura 
complexa de hormônios e substâncias químicas entre elas adrenalina, cortisol e 
norepinefrina, essa produção ocorre justamente para preparar o corpo para alguma 
reação. 
Observa-se que o problema surge quando o nosso corpo entra em estado de estresse em 
situações inadequadas e por tempo prolongado. Mediante a essas informações podemos 
indagar a seguinte pergunta: Como o estresse excessivo e as agressões tóxicas podem 
afetar o sistema imunológico no dia a dia do brasileiro? E quais são os mecanismos de 
resposta celular? 
 
 
 JUSTIFICATIVA 
Na condição de acadêmicos na área da saúde da Universidade de Ensino Supeior Dom 
Bosco e como cidadões brasileiros, nos é permitido vivenciar situações e levantar 
alguns pontos de indagação acerca do trabalho executado, bem como verificar qual a 
repercussão dessas ações na saúde dos brasileiros. 
Destaca-se aqui, não somente a saúde física, mas também a saúde mental do brasileiro 
que é exposto a altos níveis de estresse e de agressões tóxicas em seu dia a dia em 
função de exercício físico em excesso, sobrecarga no trabalho, alcoolismo, tabagismo e 
até mesmo uma alimentação pouco saudável, que podem implicar no equilíbrio da 
homeostase e conseqüentemente uma maior fragilidade no sistema imunológico diante 
determinadas circunstâncias. 
Esse conjunto de fatores tem influência direta na saúde física e emocional do ser 
humano e, frente aos estudos realizados ao decorrer dos anos, será dada ênfase á 
pesquisa visando buscar cientificamente respostas para a problemática já mencionada. 
Sendo assim, a sobrecarga no trabalho, o exercício físico em excesso, alcoolismo, 
tabagismo e a má alimentação são fatores que podem causar um estresse crônico, como 
também podem afetar o sistema imunológico. 
Tendo em vista os motivos elencados, considera-se de grande relevância proceder a uma 
análise da influência do estresse e das agressões tóxicas sobre o sistema imunológico e 
os mecanismos de resposta celular desses indivíduos considerando que as circunstâncias 
indutoras devem ser identificadas e analisadas, no sentido de modificá-las ou de 
minimizar os seus efeitos negativos. 
 
 OBJETIVOS 
GERAL: 
Analisar a influência do estresse e das agressões tóxicas no sistema imunológico. 
ESPECÍFICOS: 
Analisar os mecanismos de resposta celular dos indivíduos. 
 Apontar os principais fatores que implicam no equilíbrio multifuncional do brasileiro. 
 
 REFERENCIAL TEÓRICO 
O estresse geralmente influi no sistema imunológico causando a imunossupressão, 
levando a um aumento da decorrência de doenças infecciosas, manifestação de doenças 
autoimunese aumento do desenvolvimento e progressão e neoplasias. Imunossupressão 
associada ao estresse tem sido atribuída na secreção de cortisol, resultante da ativação 
do eixo HHA. Quando um indivíduo gera respostas bem controladas e eficazes que 
permite uma boa adaptação ao estresse ocorre o Eustress; Intervém nos mecanismos de 
respostas diferentes sistemas, esta rede é formada pela interação que implica o 
psiquismo e os sistema nervoso, endócrino e imunológico. Diante do estresse o corpo 
reage com uma resposta que pode ser adaptativa ou não. Podem ser apontados diversos 
fatores que influenciam e implicam no equilíbrio multifuncional de um ser humano, em 
relação ao estresse pode ser atribuídos: distanciamento entre teoria e prática, sobrecarga, 
tempo reduzido para assistência, alimentação e excesso de esforço à mente. Tornando 
assim de suma importância os indivíduos conhecerem os mecanismos que implicam no 
Sistema Imunológico levando riscos podendo causar diversos tipos de doenças e 
neoplasias, mas o que temos em evidência são dados altos nos indicies de doenças 
causadas por estresse e agressões tóxicas na população brasileira. 
 
METODOLOGIA 
Esta pesquisa é de natureza exploratória, ou seja, este estudo será de cunho 
bibliográfico, baseado em livros, artigos científicos, trabalhos acadêmicos (monografia, 
tese, dissertação), legislação e anais de eventos. Sendo caracterizada por Severino 
(2007, p.123) como a pesquisa que busca apenas levantar informações sobre um 
determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições 
de manifestação desse objeto. 
Para essa revisão formulou-se a seguinte pergunta norteadora: como a influência do 
estresse afeta o sistema imunológico, e, como funciona o mecanismo de resposta celular 
dos indivíduos? Quanto aos critérios de inclusão foram utilizados trabalhos que 
abordam sobre os impactos que o estresse provoca nos indivíduos, como a célula se 
adapta a essa situação e quais os danos isso provoca ao sistema imunológico, foram 
utilizadas pesquisas publicados em língua portuguesa entre os anos de 2002 a 2022, 
disponíveis gratuitamente e online. 
 
Figura 1- Processo de seleção dos artigos para estudo 
 
Fonte: Elaborado pelas autoras (2022) 
 
Os textos dessa seleção foram lidos e analisados, de modo a identificar os trabalhos com 
informações relevantes sobre a proposta desse estudo. E, assim, são observados 
resultados de pesquisas apresentados nas publicações referentes aos conteúdos 
trabalhados, mais especificamente, destacando aqueles que demonstram a influência que 
o estresse tem sobre o sistema imunológico do ser humano. 
RESULTADOS 
Após levantamento e análise dos dados foram selecionados 10 (dez) artigos. Com o intuito de 
agregar as informações colhidas da pesquisa para o desenvolvimento desde estudo foi 
construído um quadro síntese. 
 
Quadro 1: Detalhamento dos artigos que abordaram o tema estresse e imunidade 
Autor Título da publicação 
DA SILVA, Andressa Pereira; 
VALLIM, Claudio Avelar 
Relação do estresse com a imunidade. 
NECA, Cinthia et al A influencia do estresse sobre o 
sistema imunológico. 
HUANG, Xuekun et al. Desequilíbrio imunológico periférico 
mediado por células Th17/Treg em 
pacientes com rinite alérgica. 
ASSIS, A. E. S.; PORFÍRIO, M. L Efeitos da ansiedade sobre o sistema 
imunológico. 
Registros 
identificados após a 
busca na base de 
dados
Pubmed= 11
Artigos incluidos 
para a revisão = 10
Artigos excluidos 
após a analise de 
títulos = 22
Scielo=19
CAPRISTE, M. L. P. et al Reflexões sobre a influência do 
estresse crônico na transformação de 
células saudáveis em cancerígenas. 
FACCINI, A. M. et al Influência do estresse na imunidade. 
ROSA, T. G Influência dos agentes estressores no 
aumento dos níveis de cortisol 
plasmático. 
PAGLIARONE, A. C.; SFORCIN, J. 
M. 
Estresse: revisão sobre seus efeitos no 
sistema 
Imunológico. 
OPPERMANN, R. V. ALCHIERI, J. 
C. CASTRO, G. D. 
Efeitos do estresse sobre a 
imunidade e a doença periodontal. 
 
 
 
DISCUSSÃO 
A idéia de que o estresse está associado a fraqueza do sistema imunológico é bastante 
conhecida, podendo levar ao ressurgimento de algumas doenças como a herpes labial. 
Outras doenças também tem relação com o estresse crônico, entre elas temos as 
patologias cardiovasculares (arteriosclerose, derrame), metabólicas (diabetes tipo 1 e 
tipo 2), gastrointestinais (úlceras, colite), distúrbios do crescimento (nanismo e o 
aumento do risco de esteoporose), Infecciosas (herpes labial, gripes e resfriados), 
reumáticas (lúpus, artrite reumatóide) e depressão. 
Organismos diferentes apresentam a mesma resposta fisiológica para uma série de 
experiências sensoriais ou psicológicas que tem efeito nocivo em órgãos, tecidos ou 
processos metabólicos, tais experiências podem ser chamadas de "estressoras" (Da Silva 
2019). 
Para Neca, Cinthia et al ( 2022) estressores sensoriais ou físicos envolvem um contato 
direto com o organismo como, correr uma maratona, sofrer mudanças de temperatura 
etc. Já o estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é ativado 
através de mecanismos puramente cognitivos, sem qualquer contato com o organismo, 
como, brigar com o cônjuge, falar em público, vivenciar luto etc. Ademais podemos 
considerar um terceiro tipo de estressor, as infecções. Vírus, bactérias, fungos ou até 
mesmo parasitas que infectam o ser humano e induzem a liberação de citosinas 
(proteínas com ação reguladora) que por sua vez ativam um importante mecanismo 
endócrino de controle do sistema imunológico. 
A reação do organismo aos agentes estressores é em essência uma resposta ao perigo e é 
classificada em três estágios. No primeiro estagio “alarme” o corpo reconhece o agente 
estressor e então as glândulas adrenais, ou supra-renais passam a secretar e liberar os 
hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e cortisol), que aceleram o ritmo 
cardíaco, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, contraem o baço (que 
expulsa mais hemácias para circulação sanguínea), causando assim a imunossupressão, 
ou seja, a redução das defesas do organismo. 
A finalidade dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para uma ação, que pode 
ser de “luta” ou “fuga” ao estresse. Já no segundo estágio “adaptação”, o organismo 
repara os danos causados pela reação do alarme, fazendo com que os níveis hormonais 
reduzam. No entanto, se o estresse continua, o terceiro estagio “exaustão” começa e 
pode provocar o surgimento de uma doença associada á condição estressante. O estresse 
repetido inúmeras vezes pode causar conseqüências desagradáveis, incluindo disfunção 
das defesas imunológicas (FACCINI, A. M. et AL 2020). 
O estresse está diretamente associado à liberação de hormônios que conseqüentemente 
alteram a homeostase e tem um efeito modulador das defesas do organismo. Nos seres 
humanos o hormônio responsável por essa função é o cortisol (glicocorticóides), após a 
ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal os níveis de cortisol na corrente sanguínea 
aumentam drasticamente, esse hormônio liga-se a receptores presentes no interior dos 
leucócitos, ocasionando, na maioria das vezes uma imunossupressão (NECA, 
CINTHIA et al 2022). 
Um dos efeitos do cortisol durante o estresse é a regulação da migração dos leucócitos 
pelos tecidos do corpo. Após um período de estresse, ocorre um aumento do número 
sanguíneo de neutrófilos envolvidos na resposta inflamatória, e, uma redução na 
contagem de linfócitos envolvidos na fase reguladora e disparadora da resposta imune. 
Contudo é importante salientar que as mudanças nas contagens dessas células na 
circulação decorrem da ação do cortisol e da noradrenalina, que juntos promovem uma 
migração temporária de leucócitos do sangue para os tecidos e vice-versa (ASSIS, A. E. 
S.; PORFÍRIO, M. L 2021). 
O estresse também altera a resposta humoraldo sistema imunológico, essa resposta é a 
produção de anticorpos e proteínas da circulação que, ativadas por fatores imunológicos 
ou certas substancias invasoras, tornam-se enzimas e induzem reações de defesa. Em 
indivíduos cronicamente estressados o risco de desenvolvimento de doenças infecciosas 
aumenta, em especial nos idosos que já têm suas defesas debilitadas (ROSA, T. G 2016). 
De modo geral o estresse psicológico é um fator de risco importante para o 
desenvolvimento de inúmeras doenças, já que levam a mudanças de comportamentos 
que alteram o sistema imunológico, como por exemplo: os sintomas de depressão, 
anorexia, desnutrição e insônia, que podem afetar o funcionamento das nossas defesas 
(ASSIS, A. E. S.; PORFÍRIO, M. L 2021). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Para a realização desse trabalho foram buscados materiais em dois dos principais portais 
eletrônicos disponíveis na internet, e o que se percebe é que existe uma escassez de 
trabalhos publicados referentes à temática da influência do estresse no sistema 
imunológico. Os trabalhos incluídos para essa análise evidenciaram em seus estudos, a 
existência da relação entre os fenômenos do estresse e as defesas imunológicas do 
organismo, uma vez que suprime suas ações, o que se dá devido à influência do sistema 
endócrino e do sistema nervoso, onde acontecem a produção de hormônios relacionados 
à regulação da imunidade, dentre os quais cita-se o hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH), que estimula a produção de hormônios, dentre os quais, o principal deles é o 
cortisol. Tais hormônios se constituem enquanto inibidores das funções de defesa 
natural do corpo, ou seja, levam à redução das atividades imunológicas, predispondo o 
organismo para infecções e desenvolvimento de doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ED. São 
Paulo: cortez, 2017. 
 
DA SILVA, Andressa Pereira; VALLIM, Claudio Avelar. RELAÇÃO DO ESTRESSE 
COM A IMUNIDADE. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio 
Verde, v. 8, n. 2, 2019. 
 
NECA, Cinthia et al. A influencia do estresse sobre o sistema imunologico. Research, 
Society and Development. v. 11, n. 8, e539118291, 2022. DOI: 
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i8.18291 
 
HUANG, Xuekun et al. Desequilíbrio imunológico periférico mediado por células 
Th17/Treg em pacientes com rinite alérgica. Brazilian Journal of 
Otorhinolaryngology, v. 80, p. 152-155, 2014. Disponivel em: 
https://doi.org/10.5935/1808-8694.20140031 
 
ASSIS, A. E. S.; PORFÍRIO, M. L. Efeitos da ansiedade sobre o sistema 
imunológico: uma revisão. Artigo. Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC. 
Goiânia-GO, 2021. Disponivel em: 
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/1807 
 
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i8.18291
https://doi.org/10.5935/1808-8694.20140031
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/1807
CAPRISTE, M. L. P. et al. Reflexões sobre a influência do estresse crônico na 
transformação de células saudáveis em cancerígenas. Rev. enferm. UFPE on line; n. 
11, v. 6, junho de 2017. Disponivel em: DOI: 10.5205/reuol.10827-96111-1-
ED.1106201728 
 
ROSA, T. G. Influência dos agentes estressores no aumento dos níveis de cortisol 
plasmático. Monografia (Bacharel). Faculdade de Farmácia. Universidade de Rio 
Verde. Rio Verde, 2016. 
 
FACCINI, A. M.; SILVEIRA, B. M.; RANGEL, R. T.; SILVA, V. L. Influência do 
estresse 
na imunidade: revisão bibliográfica. Revista Científica da FMC, v.l. 15, n.3, p.65-71, 
2020. Disponivel em: http://www.fmc.br/ojs/index.php/RCFMC/article/view/312/235 
 
PAGLIARONE, A. C.; SFORCIN, J. M. Estresse: revisão sobre seus efeitos no 
sistema 
imunológico. Biosaúde, v. 11, n. 1, p. 57-90, jan./jun. 2019. Disponivel em: 
https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/24304/17878. 
 
OPPERMANN, R. V. ALCHIERI, J. C. CASTRO, G. D. Efeitos do estresse sobre a 
imunidade e a doença periodontal. R. Fac. Odontol., Porto Alegre, V.4, N.2, p.52-59, 
dez. 
2002. 
 
http://www.fmc.br/ojs/index.php/RCFMC/article/view/312/235
https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/24304/17878

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