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Anemias Carenciais Processo de Absorção pelo TGI: Vitamina B12: A vitamina B12 é sintetizada na natureza por microrganismos; os animais adquirem-na ingerindo alimentos de origem animal, pela produção interna das bactérias intestinais (o que não ocorre em seres humanos) ou pela ingestão de alimentos contaminados com bactérias. A vitamina consiste em um pequeno grupo de compostos, as cobalaminas, todas com a mesma estrutura básica, com um átomo de cobalto no centro de um anel corrina ligado a uma porção nucleotídica. A vitamina é encontrada em alimentos de origem animal, como fígado, carnes em geral, peixe e laticínios, mas não ocorre em frutas, cereais e verduras. É absorvida na última parte do intestino delgado (íleo), que se comunica com o intestino grosso. No entanto, para ser absorvida, essa vitamina tem que ser combinada com glicoproteína fator intrínseco (FI), que é sintetizada pelas células parietais gástricas. Participa da síntese de DNA Ácido Fólico: É encontrado em hortaliças, lácteos, aves, carne bovina, frutosdo-mar, frutas, grãos, cereais e oleaginosas (noz, avel). É absorvido por transporte ativo no duodeno ou jejuno. O ácido fólico, quando proveniente de fontes lácteas, apresenta-se conjugado a uma proteína, o que aumenta sua biodisponibilidade e absorção pelo íleo. Os folatos são necessários em várias reações bioquímicas envolvendo transferência de unidades de um carbono, em interconversões de aminoácidos, como na conversão de homocisteína em metionina e na de serina em glicina, bem como na síntese de precursores purínicos de DNA. Ferro: O ferro está presente nos alimentos como hidróxidos férricos, complexos férricoproteicos e complexos heme-proteicos. Tanto o conteúdo de ferro como a proporção absorvida variam de um alimento para outro; em geral, carnes - particularmente fígado - são melhores fontes do que vegetais, ovos e laticínios. Parte do ferro orgânico da dieta é absorvida como heme e parte é transformada em ferro inorgânico no intestino. A absorção ocorre no duodeno. O heme é absorvido, exposto na membrana apical do enterócito duodenal, e então é digerido para liberar ferro. A absorção de ferro inorgânico é favorecida por fatores como ácidos e agentes redutores que mantêm o ferro na luz do intestino na forma Fe2+, em vez de Fe3+. A proteína DMT-1 (transportador divalente de metal I) é envolvida na transferência do ferro do lúmen intestinal pelas microvilosidades dos enterócitos. A ferroportina na superfície basolateral dos enterócitos controla a saída de ferro da célula para o plasma da circulação portal. A quantidade de ferro absorvida é regulada de acordo com as necessidades do organismo por meio de variações nos níveis de DMT- 1 e ferroportina. Ferro e Vitamina B12 na Hematopoiese: Hematopoiese: A hipóxia induz fatores que estimulam a síntese de eritropoietina, a neoformação vascular, a síntese de receptores de transferrina e aumenta a absorção do ferro. O transporte de O2 se da pelas hemácias, por conta da hemoglobina. Vitamina B12 e Ácido Fólico: Participam da proliferação e maturação das linhagens granulocítica e megacariocítica e da síntese de DNA (portanto do processo de divisão celular). A falta destes acarreta na não síntese de DNA do núcleo Ferro: Integra o grupo heme com as globinas, participando ativamente na síntese da hemoglobina e no processo de maturação da linhagem eitroide. Por participar da formação da heme, sem o ferro não formará a hemoglobina e não haverá captação de O2. A deficiência de ferro prejudica a eritropoiese, e então os índices hematimétricos diminuem, e a queda é progressiva com o progresso da anemia. A microscopia, observam-se eritrócitos hipocrômicos e microcíticos, com raras células-alvo e pecilócitos em forma de lápis. A contagem de reticulócitos é baixa em relação ao grau de anemia. Principais causas de Ferropenia: Em países desenvolvidos, a causa dominante é a perda crônica de sangue, sobretudo uterina e no trato gastrintestinal, e a deficiência dietética raramente é a causa única ou predominante. O aumento das necessidades nos lactentes, na adolescência, na gestação, na lactação e nas mulheres nos anos em que menstruam é responsável pelo alto risco de anemia nesses grupos clínicos particulares. Recém-nascidos têm um depósito de ferro derivado da destruição do excesso de eritrócitos (necessário na vida intrauterina), ainda maior no caso de clampeamento tardio do cordão umbilical. Contudo, passados 3 a 6 meses, há tendência a um balanço negativo de ferro devido ao rápido crescimento. A partir do sexto mês, alimentação com leite de fórmula suplementada e alimentação mista, particularmente com alimentos fortificados com ferro, previnem a deficiência de ferro. Na gestação, há maior necessidade de ferro pelo aumento da massa eritroide materna - que pode chegar a 35%, pela transferência de 300 mg de ferro para o feto e pela perda de sangue no parto. Embora a absorção aumente, quase sempre há necessidade de tratamento com ferro se a hemoglobina (Hb) cair abaixo de 10 g/dL ou se o VCM for menor que 82 fl no terceiro trimestre. A menorragia (perda de mais de 80 mL de sangue em cada ciclo) é difícil de ser avaliada clinicamente, embora a eliminação de coágulos, o uso de grande número de absorventes ou tampões e períodos menstruais longos sugiram perda excessiva. A enteropatia induzida por glúten, a gastrectomia parcial ou total (inclusive por cirurgia bariátrica) e a gastrite atrófica (geralmente autoimune e com infecção por Helicobacter pylori) podem desencadear deficiência de ferro. Em países em desenvolvimento, pode ocorrer deficiência de ferro como resultado de uma dieta pobre, consistindo principalmente de cereais e verduras, ao longo de toda a vida. As verminoses (ancilostomose, estrongiloidíase) causam ou agravam a deficiência de ferro, como também podem agravar gestações sucessivas e menorragia em mulheres jovens. Perda crônica de sangue e anemia: A perda contínua de sangue pode levar à anemia. Alguns casos de sangramentos crônicos, como fluxo menstrual irregular e aumentado, sangramento nasal, gástrico e/ou intestinal, hemorroidas, parasitoses intestinais e hematúria (sangue na urina) geram balanço negativo de ferro. Quando a deficiência de ferro está se desenvolvendo, só ocorre anemia quando já há depleção completa dos depósitos reticuloendoteliais de hemossiderina e ferritina. A deficiência de ferro, caracterizada por longos períodos de balanço negativo deste elemento químico, pode levar ao esgotamento das reservas do organismo, dificultando assim a produção de hemácias, ocorrendo então a anemia ferropriva. Neste sentido, a definição de três estágios da deficiência no organismo é reconhecida. A deficiência de ferro pré-latente ou a depleção de ferro, refere-se à redução nas reservas (ferritina sérica) sem redução dos níveis de ferro sérico. A deficiência latente de ferro ocorre quando são exauridas as reservas de ferro, mas o nível de hemoglobina permanece acima do limite inferior do normal. Tal estágio caracteriza- se por algumas alterações bioquímicas no metabolismo de ferro, principalmente a redução da saturação da transferrina, assim como um aumento na capacidade total de ligação de ferro – CTLF. A anemia ferropriva ocorre quando a concentração de hemoglobina no sangue encontra-se abaixo do limite inferior do normal, ocorrendo também produção de eritrócitos microcíticos Anemia Ferropriva: Fisiopatologia: Quadro Clínico: A anemia ferropriva, como já dito, é um tipo de anemia hipoproliferativa caracterizada por ser microcítica e hipocrômica. As manifestações clínicas da anemia ferropriva incluem os sinais e sintomas decorrentes da menor oferta de oxigênio aos sistemas, então a astenia, palidez, taquicardia,cefaleia e menor resistência à realização de exercícios físicos. Juntamente com os sintomas comuns da anemia, na anemia ferropriva podem estar presentes manifestações clínicas resultantes da deficiência acentuada de ferro como a queilose (surgimento de fissuras nos ângulos da boca), o enfraquecimento da unha e a coiloníquia (alteração do formado das unhas dos dedos das mãos que ficam em forma de colher) e pica que consiste em uma perversão do apetite na qual o indivíduo come substâncias sem valor nutricional e que não possuem propósito de alimentação como barro, tijolo ou gelo. A síndrome de Plummer-Vinson ou Paterson-Kelly é uma manifestação menos comum que surge principalmente em mulheres idosas e que consiste no surgimento de uma membrana entre a região de hipofaringe e o esôfago e que pode gerar a queixa de disfagia nessas mulheres. A membrana pode reverter a partir da regulação dos níveis de ferro, mas caso não aconteça e a disfagia permaneça, é indicada remoção endoscópica Exames Laboratoriais: O diagnóstico da anemia ferropriva vai ser resultado da união entre a clínica do paciente e os exames laboratoriais, lembrando a importância de destacar que ambos seguirão a progressão da anemia. O mielograma com pesquisa de ferro medular é considerado o exame padrão-ouro para o diagnóstico de anemia ferropriva. Esse exame que consiste na punção e aspiração de uma amostra da medula óssea que é corada com o corante azul da Prússia e consegue avaliar as reservas orgânicas de ferro da medula. Por ser um exame caro e invasivo, mesmo sendo o padrão-ouro, ele só é indicado para casos especiais nos quais a diferenciação dos tipos de anemia não consegue ser realizada a partir de exames laboratoriais com amostra de sangue periférico. Os achados no hemograma vão incluir uma microcitose (VCM baixo), hemácias em formatos de alvo ou lápis, hematócrito e hemoglobina baixos, RDW (amplitude de distribuição dos globos vermelhos) aumentado representando uma grande diferença de tamanho entre uma e outra. A ferritina sérica é o melhor exame para comprovar deficiência de ferro (no caso de anemia ferropriva, estará baixo, assim como o ferro sérico). Tratamento: A causa subjacente é tratada sempre que possível. Além disso, é administrado ferro para corrigir a anemia e repor os depósitos. O ferro pode ser administrado por via oral ou parenteral • Ferro por via oral: sulfato ferroso, ingerido com estomago vazio a intervalos de pelo menos 6h. O tratamento com ferro oral deve ser mantido durante um período suficiente para corrigir a anemia e repor os depósitos de ferro, o que geralmente significa pelo menos seis meses. A hemoglobina deve subir cerca de 2 g/dL a cada três semanas. Falta de resposta ao ferro por via oral tem várias causas possíveis e todas deverão ser consideradas antes da indicação de ferro por via parenteral. • Ferro por via parenteral: errodextran (Cosmo Fer®) intravenoso pode ser dado como injeção lenta ou infusão, tanto em pequenas doses como em dose total infundida em um dia. Carboximaltose férrica" (Ferinject®), e isomaltosídio férrico (Monofer®) também podem ser administrados em dose total de 1 g, por injeção intravenosa lenta ou infusão. A hidroxi-sucrose férrica" (Venofer®) pode ser administrada por injeção intravenosa lenta, mas prefere- se infusão de, no máximo, 200 mg de ferro por vez. O ferumoxitol (Feraheme®) está licenciado para pacientes com insuficiência renal crônica. Podem ocorrer reações de hipersensibilidade ou anafìlactoides, frequentemente em pacientes que já tiveram reações desses tipos, alergias a múltiplos fármacos e atopia severa. O ferro parenteral deve ser administrado lentamente e só quando houver imperiosa e imediata necessidade de ferro, como em sangramento gastrintestinal, menorragia severa, hemodiálise crônica sob terapia com eritropoetina, e quando o ferro oral se mostrar ineficaz (p. ex., em casos de má absorção por enteropatia induzida por glúten ou gastrite atrófica) ou difícil (como na doença de Crohn) e, quase sistematicamente, em pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica. A resposta hematológica ao ferro por via parenteral não é mais rápida que a resposta à dosagem adequada de ferro por via oral, mas os depósitos são refeitos com mais rapidez Anemia Megaloblástica: Fisiopatologia: Quadro Clínico: Ocorre instalação insidiosa com sintomas e sinais gradativamente progressivos de anemia, O paciente pode ter icterícia leve pelo excesso so catabolismo de hemoglobina devido aumento da eritropoese ineficaz. Glossite, estomatite angular, perda de peso, purpura devido trombocitopenia e hiperpigmentação generalizada; Pode ter manifestações neurológicas na deficiência de VIT B12 (devido a degeneração da bainha de mielina dos neurônios): parestesias, fraqueza muscular e dificuldade de deambulação. Deficiência severa de VIT B12 pode causar neuropatia progressiva, que afeta os nervos sensitivos periféricos e os cordões posterior e lateral da medula espinal. A neuropatia é simétrica e afeta com mais frequências MMII. Exames Laboratoriais: A anemia é macrocítica (VCM > 98 fl e com frequência tão alto quanto 120-140 fl nos casos graves) e os macrócitos são ovais. Se houver concomitância de deficiência de ferro, o VCM pode ser normal. A contagem de reticulócitos é baixa, e as contagens de leucócitos e plaquetas podem estar moderadamente diminuídas, sobretudo em pacientes muito anêmicos. Vários neutrófilos apresentam núcleo hipersegmentado (com seis ou mais lobos). A medula óssea é, em geral, hipercelular, e os eritroblastos (megaloblastos) são grandes e mostram falta de maturação, mantendo aspecto de cromatina frouxa, primitiva, mas hemoglobinização normal. Metamielócitos gigantes e com forma anormal são característicos. A bilirrubina sérica não conjugada (bilirrubina indireta) e a desidrogenase láctica estão aumentadas, devido à destruição de células na medula óssea (hematopoese ineficaz). Tratamento: A maioria dos casos necessita somente de tratamento com a vitamina apropriada. Doses terapêuticas de ácido fálico (p. ex., 5 mg/ dia) dadas a um paciente com deficiência de B12 provocam resposta terapêuticas da anemia, porém podem agravar a neuropatia. Não devem ser prescritas isoladamente, salvo se a deficiência de B12 tiver sido excluída com segurança. Em pacientes com anemia grave que necessitam de tratamento urgente, pode ser mais seguro iniciar o tratamento com ambas as vitaminas, mas depois da coleta de sangue para as dosagens de B12 e de folato. O tratamento com B12 oral pode ser utilizado; em hemofílicos sempre deve ser preferido, mas inicialmente é difícil suprir as reservas. Altas doses orais diárias são necessárias para garantir absorção o suficiente e para contornar a falta de adesão com o tratamento a longo prazo. O tratamento oral pode ser preferível para pacientes com graus leves de deficiência (p. ex., os que têm má absorção da B12 dos alimentos). Em idosos, a presença de insuficiência cardíaca deve ser controlada com diuréticos. Transfusões de sangue devem ser evitadas, se possível, pois podem causar sobrecarga circulatória. Anemia Por Má Absorção: Anemia de Doença Crônica: É definida pela presença de uma doença crônica, infecciosa (fúngicas, bacterianas e virais), inflamatória ou neoplásica, anemia e hipoferremia, apesar de abundante quantidade de ferro nos macrófagos. Sua gravidade está muitas vezes relacionada ao grau de infecção A anemia é normocítica e normocrômica ou hiprocrômicas, podendo ainda ocorrer hipocromia e microcitose em 20 a 30% dos pacientes com doença crônica. Na patogênese da anemia de doença crônica atuam pelo menos três mecanismos: alterações na eritropoese, diminuição da sobrevida das hemácias e resposta inadequadada medula à hemólise A anemia é corrigida se houver sucesso no tratamento da doença basal e não responde ao tratamento com ferro. RESUMINHO: Perfil Bioquímico do Ferro: Ferro na Medula Óssea: O exame da medula óssea para avaliar os depósitos de ferro não é feito rotineiramente, exceto em casos complexos. Na anemia ferropênica, há ausência de ferro depositado nos macrófagos e também nos eritroblastos em desenvolvimento. Os eritroblastos são pequenos e têm falhas no citoplasma. Ferritina Sérica: Uma pequena fração da ferritina circula no plasma, e sua concentração, dosada no soro, é relacionada com os depósitos de ferro dos tecidos, sobretudo o reticuloendotelial. Na anemia por deficiência de ferro, a ferritina sérica é muito baixa; um aumento da ferritina indica sobrecarga de ferro, Iiberação excessiva de ferritina de tecidos lesados ou uma resposta de fase aguda (p. ex., na inflamação). Na anemia de doença crônica, a ferritina sérica é normal ou alta. Proteína de armazenamento do ferro, seus níveis séricos estão em equilíbrio com os teciduais – aumentada nas anemias por doenças inflamatórias e diminuída na anemia ferropriva –. Ferretina baixa → cinética do ferro está com problema, uma vez que ela é o armazenamento, se tem pouco ferro na corrente sanguínea libera o que tem na corrente. No caso, de uma anemia será a primeira a se alterar, seguido dos transportadores → sequência da anemia ferropriva. Reflete o tamanho das reservas de ferro do corpo. É a principal proteína que armazena esses metal nas células. Sua determinação serve para diagnosticar e controlar as deficiências e sobrecargas de ferro. A concentração da ferritina plasmática declina bem antes de alterações observáveis da hemoglobina sanguínea, na alteração morfológica dos eritrócitos, na diminuição da concentração de ferro sérico ou dos sinais clínicos da anemia. Assim, a medida da ferritina sérica é um indicador muito sensível da deficiência de ferro quando não acompanhada de outra doença concomitante. Aumento da Ferritina: a. Aumento das reservas de ferro b. Infecções crônicas; desordens inflamatórias crônicas, como artrite reumatóide ou enfermidade renal; em várias doenças malignas, especialmente linfomas, leucemias, carcinoma de seios e de ovários e neuroblastoma. c. Hepatite viral ou lesão hepática tóxica, como resultado da liberação de ferritina dos hepatócitos lesados. d. Hemocromatose após transfusão e reposição aguda de ferro. Capacidade Total de Saturação de Ferro (TIBC): A capacidade latente de ligação de ferro (CLFe ou UIBC) mede a quantidade de Transferrina plasmática se toda ela estivesse saturada de ferro. Cada molécula de Transferrina é capaz de transportar 2 átomos de íons Fe3+ e em condições fisiológicas a Transferrina encontra-se em torno de 30% saturada. Para determinar a Capacidade Ligadora de Ferro (CLFe) à molécula da Transferrina, incuba-se o soro em teste com um Padrão de Ferro. Este Ferro irá saturar o sítios disponíveis da Transferrina e o excesso de Ferro (não ligado) será dosado através de ensaio colorimétrico, indicando a CLF. O TBIC é a capacidade de ligação que a transferrina tem do ferro se ligar nela. A TIBC sérica varia nas desordens do metabolismo do ferro. Está muitas vezes aumentada na deficiência de ferro e reduzida nas desordens inflamatórias crônicas ou doenças malignas e, também, na hemocromatose. TIBC normalmente aumenta em resposta ao decréscimo de ferro sérico, enquanto que ele é usualmente normal nos distúrbios inflamatórios crônicos. POUCO FERRO → ALTO TIBC → ALTA TRANSFERRINA → BAIXA SATURAÇÃO → tem pouco ferro, vai o transportador vai se ligar com todos os ferros e o “caminhão” não vai cheio Saturação de Transferrina: A transferrina é a proteína de transporte do ferro do seu sitio de absorção no nível intestinal ou nos sítios de catabolismo da hemoglobina para os precursores de células vermelhas na medula óssea ou para os sítios de estocagem de ferro no sistema reticuloendotelial na medula óssea, fígado e baço. Apresenta tempo de meia vida de 7 dias e saturação de 30% de ferro. Pode estar dentro do valor de referência, entretanto, pode ter mais transportados e menos armazenamento. Quando as reservas de ferro estão baixas, os níveis de transferrina se elevam, e vice-versa. Reduzida em processos inflamatórios infecciosos. Dentro do organismo a transferrina é a forma de transporte, mas não consegue encher completamente sua capacidade e sim apenas 30%. Ou seja, a transferrina só carrega 30% de ferro, isto é, ela só satura 1/3 da sua capacidade dentro do organismo. Laboratorialmente é bacana, pois só pode saber o quanto a mais pode saturar nela ou não. Se percebe que está aumentado a transferrina ou diminuindo pode ver quanto tenho a mais ou a menos de ferro. Se estiver diminuindo a quantidade de ferro no meu organismo → o fígado começa a fazer um feedback → assim produzindo mais transferrina para conseguir aumentar o transporte de ferro. Saturação grande → muito ferro = pouca transferrina (transferrina está muito saturada). Saturação pequena → pouco ferro = muita transferrina (transferrina está pouco saturada). A anemia vem quando tenho uma diminuição de ferro de absorção → mas o organismo que tem reserva 1º vai pegar para tentar compensar → se pego a reserva vou diminuir o que está ligado na ferritina → aumentando a transferrina para tentar distribuir isso melhor → como consequência, o ferro que satura apenas 3 aquela transferrina, agora vai ter apenas 1 ou 2 → laboratório vai ser possível ver o quanto de ferro se ligou na transferrina Ferro Sérico: O nível sérico de ferro reflete o Fe3+ ligado à TRANSFERRINA. Valores de normalidade – 50 a 170 ug/dL. Sozinho pode me direcionar se está abaixo do valor de referência, mas em caso de suspeita de anemia ferropriva ele sozinho normal pode enganar. Pouco sensível, mas importante para o cálculo da saturação da transferrina. Referências Bibliográficas: 1. Fundamentos em hematologia. 6a.ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 2. Doenças que alteram os exames hematológicos. 2ª.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. 3. https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340017780Anemi as.pdf. 4. Supermaterial SanarFlix: Anemia Ferropriva 5. Resumo SanarFlix: Anemia Megaloblástica https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340017780Anemi%20as.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340017780Anemi%20as.pdf
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