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Fisiologia vegetal

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Fisiologia vegetal 
Transpiração 
→ Eliminação de água sob a forma de vapor 
→ Função: transporte de água, nutrição mineral e 
resfriamento das folhas 
→ Estruturas: cutícula e lenticelas da casca (10%) e 
estômatos (90%) 
▹Estomática: depende da abertura e fechamento dos 
estômatos 
▹Cuticular: processo físico não controlado pelo 
vegetal 
 
Estomática 
→ Ácido abscísico: hormônio de controle 
dos movimentos 
estomáticos; sua produção aumenta 
quando há falta de água 
▹Estimula a saída de íons K+ das células 
guarda para as células ao redor (processos 
ativos), diminuindo a concentração 
osmótica das células guarda = água sai por 
osmose das células guarda e passa para as 
células vizinhas, tornam-se flácidas e o ostíolo se 
fecha 
→ Processo: a água passa dos vasos condutores do 
xilema para o parênquima foliar e é conduzida para as 
células guardas dos estômatos, que ficam turgidas = o 
ostíolo se abre e libera a água 
▹Quando a perda é grande e a reposição insuficiente, 
as células ficam flácidas e o estômato se fecha 
→ Mecanismo fotoativo: 
▹Dia: célula estomática realiza fotossíntese, consome 
CO2 e deixa o meio alcalino; o amido (insolúvel) 
transforma-se em glicose (solúvel), aumentando a 
pressão osmótica das células, que retiram água das 
células vizinhas e o ostíolo abre 
▹Noite: células estomáticas só respiram, o percentual 
de CO2 aumenta e o meio fica acido; a glicose é 
polimerizada em amido, diminuindo a concentração 
das células estomáticas, que perdem água para as 
células vizinhas e o ostíolo se fecha 
→ Mecanismo hidroativo: os estômatos se abrem na 
presença de água (perder o excesso) e se fecham na 
sua ausência 
→ Metabolismo CAM: plantas fecham os estômatos 
durante o dia (evita a perda de água) e abrem a noite 
(captação de CO2) 
 
Fatores que influenciam a 
transpiração 
→ Fatores ambientais ou externos: 
▹Temperatura: o aumento da temperatura acelera a 
transpiração até certo limite, quando os estômatos se 
fecham ou ocorre a morte da planta 
▹Solo: quanto maior o teor de água nele contido, 
maior a transpiração 
▹Umidade do ar: quanto maior a umidade do ar, 
menor a transpiração, já que a concentração de água 
no ambiente é maior do que nos vegetais 
▹Ventilação: pode acelerar a transpiração à medida 
em que retira a camada de vapor da superfície foliar, 
facilitando a saída de vapor de água 
▹Luz: provoca a fotossíntese, redução do CO2 da 
planta e abertura dos estômatos, aumentando a 
transpiração (entrada de K+ nas células guarda) 
→ Fatores internos: 
▹Área de evaporação: plantas de folhas largas tem 
um maior teor de transpiração do que as de folhas 
estreitas 
▹Espessura da cutícula: quanto mais espessa, menor 
a transpiração 
▹Pelos: vivos aumentam a transpiração e mortos 
retardam o processo, pois mantem camada de vapor 
d’água difícil de ser retirada pelo vento 
▹Abertura dos estômatos: quanto mais abertos, 
maior a transpiração 
 
Absorção 
→ Principalmente nas regiões mais finas e jovens das 
raízes, com pelos absorventes; as regiões mais velhas 
podem apresentar células com substâncias 
impermeáveis, não havendo absorção 
→ Quanto maior a diferença de concentração 
osmótica da seiva do xilema em relação a da solução 
do solo, maior a absorção de água 
▹Se a transpiração é alta, a planta perde muita água 
e a concentração da seiva do xilema aumenta em 
relação a da solução do solo 
→ No interior da raiz, a água circula pelo parênquima 
cortical nos espaços intercelulares (via apoplasto) ou 
de forma intracelular (via simplasto) 
▹A água penetra nas células da endoderme 
(intracelular) para atingir o cilindro central, onde será 
transportada para todas as partes do vegetal 
→ Sais minerais: absorvidos na forma de íons, chegam 
até a endoderme e são transferidos ao xilema por 
transporte ativo 
▹Via apoplasto: a água e os sais são transportados 
através da parede celular e espaços intercelulares 
(mais rápida, mas não há filtração) 
‣ As estrias de caspary controlam as substâncias que 
entram junto com a água e os sais no xilema 
 
▹Via simplasto: a água e os sais são transportados 
pelo interior das células (controle do que chega ao 
xilema) 
 
 
Condução de seiva 
Condução da seiva do xilema 
→ Seiva bruta: água e sais minerais conduzidos da raiz 
às folhas 
→ Pressão positiva ou impulso da raiz: o transporte 
ativo de sais para o xilema da raiz aumenta a pressão 
osmótica em relação a solução aquosa do solo, 
havendo entrada de água por osmose (impulsiona a 
seiva p/ cima) 
▹Restrito a plantas de pequeno porte submetidas a 
solos ricos em água e umidade do ar elevada (há 
pouca transpiração) 
→ Teoria de dixon (tensão-coesão-adesão): células do 
xilema formam estreitos e longos tubos cilíndricos, 
apresentando-se como capilares 
▹Tensão: as moléculas de água são liberadas na 
forma de vapor através da transpiração, o que gera 
uma pressão negativa no xilema + aumento da 
concentração osmótica nas células das folhas = 
tendencia das folhas em absorver, por osmose, água 
do xilema, onde a concentração fica menor 
▹Adesão: moléculas de água são atraídas por outras 
moléculas polares, como as da parede dos capilares 
ou dos elementos traqueais 
▹Coesão: moléculas de água ligadas entre si são 
puxadas no sentido dos estômatos = movimentação 
ascendente da coluna de água 
→ Coesão-tensão: 
▹A coesão une as moléculas de água, que são 
puxadas sob tensão 
 
Condução da seiva do floema 
(translocação) 
→ Seiva elaborada: açúcares produzidos pela 
fotossíntese conduzidos das folhas às demais partes 
da planta 
→ Modelo de fluxo de massa ou Teoria de Munch: a 
seiva move-se pelos elementos crivados do local em 
que é produzida (concentração alta) ao local em que é 
consumida (concentração baixa) 
▹Açúcar produzido nas folhas passa para os 
elementos crivados por transporte ativo, aumentando 
a concentração = entrada de água do xilema para o 
floema impulsiona a seiva 
▹Açúcar sai do floema por transporte ativo e é 
consumido ou armazenado, diminuindo a 
concentração da seiva = água passa por osmose para 
o xilema, diminuindo a pressão osmótica do floema 
 
 
 
❊ Anel de Malphing: retirada da camada externa do 
caule, provocando a morte do vegetal; as folhas 
continuam a receber seiva bruta, mas as raízes e 
demais partes abaixo do corte deixam de receber 
seiva elaborada 
‣ Quando ocorre no ramo, o floema é danificado e a 
seiva orgânica acumula na região e desenvolve o 
galho e fruto (planta não morre) 
❊ Pulgão: inseto fitófago que penetra no caule, tem 
acesso ao floema (cheio de matéria orgânica) e se 
alimenta da seiva elaborada da planta 
 
Efeitos da luz sobre a planta 
→ Fitocromo: pigmento proteico responsável pela 
captação da luz 
▹Fitocromo R (forma inativa) e fitocromo F (forma 
ativa) 
 
Fotoblastismo 
→ Efeito da luz sobre a germinação das sementes 
▹Na presença de luz, o fitocromo F acumula-se nas 
sementes 
→ Fotoblásticas positivas: sementes que germinam 
estimuladas pela luz 
→ Fotoblásticas negativas: sementes que tem 
germinação inibida pela luz 
 
Estiolamento 
→ Características de plantas que se desenvolvem no 
escuro: ausência de clorofila, cor branco-amarelada, 
folhas pequenas e caules longos 
→ Adaptação: germinação de semente enterrada 
profundamente no solo 
▹Se alongam rapidamente em direção a superfície e 
não formam folhas, que poderiam ser danificadas pelo 
atrito com grãos de terra 
▹O ápice em forma de gancho protege os primórdios 
foliares e o meristema apical contra o atrito com o 
solo 
→ Ao receber luz, a planta passa a ter 
desenvolvimento normal 
 
Fotoperiodismo 
→ Respostas biológicas relacionadas com a duração 
dos dias e das noites 
→ Fitocromos: possibilitam a percepção de variações 
de períodos claros e escuros; quando estimulados 
pela luz, desencadeiam a síntese de hormônios da 
floração ou florígenos, que migram das folhas até a 
gema axilar pelo floema 
→ Fotoperíodo: valor em horas de iluminação 
necessário a planta 
→ Categorias deplantas: 
▹Plantas neutras: florescem independente do 
comprimento da noite 
▹Plantas de dia curto: florescem quando submetidas 
a fotoperíodo igual ou inferior ao fotoperíodo crítico 
(no início da primavera ou outono) 
▹Plantas de dia longo: florescem quando submetidas 
a fotoperíodo igual ou superior ao fotoperíodo crítico 
(florescem no verão) 
→ Obs.: a duração do tempo de escuro que interfere 
a floração 
▹Se o período de claro é interrompido, nenhuma 
resposta é alterada 
▹PDC: se o tempo de escuro é interrompido, não há 
floração 
▹PDL: se o tempo de escuro é interrompido, há 
floração 
 
Tropismo 
→ Movimentos de curvatura orientados por um 
estímulo externo 
▹Positivos: curvatura na direção do agente excitante 
▹Negativo: curvatura afasta a planta do agente 
excitante 
→ Ação das auxinas: concentração aumenta de 
acordo com os estímulos 
▹Raízes: aumentos na concentração normal inibem o 
crescimento e diminuições favorecem o crescimento 
▹Caules: aumentos na concentração normal 
favorecem o crescimento e diminuições reduzem o 
crescimento 
→ Tigmotropismo ou haptotropismo: estímulo 
direcional de contato com objetos sólidos (estímulo 
mecânico) 
→ Quimiotropismo: estímulo direcionado por 
orientação química 
→ Hidrotropismo: estímulo direcionado pela água 
→ Geotropismo: crescimento orientado pela 
gravidade 
▹Raízes (+): crescem em direção ao solo 
▹Caule (-): crescem para cima 
→ Fototropismo: crescimento orientado pela 
luminosidade; a auxina migra do lado iluminado para 
o não iluminado (fotofóbica) 
▹Caule (+): crescem em direção a luz; a maior 
concentração de auxina no lado não iluminado faz 
com que nele ocorra distensão celular 
▹Raízes (-): crescem no sentido contrário a luz; a 
maior concentração de auxina no lado não iluminado 
inibe o mesmo de distensão celular 
 
Nastismo 
→ Movimentos vegetais não orientados em resposta 
a um estímulo 
▹Ex. planta carnívora: fecha suas folhas quando 
tocadas por suas presas 
→ Termonastia: crescimento em resposta a 
temperatura 
→ Fotonastia: crescimento em resposta as variações 
de luz 
→ Seismonastia: variação osmótica de turgor em 
resposta a um toque mecânico 
→ Epinastia: crescimento da face superior maior do 
que da inferior 
→ Hiponastia: crescimento da face inferior maior do 
que da superior 
 
Tactismos 
→ Movimentos orientados em direção a um estímulo 
com deslocamento 
▹Ex: anterozoides em direção a oosfera e 
cloroplastos em direção a luz

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