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Facilitacao Neuromuscular Propioceptiva (FNP)

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FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP)
Conceito
	- método de tratamento fisioterapêutico que consiste em movimentos em diagonais e espirais
	- consiste em ativar proprioceptores nas articulações tendões e músculos
Objetivo
	- facilitar, fortalecer e ganhar controle e coordenação de movimentos
	- adquirir função motora e equilíbrio
	- trabalha padrões de escápula e pelve
	- análise comportamental e biomecânica do controle motor
	- atividade de repetição para retenção funcional e aprendizagem motora
	- progressão de comportamento motor
	- reabilitação neurológica (AVC)
História
	- 1940: Dr. Herman Kabat
- facilitação prorpioceptiva
- desenvolveu um método de tratamento de resistência manual
	- 1954: Dorohy Voss
- neuromuscular
- cada paciente possui um potencial não explorado de flexibilidade, coordenação, força e estabilidade.	
Procedimentos básicos e técnicas específicas
- adquirir funções por meio de movimentos tridimensionais como rolar, sentar, ajoelhar e engatinhar. 
- avaliação e tratamento de disfunções neuromuscular
- criar e recriar estratégias de movimentos funcionais dentro da AVD dos pacientes
- retroalimentação (feedback) sensorial
- aumentar o envio de informações para o sistema nervoso
- técnicas de tratamento isométricos desde que sejam permitidos para o paciente
Técnicas de alongamento ativo ou facilitado
- realiza o relaxamento muscular
- Condutas:
	- manter-relaxar
	- contrair- relaxar
	- contrair agonista e manter- relaxar
	- contrair agonista com inibição do órgão tendinoso de golgi
- Antes de iniciar os procedimentos:
	- avaliar a amplitude cinético funcional com o goniômetro
	- determinar o grau de restrição
Procedimentos
	• Contato manual realizado sobre os grupos de músculos agonistas ou inserções tendíneas.
	• Resistência máxima ajustada ao paciente no decorrer da técnica.
	• Alongamento sem restrições.
	• Cadência de contrações musculares normais.
	• Comandos verbais para facilitar a resposta motora.
	• Pista visual para aumentar a percepção neural.
	• Irradiação e reforço para aumentar a facilitação.
Técnicas Respiratórias 
São intervenções fundamentais para a prevenção ou tratamento abrangente de comprometimentos ligados a distúrbios pulmonares agudos ou crônicos. 
	- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ou fibrose cística,
	- pacientes com lesão medular alta,
	- pacientes submetidos a cirurgia torácica ou abdominal com risco de complicações pulmonares agudas
	- pacientes que precisam permanecer no leito por um período extenso de tempo.
Exercícios:
	- respiração diafragmática,
	- respiração segmentar,
	- treino de resistência inspiratória,
	- espirometria de incentivo
	- técnicas respiratórias para o alívio da dispneia de esforço.
	Os exercícios respiratórios ou treino dos músculos respiratórios podem afetar e alterar a frequência e profundidade da ventilação do paciente, essas intervenções podem não ter necessariamente qualquer impacto nas trocas gasosas no nível alveolar ou na oxigenação.
 	Os exercícios respiratórios ou o treino ventilatório devem ser apenas um aspecto do tratamento para melhora do estado pulmonar e aumento da resistência geral e função do paciente durante as atividades diárias.
Tratamento: 
Dependendo da patologia de base do paciente e de seus comprometimentos, os exercícios para melhorar a ventilação são, em geral, combinados com medicamentos, limpeza das vias aéreas, uso de dispositivos de terapia respiratória e um programa de exercícios graduados.
Orientações
	1- Local tranquilo para instrução, no qual você possa interagir com o paciente tendo o mínimo de distração.
	2- Explicar ao paciente as metas e a base teórica dos exercícios respiratórios ou treinamento de ventilação de forma específica para seus comprometimentos e limitações funcionais particulares.
	3- Fazer o paciente assumir uma posição confortável e relaxada com roupas que não restrinjam os movimentos. Inicialmente, é desejável uma posição semi-Flower com a cabeça e o tronco elevados a aproximadamente 45graus.
	- Apoiar a cabeça e o tronco, flexionar os quadris e joelhos e apoiar as pernas com um travesseiro para que os músculos abdominais permaneçam relaxados. Outras posições: decúbito dorsal, sentado ou em pé, usadas inicialmente ou quando o paciente progredir durante o tratamento.
	4- Observar e avaliar o padrão de respiração espontânea do paciente em repouso e, mais tarde, com a atividade.
	5- Determinar se o treinamento ventilatório é indicado.
	6- Estabelecer uma linha basal para avaliar as mudanças, progresso e resultados da intervenção.
	7- Ensinar o paciente técnicas de relaxamento. Relaxar os músculos superiores do tórax, pescoço e ombros para minimizar o uso dos músculos acessórios da ventilação. Atenção particular ao relaxamento dos músculos esternocleidomastóideo, trapézio sup. e levantador da escápula.
	8- Dependendo da patologia de base do paciente e seus comprometimentos, determinar se a ênfase deve ser na fase inspiratória ou expiratória da ventilação.
	9- Demonstrar para o paciente o padrão ventilatório desejado.
	10- Fazer o paciente praticar o padrão respiratório correto em diferentes posições, em repouso e em atividade.
Técnicas de Deglutição 
	Objetivo:
- tratamento de alterações de deglutição (disfagias orofaríngeas)
- reabilitação ou adaptação das condições para manter a segura ingestão alimentar, ou da própria deglutição da saliva (com manobras, exercícios e/ou treino utilizando diferentes alimentos e de diferentes consistências).
	Indicação:
	- tratamento de disfagia orofaríngea de origem neurológica ou mecânica (AVC)
	- tumores de cabeça e pescoço
	- traumatismos cranioencefálicos (TCE)
	- neuropatias
	- pós intubação endotraqueal prolongada
	- idoso
- pacientes com uso de sonda nasoenteral e/ou que possuem traqueostomia e não podem receber quaisquer alimentos por via oral
- pacientes com quadros de engasgos esporádicos, com risco de broncoaspiração (entrada do alimento ou da saliva nas vias aéreas inferiores podendo chegar aos pulmões.)
OBS: Vale lembrar que essas técnicas devem ser utilizadas e aplicadas em conjunto com o profissional da fonoaudiologia. 
Coordenação Motora
- capacidade que o corpo tem de desenvolver um movimento
	Coordenação motora grossa: uso de grandes grupos musculares e o desenvolvimento de habilidades como correr, pular, chutar, subir e descer escadas.
- O déficit nessas habilidades, principalmente por parte de crianças, podem ser causados distúrbios motores e psicológicos mais tardios.
	 Coordenação motora fina: verifica-se o uso de músculos pequenos, como os intrínsecos e extrínsecos das mãos e dos pés. Ao desenhar, pintar ou manusear objetos pequenos
Relaxamento
	Indicação:
	- aliviar ou reduzir a dor, a tensão muscular, a ansiedade ou o estresse e os comprometimentos físicos associados, como cefaleias por tensão, hipertensão arterial e dificuldades respiratórias.
	Abordagens:
	• Treinamento autógeno: relaxamento consciente por meio de autossugestão e progressão dos exercícios, assim como meditação.
	• Relaxamento progressivo: progressão sistemática, de distal para proxi- mal, de contrações e relaxamentos voluntários dos músculos. Às vezes, é incorporada às orientações para o parto.
	• Conscientização pelo movimento: combina conscientização sensorial, movimentos dos membros e do tronco, respiração profunda, procedimentos de relaxa- mento consciente e automassagem para alterar desequilíbrios musculares e alinhamento postural anormal para aliviar a tensão muscular e a dor.
	Sequência para o relaxamento progressivo
	• Posicione o paciente em uma área quieta, em posição confortável e certifique-se de que roupas apertadas sejam afrouxadas.
	• Faça o paciente inspirar de maneira profunda e relaxada.
	• Peça a ele para contrair voluntariamente a musculatura distal das mãos ou dos pés du- rante vários segundos (5a 7) e depois relaxar conscientemente esses músculos por 20 a 30 segundos.
	• Sugira que o paciente identifique uma sensação de peso nas mãos ou nos pés e uma sensação de aquecimento nos músculos que acabaram de relaxar.
	• Progrida para uma área mais proximal do corpo e faça o paciente contrair e relaxar ativa- mente a musculatura mais proximal. Por fim, faça o paciente contrair e relaxar isometricamente todo o membro.
	• Sugira que o paciente identifique uma sensação de relaxamento e calor no corpo
	Indicadores de relaxamento
1- Tensão muscular diminuída.
2- Diminuição na frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial.
3-Aumento da temperatura da pele nos membros, associada com vasodilatação.
4- Constrição das pupilas.
5- Pouco ou nenhum movimento do corpo.
6- Olhos fechados e expressão facial neutra.
7- Mandíbulas e mãos relaxadas com as palmas abertas.
8- Diminuição da distração.
Calor
	O aquecimento pré-alongamento é comum na reabilitação e no preparo físico.
Benefícios: 
- quantidade de força necessária e o tempo de aplicação da força de alongamento.
- diminuição na taxa de disparo dos eferentes do tipo II dos fusos musculares
- um aumento na sensibilidade dos órgãos tendinosos de Golgi, o que aumenta sua possibilidade de disparar.
- os tecidos relaxam e alongam-se mais facilmente, o alongamento está associado com menos defesa muscular e é mais confortável para o paciente.
- o aquecimento antes do exercício reduz a dor muscular pós- exercício e o risco de lesão dos tecidos moles.
Massagem
- Benefícios:
- melhora a recuperação após uma atividade física
- aumenta a circulação para os músculos
- diminui espasmos musculares
- mobilização dos tecidos moles
- relaxamento e o aumento da mobilidade de tecidos conjuntivos aderentes ou encurtados, como fáscias, tendões e ligamentos.
- Containdicações: os tumores benignos ou malignos; distúrbios circulatórios; doenças da pele (eczema, acne, furúnculos, por exemplo), hiperestesia da pele; gravidez (nas massagens abdominais mais profundas); processos infecciosos; fragilidade capilar.
- Deslizamento superficial: movimentos leves, suaves e rítmicos deslizantes em grandes superfícies; A pressão deve ser quase imperceptível e uniforme. Direção das manobras indiferente com pressão exercida é insuficiente para afetar a circulação. Efeito via reflexa com sedação neuromuscular. Na circulação periférica, há vasodilatação capilar por liberação de substâncias vasoativas e diminuição na excitabilidade das terminações nervosas livres e auxilia na regeneração da pele.
Deslizamento profundo: movimento exercido com pressão suficiente para causar efeitos mecânicos e reflexos. A pressão não deve ser excessiva para não criar um mecanismo reflexo de defesa. É indispensável que o grupo muscular a ser submetido ao deslizamento profundo esteja relaxado e que seja observado o sentido da drenagem venosa e linfática. Os seus efeitos devem-se mais à ação mecânica, favorecendo o esvaziamento venoso e linfático. A técnica atua fundamentalmente sobre a pele e o tecido celular subcutâneo, melhorando as condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tissulares.
- Amassamento: mobilização do tecido muscular. O músculo sofre compressões alternadamente no sentido da disposição de suas fibras. A pressão exercida no amassamento é intermitente; deve-se evitar o pinçamento da pele e dos tecidos superficiais. O seu principal efeito é mecânico, melhorando as condições circulatórias da musculatura, liberando as aderências, eliminando os resíduos metabólicos e aumentando a sua nutrição.
- Percussão: os tecidos são submetidos a golpes manuais com certa frequência, utilizando-se a borda ulnar, a mão espalmada ou fechada. Auxilia a drenagem postural por liberação de secreções (tapotagem) e, em menor grau, aumenta a circulação capilar superficial.

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