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08/02/2023 1 Tributos em espécie Prof. Mauro Paiva Conteúdo programático 08/02/2023 2 08/02/2023 3 Disponível em: https://doceru.com/doc/c085esv 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA Impostos de competência da União 1. IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS (II) 2 1. Imposto sobre Importação Dispositivos legais Art. 153, inciso I e § 1ºCF/88 CTN Art. 19 a 22 Decreto nº 6.759, de 05/02/2009 Dispõe sobre o imposto de importação Regulamento Aduaneiro Decreto-lei nº 37, de 18/11/1966 1. Imposto sobre Importação A entrada de produtos estrangeiros no território nacional. Fato gerador Notas: 1. Para a configuração do fato gerador, é necessário que o produto de origem estrangeira ingresse no país para incorporar-se à economia interna, isto é, que seu destino seja o comércio, a indústria ou o consumo; 1. Imposto sobre Importação A entrada de produtos estrangeiros no território nacional. Fato gerador Notas: 1. Para a configuração do fato gerador, é necessário que o produto de origem estrangeira ingresse no país para incorporar-se à economia interna, isto é, que seu destino seja o comércio, a indústria ou o consumo; 2. No regime comum de importação, considera-se que o fato gerador ocorre na data do registro da Declaração de Importação no SISCOMEX; 3 1. Imposto sobre Importação A entrada de produtos estrangeiros no território nacional. Fato gerador Notas: 1. Para a configuração do fato gerador, é necessário que o produto de origem estrangeira ingresse no país para incorporar-se à economia interna, isto é, que seu destino seja o comércio, a indústria ou o consumo; 2. No regime comum de importação, considera-se que o fato gerador ocorre na data do registro da Declaração de Importação no SISCOMEX; O Siscomex — Sistema Integrado de Comércio Exterior é um instrumento administrativo do Governo brasileiro, utilizado para as operações de comércio exterior no país. 1. Imposto sobre Importação Base de cálculo O VALOR ADUANEIRO (valor de transação, ajustado de acordo com o art. 8º do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT. 1. Imposto sobre Importação Alíquotas Variáveis conforme o produto importado. 4 1. Imposto sobre Importação Alíquotas Variáveis conforme o produto importado. Notas: 1. Nas importações de produtos oriundos de outros continentes, as alíquotas são estabelecidas de comum acordo pelos países integrantes do Mercosul e por todos eles aplicadas às suas respectivas importações (TarifaExterna Comum– TEC). 1. Imposto sobre Importação Alíquotas Variáveis conforme o produto importado. Notas: 1. Nas importações de produtos oriundos de outros continentes, as alíquotas são estabelecidas de comum acordo pelos países integrantes do Mercosul e por todos eles aplicadas às suas respectivas importações (TarifaExterna Comum– TEC). 2. Nas importações entre países integrantes do Mercosul, a regra é a não exigência deste imposto. 1. Imposto sobre Importação Sujeito passivo • O importador ou quem a lei a ele equiparar. • O destinatário de remessa postal internacional. • O adquirente de mercadoria em entrepostos aduaneiros Contribuinte Responsável • O transportador. • O depositário. • Qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 5 1. Imposto sobre Importação Especificidades 1ª) Quando não sujeitas à TEC, suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei (CF, art. 153, § 1º), a fim de ajustar o imposto aos objetivos da polí-tica cambial e do comércio Exterior; 1. Imposto sobre Importação Especificidades 2ª) Na hipótese acima, a alteração das alíquotas não se submete ao princípio da anterioridade anual ou nonagesimal (CF, art. 150, § 1º); 1ª) Quando não sujeitas à TEC, suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei (CF, art. 153, § 1º), a fim de ajustar o imposto aos objetivos da polí-tica cambial e do comércio Exterior; 1. Imposto sobre Importação Especificidades 2ª) Na hipótese acima, a alteração das alíquotas não se submete ao princípio da anterioridade anual ou nonagesimal (CF, art. 150, § 1º); 1ª) Quando não sujeitas à TEC, suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei (CF, art. 153, § 1º), a fim de ajustar o imposto aos objetivos da polí-tica cambial e do comércio Exterior; 3ª) É imposto de natureza extrafiscal, utilizado para a geração de efeitos econômicos, cambiais e monetários (Ex. controle de inflação, estímulo de consumo, indução a investimentos, desenvolvimento da indústria nacional, proteção aduaneira, etc.). 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 2. IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO, PARA O EXTERIOR, DE PRODUTOS NACIONAIS OU NACIONALIZADOS (IE) 2. Imposto sobre Exportação Dispositivos legais CF/88 Art. 153, inciso II e § 1º CTN Art. 23 a 28 Decreto-lei nº 1.578, de 11/10/1977 Dispõe sobre o imposto de exportação Regulamento Aduaneiro Decreto nº 6.759, de 05/02/2009 2 Fato gerador Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional. 2. Imposto sobre Exportação Fato gerador Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional. Notas: 1ª) Produto “nacionalizado” é o importado a título definitivo. 2. Imposto sobre Exportação Fato gerador Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional. Notas: 2ª) Por ficção jurídica, considera-se que o fato gerador ocorre na data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex; 1ª) Produto “nacionalizado” é o importado a título definitivo. 2. Imposto sobre Exportação 3 Base de cálculo A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Camex - Câmara de Comér- cio Exterior. 2. Imposto sobre Exportação Alíquota 30% (trinta por cento) sobre a base de cálculo. 2. Imposto sobre Exportação Alíquota 30% (trinta por cento) sobre a base de cálculo. Nota: O Poder Executivo poderá reduzir esta alíquota até 0% ou aumentá-la até 150%, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior 2. Imposto sobre Exportação 4 Contribuinte O exportador, assim considerado qualquer pessoa que promova a saída de produto do território nacional. 2. Imposto sobre Exportação Especificidades 1ª) Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo (CF, art. 153, § 1º), nas condições e nos limites estabelecidos em lei, a fim de ajustar o imposto aos objetivos da política cambial e do comércio exterior; 2. Imposto sobre Exportação Especificidades 1ª) Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo (CF, art. 153, § 1º), nas condições e nos limites estabelecidos em lei, a fim de ajustar o imposto aos objetivos da política cambial e do comércio exterior; 2ª) A alteração de suas alíquotas não se submete ao princípio da anterioridade anual ou nonagesimal (CF, art. 150, § 1º); 2. Imposto sobre Exportação 5 Especificidades 1ª) Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo (CF, art. 153, § 1º), nas condições e nos limites estabelecidos em lei, a fim de ajustar o imposto aos objetivos da política cambial e do comércio exterior; 2ª) A alteração de suas alíquotas não se submete ao princípio da anterioridade anual ou nonagesimal (CF, art. 150, § 1º); 3ª) É imposto de natureza extrafiscal, utilizado para a geração de efeitos econômicos, cambiais e monetários (Ex. controle de inflação, in- dução a investimentos, fomento à entrada de divisas, etc.). 2. Imposto sobre Exportação 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 3. IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR) 3. Imposto sobre a Renda e proventos Dispositivos legais CF/88 Art. 153, inciso III e § 2º CTN Art. 43 a 45 Decreto nº 9.580, de 22/11/2018 RIR – Regulamento do Imposto de Renda. Lei nº 7.713,de 22/12/1988 Dispõe sobre o IR das pessoas físicas Lei nº 9.249, de 26/12/1995 Dispõe sobre o IR das pessoas jurídicas 2 Fato gerador Aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza. 3. Imposto sobre a Renda e proventos Fato gerador Aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza. Renda = o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. 3. Imposto sobre a Renda e proventos Fato gerador Aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza. Renda = o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. Proventos de qualquer natureza = os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 3 Base de cálculo O valor bruto das rendas e proventos de qualquer natureza, auferidos mensalmente pelo contribuinte. Pessoas físicas 3. Imposto sobre a Renda e proventos Base de cálculo 1. O LUCRO REAL, assim entendido o lucro líquido apurado com base na contabilidade da PJ, ajustado pelas adições, deduções ou com- pensações legais. Pessoas jurídicas 3. Imposto sobre a Renda e proventos Base de cálculo 1. O LUCRO REAL, assim entendido o lucro líquido apurado com base na contabilidade da PJ, ajustado pelas adições, deduções ou com- pensações legais. Pessoas jurídicas Nota: Dentre outras, são tributadas com base no lucro real as PJ cuja receita bruta no ano-calendário anterior tenha sido superior a R$ 78 milhões. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 4 Base de cálculo 1. O LUCRO REAL, assim entendido o lucro líquido apurado com base na contabilidade da PJ, ajustado pelas adições, deduções ou com- pensações legais. Pessoas jurídicas 2. O LUCRO PRESUMIDO, apurado por meio da aplicação de um per- centual (em regra de 8%) sobre a receita bruta do período de apuração. 3. Imposto sobre a Renda e proventos Base de cálculo 1. O LUCRO REAL, assim entendido o lucro líquido apurado com base na contabilidade da PJ, ajustado pelas adições, deduções ou com- pensações legais. Pessoas jurídicas 2. O LUCRO PRESUMIDO, apurado por meio da aplicação de um per- centual (em regra de 8%) sobre a receita bruta do período de apuração. Nota: Regime opcional para as empresas cuja receita bruta no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões . 3. Imposto sobre a Renda e proventos Base de cálculo 1. O LUCRO REAL, assim entendido o lucro líquido apurado com base na contabilidade da PJ, ajustado pelas adições, deduções ou com- pensações legais. Pessoas jurídicas 2. O LUCRO PRESUMIDO, apurado por meio da aplicação de um per- centual (em regra de 8%) sobre a receita bruta do período de apuração. 3. O LUCRO ARBITRADO, apurado pela autoridade fiscal, quando não prestadas ou desprovidas de crédito as informações necessárias para a apuração do lucro real ou do lucro presumido. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 5 Alíquotas 3. Imposto sobre a Renda e proventos Variáveis conforme a espécie de renda ou provento. Contribuinte O titular da disponibilidade econômica ou jurídica das rendas ou proventos de qualquer natureza. 3. Imposto sobre a Renda e proventos Contribuinte O titular da disponibilidade econômica ou jurídica das rendas ou proventos de qualquer natureza. Nota: A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto, cabendo- lhe neste caso, a retenção na fonte e o recolhimento. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 6 Especificidades 1. Este imposto será orientado pelos critérios da: • Generalidade: abrangência subjetiva, podendo ser cobrado de qualquer pessoa física ou jurídica. • Universalidade: abrangência objetiva, podendo incidir sobre todas as rendas e proventos. • Progressividade: quando maior a base de cálculo, maior a alíquota. 3. Imposto sobre a Renda e proventos Especificidades 1. Este imposto será orientado pelos critérios da: • Generalidade: abrangência subjetiva, podendo ser cobrado de qualquer pessoa física ou jurídica. • Universalidade: abrangência objetiva, podendo incidir sobre todas as rendas e proventos. • Progressividade: quando maior a base de cálculo, maior a alíquota. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 2. O IR não se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal, prevista na alínea “c” do inciso III do art. 150 da CF/88; Especificidades 1. Este imposto será orientado pelos critérios da: • Generalidade: abrangência subjetiva, podendo ser cobrado de qualquer pessoa física ou jurídica. • Universalidade: abrangência objetiva, podendo incidir sobre todas as rendas e proventos. • Progressividade: quando maior a base de cálculo, maior a alíquota. 3. Imposto sobre a Renda e proventos 2. O IR não se submete ao princípio da anterioridade nonagesimal, prevista na alínea “c” do inciso III do art. 150 da CF/88; 3. O IR não incide sobre verbas de natureza indenizatória. 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 4. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Dispositivos legais CF/88 CTN Art. 153, inciso IV e § 3º Art. 46 a 51 Decreto nº 7.212, de 15/06/2010 RIPI – Regulamento do IPI Lei nº 4.502, de 30/11/1964 Instituiu o “Imposto sobre consumo”, que, em 1965, passou a denominar-se “Imposto sobre produtos industrializados” 2 Produto industrializado Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no Regulamento do IPI como “industrialização”, mesmo incompleta, parcial ou intermediária. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Industrialização Qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tais como: 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Industrialização Qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tais como: a transformação o beneficiamento a montagem o acondicionamento ou reacondicionamento a renovação ou o recondicionamento 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 3 Fato gerador 1. A saída de produto industrializado do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. 2. O desembaraço aduaneiro de produto industrializado de proce- dência estrangeira. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Base de cálculo 1. Saída de estabelecimento nacional: o valor total da operação de que decorrer a saída, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 2. Desembaraço aduaneiro: o valor que servir de base de cálculo do IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS, acrescido do montante deste imposto e dos encargos cambiais. Alíquotas As alíquotas do imposto constam da TIPI (TABELA DO IPI), cuja versão atual foi introduzida pelo Decreto nº 10.923, de 30.12.2021. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 4 Contribuinte 1. O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar; 3. O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desem- baraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 2. O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem; 4. Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou reme- terem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista na CF/88. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 1. Exportação de produtos industrializados; 2. Energia elétrica, derivados de petróleo e combustíveis. Imunidades específicas 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Especificidades 1. O imposto será não-cumulativo. O valordevido em cada operação será compensado com o montante cobrado nas operações anteriores. (CF/88, art. 153, § 3º, II) 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 5 Especificidades 1. O imposto será não-cumulativo. O valor devido em cada operação será compensado com o montante cobrado nas operações anteriores. (CF/88, art. 153, § 3º, II) 2. O imposto será seletivo em função da essencialidade do produto. 4. Imposto s/ Produtos Industrializados Especificidades 1. O imposto será não-cumulativo. O valor devido em cada operação será compensado com o montante cobrado nas operações anteriores. (CF/88, art. 153, § 3º, II) 2. O imposto será seletivo em função da essencialidade do produto. 3. Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, sem a observância do princípio da anterioridade de exercício (CF/88, art, 150, III, b). 4. Imposto s/ Produtos Industrializados 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 5. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (IOF) 5. Imposto s/ Operações Financeiras CF/88 Dispositivos legais CTN Art. 153, inciso V e § 5º Art. 63 a 67 Lei nº 8.894, de 21-6-1994 Dispõe sobre o IOF Decreto nº 6.306, de, de 14-12-2007 Regulamenta o IOF 2 5. Imposto s/ Operações Financeiras Fatos geradores 1. Operações de crédito. 2. Operações de câmbio 3. Operações de seguro. 4. Operações relativas a títulos e valores mobiliários 5. Operações com ouro, definido como ativo financeiro ou instru- mento cambial. 5. Imposto s/ Operações Financeiras Fatos geradores 1. Operações de crédito. 2. Operações de câmbio 3. Operações de seguro. 4. Operações relativas a títulos e valores mobiliários 5. Operações com ouro, definido como ativo financeiro ou instru- mento cambial. O ouro é considerado ativo financeiro ou instrumento cambial “quando destinadoaomercado financeiro ou à execuçãoda política cambial do País”. (art. 1º da Lei nº 7.766/89) 5. Imposto s/ Operações Financeiras Base de cálculo 1. Operações de crédito: o valor dessas operações; 2. Operações de câmbio: o montante dessas operações, em moe- da nacional, recebido, entregue ou posto à disposição em moeda estrangeira; 3. Operações de seguro: o valor dos prêmios pagos; 4. Operações relativas a títulos e valores mobiliários: o valor dessas operações. 5. Operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial: o preço da aquisição do ouro, desde que dentro dos limites de variação da cotação vigente no mercado doméstico, no dia da operação. 3 5. Imposto s/ Operações Financeiras Alíquotas 1. Operações de crédito: 1,5% ao dia, no máximo. 2. Operações de câmbio: 25%, no máximo. 3. Operações de seguro: 25%. 4. Operações relativas a títulos e valores mobiliários: 1,5% ao dia, no máximo. 5. Operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial: 1%. 5. Imposto s/ Operações Financeiras Contribuintes 1. Operações de crédito: as pessoas físicas ou jurídicas tomado- ras do crédito. 2. Operações de câmbio: os compradores ou vendedores de moe- da estrangeira nas operações referentes às transferências financeiras do ou para o exterior, respectivamente. 3. Operações de seguro: as pessoas físicas ou jurídicas seguradas. 4. Operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) no caso de aquisição dos títulos ou valores mobiliários, os próprios adquirentes; b) no caso de aplicações financeiras, os respectivos titulares ou as instituições finan- ceiras, conforme o caso. 5. Imposto s/ Operações Financeiras 5. Operações com ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial: as instituições autorizadas pelo Bacen que efetuarem a primeira aquisição do ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial. Contribuintes 4 5. Imposto s/ Operações Financeiras Especificidades 1. Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei. 5. Imposto s/ Operações Financeiras Especificidades 1. Suas alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei. 2. O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instru- mento cambial, sujeita-se exclusivamente a este imposto, o qual: a) será devido na operação de origem; b) o montante do imposto arrecadado será transferido: 30% para o Estado, o DF ou o Território de origem 70% para o Município de origem 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 6. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR) 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Dispositivos legais CF/88 Art. 153, inciso VI e § 4º CTN Art. 29 a 31 Lei nº 9.393, de 19/12/1996 Dispõe sobre o ITR Decreto nº 4.382, de 19/09/2002 Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecada- ção e administração do ITR 2 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Fato gerador A propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do Município, no dia 1º de janeiro de cada ano. 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). O VTN-t é obtido pela multiplicação do Valor da Terra Nua (VTN) pelo quociente entre a área tributável e a área total. 3 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). O VTN-t é obtido pela multiplicação do Valor da Terra Nua (VTN) pelo quociente entre a área tributável e a área total. VTN-t = VTN . (área tributável : área total) 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). O VTN-t é obtido pela multiplicação do Valor da Terra Nua (VTN) pelo quociente entre a área tributável e a área total. VTN = Valor do imóvel, excluídos os valores relativos a construções, instalações, benfeitorias, culturas permanentes e temporárias, pastagens cultivadas e melhoradas e florestas plantadas. 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). O VTN-t é obtido pela multiplicação do Valor da Terra Nua (VTN) pelo quociente entre a área tributável e a área total. ÁREA TRIBUTÁVEL = A área total do imóvel, menos as áreas: • de preservação permanente e de reserva legal • de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas • comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, pecuária, granjeira, equícola ou florestal • sob servidão florestal ou ambiental • cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração • alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas ou autorizada pelo poder público 4 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Base de cálculo O Valor da Terra Nua − tributável (VTN-t). O VTN-t é obtido pela multiplicação do Valor da Terra Nua (VTN) pelo quociente entre a área tributável e a área total. Exemplo: Valor total do imóvel .................. R$ 1.500.000,00 Valor da Terra Nua (VTN) ........... R$ 1.000.000,00 (A) Área total do imóvel ................... 120 hectares Área tributável ........................... 20 hectares Quociente entre a ÁREA TRIBUTÁVEL e a ÁREA TOTAL (20 : 120) = 0,16666666 (B) VTN-t = (A) . (B) ........................ R$ 166.666,66 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Alíquotas CF/88, art. 153 § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Alíquotas Variáveis em razão do Grau de Utilização – GU, que é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável. Área total do imóvel (hectares) Grau de Utilização (em %) + que 80 + que 65 até 80 + que 50 até 65 + que 30 até 50 Até 30 Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00 + 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00 + 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30+ 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70 + 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60 + 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00 5 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Contribuinte O proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. Imunidade 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. Pequena gleba rural Área igual ou inferior a: ▪ 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ociden-tal ou no Pantanal matogrossense e sul-matrogrossense; ▪ 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secasou na Amazônia Oriental; ▪ 30 ha, se localizado em qualquer outro município. Imunidade 6 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Isenções 2. Imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento. 1. Conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, cuja área total em cada região observe o respectivo limite da pequena gleba rural. 3. Os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos, que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou coletivamente, pelos membros destas comunidades. 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Especificidades O ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique a redução do imposto ou qual- quer outra forma de renúncia fiscal. (CF, art. 153, § 4º, III) 6. Imposto s/ Propriedade Territorial Rural Especificidades O ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique a redução do imposto ou qual- quer outra forma de renúncia fiscal. (CF, art. 153, § 4º, III) Neste caso, a totalidade do produto da arrecadação do ITR caberá a esses Municípios. (CF, art. 158, II) 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA Impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal 1. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE QUAISQUER BENS E DIREITOS (ITCMD) 2 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Dispositivos legais CF/88 Art. 155, inciso I e § 1º CTN Art. 35 a 42 Legislação específica A de cada estado-membro ou do Distrito Federal Lei nº 10.705, de 28-12-2000 Dispõe sobre o ITCMD no Estado de São Paulo Fato gerador A transmissão de quaisquer bens ou direitos a eles relativos, por CAUSA MORTIS ou por DOAÇÃO. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Fato gerador 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Portanto, apenas transmissões a título NÃO ONEROSO A transmissão de quaisquer bens ou direitos a eles relativos, por CAUSA MORTIS ou por DOAÇÃO. 3 Base de cálculo O valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Alíquotas Definidas em leis dos estados e do DF. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Contribuinte Qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei estadual ou do Distrito Federal. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação 4 Especificidades 1. No caso de bens imóveis e respectivos direitos, o ITCMD compete ao Estado da situação do bem ou ao DF. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Especificidades 1. No caso de bens imóveis e respectivos direitos, o ITCMD compete ao Estado da situação do bem ou ao DF. 2. No caso de bens móveis, títulos e créditos, o ITCMD compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicí- lio o doador, ou ao DF. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Especificidades 1. No caso de bens imóveis e respectivos direitos, o ITCMD compete ao Estado da situação do bem ou ao DF. 2. No caso de bens móveis, títulos e créditos, o ITCMD compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicí- lio o doador, ou ao DF. 3. A competência para sua instituição será regulada por lei complemen- tar: a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação 5 Especificidades 4. O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Especificidades 4. O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal. Nota: Por meio da Resolução nº 09, de 5.5.1992, o Senado estabeleceu que a alíquota máxima do ITCMD será de 8%. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação Imunidade específica O ITCMD não incide sobre doações destinadas, no âmbito do Poder Executivo da União, a projetos socioambientais ou destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e às instituições federais de ensino. 1. Imposto s/ Transmissão Causa Mortis e Doação 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 2. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO (ICMS) 2. ICMS Dispositivos legais CF/88 CTN Art. 155, inciso II e §§ 2º ao 5º Dispositivos revogados pelo Decreto-lei nº 406, de 31/12/1968. LC nº 87, de 13/09/1996 “Lei Kandir” – Dispõe sobre o ICMS A de cada estado-membro ou do Distrito FederalLegislaçãoespecífica Lei nº 6.374, de 1-3-1989 Dispõe sobre o ICMS no Estado de São Paulo. 2 2. ICMS Alguns fatos geradores e bases de cálculo 2. ICMS 1. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o forneci- mento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabeleci- mentos similares. Alguns fatos geradores e bases de cálculo 2. ICMS 1. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o forneci- mento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabeleci- mentos similares. 2. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. Alguns fatos geradores e bases de cálculo 3 2. ICMS 1. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o forneci- mento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabeleci- mentos similares. 2. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. Alguns fatos geradores e bases de cálculo 3. Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmis- são, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. 2. ICMS 1. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o forneci- mento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabeleci- mentos similares. 2. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. Alguns fatos geradores e bases de cálculo 3. Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmis- são, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. 4. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não sujeitos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. 2. ICMS Alíquotas Fixadas em leis estaduais e do DF. 4 2. ICMS Alíquotas Fixadas em leis estaduais e do DF. Porém: 1. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais. 2. É facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativade um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operaçõespara resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros. 3. Salvo deliberação dos Estados e do DF, as alíquotas internas não poderão ser inferioresàs previstas para as operações interestaduais. 2. ICMS Contribuintes Qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações sujeitas ao imposto. 2. ICMS Contribuintes Qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações sujeitas ao imposto. Qualquer pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: a) importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; b) seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; c) adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; d) adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. 5 2. ICMS Imunidades específicas 1. Operações de exportação de produtos e serviços. 2. Operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrifican- tes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica, quando destinados a industrialização ou a comercialização. 2. ICMS Especificidades 1. O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo DF. 2. ICMS Especificidades 1. O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo DF. 2. O ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercado- rias e dos serviços. 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 3. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Dispositivos legais CF/88 CTN Art. 155, inciso III e § 6º Imposto não previsto no Código Tributário Nacional Legislação específica A de cada estado-membro ou do Distrito Federal Lei nº 13.296, de 23-12-2008 Dispõe sobre o IPVA no Estado de São Paulo. 2 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Fato gerador A propriedade de veículo automotor. 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Fato gerador A propriedade de veículo automotor. O STF firmou entendimento de que o IPVA incide apenas sobre a propriedade de veículos automotores terrestres. Portanto, não é tributada com o imposto a propriedade de embarcações e aeronaves. (RE 255.111/SP) 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Fato gerador A propriedade de veículo automotor. Considera-se ocorrido o fato gerador: • No caso de veículo Zero Km, na data de sua aquisição • No caso de veículo usado, em 1º de janeiro de cada ano 3 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Sujeito ativo O estado em que o proprietário do veículo residir ou tiver ou seu domicílio. 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Base de cálculo O valor do veículo automotor, conforme dispuser a lei estadual ou do DF. 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Alíquotas Definidas em leis dos estados. 4 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Alíquotas Definidas em leis dos estados. CF/88 O IPVA: 1. terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal. 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Alíquotas Definidas em leis dos estados. CF/88 O IPVA: 1. terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal. 2. poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo ou da utilização do veículo. 3. Imposto s/ propriedade de veículos automotores Contribuinte O proprietário do veículo automotor na época da ocorrência do fato gerador, sendo o adquirente pessoalmente responsável pelo imposto não pago até a data da aquisição. 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA Impostos de competência dos Municípios e do Distrito Federal 1. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU) 2 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Dispositivos legais CF/88 CTN Legislação específica Lei nº 11.111, de 26-12-2001 Art. 156, inciso I e § 1º, e art. 182, § 4º, II Art. 32 a 34 A de cada Município ou do Distrito Federal Dispõe sobre o IPTU no Município de Campinas Fato gerador A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Fato gerador Zona urbana (CTN, art. 32, § 1º): A definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da existência de melho- ramentos indicados em pelo menos DOIS dos itens seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; abastecimento de água; sistema de esgotos sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 quilômetros do imóvel considerado. 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 3 Fato gerador Zona urbana (CTN, art. 32, § 2º): A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. Base de cálculo O valor venal do imóvel. 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Contribuinte O proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana 4 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Alíquotas Definidas em leis dos Municípios e do Distrito Federal. Sem prejuízo da progressividade a que se refere o art. 182, § 4º, II, o IPTU poderá: a) ser progressivo em razão do valor do imóvel; CF, art. 156, § 1º 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Alíquotas Progressividade fiscal, ou seja, fundada na capacidade econômica do contribuinte (CF, art. 145, § 1º). Sem prejuízo da progressividade a que se refere o art. 182, § 4º, II, o IPTU poderá: a) ser progressivo em razão do valor do imóvel; b) ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. CF, art. 156, § 1º 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Alíquotas 5 É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utiliza- do, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessi- vamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progres- sivo no tempo; III - desapropriação … CF, art. 182, § 4º, II 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Alíquotas É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utiliza- do, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessi-vamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progres- sivo no tempo; III - desapropriação … CF, art. 182, § 4º, II 1. Imposto s/ Propriedade Predial e Territorial Urbana Alíquotas Progressividade extra-fiscal, ou seja, fundada no descumprimento da função social da propriedade (CF, art. 5º, inciso XXIII ). 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 2. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS (ITBI) 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis CF/88 Dispositivos legais CTN Legislação específica Lei nº 12.391, de 20-10-2005 Art. 156, inciso II e § 2º Art. 35 a 42 A de cada Município ou do Distrito Federal Dispõe sobre o ITBI no Município de Campinas 2 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Fatos geradores 1. A transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, da proprie- dade ou domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessão física. 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Fatos geradores 1. A transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, da proprie- dade ou domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessão física. 2. A transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia. 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Fatos geradores 1. A transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, da proprie- dade ou domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessão física. 2. A transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia. 3. A cessão de direitos relativos às transmissões de bens imóveis. 3 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Base de cálculo O valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Alíquotas Definidas em leis dos Municípios e do Distrito Federal. Contribuinte Qualquer das partes na operação tributada, conforme dispuser a lei municipal ou do DF. 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 4 Imunidades 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 1. Transmissão de direis reais de garantia. Imunidades 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 1. Transmissão de direis reais de garantia. 2. Transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. Imunidades 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 1. Transmissão de direis reais de garantia. 2. Transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 3. Transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. 5 Imunidades 2. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 1. Transmissão de direis reais de garantia. 2. Transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 3. Transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. 4. Transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorpora- ção, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercan- til. 1 Tributos em espécie PROF. MAURO PAIVA 3. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN) 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Dispositivos legais CF/88 CTN Legislação específica Lei nº 12.392, de 20-10-2005 Art. 156, inciso III e § 3º Art. 71 a 73 (revogados) A de cada Município ou do Distrito Federal Dispõe sobre o ISSQN no Município de Campinas LC nº 116, de 31-7-2003 Estabelece normas gerais sobre o ISSQN 2 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Fato gerador A prestação de serviços discriminados na lista anexa à Lei Complementar nº 116, de 31-7-2003. 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Fato gerador A prestação de serviços discriminados na lista anexa à Lei Complementar nº 116, de 31-7-2003. LC nº 116, de 31-7-2003 (art. 3º) Em regra, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do esta- belecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Contribuinte O prestador do serviço. 3 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Base de cálculo • O preço do serviço, nas operações simples • O preço do serviço + o valor das mercadorias fornecidas, nas operações mistas 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Base de cálculo • O preço do serviço, nas operações simples • O preço do serviço + o valor das mercadorias fornecidas, nas operações mistas Neste caso, as mercadorias não se sujeitam à incidência do ICMS. 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Alíquotas Definidas em leis dos Municípios e do Distrito Federal. 4 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Alíquotas Definidas em leis dos Municípios e do Distrito Federal. 3. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Imunidade e não incidência LC 116/2003, art. 2º: I – as exportações de serviços para o exterior do País; II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho Fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados; III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
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