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DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL III 
Cinthia Louzada Ferreira Giacomelli 
Penhora
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Listar os principais aspectos da penhora.
  Descrever a penhora de dinheiro, créditos, quotas ou ações de so-
ciedades personificadas.
  Identificar a penhora de empresa ou do seu percentual de faturamento, 
e penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel.
Introdução
Entre as diversas formas de execução previstas no ordenamento jurídico 
brasileiro e regulamentadas pela legislação processual, a mais comum 
é a execução por quantia certa. Nessa hipótese, o credor não pretende 
que o devedor entregue um bem nem que faça ou deixe de fazer algo, 
somente que pague alguma quantia em dinheiro.
Nesse contexto, a penhora é o ato de constrição que tem por fina-
lidade essencial individualizar os bens do patrimônio do devedor a fim 
de que sejam destinados ao pagamento da dívida. A penhora recairá 
sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do valor devido, 
considerando-se também os juros, as custas e os honorários advocatícios, 
e será efetivada com o depósito, quando os bens serão confiados a um 
depositário.
Neste capítulo, você vai ler sobre os principais aspectos da penhora, 
como se procede a penhora de dinheiro, de crédito, cotas ou ações 
empresariais e a penhora de empresa, de percentual de faturamento e 
de frutos e rendimentos.
Principais aspectos da penhora
Uma vez procedente o pedido inicial, o vencedor da demanda judicial poderá 
exigir o cumprimento da sentença por meio do processo de execução; o mesmo 
ocorre com o benefi ciário de um título extrajudicial. 
O processo de execução tem o objetivo de permitir a satisfação do direito. Nessa seara, 
como afirmam Wambier e Talamini (2017, p. 267), a penhora é um meio de execução de 
quantia certa e “[...] pode ser conceituada como o ato executivo que afeta determinado 
bem à execução, permitindo sua ulterior expropriação, e torna os atos de disposição 
do seu proprietário ineficazes em face do processo”. Assim, o processo de execução 
pode ser compreendido como de natureza executiva e impõe medidas coativas que 
não dependem da colaboração do executado.
Disciplinada nos arts. 831 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 
(CPC de 2015), a penhora deve ocorrer sobre tantos bens quantos bastem 
para a quitação da dívida, incluindo juros, custas e honorários advocatícios 
(BRASIL, 2015). No entanto, alguns bens não são passíveis de penhora, ou 
seja, são impenhoráveis. Nos termos do art. 833 do CPC de 2015:
Art. 833 São impenhoráveis:
 I — os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à 
execução;
 II — os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a 
residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as 
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
 III — os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, 
salvo se de elevado valor;
 IV — os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, 
os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem 
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sus-
tento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os 
honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;
 V — os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou 
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
 VI — o seguro de vida;
Penhora2
 VII — os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas 
forem penhoradas;
 VIII — a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que tra-
balhada pela família;
 IX — os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação 
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
 X — a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 
(quarenta) salários-mínimos;
 XI — os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, 
nos termos da lei;
 XII — os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime 
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra (BRASIL, 2015, 
documento on-line).
O art. 833 do CPC de 2015, no entanto, faz algumas ressalvas quanto à 
impenhorabilidade dos bens descritos, de forma que, em síntese, os §§ 1º a 3º 
indicam o seguinte (BRASIL, 2015):
  para a execução de dívida referente ao próprio bem, inclusive aquela 
que deu origem à sua aquisição, não se pode alegar impenhorabilidade;
  a impenhorabilidade dos valores recebidos pelo devedor, assim como 
dos valores constantes de poupança, não pode ser alegada para eximir 
o pagamento de pensão alimentícia; 
  os bens necessários para o exercício da profissão do devedor não são 
considerados impenhoráveis quando estiverem vinculados em garantia a 
negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, 
trabalhista ou previdenciária.
Excluídas essas ressalvas, portanto, os outros bens podem ser penhorados. 
Nesse sentido, os bens penhoráveis seguem uma ordem de preferência, de 
acordo com o art. 835 do CPC de 2015. No entanto, a penhora em dinheiro 
é sempre prioritária, de forma que o juiz poderá alterar a ordem prevista de 
acordo com as especificidades do caso concreto (art. 835, § 1º): 
Art. 835 A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
 I — dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição fi-
nanceira; 
II — títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal 
com cotação em mercado; 
III — títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV — veículos de via terrestre; 
V — bens imóveis; 
3Penhora
VI — bens móveis em geral; 
VII — semoventes; 
VIII — navios e aeronaves; 
IX — ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X — percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI — pedras e metais preciosos; 
XII — direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de 
alienação fiduciária em garantia; 
XIII — outros direitos (BRASIL, 2015, documento on-line).
Comentadas as impenhorabilidades e a ordem de preferência da penhora, 
iremos destacar os principais aspectos do procedimento judicial da penhora. 
Ao promover a execução, o credor poderá indicar, na petição inicial, os bens do 
devedor que pretende penhorar. Caso não haja essa indicação, caberá ao oficial de 
justiça buscar, no acervo patrimonial do devedor, os bens para a satisfação da dívida 
e, em última hipótese, se não houver indicação do credor nem do oficial de justiça 
(porque não localizou bens), o juiz poderá, de ofício ou a requerimento do credor, 
intimar o devedor para que ele indique os bens a serem penhorados. 
Uma vez feita a penhora, serão realizados o registro e o depósito. De acordo 
com o art. 838 do CPC de 2015, a penhora será realizada mediante auto ou 
termo de penhora, com (BRASIL, 2015):
  a indicação de data e local em que foi feita;
  os nomes do credor e do devedor;
  a descrição dos bens penhorados;
  a nomeação do depositário desses bens. 
Para Gonçalves (2017, p. 802), ao depositário cumpre:
[...] a guarda e a preservação dos bens penhorados. O depositário judicial não 
se confunde com o contratual, já que exerce o seu encargo por determinação 
judicial. Não tem, por isso, posse, mas mera detenção do bem. Deve cumprir 
estritamente as determinações judiciais, apresentando a coisa, assim que 
determinado.
Penhora4
Ainda, nos termos do art. 840 do CPC de 2015, na ausência de depositário 
judicial, os bens ficarão em poder do exequente, que assume as mesmas 
responsabilidades (BRASIL, 2015).
Espécies de penhora: parte I
Conforme comentado, a penhora de dinheiro é prioritária. Para facilitar esse 
processo, o art. 854 do CPC de 2015 prevê o que se chama de penhora on-line: 
a requerimento do credor, o juiz está autorizado a requisitar informações e 
determinar a indisponibilidadede ativos do devedor, limitados ao valor da 
execução, que estejam em depósito nas instituições fi nanceiras do País, sem 
prévia comunicação (BRASIL, 2015).
Ao receber a determinação judicial, a instituição financeira verificará se 
existem valores financeiros do executado sob sua gestão; uma vez identificados, 
esses valores serão bloqueados, com consequente informação ao juízo. Como 
comentam Wambier e Talamini (2017, p. 270):
[...] é possível que várias instituições promovam o bloqueio — o que obvia-
mente poderá implicar um bloqueio muito maior do que o valor executado. 
Por isso, no prazo de 24 horas após a resposta das instituições financeiras, o 
juiz determinará, de ofício, o cancelamento de eventual bloqueio excessivo, 
o que deverá ser cumprido também no prazo de 24 horas. 
 Uma vez cumprido o bloqueio do valor referente à execução, o executado 
será intimado. Nos termos do § 3º do art. 854 do CPC de 2015:
Art. 854 [...] 
§ 3º Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:
 I — as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;
 II — ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros 
(BRASIL, 2015, documento on-line).
Acolhidas quaisquer das alegações, o juiz determinará o cancelamento da 
eventual indisponibilidade excessiva, que deve ser cumprida pela instituição 
financeira em 24 horas, de acordo com o § 4º do art. 854 do CPC de 2015 
(BRASIL, 2015). Contudo, rejeitada ou não apresentada qualquer manifestação 
5Penhora
do executado, a indisponibilidade será convertida em penhora. Nessa hipótese, 
não há necessidade de lavratura de termo, de forma que o juiz determinará 
que a instituição financeira transfira o montante então penhorado para uma 
conta judicial (art. 854, § 5º).
Poderá acontecer, ainda, de o devedor realizar o pagamento da dívida por 
outro meio, o que deverá ser comunicado ao juízo, e “o juiz determinará, 
imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do 
sistema financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que, 
em até 24 (vinte e quatro) horas, cancele a indisponibilidade” (art. 854, § 6º). 
Assim, a penhora será tornada sem efeito.
Além de dinheiro, os créditos também poderão ser penhorados, chamado 
de penhora de créditos. De acordo com o art. 856 do CPC de 2015:
Art. 856 A penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota promissó-
ria, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão do documento, 
esteja ou não este em poder do executado.
 § 1º Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será 
este tido como depositário da importância.
 § 2º O terceiro só se exonerará da obrigação depositando em juízo a impor-
tância da dívida.
 § 3º Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que 
este lhe der caracterizará fraude à execução.
 § 4º A requerimento do exequente, o juiz determinará o comparecimento, em 
audiência especialmente designada, do executado e do terceiro, a fim de lhes 
tomar os depoimentos (BRASIL, 2015, documento on-line).
Se a penhora se referir a créditos não contemplados no art. 856 do CPC de 
2015, o procedimento será o descrito no art. 855 do CPC de 2015:
Art. 855 Quando recair em crédito do executado, enquanto não ocorrer a 
hipótese prevista no art. 856, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
 I — ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor;
 II — ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição 
do crédito (BRASIL, 2015, documento on-line).
Assim, a regra da penhora de crédito é que ela se efetiva com a apreensão 
do próprio título, caso contrário, a penhora será efetivada pela intimação ao 
terceiro ou ao executado credor do terceiro.
Penhora6
O art. 860 do CPC de 2015 prevê a penhora no rosto dos autos: trata-se da situação na 
qual o executado está pleiteando em juízo um crédito penhorado; então, averba-se 
com destaque essa penhora, nos autos do processo em que o executado está fazendo 
o pleito para que, caso seja vitorioso, a penhora recaia sobre os créditos que lhe forem 
reconhecidos ou adjudicados (BRASIL, 2015).
Outra espécie de penhora que merece destaque é a penhora de cotas ou 
ações de sociedades personificadas. Trata-se de espécie de penhora que não 
contava com regramento específico na legislação processual de 1973. Como 
comenta Bueno (2016, p. 560): 
[...] a previsão acaba encerrando de vez a discussão existente sob a égide 
daquele Código sobre a viabilidade, ou não, de penhora daqueles bens e, 
principalmente, sobre o procedimento da penhora, observando, como deve 
ser, as vicissitudes do direito material e de cada tipo de sociedade, inclusive 
na perspectiva de subsistência da pessoa jurídica. 
A penhora de cotas ou ações de sociedades personificadas é regulamen-
tada pelos arts. 861 e seguintes do CPC de 2015. De acordo com a previsão 
legal, uma vez realizada a penhora, a sociedade deverá tomar as seguintes 
providências, em prazo não superior a 3 meses:
Art. 861 Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em sociedade simples 
ou empresária, o juiz assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, 
para que a sociedade:
 I — apresente balanço especial, na forma da lei;
 II — ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de 
preferência legal ou contratual;
 III — não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à 
liquidação das quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado, 
em dinheiro (BRASIL, 2015, documento on-line).
7Penhora
Por fim, o referido dispositivo legal indica também que, se não houver 
interesse dos demais sócios no exercício do direito de preferência ou caso 
a liquidação das cotas seja muito onerosa para a sociedade, o juiz poderá 
determinar o leilão judicial (§ 5º) (BRASIL, 2015). 
Espécies de penhora: parte II
A penhora poderá ocorrer também sobre empresa ou percentual de fatura-
mento empresarial. Na primeira hipótese, considerando o princípio do menor 
sacrifício do devedor, busca-se a preservação do empreendimento, de forma 
que a penhora deve ser determinada apenas se não houver outro meio para a 
satisfação do crédito. 
Nessa espécie de penhora, mais do que o depósito dos bens penhorados, a 
administração desses bens ocorrerá por depositário designado pelo juiz. Nos 
termos do art. 862 do CPC de 2015:
Art. 862 Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou 
agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifícios em construção, 
o juiz nomeará administrador-depositário, determinando-lhe que apresente 
em 10 (dez) dias o plano de administração.
 § 1º Ouvidas as partes, o juiz decidirá.
 § 2º É lícito às partes ajustar a forma de administração e escolher o depositário, 
hipótese em que o juiz homologará por despacho a indicação.
 § 3º Em relação aos edifícios em construção sob regime de incorporação 
imobiliária, a penhora somente poderá recair sobre as unidades imobiliárias 
ainda não comercializadas pelo incorporador.
 § 4º Sendo necessário afastar o incorporador da administração da incorpo-
ração, será ela exercida pela comissão de representantes dos adquirentes ou, 
se se tratar de construção financiada, por empresa ou profissional indicado 
pela instituição fornecedora dos recursos para a obra, devendo ser ouvida, 
neste último caso, a comissão de representantes dos adquirentes (BRASIL, 
2015, documento on-line).
Percebemos, portanto, que a forma de administração do empreendimento 
sugerida pelo administrador-depositário será discutida pelas partes e definida 
pelo magistrado. Além disso, as partes, também de comum acordo, poderão 
escolher o depositário. Mais uma vez, essa modalidade de penhora é subsidiária 
devido à sua complexidade e ao alto envolvimento de riscos para as partes.
Penhora8
Da mesma forma, a penhora de percentual de faturamento de empresa é 
uma medida excepcional, devendo ser aplicada apenas se o executado não 
tiver outros bens penhoráveis ou, tendo-os, seforem de difícil alienação ou 
insuficientes para o adimplemento da dívida. Conforme Gonçalves (2017, p. 
798), “[...] a penhora recairá sobre um percentual do faturamento, que deverá 
ser fixado pelo juiz, de forma que propicie a satisfação do exequente em tempo 
razoável, sem comprometer o exercício da atividade empresarial”.
Para que a penhora seja viabilizada, será nomeado um administrador-deposi-
tário, que deverá submeter à aprovação judicial a sua forma de atuação, prestando 
contas mensalmente. Sobre essa espécie de penhora, Wambier e Talamini (2017, p. 
286) comentam que “[...] a penhora do faturamento envolve aspectos problemáticos, 
que exigem atento equacionamento em cada caso concreto”. Os autores alertam que 
a penhora afeta o capital de giro da empresa devedora, acarretando-lhe a quebra, 
por isso, há o entendimento de que somente poderá ser penhorado um percentual 
do faturamento. Da mesma forma, há o risco de a atuação do administrador afetar 
o desenvolvimento dos negócios e da gestão da empresa, daí a necessidade de o 
juiz controlar atentamente as funções desse designado. 
Com relação à penhora de percentual de faturamento de empresa, serão 
observadas, no que couber, as regras referentes à penhora de frutos e rendi-
mentos de coisa móvel e imóvel. Prevista nos arts. 867 e seguintes do CPC 
de 2015, a penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel será 
deferida sempre que o juiz a compreender como a forma mais eficiente para 
o recebimento do crédito e menos gravosa para o devedor (BRASIL, 2015). 
Poderá recair sobre qualquer bem móvel ou imóvel apto a gerar resultados 
econômicos e pode ser determinada de ofício ou a requerimento do exequente.
No que se refere às condições formais dessa espécie de penhora, assim 
prevê o art. 868 do CPC de 2015:
Art. 868 Ordenada a penhora de frutos e rendimentos, o juiz nomeará admi-
nistrador-depositário, que será investido de todos os poderes que concernem 
à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo o 
executado o direito de gozo do bem, até que o exequente seja pago do principal, 
dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
 § 1º A medida terá eficácia em relação a terceiros a partir da publicação da 
decisão que a conceda ou de sua averbação no ofício imobiliário, em caso 
de imóveis.
 § 2º O exequente providenciará a averbação no ofício imobiliário mediante 
a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de 
mandado judicial (BRASIL, 2015, documento on-line).
9Penhora
Na penhora de frutos e rendimentos, também será nomeado um adminis-
trador-depositário, que poderá ser o exequente ou o executado, desde que a 
parte contrária concorde com essa designação. Caso não haja consenso, será 
designado um profissional qualificado para o desempenho da função, que 
deverá prestar contas da administração dos bens, além de receber os frutos e 
rendimentos do bem para entregá-los ao credor. 
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BRASIL. Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da 
União, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406.htm. Acesso em: 11 dez. 2019.
BUENO, C. S. Manual de Direito Processual Civil: volume único. 2. ed. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2016.
GONÇALVES, M. V. R. Direito Processual Civil esquematizado. 8. ed. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2017.
WAMBIER, L. R.; TALAMINI, E. Curso avançado de processo civil: execução. 16. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. v. 3.
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