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Intervenção do Estado na Propriedade

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Prévia do material em texto

Prof. Matheus Carvalho 
Prof. Matheus De Gregori 
Prof.ª Maria Valentina de Moraes 
Prof.ª Franciele Kühl 
 
 
 
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Revisão Turbo foi preparado com 
muito carinho para que você possa absorver, de forma 
rápida, conteúdos de qualidade! 
 
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! 
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
2 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Para todos verem: quadro 
 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE: 
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS 
A intervenção na propriedade decorre do poder de polícia, de forma a restringir o direito 
da propriedade. 
O poder de polícia é exercido pela Administração Pública quando na sua função 
administrativa, limita o exercício de direitos individuais, bem como o uso, gozo e disposição 
da propriedade, na busca do interesse da coletividade (art. 78 do CTN). 
A intervenção do Estado no direito de propriedade também decorre do princípio basilar da 
supremacia do interesse público sobre o interesse privado. 
As intervenções na propriedade podem decorrer da prática de ilegalidade no exercício do 
domínio. 
Art. 5°, 
da CF/88 
Desapropriação de bens em razão de utilidade ou necessidade pública ou 
mesmo por motivo de interesse social, desde que mediante o pagamento de 
indenização prévia, justa e em dinheiro. 
Requisição administrativa, em casos de iminente perigo público, assegurada 
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 
Art. 182 da 
CF/88 
Desapropriação especial urbana será cabível quando um determinado 
imóvel urbano não cumprir a função social da propriedade, definida no plano 
diretor da cidade. 
Art. 184 da 
CF/88 
Desapropriação especial rural desde que seja demonstrado o 
descumprimento da função social da propriedade pelo particular. 
Art. 243, 
da CF/88 
Prevê a possibilidade de expropriação de bens imóveis utilizados na 
plantação de psicotrópicos ou para exploração de trabalho escravo, assim 
como de bens móveis utilizados para o tráfico de drogas e entorpecentes. 
MODALIDADES DE INTERVENÇÃO 
Intervenção O Estado transfere para si a propriedade de terceiro, suprimindo o direito de 
3 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Supressiva propriedade anteriormente existente. 
Por necessidade pública. 
Em casos excepcionais não gera indenização. 
Intervenção 
Restritiva 
O Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade pelo 
terceiro, sem, contudo, lhe retirar o direito de propriedade. 
DESAPROPRIAÇÃO 
O ente público determina a retirada de bem privado do seu proprietário, para que esse 
faça parte do patrimônio público, sempre embasado nas necessidades coletivas, mediante 
o pagamento de indenização, previamente definida, de forma justa ao proprietário. 
É forma originária de aquisição da propriedade. 
Qualquer direito real que recaía sobre o bem fica sub-rogado no valor da indenização. 
Caso ocorra o pagamento da indenização a particular não proprietário, este fato não enseja 
em nulidade, podendo o proprietário requerer o pagamento da mesma, sem o retorno do 
bem ao seu domínio. 
A doutrina e jurisprudência costumam apontar a desapropriação como situação 
excepcional 
Desapropriação 
comum 
Depende da existência de uma situação de utilidade ou necessidade 
pública, ou, ainda, da demonstração de uma hipótese de interesse social 
(XXIV, do art. 5°, CF/88) 
Desapropriação 
comum 
Precedida de pagamento de valor indenizatório prévio, justo e em 
dinheiro. 
Justa 
Valor de mercado + danos emergentes + lucros cessantes 
com correção monetária. 
Se a desapropriação for efetivada na via judicial, a estes 
valores serão acrescidos os honorários advocatícios e, 
quando couber, os juros moratórios e compensatórios. 
Somente serão indenizadas as melhorias feitas até a data da 
declaração de utilidade pública ou interesse social, com 
exceção das benfeitorias úteis e necessárias, pagas ainda 
que executadas após esta data. 
STJ Em caso de divergência entre a área registrada e a área real 
do imóvel, a indenização será calculada somente sobre o 
4 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
espaço constante no registro. 
Plano 
diretor 
Aprovado por lei municipal. 
Deve ser revisto a cada dez anos, pelo menos. 
O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento 
anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades nele 
contidas. 
Na sua elaboração e fiscalização da implementação deve ser 
garantida a promoção de audiências públicas e debates, a 
publicidade e o acesso de qualquer interessado aos 
documentos e informações produzidos. 
Obrigatório para todas as cidades que possuam mais de vinte 
mil habitantes, nas cidades que sejam integrantes de regiões 
metropolitanas ou aglomerações urbanas, assim como nas 
áreas de especial interesse turístico e nos municípios 
inseridos na área de influência de empreendimentos ou 
atividades com significativo impacto ambiental de âmbito 
regional ou nacional e nas cidades incluídas no cadastro 
nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência 
de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou 
processos geológicos ou hidrológicos correlatos. 
Se não for cumprida a função social prevista no plano diretor da cidade, 
algumas restrições serão instituídas pelo poder público municipal. 
Restrições São sucessivas e gradativas. 
Desapropriação 
especial urbana 
Restrições 
Parcelamento 
ou edificação 
compulsórios 
Com notificação averbada no Cartório de 
Registro de Imóveis e realizada por funcionário 
do órgão competente do Poder Público 
municipal, ao proprietário do imóvel ou, no 
caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha 
poderes de gerência geral ou administração, 
ou, por edital, somente quando for frustrada, 
por três vezes, a tentativa de notificação 
pessoal. 
Notificado, o proprietário terá 1 (um) ano para 
apresentar o projeto, protocolando-o no órgão 
competente, e, contados da apresentação do 
projeto, terá 2 (dois) anos para começar as 
obras do empreendimento com vistas a 
conferir função social à propriedade nos 
moldes do § 4º do art. 5º da Lei 10.257/01. 
5 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Novo proprietário se sub-roga em todas as 
obrigações. 
Aplicação de 
imposto sobre 
a propriedade 
predial e 
territorial 
urbana 
progressivo no 
tempo 
Mediante a majoração da alíquota, pelo prazo 
de cinco anos consecutivos, limitada a 15%. 
A maioria da doutrina entende, que o limite 
aqui é temporal para a progressividade do 
tributo (art. 7º, §2º, da lei 10.257/01). 
Medida coercitiva e sancionatória. 
Nesta situação, o IPTU é tributo de caráter 
extrafiscal. 
De um ano para o outro, o máximo que se 
pode acrescentar na alíquota é 100% do valor 
anterior. 
Decretação da 
desapropriação 
especial 
urbana 
Com pagamento de indenização mediante a 
entrega de títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, 
com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, 
assegurados o valor real da indenização e os 
juros legais de 6% a.a. 
É desapropriação sanção. 
A indenização justa refletirá o valor da base de 
cálculo do IPTU, descontado o montante 
incorporado em função de obras realizadas 
pelo Poder Público na área onde se localiza e 
não computará expectativas de ganhos, lucros 
cessantes e juros compensatórios. 
Após tudo isso, o Município deverá aproveitar o imóvel no 
prazo máximo de cinco anos, diretamente pelo Poder Público 
ou por meio de alienação ou concessão a terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei 
4.504/64 
Caso o proprietário não cumpra a função social do imóvel 
rural, compete à União desapropriar por interesse social, para 
fins de Reforma Agrária, o referido imóvel, mediante prévia e 
justaindenização em títulos da dívida agrária, com cláusula 
de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 
vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja 
utilização será definida em lei. 
É necessário um decreto declarando o imóvel como de 
6 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desapropriação 
especial rural 
interesse social. 
Função 
social 
A propriedade da terra desempenha integralmente a sua 
função social quando simultaneamente favorece o bem-estar 
dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, 
assim como de suas famílias, mantém níveis satisfatórios de 
produtividade, assegura a conservação dos recursos naturais 
e observa as disposições legais que regulam as justas 
relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem (art. 
186, da CF/88) 
As benfeitorias úteis e necessárias anteriores à declaração 
expropriatória, serão indenizadas em dinheiro. 
A LC n. 76/93 estabelece o procedimento contraditório 
especial. 
A destinação à Reforma Agrária é imperativa. 
O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da 
dívida agrária, assim como o montante de recursos para 
atender ao programa de reforma agrária. 
Estarão isentas de impostos federais, estaduais e municipais, 
as operações de transferência de imóveis desapropriados 
para fins de reforma agrária. 
Não podem 
ser 
expropriados 
(art. 185, 
CF/88) 
Terrenos produtivos, mesmo sem função 
social. 
A pequena e média propriedade rural, desde 
que o proprietário não possua outra 
Desapropriação 
confisco 
Desapropriação específica, que, a lei não prevê o pagamento de qualquer 
espécie de indenização. 
Bens 
móveis 
Utilizados 
para o tráfico 
de drogas 
O poder público deverá revertê-los a fundos 
especiais de natureza específica 
Bens 
imóveis 
Utilizados 
para 
plantação de 
psicotrópicos 
ilícitos e para 
a exploração 
de trabalho 
escravo 
Serão destinados à reforma agrária e a 
programas de habitação popular 
7 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
É vedada a incorporação destes bens ao patrimônio público. 
As plantas psicotrópicas são elencadas no rol emitido pelo órgão sanitário 
competente do Ministério da Saúde. 
Desapropriação 
confisco 
ATENÇÃO! O STF entende que todo o terreno será desapropriado, ainda 
que a plantação se restrinja a uma parcela da propriedade. 
Seu procedimento segue um rito especial, regulamentado pela lei 
8.257/91. 
A União é quem deverá propor a ação. 
O Juiz determinará a citação dos expropriados, no prazo de cinco dias, 
nomeando, neste ato, o perito que terá oito dias de prazo para entregar o 
laudo em cartório. 
Limitação 
administrativa 
É determinada unilateralmente pelo poder público, mediante a 
edição de lei, e visa a satisfazer os interesses da sociedade. 
É uma restrição de caráter geral, não atingindo um bem 
especificamente, mas sim todos os proprietários que estiverem 
na situação descrita na norma. 
Decorrem do exercício do poder de polícia do Estado, limitando 
o uso da propriedade. 
Produz efeitos ex nunc, não retroagindo para atingir pessoas e 
propriedades que respeitavam a situação anterior. 
Direito de 
preempção 
O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) define 
algumas regras que são exemplos de limitação. 
O art. 25, da Lei 10.257/01 criou o Direito de 
Preempção (direito de preferência), que confere 
ao Poder Público municipal, preferência para 
aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação 
onerosa entre particulares. 
Frise-se que a lei poderá determinar a incidência 
do direito por, no máximo cinco anos e após este, 
apenas depois de um ano de carência será 
admitida nova lei acerca deste direito na mesma 
área. 
O poder público será notificado pelo particular, 
sendo-lhe concedido o prazo de trinta dias para 
definir se possui, ou não, interesse na aquisição do 
bem, nos termos da proposta formulada pelo 
particular. 
8 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Se não houver manifestação do Estado, no prazo, 
o particular poderá vendê-lo, nos mesmos termos 
da proposta apresentada ao Estado, a qualquer 
pessoa interessada. 
Após a venda, o proprietário deve apresentar ao 
Município, em trinta dias, cópia do instrumento 
público de alienação do imóvel. 
Não respeitado o direito de preempção, a 
alienação indevida será nula, podendo o Estado 
adquirir o bem pelo valor da transação ou pelo 
valor venal do bem, o que for mais baixo. 
Indenização 
Por não gerar danos específicos, não enseja o 
dever de indenização do proprietário do bem, 
inicialmente. 
Entendimento 
do STJ 
Vem reconhecendo este direito, 
mormente nos casos em que a 
aquisição do bem pelo particular se 
dê antes da existência da restrição. 
No entanto, deve-se aplicar a 
prescrição quinquenal próprias das 
ações contra a fazenda pública. 
 
 
 
 
 
Servidão 
 administrativa 
Entendimen
to do STJ 
Sempre que, a pretexto de instituir uma limitação 
administrativa, o ente estatal torne impossível a 
utilização do bem pelo proprietário, a medida, na 
verdade, se configurará uma situação de 
desapropriação indireta, ensejando o dever de 
indenizar ao poder público. 
Recairá sempre sobre bens imóveis determinados e, 
necessariamente, deve ser registrada, no Cartório de Registro 
de Imóveis, para que produza efeitos erga omnes. 
O instituto se configura na utilização de um bem privado pelo 
ente estatal para a prestação de um determinado serviço 
público ou execução de atividade de interesse público. 
Restrição com natureza de direito real na coisa alheia. 
Pode-se determinar a existência de um prédio serviente. 
O interesse público é dominante. 
Afeta o caráter exclusivo da propriedade. 
Decorre do poder de polícia do Estado, que sujeita o direito de 
9 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
propriedade dos cidadãos ao cumprimento de sua função 
social. 
Conforme o art. 40, do Decreto-Lei 3.365/41, caso a medida 
enseje um prejuízo ao proprietário, será devida a indenização 
prévia. 
O concessionário de serviços públicos pode instituir servidão, 
após a efetivação de declaração de interesse público pelo ente 
estatal nos moldes do art. 18, XII, da lei 8.987/95. 
Bens 
Públicos 
Para doutrina majoritária é possível a incidência 
de servidão administrativa sobre bens públicos, 
desde que seja respeitada a “hierarquia 
federativa”. 
Constituiçã
o e 
extinção da 
servidão 
administrati
va 
Procedida mediante a expedição de um ato 
declaratório, informando o interesse na utilização 
do bem e posterior execução 
Tombamento 
Forma de proteção ao meio ambiente, no que tange aos 
aspectos do patrimônio histórico, artístico e cultural. 
Define regras de forma a evitar a destruição do bem. 
Decreto-Lei 25/37 regula no âmbito federal o instituto. 
Competência 
Concorrente entre os entes federativos. 
Bem de interesse local: será tombado pelo 
município. 
Bem de interesse regional: sofrerá tombamento 
efetivado pelo estado. 
Bem de interesse nacional: o tombamento é de 
competência da União. 
ATENÇÃO! Todos os entes federativos podem 
praticar o ato e o mesmo bem pode sofrer mais de 
um tombamento. 
Competência 
legislativa 
A União expede normas gerais; os estados e o 
distrito federal expedem normas específicas, não 
havendo competência legislativa atribuída aos 
entes municipais nos moldes do inciso IX, art. 30, 
CF/88. 
IPHAN - autarquia federal que toma as medidas necessárias à 
10 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
proteção dos bens. 
Tombamento 
Tombamento 
pode ser: 
Voluntário 
Decorre da solicitação do proprietário 
ou concorda com o tombamento 
iniciado por iniciativa do poder 
público. 
Compulsório 
Quando o proprietário se recusar a 
anuir, devendo ser instaurado 
procedimento administrativo. 
Tombamento 
Tombamento 
Tombamento pode ser: 
Geral 
É expedida norma abstrata, atingindo 
uma quantidade indeterminada de 
bens. 
Individual 
Incide sobre bem especificado no 
ato. 
Definitivo 
Ocorre ao final do procedimento, 
mediante transcrição no registro do 
imóvel. 
Provisório 
É medida cautelar administrativa no 
bojo do processo administrativo de 
tombamento, para garantir o 
resultado prático do processo. 
Total Recai sobre todo o bem. 
Parcial Recai sobre parte do bem. 
Bens objetos 
de 
tombamento 
Podem ser eles bens móveis ou imóveis. 
Para os bens incorpóreos, existe a previsão de registro nos 
órgãos de proteção ao Patrimônio Histórico Artístico e Cultural, 
não lhe impondo as exigências decorrentes do tombamento. 
Bens 
públicos 
Doutrina majoritária se posiciona no sentido de que 
a restrição a bens públicos é indevida. 
No entanto, o tombamento não retira a propriedade 
do bem, sendo irrelevante, nestes casos, que o 
proprietário do bem seja o poder público. 
Decreto-Lei 
25/37 
O tombamento dos bens 
pertencentes aos entes federativos 
se fará de ofício, por ordem do diretor 
11 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
do Serviço do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional. 
O ente deverá ser notificado. 
Excluem-se do patrimônio histórico e artístico nacional, não 
podendo ser, portanto, objeto de tombamento as obras de 
origem estrangeira que pertençam às representações 
diplomáticas ou consulares acreditadas no país; que adornem 
quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que 
façam carreira no país; que pertençam a casas de comércio de 
objetos históricos ou artísticos; que sejam trazidas para 
exposições comemorativas, educativas ou comerciais ou que 
sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente 
para adorno dos respectivos estabelecimentos. 
Obrigações 
decorrentes do 
tombamento 
Obrigações 
de fazer 
Direito de 
preferência 
O direito de preferência, nas 
alienações extrajudiciais, foi extinto 
pelo art. 1.072, I do Código de 
Processo Civil. 
Tombamento 
Obrigações 
decorrentes do 
tombamento 
Obrigações 
de fazer 
Direito de 
preferência 
No entanto, a preferência se mantém 
somente em casos de alienações 
judiciais, consoante dispõe o art. 892, 
§ 3º do CPC. 
ATENÇÃO! O proprietário da coisa 
tombada pode gravá-la livremente 
(penhor, anticrese ou hipoteca). 
Dever de 
conservação 
O proprietário deve conservar o bem 
da forma como se encontra. 
Dever de 
comunicaçã
o em caso 
de extravio 
Se não tiver condições financeiras de 
realizar a conservação, deverá 
informar ao poder público (art. 19, do 
Decreto-Lei 25/37). 
Deve o proprietário comunicar ao 
Serviço do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional, dentro do prazo de 
cinco dias, sob pena de multa de dez 
por cento sobre o valor da coisa. 
Registro 
especial 
A legislação determina que os 
negociantes de antiguidades, de 
obras de arte de qualquer natureza, 
de manuscritos e livros antigos ou 
raros são obrigados a um registro 
12 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
especial no Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional, 
cumprindo-lhes, outrossim, 
apresentar semestralmente ao órgão 
relações completas das coisas 
históricas e artísticas que possuírem. 
Obrigações 
de não 
fazer 
Retirada 
do país 
Não é possível tirar o bem do país, 
salvo, por curto período de tempo, 
para fim de intercâmbio cultural, a 
juízo do Conselho Consultivo do 
Serviço do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional. 
Exportação do bem enseja o 
sequestro e multa de cinquenta por 
cento do valor da coisa. 
Não 
destruição 
Qualquer reforma a ser realizada na 
propriedade depende de autorização 
do Estado, sob pena de multa no 
valor de cinquenta por cento do dano 
causado. 
Obrigação 
de tolerar 
Fiscalização 
O proprietário do bem tem que tolerar 
a fiscalização pelo Poder Público (art. 
20, do Decreto-lei 25/37). 
ATENÇÃO! O vizinho não pode impedir a visualização e nem 
o acesso ao bem tombado pois trata-se de forma de servidão 
instituída por lei. 
Indenização 
Como regra, o tombamento é intervenção na propriedade que 
não gera direito à indenização, pois não configura um efetivo 
prejuízo ao proprietário. 
A indenização é cabível quando ensejar esvaziamento do valor 
econômico do bem, configurando uma verdadeira 
desapropriação indireta. 
Tombamento 
Indenização 
Também será passível de indenização, quando o tombamento 
ensejar gastos desproporcionais para a manutenção do bem. 
Procedimento 
O tombamento é efetivado mediante procedimento 
administrativo, respeitando o contraditório e a ampla defesa, 
ressalvados os casos de tombamento voluntário. 
Ocupação 
temporária 
Intervenção por meio da qual o ente público utiliza um determinado bem 
privado por prazo determinado, para satisfazer necessidades de interesse 
13 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 público, podendo se dar de forma gratuita ou remunerada. 
Decreto lei 
3.365/41 
O art. 36 dispõe que o Estado poderá temporariamente utilizar 
bens privados vizinhos às obras públicas como meio de apoio, 
para alocação do maquinário e assentamento dos funcionários 
da obra. 
Necessita de ato declaratório informando a necessidade 
pública na utilização do bem e posterior execução da medida. 
Lei 3.924/61 
Ocupação temporária de bens privados para que se faça a 
pesquisa e escavação, sempre que houver indícios de se tratar 
de sítio arqueológico. 
Deve ser lavrado um auto, antes do início dos estudos, no qual 
se descreva o aspecto exato do local nos moldes do art. 14. 
Lei de 
Licitação 
Quando os serviços são essenciais, pode a Administração 
Pública ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal 
e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da 
necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas 
contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão 
do contrato administrativo. 
Ocupação 
temporária 
 
Lei 8.987/95 
Há possibilidade de ocupação dos bens da concessionária 
para evitar a paralisação dos serviços públicos prestados. 
Não deve ser o instituto utilizado em casos nos quais a utilização do bem se 
dê em razão de situação de iminente perigo. 
Indenização 
A princípio não será devida. 
Mas se a utilização do bem pelo poder público causar prejuízos 
ao proprietário, deverá ser garantida a reparação destes 
danos. 
14 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
1. Atos Administrativos 
➔ Discricionariedade: margem de liberdade, conferida pelo legislador, para que o 
agente público avalie a conveniência e a oportunidade para prática do ato. 
• Lei autoriza = ato discricionário. 
• Lei determina = ato vinculado. 
➔ Teoria dos Motivos Determinantes: Controle administrativo e judicial (de 
legalidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – fático e legal – que 
a administração pública declarou como causa determinante da prática de um ato. 
➔ Atos administrativos e LINDB (DL 4657/42) 
• Não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam 
consideradas as consequências práticas da decisão; 
• Motivação deve demonstrar necessidade e a adequação da medida imposta ou da 
invalidação de ato, contrato, etc., inclusive em face das possíveis alternativas; 
• Decisão que decretar a invalidação de ato deve indicar de modo expresso 
consequências jurídicas e administrativas; 
• Decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, etc., serão 
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou 
condicionado a ação do agente; 
• Revisão de ato, contrato etc. cuja produção já se houver completado levará em 
conta as orientações gerais da época: vedada invalidação com base em mudança 
posterior de orientação geral. 
 
 
 
 
 
15 
 Revisão Turbo | 37º Examede Ordem 
 Direito Administrativo 
 
2. Extinção dos Atos Administrativos 
*Para todos verem: quadro 
 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CASSAÇÃO CADUCIDADE 
Controle 
de legalidade 
Controle de mérito 
(conveniência e 
oportunidade) atos 
discricionários 
Beneficiário deixa de 
cumprir requisitos 
Ato perde 
fundamento legal 
Administração ou 
judiciário (5 anos, 
salvo má-fé) 
APENAS 
administração 
Mudança 
nos fatos 
Mudança na 
legislação 
(ilegalidade 
superveniente) 
Ato inválido 
(nulo ou anulável) 
Ato válido Causa 
superveniente 
Causa 
superveniente 
Retroage 
(ex tunc) 
Não retroage 
(ex nunc) 
Não ocorre 
automaticamente 
Precisa ser 
declarada 
 
3. Licitações 
Fundamento constitucional: CF/88. 
 
Art. 37, inciso XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que 
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos 
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
 
Lei nº 14.133/21 (Nova Lei de Licitações e Contratos administrativos). 
 
➔ Fases do procedimento de Licitação 
 
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes FASES, em sequência: 
I - preparatória; 
II - de divulgação do edital de licitação; 
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento; 
V - de habilitação; 
VI - recursal; 
VII - dehomologação. 
16 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
*Para todos verem: esquema 
 
➔ Modalidades de Licitação 
 
Art. 28. Modalidades: 
I - pregão; 
II - concorrência; 
III - concurso; 
IV - leilão; 
V - diálogo competitivo. 
 
Procedimento, em regra, será eletrônico. 
É VEDADA a criação de outras modalidades de licitação ou combinação de modalidades. 
• Pregão: obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de 
julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto; 
• Concorrência: contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços 
comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser: a) menor 
preço; b) melhor técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior retorno 
econômico; e) maior desconto; 
• Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de 
julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e para concessão de 
prêmio ou remuneração ao vencedor; 
• Leilão: alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente 
apreendidos a quem oferecer o maior lance; 
• Diálogo Competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras, serviços 
e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes 
previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver 
uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os 
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. 
 
➔ Contratação direta (sem licitação): 
 
 
 
 Veja o esquema na página a seguir.. 
 
 
PREPARATÓRIA
DIVULGAÇÃO 
DO EDITAL
APRESENTAÇÃO 
DE PROPOSTAS E 
LANCES
JULGAMENTO HABILITAÇÃO RECURSAL HOMOLOGAÇÃO
17 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
*Para todos verem: esquemas 
 
 
 
 
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de: 
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços 
com [fornecedor] exclusivo; 
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário 
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública; 
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza 
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização, 
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: 
• Pareceres, perícias, projetos básicos ou executivos; 
• Consultorias técnicas e auditorias fiscalização, 
• Supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; 
• Defesa de causas judiciais, etc. 
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento; 
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização 
tornem necessária sua escolha. 
 
Art. 75. Dispensável a licitação, alguns exemplos: 
• Até R$ 108.040,82 - obras e serviços de engenharia; 
• Até R$ 54.020,41 - outros serviços e compras; 
• Licitação “DESERTA” ou “FRACASSADA”, mantendo condições definidas em edital de 
Inexigibilidade
Inviabilidade de 
competição
Licitação é 
"impossível"
Rol 
exemplificativo
Dispensa
É possível licitar
Lei autoriza não 
licitar
Discricionária
Rol taxativo
18 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
licitação realizada há menos de 1 (um) ano; 
• CASOS DE EMERGÊNCIA OU DE CALAMIDADE PÚBLICA, situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a 
segurança de pessoas, PRAZO MÁXIMO DE 1 (UM) ANO. 
 
➔ Revogação ou Anulação da licitação: 
*Para todos verem: esquemas 
 
 
 
➔ Procedimentos Auxiliares 
Sistema de registro de preços: conjunto de procedimentos para realização, mediante 
contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou concorrência, de registro formal 
de preços relativos a prestação de serviços, a obras e a aquisição e locação de bens para 
contratações futuras. 
 
 4. Contratos Administrativos 
 É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento (até R$ 10 mil). 
• Prerrogativas da Administração (art. 104). 
Essas são as cláusulas exorbitantes. Ex: alteração e extinção unilateral do contrato. 
Revogação
Fato 
superveniente
Interesse 
público
Total apenas
Vedada após 
assinatura do 
contrato
Anulação
Vício insanável
Ilegalidade
Total ou parcial
Possível 
mesmo após 
contrato
19 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
• Prazo serviços contínuos: 5+5 anos. 
Prazo indeterminado: administração pública como usuária de serviço público prestado em 
monopólio. 
 
➔ Hipóteses de alteração dos contratos 
Teoria Da Imprevisão: Para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do 
contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos 
imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do 
contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco 
estabelecida no contrato. 
 
➔ Hipóteses de extinção dos contratos 
Unilateral (pela administração): motivação + contraditório. 
Contratado terá direito à extinção: 
• Supressão além do limite do art. 124; 
• Suspensão de execução acima de 3 meses; 
• Repetidas suspensões que totalizem 90 dias úteis; 
• Atraso superior a 2 meses no pagamento; 
• Não liberação de área, local ou objeto, para execução de obra, serviço ou 
fornecimento, etc. 
Aplicação das sanções não exclui, em hipótese alguma, a obrigação de reparação integral 
do dano causado à Administração Pública. 
 
5. Agentes Públicos 
Veja o esquema na página a seguir... 
20 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Agentes públicos 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Concurso Público 
Tratando-se de concurso público de agentes administrativos, que se submetem ao regime 
jurídico da lei n.º 8.112 (servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais),é vedada a abertura de novo concurso público enquanto ainda existirem 
candidatos aprovados em concurso com prazo não expirado. Em se tratando de agentes públicos 
não submetidos a essa lei (os agentes militares, por exemplo), valido é o dispositivo 
Agentes 
políticos 
Agentes 
militares 
Particulares 
em 
colaboração 
Agentes 
administrativos 
Empregados públicos 
(celetistas) CLT 
Servidores públicos 
(Estatutários) 
Lei n.º 8.112/90 
Servidores 
temporários (contrato 
prazo determinado) 
art. 37, IX, CF 
Cargo 
Público 
Cargo em 
Comissão 
Emprego 
Público 
Mandato eletivo + 
secretários/ 
ministros + alto 
escalão PJ. MP. 
TC. 
Forças Armadas + 
polícias militares + 
bombeiros 
militares 
Em algum 
momento exercem 
função + 
particulares 
serviço público 
21 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
constitucional, cabendo a abertura de novo concurso. 
 Importante o destaque a outros artigos aplicáveis aos concursos públicos: o artigo 5º, §2º, 
da Lei n.º 8.112, e a Lei n.º 12.990/2014 dispõem sobre as reservas de vagas em concursos 
públicos, disciplinando as porcentagens de vagas destinadas a pessoas com deficiência, em 
atribuições compatíveis, e a pessoas negras. Vejamos: 
 
Súmula importante: 
 
Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
Reservas legais em concursos públicos: 
 
Lei n.º 8.112/90: 
Art. 5º, § 2o: Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever 
em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com 
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte 
por cento) das vagas oferecidas no concurso; 
 
Lei n.º 12.990: 
Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos 
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da 
administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas 
públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, na forma desta Lei. 
 
Duas súmulas importantes do Superior Tribunal de Justiça sobre reservas para pessoas 
com deficiência: 
 
Súmula 377/STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso 
público, às vagas reservadas aos deficientes. 
 
Súmula 552/STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com 
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
 
7. Poder de Polícia 
Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
22 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Características/atributos: 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
Atenção: poder de polícia é delegável? 
Em regra, não, a exceção é no que se refere a atos materiais: 
Normatizar e sancionar: não cabe. 
Consentir (licença, alvará, autorização) e fiscalizar: cabe. 
 
Tese de repercussão geral STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por 
meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta 
de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de 
atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. 
8. Extinção da concessão 
A Concessão, ainda que possua prazo determinado, possui outras possibilidades de 
extinção: Termo final do prazo, rescisão, anulação, caducidade, encampação e falência ou 
extinção da concessionária. Cabe tratar um pouco sobre cada uma delas, elencadas no artigo 
35 da lei n.º 8.987. 
 
Art. 35. Extingue-se a concessão por: 
I - advento do termo contratual; 
II - encampação; 
III - caducidade; 
IV - rescisão; 
V - anulação; e 
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do 
titular, no caso de empresa individual. 
 
• Oportunidade/conveniência ao aplicar
Discricionariedade
• Execução direta de suas decisões
Auto-executoriedade
• Imposição das medidas
Coercibilidade
23 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
➔ Advento do termo contratual: 
É o fim do contrato em razão da chegada do prazo determinado, desvinculando-se o 
concessionário da prestação do serviço público. Como bem destaca Carvalho Filho (2021, p. 
442) “ainda que extinto o contrato, responde o concessionário pelos atos praticados quando 
ainda vigente o ajuste. Na verdade, o advento do termo final não pode significar 
um status integral de irresponsabilidade administrativa e civil do concessionário”. 
➔ Rescisão: 
Como traz o artigo 39 da Lei n.º 8.987 “o contrato de concessão poderá ser rescindido por 
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder 
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim”, destacando o 
parágrafo único desse dispositivo a impossibilidade de que a prestação dos serviços públicos 
seja interrompida até sentença judicial transitada em julgado. 
➔ Anulação: 
Podendo ocorrer pela via administrativa ou judicial, a anulação se dá quando existente 
vício de legalidade no contrato). Assim, “Presente o vício, há presumida lesão ao patrimônio 
público, o que permite o ajuizamento de ação popular para postular-se a anulação do ajuste” 
(CARVALHO FILHO, 2021, p. 443). 
➔ Caducidade: 
De forma inversa à rescisão, a caducidade ocorre quando há a “rescisão” unilateral da 
Administração por descumprimento das cláusulas contratuais por parte da concessionária, 
podendo ser ato vinculado (artigo 27, Lei n.º 8.987) ou discricionário (artigo 38, Lei n.º 8.987). 
Deve-se observar, como procedimento: 
• Comunicação à concessionária sobre o descumprimento e determinação de prazo 
para correção; 
• Instauração de procedimento administrativo para apuração, com garantia da ampla 
defesa e contraditório; 
• Apurada a inadimplência da concessionária, será declarada a caducidade da 
concessão por meio de decreto expedido pelo Chefe do Poder Executivo (CARVALHO 
FILHO, 2021). 
 
Caducidade – ato vinculado: 
 
Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem 
prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão. 
24 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
Caducidade – ato discricionário: 
 
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder 
concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções 
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas 
convencionadas entre as partes. 
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: 
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as 
normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; 
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou 
regulamentares concernentes à concessão; 
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses 
decorrentes de caso fortuito ou força maior; 
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para 
manter a adequada prestação do serviço concedido; 
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nosdevidos 
prazos; 
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de 
regularizar a prestação do serviço; e 
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento 
e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da 
concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
 
➔ Encampação: 
Como definido no artigo 37 da Lei n.º 8.987, a encampação refere-se à retomada, por 
parte da Administração Pública, da prestação do serviço público. Faz-se necessária autorização 
legislativa e indenização prévia. 
➔ Extinção da concessionária: 
A extinção da concessionária por falência ou extinção da empresa ou, ainda, falecimento 
ou incapacidade do titular, ocorre, como pontua Carvalho Filho (2021, p. 447) “pela singela razão 
de que fica inviável a execução do serviço público objeto do ajuste”, retornando a prestação do 
serviço público o concedente, até nova concessão. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm#art29.
25 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
9. Organização da Administração Pública 
*Para todos verem: esquemas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Particulares que prestam 
serviço público
•Permissionárias
•Concessionárias
•Autorizatários
Administração direta
•União
•Estados 
•Distrito Federal
•Municípios
•Órgãos
Administração indireta
•Autarquias
•Fundações públicas
•Sociedade de economia mista
•Empressa pública
•Associação Pública
Descentralização
Ato unilateral (no caso de 
autorização) e contrato 
administrativo (no caso de 
concessão e permissão) 
Tem personalidade jurídica
Desconcentração
Criação de órgão 
Especialização interna 
Não tem personalidade 
jurídica
Descentralização
Novo ente
Criada ou autorizada por lei 
Tem personalidade jurídica
C
ri
a
ç
ã
o
Autarquia e Fundação 
Pública de Direito Público
Pessoa jurídica de direito público
Lei específica
A própria lei é o ato constitutivo
Fundação Pública de Direito 
Privado/ S.E.M/ E.P
Pessoa jurídica de direito privado
Lei específica apenas autoriza
Deve o Poder Executivo 
providenciar a sua criação no 
registro público.
26 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
Atenção: Como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da 
lei das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências 
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura: 
• Lei 13.303/2016: artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 11, 12, 13, 17, 29, 30, 38, 47, 49, 51, 54, 59 
e 83. 
• Lei 9.986/2000: artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, 9º e art. 2º da Lei 13.848/19. 
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 11. 
10. Entidades Paraestatais 
* Para todos verem: quadro comparativo 
 
 
Entidade e lei 
Forma de 
convênio ou 
parceria 
 
Principal observação 
Observação 
comum a 
todos 
OS 
(Organização Social) 
Lei 9.637/98 
 
 Contrato de gestão 
 
Entidades de iniciativa privada, 
sem fins lucrativos e que 
prestam serviço de interesse 
público. 
 
A grande diferença é que as 
OS absorveram serviços do 
Estado e as OSCIP são 
entidades que buscam fomento 
e se enquadram nos requisitos 
da lei. 
 
Sem fins 
lucrativos; 
 
Não faz parte da 
Administração 
Pública direta ou 
indireta; 
 
Recebe fomento 
(incentivo) do 
Estado; 
 
OSCIP 
(Organização da 
Sociedade Civil de 
Interesse Público) 
Lei 9.790/99 
 
 
Termo de 
parceria 
27 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
 
EA 
(Entidades de apoio) 
Lei 8.958/94 
 
 
Convênio, contrato, 
acordo. 
 
São instituídas por servidores 
públicos sob forma de 
fundação, associação ou 
cooperativa com a finalidade 
de apoiar projetos de ensino, 
pesquisa, extensão, etc. 
 
Presta atividade 
de interesse 
social; 
 
Sujeito a 
controle da 
Administração 
Pública; 
 
Serviço não 
exclusivo 
do Estado. 
SSA 
(Serviços Sociais 
Autônomos) 
Lei específica para 
cada entidade. 
 
 Lei específica para 
cada entidade. 
 
Entidades como: Sesi, Senai, 
Senac, Sesc, etc. 
 
OSC 
(Organizações da 
Sociedade Civil) 
Lei 13.019/2014 e 
13.243/16. 
 
Termo de 
colaboração ou 
termo de fomento 
ou acordo de 
cooperação. 
 
 
 
São as demais entidades que 
buscam parceria com o Estado 
para conseguir fomento. 
 
11. Responsabilidade Civil do Estado 
11.1 Teoria do Risco Administrativo: Responsabilidade objetiva 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
11.2 Teoria do Risco Integral: Dano ambiental, atividade nuclear, queda 
de aeronave por ato de guerra ou ato terrorista. 
• Não há excludentes. 
 
 
 
Excludentes
Caso fortuito 
(imprevisível)
Força maior 
(natureza)
Culpa exclusiva da 
vítima (se a vítima 
concorre com o dano, 
o ônus é repartido)
28 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
*Para todos verem: pirâmide entre Estado, Vítima e Agente 
 
Estado 
 
 
 
Ação de regresso: 
responsabilidade 
subjetiva 
 
 
 
 
 
Vítima Agente 
 
 
11.3 Responsabilidade Subjetiva: aquela que exige a comprovação do 
dolo ou culpa. 
• Omissão genérica 
• Estatais que exploram atividade econômica 
 Algumas teses de repercussão geral do STF e jurisprudêcia importante do STJ que podem 
ser objeto da prova: 
* Para todos verem: quadro comparativo 
 
Teses de repercussão geral do STF 
777 RE 
842846 
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e 
registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem 
dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o 
responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de 
improbidade administrativa. 
 
27/02/2019 
1055 RE 
1209429 
É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a 
profissional da imprensa ferido por agentes policiais durante 
cobertura jornalística, em manifestações em que haja tumulto ou 
conflitos entre policiais e manifestantes. Cabe a excludente da 
responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses em 
que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara 
advertência sobre acesso a áreas delimitadas, em que haja grave 
risco à sua integridade física. 
 
 
 
 
10/06/2021 
512 RE 
662405 
O Estado responde subsidiariamente por danos materiais 
causados a candidatos em concurso público organizado por 
pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da CRFB/88), 
quando os exames são cancelados por indícios de fraude. 
 
29/06/2020 
362 RE 
608880 
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se 
caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos 
decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema 
 
 
08/09/2020 
29 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o 
momento da fuga e a conduta praticada. 
366 RE 
136861 
Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado 
por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é 
necessário que exista a violação de um dever jurídico específico 
de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para 
funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de 
conhecimento do poder público eventuais irregularidades 
praticadas pelo particular. 
 
 
 
11/03/2020 
Precedente do STJ 
 
O hospital que deixa de fornecer o mínimo serviço de segurança, contribuindo de forma determinante e 
específica para homicídio praticado em suas dependências, responde objetivamente pela conduta omissiva. 
(REsp 1.708.325-RS, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 24/05/2022). 
 
 
 O prazo prescricional para ações indenizatórias em face da pessoa jurídica de direito 
público ou de direito privado prestadora de serviço público é de 5 anos, todavia,atente-se para 
a súmula 647 do STJ: “São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais 
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos.” 
12. Improbidade Administrativa 
Art. 37 da CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
*Para todos verem: quadro 
 
Atos de improbidade 
 
Art. 9º Constitui ato de 
improbidade administrativa 
importando em enriquecimento 
ilícito auferir, mediante a prática de 
ato doloso, qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, de 
mandato, de função, de emprego 
ou de atividade nas entidades 
referidas no art. 1ºdesta Lei [...] 
 
Art. 10. Constitui ato de 
improbidade administrativa que 
causa lesão ao erário qualquer ação 
ou omissão dolosa, que enseje, 
efetiva e comprovadamente, perda 
patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta Lei [...] 
 
Art. 11. Constitui ato de 
improbidade administrativa que 
atenta contra os princípios da 
administração pública a ação ou 
omissão dolosa que viole os 
deveres de honestidade, de 
imparcialidade e de legalidade [...] 
30 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
 
Perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, perda da função 
pública, suspensão dos direitos 
políticos até 14 (catorze) anos, 
pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do acréscimo 
patrimonial e proibição de 
contratar com o poder público ou 
de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo não superior a 14 
(catorze) anos. 
 
Perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função 
pública, suspensão dos direitos 
políticos até 12 (doze) anos, 
pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do dano e 
proibição de contratar com o poder 
público ou de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo não superior a 12 
(doze) anos. 
 
 
Pagamento de multa civil de até 
24 (vinte e quatro) vezes o valor 
da remuneração percebida pelo 
agente e proibição de contratar 
com o poder público ou de 
receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo não superior a 4 (quatro) 
anos. 
 
Prescrição: Tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021. 
Se antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos 
para prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas. 
Nos parágrafos do artigo 23 da LIA há previsões de suspensão e interrupção de prazo 
prescricional. Uma novidade na nova redação da LIA é que, agora, haverá possibilidade da 
chamada prescrição intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no 
decorrer do processo judicial: “§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia 
da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo”. 
13. Compliance 
13.1 Atos lesivos 
Atos que atentem contra: 
• Patrimônio público nacional ou estrangeiro; 
• Contra princípios da administração; 
• Compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. 
 
 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
 
31 
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 Direito Administrativo 
 
13.2 Responsabilidade 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
13.3 Sanções 
Esfera Administrativa: 
 
Art. 6º. Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas 
responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções: 
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento 
bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos 
os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua 
estimação; e 
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. 
 
Esfera Judicial: 
 
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos 
de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com 
vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras: 
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito 
direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro 
de boa-fé; 
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades; 
 III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; 
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de 
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo 
poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. 
Responsabilidade
Objetiva
Pessoas jurídicas
Subjetiva
Dirigentes ou 
administradores
Ou de qualquer pessoa 
natural que participe como 
autora, coautora ou partícipe
32 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
14. Controle da Administração Pública 
O controle é o instrumento jurídico de fiscalização sobre a atuação dos agentes, órgãos e 
entidades da Administração Pública. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
*Para todos verem: quadro 
 
 
Ações de controle 
Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Ação Civil Pública, Ação Popular, 
Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação de Improbidade Administrativa, 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
 Prazo para anular Regra é de 5 anos - prazo DECADENCIAL 
 
 
Recurso 
 
Hierárquico próprio: 
para a autoridade 
superior àquela que 
praticou o ato ocorrido. 
 
Hierárquico impróprio: 
para outra autoridade não 
é superior àquela que 
praticou o ato recorrido. 
Exige previsão legal. 
 
Obs: No Brasil não é 
exigido esgotamento da via 
administrativa para acesso 
ao Poder Judiciário 
(art 5º, XXXV, da CF) 
 
 No controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, 
tenha cuidado com o artigo 71 da Constituição Federação, especificamente com inciso III: 
 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em 
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório. 
 
Administração
Poder-dever Anular
Atos eivados de 
vício/ilegais
Pode Revogar
Atos legais, por 
conveniência ou 
oportunidade
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 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
15. Processo Administrativo Federal 
O processo administrativo não depende de forma determinada, a não ser que esteja 
expressamente previsto em lei, isso se dá em razão do princípio da informalismo aplicado aos 
processos administrativos(art. 22). O processo administrativo é composto pelas seguintes fases: 
a) Instauração: de ofício ou a pedido; com observância aos requisitos do artigo 6º, 
motivação, possibilidade de vários pedidos em um único requerimento (art. 8º); 
b) Instrução: princípio da oficialidade, que não afasta as iniciativas dos interessados (art. 
29); vedada as provas obtidas ilicitamente (art. 30), sendo admissível prova emprestada 
(591 do STJ); com possibilidade de juntar documentos, pareceres, requerer diligências 
(art. 38); possibilidade de medida acautelatória (art. 45); relatório feito pelo órgão 
processante. 
c) Decisão: dever de decidir (art. 48) no prazo de 30 dias, salvo prorrogação motivada (art. 
49). 
 
Pareceres em processos administrativos: Quando for obrigatório um órgão consultivo 
ser ouvido (art. 41), o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias, salvo norma 
especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Se o parecer é obrigatório e vinculante, 
o processo NÃO terá seguimento até a respectiva apresentação, sendo responsabilizado quem 
deu causa ao atraso por descumprimento do prazo. Entretanto, se o parecer é obrigatório, mas 
NÃO é vinculante, e deixar de ser emitido no prazo, o processo PODERÁ prosseguir e ser 
decidido, sem prejuízo das responsabilidades de quem se omitiu. 
Das decisões administrativas cabe recurso, podemos aqui dizer que há segunda instância 
administrativa. Os recursos na Lei nº 9.784/99 são possíveis nos casos de legalidade ou mérito. 
Trata-se de recurso hierárquico, isso porque ele dirigido a autoridade que proferiu a decisão e, 
se não reconsiderar no prazo de cinco dias, deve encaminhá-lo para autoridade superior (art. 
56, §1º). 
O artigo 57 estabelece o limite de três instâncias administrativas aos recursos: 
 
 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
34 
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 Direito Administrativo 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
Não confunda, recurso, revisão e reconsideração. Recurso administrativo é 
endereçado para a autoridade hierarquicamente superior àquela que proferiu a decisão. Pedido 
de reconsideração pode ser feito uma única vez para a própria autoridade que proferiu a 
decisão. O recurso e pedido de reconsideração são feitos no próprio processo administrativo em 
andamento. Já o pedido de revisão ocorre quando o processo administrativo já foi encerrado, 
mas surgem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a abertura de 
processo administrativo novamente, para tratar sobre a inadequação da sanção aplicada. 
Cuidado, o reformatio in pejus (art. 65) só pode ocorrer no recurso, não pode ocorrer na 
revisão. 
16. Bens Públicos 
16.1 Classificação 
*Para todos verem: quadro 
 
Recurso - 3ª instância 
administrativa
Recurso - 2ª instância 
administrativa
Decisão recorrida
Bens de uso comum do 
povo
• São bens que todos 
podem usar, como as 
ruas e praças.
Bens de uso especial
• São destinados às 
instalações e aos 
serviços públicos, como 
os prédios das 
repartições ou escolas 
públicas.
Bens dominicais
• São os que pertencem 
ao acervo do poder 
público, sem destinação 
especial.
35 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
16.2 Características 
Inalienabilidade: Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas 
essa regra não é absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis 
(são bens fora do comércio), essa é a regra. 
Impenhorabilidade: Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de 
uma execução. Não poder ser objeto de garantia. 
Imprescritibilidade: Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os 
bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço 
de tempo continuado, nos moldes da legislação civil. 
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não 
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da 
Constituição Federal). 
Não onerabilidade: Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou 
seja, não fica sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente 
estatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Direito Administrativo 
 
1) FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
Otacílio, novo prefeito do Município Kappa, acredita que o controle interno é uma das principais ferramentas da 
função administrativa, razão pela qual determinou o levantamento de dados nos mais diversos setores da 
Administração local, a fim de apurar se os atos administrativos até então praticados continham vícios, bem como se 
ainda atendiam ao interesse público. Diante dos resultados de tal apuração, Otacílio deverá 
 
A) revogar os atos administrativos que contenham vícios insanáveis, ainda que com base em valores jurídicos 
abstratos. 
B) convalidar os atos administrativos que apresentem vícios sanáveis, mesmo que acarretem lesão ao interesse 
público. 
C) desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas que houvessem imposto, limitado ou 
condicionado a conduta do agente nas decisões sobre a regularidade de ato administrativo. 
D) indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da invalidação de ato administrativo. 
 
2) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
Determinado Estado da Federação passa por grave problema devido à superlotação de sua população carcerária, 
tendo os órgãos de inteligência estatal verificado a possibilidade de rebelião e fuga dos apenados. Visando ao 
atendimento do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e tendo em vista a configurada situação de 
grave e iminente risco à segurança pública, o ente federativo instaurou processo administrativo e, em seguida, 
procedeu à contratação, mediante inexigibilidade de licitação, de certa sociedade empresária para a execução de 
obras de ampliação e reforma de seu principal estabelecimento penal. Diante das disposições da Lei nº 8.666/93, 
no que tange à obrigatoriedade de licitação, o Estado contratante agiu 
 
A) corretamente, diante da impossibilidade fática de licitação decorrente do iminente risco de rebelião e grave 
perturbação da ordem pública. 
B) corretamente, haja vista que, apesar de ser possível a licitação, seu demorado trâmite procedimental 
acarretaria risco à ordem social. 
C) erradamente, eis que as circunstâncias do caso concreto autorizariam a dispensa de licitação, observados 
os trâmites legais. 
D) erradamente, uma vez que a prévia licitação é obrigatória na espécie, diante das circunstâncias do caso 
concreto. 
 
3) FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVII - Primeira Fase 
Após a contratação, sob o regime de empreitada por preço unitário, da sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. 
para a construção do novo edifício-sede de uma agência reguladora, a Administração verifica que os quantitativos 
constantes da planilha orçamentária da licitação – e replicados pela contratada – são insuficientes para executar o 
empreendimento tal como projetado. Por isso, será necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em 
termos financeiros, o acréscimo será de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em relação ao valor inicial 
atualizado do contrato. 
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O acréscimo de serviços poderá ser combinado apenas verbalmente, não sendo necessária sua redução a 
termo. 
B) Por se tratar de cláusula exorbitante, mesmo que a sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. não concorde 
com o acréscimo, aalteração poderá ser determinada unilateralmente pela Administração. 
C) O contratado só está obrigado a aceitar os acréscimos de até 15% (quinze por cento) em relação ao valor 
inicial atualizado do contrato; superado esse limite, a alteração só pode ocorrer com o consentimento da 
sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. 
D) Diante da deficiência do projeto básico, a Administração deve obrigatoriamente anular o contrato após serem 
oportunizados o contraditório e a ampla defesa à sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. 
 
 
4) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
Luciano, proprietário de um terreno localizado no Município Ômega, viajou para o exterior, pelo período de 8 meses, 
para realizar curso de especialização profissional. Quando retornou de viagem, verificou que o Município, sem 
expedir qualquer notificação, de forma irregular e ilícita, invadiu sua propriedade e construiu uma escola, em 
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 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
verdadeiro apossamento administrativo. As aulas na nova escola municipal já se iniciaram há dois meses e 
verificasse a evidente impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da coletividade. 
Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido escritório de advocacia, foi manejada em favor de Luciano ação de 
 
A) indenização por retrocessão, por abuso de poder da municipalidade, que gera direito à justa e imediata 
indenização, exigível quando do trânsito em julgado da ação. 
B) indenização por desapropriação indireta, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por meio de 
precatório. 
C) reintegração de posse por tredestinação ilícita, por desvio de finalidade, que visa à justa e posterior 
indenização, a ser paga por meio de precatório. 
D) interdito proibitório por desvio de finalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, exigível quando 
do trânsito em julgado da ação. 
 
 
5) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Flávio, oficial de justiça de determinado Tribunal Regional Federal, no exercício de suas atribuições, ao se dirigir 
para uma diligência, foi surpreendido por intenso tiroteio. Em razão disso, Flávio adentrou clandestinamente o imóvel 
de Júlia, sendo que permaneceu no local sem determinação judicial, por longo período e contra a vontade da 
proprietária. Diante da configuração de crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, Flávio foi denunciado no 
âmbito criminal, sendo certo que, após o devido processo legal, ele foi absolvido, em decorrência da caracterização 
de estado de necessidade, operando-se o trânsito em julgado da sentença. Paralelamente, foi instaurado processo 
administrativo disciplinar, para fins de obter a responsabilização de Flávio pela respectiva falta funcional. 
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O reconhecimento de que Flávio praticou o ato de abuso de autoridade em estado de necessidade na 
decisão prolatada na esfera penal faz coisa julgada no âmbito administrativo-disciplinar. 
B) A existência de ação penal por abuso de autoridade em face de Flávio deveria ter impedido a instauração 
do processo administrativo disciplinar, pois não é admitida duplicidade de responsabilização. 
C) A sentença penal que absolveu Flávio não pode repercutir na esfera administrativa-disciplinar, uma vez que 
a sentença absolutória criminal somente pode refletir em outras esferas nas hipóteses de negativa de autoria. 
D) Não é possível aplicar penalidade administrativa-disciplinar a Flávio, na medida em que toda sentença 
absolutória penal vincula o controle pela Administração Pública, ainda que o fundamento criminal seja a 
ausência de prova. 
 
 
6) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Maria foi contratada, temporariamente, sem a realização de concurso público, para exercer o cargo de professora 
substituta em entidade autárquica federal, em decorrência do grande número de professores do quadro permanente 
em gozo de licença. A contratação foi objeto de prorrogação, de modo que Maria permaneceu em exercício por mais 
três anos, período durante o qual recebeu muitos elogios. Em razão disso, alunos, pais e colegas de trabalho 
levaram à direção da autarquia o pedido de criação de um cargo em comissão de professora, para que Maria fosse 
nomeada para ocupá-lo e continuasse a ali lecionar. Avalie a situação hipotética apresentada e, na qualidade de 
advogado(a), assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não é possível a criação de um cargo em comissão de professora, visto que tais cargos destinam-se apenas 
às funções de direção, chefia e assessoramento. 
B) É adequada a criação de um cargo em comissão para que Maria prolongue suas atividades como professora 
na entidade administrativa, diante do justificado interesse público. 
C) Maria tem estabilidade porque exerceu a função de professora por mais de três anos consecutivos, tornando 
desnecessária a criação de um cargo em comissão para que ela continue como professora na entidade 
autárquica. 
D) Não é necessária a criação de um cargo em comissão para que Maria permaneça exercendo a função de 
professora, porque a contratação temporária pode ser prorrogada por tempo indeterminado. 
 
7) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Maria foi aprovada em concurso para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas, 
após ter adquirido a estabilidade, foi demitida sem a observância das normas relativas ao processo administrativo 
disciplinar. Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato demissional, na qual obteve êxito por meio de 
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 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
decisão jurisdicional transitada em julgado. Nesse interregno, contudo, Alfredo, também regularmente aprovado em 
concurso e estável, foi promovido e passou a ocupar o cargo que era de Maria. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior, 
considerando que está ocupado por Alfredo. 
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do cargo 
que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade. 
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de seu ato 
demissional. 
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e Alfredo 
deverá ser reconduzido para o cargo de origem. 
 
 
8) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se e foi aprovado em concurso público para o cargo de 
técnico administrativo do quadro permanente de determinado Tribunal Regional Federal, cargo em que alcançou a 
estabilidade, após o preenchimento dos respectivos requisitos legais. Enquanto estava no exercício das funções 
desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito, razão pela qual decidiu prestar concurso público e 
foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de economia mista federal, que recebe recursos da 
União para o seu custeio geral. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal, se 
houver compatibilidade de horários. 
B) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedade de economia mista, considerando-se que 
aquela se consuma no serviço público, e não no cargo. 
C) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto remuneratório do 
serviço público federal. 
D) Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a realização 
de novo concurso público. 
 
9) FGV – 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - PrimeiraFase 
A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. O 
Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da 
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de denúncias de 
favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale 
Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento 
da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do 
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado. 
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão, pois, a partir do 
momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas 
Federal. 
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do certame, configurando ato de 
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso, sujeita os 
agentes públicos somente à perda da função pública e ao pagamento de multa civil. 
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é o caso 
da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à 
eventual condenação ao ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento. 
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos 
envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem 
prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por 
um prazo determinado. 
 
 
10) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de relevante 
40 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Administrativo 
 
interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos 
constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar 
suas atividades. 
Acerca dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta. 
 
A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da entidade 
administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União. 
B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na medida em 
que a criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei. 
C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá contar 
com privilégios fiscais e trabalhistas. 
D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em regra, não 
precisam ser precedidos de licitação. 
 
 
11) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Em uma movimentada rodovia concedida pela União a uma empresa privada, um veículo particular colidiu com 
outro, deixando diversos destroços espalhados pela faixa de rolamento. Um dos objetos deixados sobre a pista 
cortou o pneu de um terceiro automóvel, causando a colisão deste em uma mureta de proteção. 
Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A concessionária deve responder objetivamente pelos danos causados, com fundamento na teoria do risco 
administrativo. 
B) Em nenhuma hipótese a concessionária poderá ser responsabilizada pelo evento danoso. 
C) A concessionária responde pelos danos materiais causados ao terceiro veículo, com fundamento na teoria do 
risco integral, isto é, ficou comprovado que o dano foi causado por culpa exclusiva de terceiro ou por força maior 
D) O proprietário do terceiro automóvel só será reparado pelos danos materiais caso demonstre a culpa da 
concessionária, caracterizada, por exemplo, pela demora excessiva em promover a limpeza da rodovia. 
 
 
12) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Na semana passada, o Ministério Público ajuizou ação em desfavor de Odorico, prefeito do Município Delta, em 
decorrência da prática de ato doloso de improbidade que causou enriquecimento ilícito. Após os devidos trâmites 
processuais, o Juízo de primeiro grau verificou a configuração dos elementos caracterizadores da improbidade, 
incluindo o dolo específico, razão pela qual aplicou as penalidades cominadas na legislação. 
Sobre as penalidades aplicadas ao prefeito Odorico, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É cabível a execução provisória da penalidade de perda da função pública, com seu imediato afastamento do 
cargo. 
B) Poderia ser aplicada a penalidade de suspensão de direitos políticos por prazo superior a quinze anos, em 
razão da presença de dolo específico. 
C) O Juízo de primeiro grau não poderia cumular as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de 
proibição de contratar com a Administração, sob pena de bis in idem. 
D) O Juízo de primeiro grau poderia cumular a determinação de ressarcimento integral ao erário com a aplicação 
da penalidade de multa equivalente ao valor do acréscimo patrimonial. 
 
 
13) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
A Associação Gama é uma instituição religiosa que se dedica à promoção da assistência social e almeja obter 
recursos financeiros junto ao governo federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes 
acreditam que a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – 
OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as peculiaridades relacionadas à 
legislação de regência (Lei nº 9.790/99). Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado junto ao 
Ministério da Justiça. 
B) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de gestão com a 
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 Direito Administrativo 
 
Administração Pública para a transferência de recursos financeiros. 
C) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas não são passíveis 
de tal qualificação. 
D) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos na composição de 
conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP. 
 
 
14) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública 
internacional, mediante oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão disso, a 
Controladoria Geral da União (CGU) instaurou procedimento administrativo para apurar a responsabilização 
administrativa de tal sociedade. Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção), assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Não é possível a responsabilização administrativa da sociedade empresária Espertinha por atos de corrupção 
praticados contra organização pública internacional. 
B) A responsabilização administrativa pela CGU não necessita da caracterização do elemento subjetivo na 
conduta da sociedade empresária Espertinha, pois tal responsabilidade é objetiva. 
C) A aplicação de penalidades administrativas pela CGU depende da responsabilização individual de pessoa 
natural, na figura de sócio

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