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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA MECÂNICA EXPERIÊNCIA 3 – QUEDA LIVRE GABRIEL RODRIGUES NEVES (2021211174) VINÍCIUS PAIVA DE OLIVEIRA (202121234) LEONARDO FERREIRA LIMA (202121164) ILHÉUS – BAHIA 2022 GABRIEL RODRIGUES NEVES (2021211174) VINÍCIUS PAIVA DE OLIVEIRA (202121234) LEONARDO FERREIRA LIMA (202121164) EXPERIÊNCIA 3 – QUEDA LIVRE Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET788 – FÍSICA EXPERIMENTAL I. Turma P02. Dia de execução do experimento: 06/06/2022. Professor: Décio. ILHÉUS – BAHIA 2022 Sumário 1. RESUMO ........................................................................................................................................................... 4 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 4 3. PARTE EXPERIMENTAL....................................................................................................................................... 5 3.1 MATERIAIS ...................................................................................................................................................... 5 3.2 EFETUAÇÃO DO EXPERIMENTO ........................................................................................................................ 5 4. RESULTADOS E DISCURSSÕES ............................................................................................................................ 5 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................... 9 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................................... 10 1. RESUMO Esse relatório consiste em analisar experimentalmente o modelo da queda livre e comparar a força da aceleração obtida no experimento com o valor teórico. Dessa forma, utilizaremos conceitos concebidos por Isaac Newton e das equações do movimento e da velocidade. 2. INTRODUÇÃO Em mecânica clássica, a queda livre é o fenômeno resultante da interferência de uma única força: a gravidade. Por meio de experimentos, verificou-se que todo corpo abandonado de uma certa altura h, sofria uma aceleração de, aproximadamente, 9,81m/s², independente de seu peso. Essa aceleração ficou definida como aceleração gravitacional, e ela varia em módulo, direção e sentido conforme a latitude e a altitude. No princípio fundamental da dinâmica, Newton, em sua segunda lei, conecta a força resultante sobre um corpo com sua quantidade de movimento, 𝐹 = 𝑑𝑝 𝑑𝑡 onde p é o produto da massa pela velocidade, sendo a massa uma constante. E, como a única aceleração que teremos é a gravitacional – já que estamos analizando a queda livre – , a aceleração será a força gravitacional. Logo, teremos: 𝐹 = 𝑚 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑚𝑎 𝐹 = 𝑚𝑔 Em outras palavras, a força que atua sobre um corpo em queda livre, despresando o ar ou outras interferências, será dado pelo produto da massa (m) pela aceleração gravitacional (g). Levando em consideração que o corpo encontra-se em repouso no ínicio da análise da queda livre, ou seja, sua velocidade inicial será dada por 𝑉0 = 0 e a aceleração será −𝑔, a equação do movimento de um certo corpo em função do tempo será: 𝑦(𝑡) = 𝑦0 − 1 2 𝑔𝑡2 Enquanto a velocidade do corpo será dada por: 𝑣(𝑡) = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑣(𝑡) = −𝑔𝑡 Tendo definido estes conceitos, devemos nos perguntar em até que ponto e em quais circunstâncias estas previsões são válidas. Para isso, iremos analizar se o modelo da queda livre reproduz resultados de forma adequada e dentro dos padrões experimentais. 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS • Dispositivo experimental com altura pré-definida • Esfera de ferro • Esfera de isopor • Câmera filmadora 3.2 EFETUAÇÃO DO EXPERIMENTO O experimento foi iniciado usando a esfera de isopor, onde esta foi largada, ou seja, entrou em queda livre, a uma altura de 60cm da origem do sistema de referência estabelecido. Posteriormente, o mesmo procedimento foi feito com uma esfera de ferro. Em ambas as situações, tanto no procedimento da esfera de isopor, quanto no procedimento da esfera de ferro, foi feita a gravação usando a câmera do celular para ser criado os gráficos da queda livre no software Tracker. Neste programa, o usuário realiza a filmagem do fenômeno físico em questão, faz o download dele no computador e o Tracker se encarrega de coletar os dados e plotar gráficos relativos ao vídeo. 4. RESULTADOS E DISCURSSÕES Ao fim do experimento, foi realizado o upload dos vídeos onde contia os experimentos da queda livre da esfera de isopor e da esfera de ferro no programa Tracker. Após a realização do upload no software, a escala de vídeo foi calibrada e os eixos de coordenadas x e y foram inseridos. A cada frame do vídeo foi fixado pontos onde descrevia a trajetória da esfera de isopor e da esfera de ferro em queda livre apresentada nos vídeos coletados do experimento. Após isso, foi criada as tabelas onde continham as coordenadas desses pontos. Tabela 1- Dados dos pontos coletados no Tracker da queda livre da esfera de isopor Ao fim, o software foi capaz de plotar os gráficos y(t) que representa a trajetória da esfera de isopor e da esfera de ferro em função do tempo. Tabela 2 - Dados dos pontos coletados no Tracker da queda livre da esfera de ferro Figura 1 - Gráfico que representa o movimento de queda livre da esfera de isopor Sabendo que a equação que representa o movimento do corpo em queda livre é (tomando 𝑣0 = 0): 𝑦(𝑡) = 𝑦0 − 1 2 𝑔𝑡² Assim, torna-se possível calcular a aceleração das esferas. Para encontrar a aceleração da esfera de isopor, considere o ponto 6 da tabela 1 (onde 𝑡 = 0,2𝑠, 𝑦(𝑡) = 31,5𝑐𝑚 ou 0,315𝑚 e 𝑦0 = 59,06𝑐𝑚 ou 0,5906𝑚). Fazendo uso da equação do movimento, segue-se: 𝑦(𝑡) = 𝑦0 − 1 2 𝑔𝑡² 0,315𝑚 = 0,5906𝑚 − 1 2 𝑔(0,2𝑠)² 0,315𝑚 − 0,5906𝑚 = − 1 2 𝑔 ∗ 0,04𝑠² − 0,2756𝑚 0,04𝑠2 = − 1 2 𝑔 −6,89𝑚/𝑠² = − 1 2 𝑔 𝑔 = 6,89𝑚/𝑠² ∗ 2 𝑔 ≅ 13,78𝑚/𝑠² Ou seja, |𝑔| ≅ 13,78𝑚/𝑠² para a esfera de isopor. Figura 2 - Gráfico que representa o movimento de queda livre da esfera de ferro De forma análoga, a aceleração da esfera de ferro também pode ser encontrada. Para isso, considere o ponto 8 da tabela 2 (onde 𝑡 = 0,333𝑠, 𝑦(𝑡) = 0,128𝑐𝑚 𝑜𝑢 0,00128𝑚 e 𝑦0 = 58,89𝑐𝑚 ou 0,5889𝑚). Dessa forma, g pode ser definida: 0,00128𝑚 = 0,5898𝑚 − 1 2 𝑔(0,333𝑠)² 0,00128𝑚 − 0,5898𝑚 = − 1 2 𝑔 ∗ 0,110889𝑠2 − 0,58852𝑚 0,110889𝑠2 = − 1 2 𝑔 −5,30729 = − 1 2 𝑔 𝑔 ≅ 10,614𝑚/𝑠² Ou seja, |𝑔| ≅ 10,614𝑚/𝑠² para a esfera de ferro. Discursão dos resultados: Local de realização do experimento: Laboratório de Física experimental 1, Pavilhão de Ciências exatas e tecnológicas, UESC, Salobrinho, Ilhéus, Bahia, Brasil. Segundo o Software Google Earth, no local do experimento temos: Latitude: 14°47'46.3"S Altitude: 52m E a aceleração prevista pela literatura, segundo as informações fornecidas pelo Google Earth, está em destaque na tabela 3. Tabela 3 - Parte de uma tabela completa onde mostra a variação da aceleração gravitacional de acordo com a latitude e a altitude Dessa forma, fica evidenciado que o valor experimental da aceleração gravitacional encontrada está aproximado do previsto pela literatura. O motivo dessa variaçãopode ser explicado pela interferência na velocidade inicial, por exemplo. Para calcular a velocidade das esferas, será necessário o uso da seguinte equação: 𝑣(𝑡) = −𝑔𝑡 Quanto ao cálculo da velocidade da esfera de isopor no ponto 6 da tabela 1, tomando |𝑔| ≅ 13,78𝑚/𝑠² e 𝑡 = 0,2𝑠 𝑣(0,2𝑠) = −13,78 𝑚 𝑠2 ∗ 0,2𝑠 𝑣(0,2𝑠) = −2,756𝑚/𝑠 Assim, no 𝑡 = 0,2𝑠 a esfera de isopor possuía uma velocidade |𝑣| = 2,756𝑚/𝑠. Já no cálculo da velocidade da esfera de ferro no ponto 8 da tabela 2, tomando |𝑔| ≅ 10,614𝑚/𝑠² e 𝑡 = 0,333𝑠 𝑣(0,333𝑠) = −10,614 𝑚 𝑠2 ∗ 0,333𝑠 𝑣(0,333𝑠) = −3,534𝑚/𝑠 Dessa forma, no 𝑡 = 0,333𝑠 a esfera de ferro possuía uma velocidade |𝑣| = 3,534𝑚/𝑠 Todas as velocidades |𝑣| podem ser analisadas nas tabelas abaixo: Se as esferas fossem trocadas por um objeto oco, muito mais leve, ainda sim o modelo da queda livre continuaria valendo. Porém, não obteríamos resultados satisfatórios experimentalmente, uma vez que a interferência do ar seria mais perceptível e causaria interferências significativas ao resultado final, isso pode ser observado ao jogar uma folha de papel de uma certa altura h. Tal experimento deveria ser realizado em uma câmara à vácuo, onde a influência do ar seria cancelada. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, fica evidenciado que podemos nos aproximar experimentalmente, com uma certa margem de erro, da aceleração da gravidade prevista pela literatura e confirmar a veracidade das equações do movimento para o modelo da queda livre. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Halliday, Resnick, Walker: Fundamentos de Física. Volume 1, 8a edição, Ed. LTC. [2] http://cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/basico/cap21/cap21_04.htm
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