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AULA SOBRE DOR BIOTECNOLOGIA

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MÓDULO II -SISTEMAS SENSORIAIS
Pain is perfect miserie, the worst
Of evil, and excessive, overturn
All patience.
 
Paradise Lost, J. Milton
Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem...
É meu troféu, é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia,
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.
DE MAIS NINGUÉM
Marisa Monte & Arnaldo Antunes
Tire o seu sorriso do caminho que 
eu quero passar com a minha dor...
A FLOR E O ESPINHO
Guilherme de Brito
É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia,
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.
1. Panorama
2. Definição
3. Mecanismo Fisiológico da Dor / Nocicepção:
Transdução, Transmissão e Modulação
4. Classificação quanto à localização e ao decurso temporal 
 5. Fisiopatogenia
 Dor Nociceptiva
 Dor Neuropática
 Dor Psicogênica
6. “Patologias” e Interação Dor x Dano Físico
 Insensibilidade Congênita
 Dor Fantasma
 Assimbolia
 Dor Psicogênica
 Dor Como “Prazer” 
DOR
 PAIN = POENA = CASTIGO, PUNIÇÃO
HISTÓRICO
 DOR – causa mas freqüente de sofrimento e incapacidades 
que comprometem a qualidade de vida de milhões de 
pessoas.
 
 Ausência de dados sobre a incidência ou prevalência da dor 
no Brasil
 Países industrializados estima-se que entre 15% a 20% da 
população sofra de dores agudas e 25% a 30% sofra de 
dores crônicas;
 100 milhões de pessoas sofrem de dor crônica nos EUA 
(NIH) com custo aproximado de $79 bilhões por ano em 
termos de cuidados médicos e falta ao trabalho.
PANORAMA
Definição de Políticas Públicas...
PANORAMA
 70% desse total tem dor de câncer e 157 milhões de 
trabalhadores faltam ao trabalho em virtude de enxaquecas. 
 Dados da Organização Mundial de Saúde estimam que 1 
em cada 5 pessoas no mundo sofrem em algum momento 
de dor do tipo severa à crônica. Dentre essas, uma em cada 
4 pacientes estão sem tratamento. 
Diagnóstico correto/tratamento efetivo dor aguda
 dor severa, ou profundamente severa pós-operatória, 
 
 dor pós-traumática, dor severa visceral, dor crônica
 “experiência sensorial e emocional 
desagradável que é associada a lesões reais ou 
potenciais ou descrita em termos de tais lesões".
Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp), 1986
 Fenômeno complexo que envolve sensações e 
mecanismos fisiológicos, comportamentais e psicológicos 
importantes; uma experiência altamente pessoal, 
variável, influenciada por fatores culturais e cognitivos.
 Ronald Melzack & Patrick Wall, (1965)
DOR
DEFINIÇÃO
NOCICEPÇÃO
MECANISMO
Percepção=
 Dor
Atividade aferente inconsciente 
produzida no SN periférico ou central 
por estímulos que potencialmente 
promovem o dano tecidual.
NOCICEPÇÃO
 Lesão tissular
 Estimulação de nociceptores
 Liberação de mediadores químicos 
 Liberação de mediadores inflamatórios
 Estimulação dos nociceptores e sensibilização
MECANISMO
Serotonina 5-HT
Adenosina
Bradicinina (canais de sódio)
Prostaglandina E2 
Ativação do receptor potencial de ação fibras aferentes centros 
cerebrais
MECANISMO
Figura 7.14. Quando um bisturi fere a pele, ativa diretamente as fibras da dor rápida (em 
azul), e indiretamente as da dor lenta (em vermelho). Neste último caso, as células 
lesadas, os mastócitos provenientes do sangue e os próprios terminais nervosos 
secretam substâncias que geram uma reação inflamatória local produzindo, além da dor, 
edema (inchaço) e eritema (vermelhidão). O tecido fica mais sensível (hiperalgesia) 
porque as fibras aferentes se tornam ligeiramente despolarizadas pelo microambiente 
químico. 
Fibras A delta
(veloc. condução entre 5 a 
30 m/s)
 Receptores 
mecânicos
 Receptores 
termomecânicos
Fibras C
(veloc. condução lenta < 2 m/s)
 Receptores 
polimodais 
 (mecânicos, químicos 
e térmicos > 45o C ou 
< 5o C)
 
CLASSIFICAÇÃO - 
RECEPTORES
NOCICEPTORES 
Receptores silentes - Encontrados nas vísceras; não respondem 
à estimulação nociva. Seu limiar é drasticamente reduzido por 
processos inflamatórios ou por estimulação química. A sua
ativacão contribui para a síndrome de 
Receptores Polimodais - Ativados por estimulação intensa do
tipo mecânica química, ou térmica (calor e frio) ou por estimulação
de bradicinina e mediadores inflamatórios. 
NOCICEPTORES 
RECEPTORES DE BAIXO LIMIAR:
hiperalgesia.
TRANSDUÇÃO
Sistema da Coluna Ântero-Lateral ou Protopático:
VIAS NEURAIS DA DOR
Espinotalâmico
Espinoreticulotalâmico
Espinomesencefálico
Cervicotalâmico
Espinohipotalâmico
TRANSMISSÃO
dor rápida (glutamato); discriminação do S em 
termos de localização, intensidade, e duração 
dor lenta (substância P); fibras C, papel na 
resposta emocional de caráter aversivo à dor
recebe conexões da amígdala; contribui para o 
aspecto afetivo da dor
Via direta com 3 neurônios e 2 sinapses antes do córtex
Via ramificada que se estende para vários órgãos 
incluindo a formação reticular e o tálamo
Projeta-se para núcleos talâmicos (VPL e PM)
Projeta-se para centros de controles autonômicos; Ativa 
complexos neuroendócrinos e respostas cardiovasculares
Neo-espino-talâmico
Sensitiva - 
Discriminativa
Córtex encefálico 
Afetiva - Motivacional
Paleo-espino-talâmico /
Espino-reticulo-talâmico
Cognitiva - Avaliativa
COMPONENTES / DIMENSÕES DA DOR:
Córtex 
somatossensorial
Tálamo
Sistema Límbico
Córtex cingulado anterior
 Integração entre o sistema 
nociceptivo e o componente 
afetivo-motivacional; 
envolve reações defensivas e 
emocionais (córtex e sistema límbico)
Análogo a outros processos 
≅sensoriais; discriminável
 no tempo, espaço e 
intensidade 
Vias espinotalâmica 
e espinorreticular
Lobo Frontal
Núcleos 
Intralaminares 
do Tálamo
Sistema Límbico
Formação Reticular
Hipotálamo
Substância 
Cinzenta
Periaquedutal
Corno Dorsal 
da Medula 
Espinal
TRATO ESPINORRETICULOTALÂMICO - 
PALEOESPINOTALÂMICO
SISTEMA LÍMBICO
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
Figure 1 Ascending pathways of nociceptive impulses generated by peripheral 
sensory receptors (nociceptors) in response to noxious stimulation. Once generated, 
impulses propagate along small-diameter (C and A) ascending nerve fibers (primary 
afferents) to the dorsal horn of the spinal cord. Action potentials from activated 
peripheral nociceptors arriving at the spinal terminals of sensory afferents in the spinal 
cord dorsal horn elicit the release of neurotransmitters, which chemically convey the 
nociceptive input to spinal neurons (secondary afferents) that transmit the information 
to the brain. In the brain a complex integration of these signals transforms the 
nociceptive input into the sensation of pain. The inflammatory process associated with 
tissue injury causes pH and electrolyte changes in the close environment of peripheral 
nociceptors, production of inflammatory mediators, and up-regulation of pro-
inflammatory enzymes, all of which collectively sensitize nociceptors toward noxious 
and nonnoxious stimuli. Extensive processing of nociceptive signals involving both 
inhibition and amplification takes place within the spinal cord. Descending neuronal 
pathways originating in the brain and terminating in the dorsal horn as well as spinal 
interneurons modulate the conduction of nociceptive signals from the peripheral 
nerve fibers to ascending spinal neurons. CGRP, calcitonin gene-related peptide; NE, 
Norepinephrine; 5-HT, serotonin, DA, dopamine; GABA, gamma aminobutyric acid.
DOR: FENÔMENO COMPLEXO Determinantes Culturais
MODULAÇÃO DA DOR
 Limiares da Dor
 Experiência Passada
 Significado da Situação
 Atenção, Ansiedade e Distração
 Sugestão e Placebo
 Hipnose
 MODULAÇÃO
VÍTIMAS DO TERREMOTO EM L’AQUILA – ITÁLIA, MARÇO 2009
Criança é carregada por sua mãe, 
durante cerimônia do Ashura que 
marca o martírio de Iman Hussein, 
neto de Maomé. 
Membros de ceita xiita batem em suas cabeças se 
auto-flagelando em Nabatiyeh, Líbano, durante
cerimônia do Ashura que marca o martírio de
 Iman Hussein, neto de Maomé 
Auto-flageFolha Onli04/04/01
 TEORIA DA COMPORTA ESPINHAL DA DOR
Existência de um mecanismo neural no SNC capaz de 
modular a transmissão da informação dolorosa, o que por 
sua vez, pode influenciar na percepção da dor.
A informacão dolorosa pode ser regulada pela atividade 
de outras vias.
depende do somatório da estimulação sensorial e 
não apenas da descarga dos nociceptores
 
é sujeita a um intenso controle central que influencia 
a entrada de impulsos dolorosos para a medula
DOR
 MODULAÇÃO
(Ronald Melzack & Patrick Wall, 1965)
Figura 7.17. As “comportas” da dor parecem ser constituídas por interneurônios 
inibitórios da medula, ativados por estimulação tátil concomitante à entrada de 
informação nociceptiva. A ação desses interneurônios (em vermelho) resulta em 
bloqueio parcial ou completo da passagem dessa informação nociceptiva para os 
neurônios de segunda ordem (em preto), que a conduziriam aos níveis superiores do 
SNC 
 MODULAÇÃO
 Estimulação nociva
Medula
 Características
 
 Intensidade
Fibras
Finas
 Fibras
 Grossas
 Ativação das 
 Células T
 
Inibição das 
 Células T
Abertura da 
Comporta
Fechamento da 
Comporta
 MODULAÇÃO
Aß; Aδ C
Aß; Aδ
C
 MODULAÇÃO
Figura 7.18. As vias 
analgésicas endógenas 
envolvem neurônios da 
grísea periaquedutal e dos 
núcleos da rafe, que se 
c o m u n i c a m c o m o s 
neurônios nociceptivos de 
segunda ordem na medula, 
modulando a passagem 
aferente das informações 
dolo rosas v indas da 
per i fer ia. O pequeno 
encéfalo acima à esquerda 
mostra os planos de corte 
representados à direita, 
indicados por números 
circulados. 
 Peptídeos Opióides Endógenos
Beta-endorfinas
Metaencefalinas
Leuencefalinas
Dinorfinas
 Substâncias Algogênicas
Serotonina * Prostaglandina
Histamina, Acetilcolina
Bradicinina (Að ;C), íons K+
Substância P, Somatostatina
 Analgesia
Estimulação de áreas 
cerebrais: 
ex. Matéria cinzenta 
periaquedutal (MCP)
Dor = destruição de áreas
cerebrais
Núcleos da rafe
Córtex frontal amígdala 
 
 hipotálamo
 MODULAÇÃO
Somática Visceral
Superficial Profunda Órgãos viscerais
 Pele Tecido conjuntivo Vísceras
 Ossos, Músculos 
 Articulações
Ex. espetada distensão apendicite
 beliscão cãimbra dor de úlcera
 queimadura cefaléia cólica biliar
 CLASSIFICAÇÃO DA DOR
 Quanto ao local de origem:
 CLASSIFICAÇÃO
Dor Referida ou Irradiada
- sentida em local distinto de sua origem.
- é originada no receptor
- tem origem visceral e se irradia p/ outros pontos do corpo.
( Ex. Dor do enfarto)
Mecanismo – ramos das fibras viscerais fazem sinapses 
na medula com os mesmos neurônios que inervam a pele. 
 CLASSIFICAÇÃO
Mecanismo – a atividade desencadeada nas fibras aferentes 
é projetada ao SNC produzindo uma sensação no território de 
inervação da fibra aferente.
- não existe comprometimento do receptor;
- tem origem pela estimulação da via e não no receptor.
Dor Projetada ( Ex. Dor do nervo cubital)
 CLASSIFICAÇÃO
Dor Fantasma ( Ex. Dor em membros ausentes)
Mecanismo – atividade de axônios sensoriais pertencentes ao 
membro amputado é interpretada pelo SNC como proveniente 
do membro ausente. Envolvimento do córtex parietal. 
- ocorre em membros não mais pertencentes ao corpo. 
Outras sensações podem ser também experienciadas.
Figura 7.16.
A B
 A dor referida do infarto do miocárdio é uma das mais conhecidas. A dor é sentida no tórax e no braço esquerdo 
( ), mas a lesão que provoca a dor fica no coração ( ). A explicação está na convergência das fibras nociceptivas da pele e do 
coração sobre os mesmos neurônios secundários na medula. 
 Aguda
 Quanto à Duração
Fase inicial Insidiosa
Desaparece com a cura
Comportamentos 
reuperativos
Crônica
Permanece após a cura
Impulsos anormais não-inbidos
Reações emocionais e neuro-
vegetativas
 CLASSIFICAÇÃO DA DOR
 CLASSIFICAÇÃO
Sub-aguda
Sintoma
x 
Doença
FISIOPATOGENIA DA DOR
Nociceptiva -resulta da ativação direta dos nociceptores na 
pele ou nos tecidos moles do corpo em resposta a
um dano; em geral é acompanhada de inflamação. 
Ex. artrite, tumor em tecidos moles; contorções.
Neuropática -resulta de lesões diretas no SNP ou SNC (dor 
central); frequentemente produz a sensação de 
queimação. Ex. neuralgia pós-herpética; síndrome da 
distrofia simpática reflexa; dor fantasma.
Psicogênica - tem origem psicológica; não resulta da ativação de 
nociceptores ou das vias sensoriais.
FISIOPATOGENIA DA DOR
Nociceptiva Neuropática Psicogênica
Opióide
Analgésicos 
opióide
Estimulação da 
MCP
Não-opióide
 Benzodiazepínicos
5-HT
Anti-depressivos
Estimulação 
talâmica
(receptores) (Lesão do SN) (Fatores psicológicos)
ISRS - Prozac, Luvox, 
Paxil, Zoloft e Celexa.
Tricíclicos – Elavil, 
Anafranil, Norpramin, 
Tofranil e Pamelor
IMAOs – Nardil, Parnate.
Asendin, Welbutrin, 
Serzone e EfexorOutros
5-HT; 
Dopamina
5-HT
5-HT; Noradrenalina; 
Dopamina
Neuropatia sensorial e 
autonômica hereditária
 Lesch-nyan
Dor Fantasma
Assimbolia
Dor Psicogênica
Dor Como “Prazer” 
Neuropatia Sensorial e Autonômica Hereditária 
(HSAN)
 Tipo 1
 Tipo 2 Neuropatia sensorial congênita
 Tipo 3 Desautonomia familiar ou Riley Day
 Tipo 4 Insensibilidade congênita (com anidrose)
 Tipo 5 Insensibilidade congênita (com anidrose 
parcial)
• • 
Dano sem dor 
(por modulação ou alterações patológicas)
 PATOLOGIAS
HSAN - Tipo 1 
Neuropatia Radial Medular
 anormalidades nas raízes dos nervos; 
 inabilidade de transpiração; 
 associação com retardo mental severo.
 - Déficits sensoriais nas porções distais das extremidades inferiores, 
perfurações ulcerativas crônicas nos pés, destruição progressiva dos 
ossos respectivos. 
- Sintomas aparecem na infância tardia ou adolescência. 
- Redução no número de fibras não-mielinizadas. 
- Condução dos nervos motores é normal, mas potenciais de ação nos 
nervos sensoriais são ausentes. 
 PATOLOGIAS
HSAN Tipo 2 - Neuropatia sensorial congênita
 Início dos sintomas na primeira infância;
 Extremidades inferiores e superiores são afetadas por ulcerações 
crônicas e múltiplas injúrias nos dedos e pés;
 A sensation de dor é predominatemente afetada e reflexos tendinosos 
profundos são reduzidos;
 Auto-amputação das falanges distais é comum, assim como a 
degeneração das juntas; 
 Ausência de potenciais de ação sensoriais e perda total de fibras 
mielinizadas, além do número reduzido de fibras amielinizadas; 
 Condição recessiva autossômica.
 PATOLOGIAS
HSAN - Tipo 3 - SÍNDROME DE RILEY-DAY 
 Doença autossômica recessiva observada predominantemente em 
judeus descendentes do leste europeu. 
 Déficits autonômicos e sensoriais, mas cognição preservada. 
 Recém-nascidos tem reflexo de sucção fraco ou ausente, hipotonia e 
hiportermia; Atraso no desenvolvimento físico, problemas térmicos, 
motores e de coordenação; escoliose;
 Ausência de lágrimas, reflexos tendinosos profundos diminuídos, 
reflexo de córnea ausentes, hipotensão postural e indiferença relativa 
à dor. 
 Número reduzido de axônios mielinizados e amielinizados. Terminais 
catecolaminérgicos ausentes. 
(danos neurológicos)
 PATOLOGIAS
HSAN Tipo 4 - Insensibilidade congênita
 Condição autossômica recessiva
 Afeta crianças com episódios de hipertermia não relacionada à 
temperatura ambiental. 
Pele palmar fina e juntas de Charcot são comuns.
 Potenciais de ação motores e sensoriais são normais.
 Biópsias revelam ausência de fibras finas não mielinizadas e 
aumento anormal de mitocôndrias. 
 PATOLOGIAS
 Ocorre também juntamente com a condição anterior.
 Observa-se ausência seletiva de fibras finas mielinizadas. 
HSAN Tipo 5 - Insensibilidade congênita
 PATOLOGIAS
- INSENSIBILIDADE CONGÊNITA À DOR “Juntas de 
Charcot”
Mutações nos receptores neurotróficos da tirosina kinase tipo I 
(GENE NTRK1) ausência de nociceptores na pele
 PATOLOGIAS
GENE SCN9 codifica uma proteína da classe dos canais de íons de 
sódio. O bombeamento do Na++ p/ dentro e fora de neurônios ajuda a 
controlar a corrente elétrica que transmite impulsos nervosos como a dor. 
 busca de novas drogas que tenham como alvo seletivo uma 
subunidade desse canal de sódio.
Portadores da mutação possuem todas as suas outras 
funções vitais funcionando perfeitamente. 
Dano sem dor 
(por modulação ou alterações patológicas)
- LESCH-NYAN – deficiência de uma enzima que regula o 
metabolismo (hypoxantina-guanina fosforibolsitransferase – HGPRT) 
produzida por mutações no gene HPRT. 
- Auto-mutilação (humanos e cobaias); grande sensibilidade 
às xantinas; 
- Anormalidades anatômicas não são encontradas em 
exames “post mortem”.
 
Dor sem dano 
(por alterações patológicas)
 PATOLOGIAS
 Produção exarcebada de ácido úrico, disfunção neurológica e cognitiva e 
distúrbios comportamentais.
DOR FANTASMA 
Tratamento – remoção dos neuromas; injeções anestésicas 
locais (novocaína). 
A estimulação de um nervo ao longo de seu trajeto resulta na 
sensação dolorosa no seu território sensitivo de inervação.
 PATOLOGIAS
"Na verdade é uma coisa maravilhosamente estranha e prodigiosa, que seria 
 difícil acreditar (salvo por aqueles que a viram com seus próprios olhos e a 
ouviram com os seus próprios ouvidos), que os pacientes se queixem 
amargamente, vários meses, após a amputação, de ainda sentirem uma dor 
excessivamente forte no membro já amputado." Ambroise Paré
A maioria dos amputados menciona a percepção de um membro fantasma.
Figura 5.9. A estimulação de certas regiões do corpo de indivíduos amputados provoca neles a 
sensação “fantasma” de que o membro ausente é que foi estimulado: um notável exemplo de plasticidade em adultos. 
mostra os locais da face de um indivíduo que provocam sensações referidas aos dedos da mão ausente. mostra um 
outro caso, em que as sensações “fantasmas” são provocadas estimulando o coto do membro amputado. 
A
B
Modificado de V. 
Ramachandran (1993) 90: 10413-10420.Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA
com um cotonete 
Indicador Mínimo Polegar
Base do
polegar
A
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
B
©
 C
EM
 B
IL
H
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 D
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 L
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 PATOLOGIAS
 Dor após a cura do dano
Ex. Dor crônica; Herpes 
 Dor renal – quantidade de impulsos nervosos pequenos;
estrutura pouco inervada dor extrema
 Hiperalgesia – sensibilidade excessiva dos receptores ou
 facilitação da transmissão sensorial secundária. A sensibilização 
 após o dano resulta da liberação de substâncias álgicas 
 pelas células ou pelos tecidos lesados próximos à lesão 
 (Ex. Bradicinina, Prostanglandina; Histamina, Substância P; etc).
Dor desproporcional ao dano 
(por alterações patológicas)
 Assimbolia - 
 Alodinia –
 
 Hipoalgesia –
 
 Dor como prazer (sadismo)
 PATOLOGIAS
Dissociação do aspecto afetivo, emocional da dor. 
Ocorre em virtude de cingulotomia, lobotomia, ou 
analgesia por morfina.
Dor devido a estímulos que normalmente não a induzem.
Diminuição da dor em resposta a estímulos dolorosos
- Sensação de prazer em resposta a sensações dolorosas
Critérios
 “Qualidade da Dor”
 Localização
 Duração
 Início e término
 Características
 Radiação
 Sintomas associados
 Padrão temporal
 Severidade
 Fatores de exacerbação e minimização
 AVALIAÇÃO E 
DIAGNÓSTICO
Limiar Para Dor
Tolerância à Dor
Alodinia
Hipoalgesia
Hiperalgesia
DiMENSÕES: SENSORIAL, AFETIVA E AVALIATIVA
Escalas de categoria numérica/verbal 
ou Escalas analógica/visual
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