Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Taliane G. Aranha2 RETRATAMENTO ENDODÔNTICO Procedimento realizado em um dente que já recebeu uma tentativa anterior de tratamento definitivo e que resultou em uma condição que requer um novo tratamento endodôntico adicional para obtenção de um resultado bem sucedido Quando se faz um tratamento endodôntico, se não for eliminado uma quantidade de bactérias suficientes para o organismo dar conta de acordo com o limiar de cada pessoa, acontece a seleção das mais fortes. Por isso, em um caso de retratamento é bem mais difícil do que um tratamento normal, pois as bactérias estão mais resistentes Por isso todo tratamento endodôntico precisa passar por uma avaliação clínica e radiográfica de proservação até um certo período de tempo Proservação: · de 6 em 6 meses · sucesso clinico: não tem dor, edema, fistula, restauração bem adaptada... · sucesso radiográfico: não tem lesão periapical aparente (subjetivo) critérios para avaliação do sucesso endodôntico: · ausência de dor e edema · ausência de drenagem e fistulas · dente em função fisiológica normal · desaparecimento da rarefação óssea periapical (1 a 2 anos) radiografia: · uniformidade da lâmina dura · uniformidade do ligamento periodontal · ausência de rarefação óssea · ausência de reabsorção radicular insucesso: microrganismo sobrepõe a resistência orgânica LESÃO PERIAPICAL – DOR – FRACASSO ENDODONTICO 1- FATORES MICROBIANOS: · infecção na porção apical · capacidade de sobrevivência – escassez de nutrientes · acesso aos tecidos perirradiculares · patogenicidade · número suficiente · biofilme bacteriano extra-radicular (cirurgia parendodontica) INFECÇÃO PRIMÁRIA INFECÇÃO SECUNDÁRIA Infecção mista Infecção mono Anaeróbias estritas Enterococos faecalis Cândida albicans Actinomyces radicentis 2- ANATOMIA: desconhecimento leva a canais não tratados 3- FATORES INERENTES AO TRATAMENTO ENDODONTICO: Mecânicos: · Sobreinstrumentação: acaba jogando mais bactéria para fora do dente, do que limpando de fato · Sobreobturação · Qualidade da obturação: extensão da obturação; condensação do material; tipo de material Químicos: · Material obturador: biocompatibilidade · Medicação intracanal · Substancias irrigadoras 4- ERROS OPERATÓRIOS: fratura de instrumentos 5- CAUSAS PÓS OPERATÓRIAS: · Trauma e fratura · Selamento coronário (exposição da obturação do canal à saliva) · Fratura radicular vertical 6- RECONTAMINAÇÃO: você fez um tratamento, tem que já fazer a restauração o mais rápido possível. Mais de 24 dias aberto já tem que fazer o retratamento. Portanto, fazer a restauração o mais rápido possível Critérios para determinação do sucesso: Clínicos e radiográficos: sem sintoma; sem sintoma a percussão e palpação; sem edema ou fistula; sem infecção; sem doença periodontal; mobilidade normal; função na arcada; sem rarefação perriradicular; ligamento periodontal normal; lâmina dura normal; ausência de reabsorção Histológico: reparo da reabsorção de cemento e dentina por cemento neoformado; reposição de osso; inserção de novas fibras periodontais; ausência de fenômenos inflamatórios Reparo ideal: · Condição favorável · Selamento biológico (selamento do ápice radicular por invaginação dos tecidos perriradiculares após a obturação) Reparo aceitável: · Condição favorável · Cemento neoformado · Tecido conjuntivo fibroso Ausência de reparo: · Condição desfavorável · Tecido cronicamente inflamado Tipos de retratamento: cirúrgico (parendodontica)e não cirúrgico (primeira escolha sempre) Retratamento não cirúrgico: D1 D2 D3 Azul – terço cervical Vermelha – terço médio Amarela – terço apical 30/09 25/08 20/07 16mm 18mm 22mm Ponta ativa Ponta inativa (respeito fiel a trajetória do canal) Ponta inativa 400 RPM – 2N Dicas: insere a D1 com ligeira pressão. Remove o instrumento frequentemente. E caso não entre, tenta uma lima manual (tipo K) e solvente (óleo de laranja) Passo a passo: 1- Radiografia inicial, diagnóstico 2- CAD 3- CTP 4- Dividir em terços 5- D1 – D2 – D3 6- Odontometria 7- CRD 8- C-pilot 9- Tratamento do canal (rotatório ou manual.... normalmente manual é melhor, porque você tem que alargar mais do que o canal já está, e a rotatória não aumenta muito mais)
Compartilhar