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VT Conciliação, mediação e arbitragem

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VT – CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM MEIOS ADEQUEDOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
DISCENTE: 
TURMA: 9º PERÍODO N1
PRÁTICAS RESTAURATIVAS
01) O QUE SÃO AS PRÁTICAS RESTAURATIVAS E OS SEUS PRINCÍPIOS (DISCORRA SOBRE DOIS)? 
02) COMO FUNCIONA A PRÁTICA DOS CIRCULOS RESTAURATIVOS E QUEM SÃO AS PARTES ENVOLVIDAS?
RESPOSTAS
01) As práticas restaurativas são medidas estimuladas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para uma implementação da Justiça Restaurativa no âmbito do poder Judiciário. Visando uma adequação às novas realidades observadas no âmbito jurídico internacional, como exposto na resolução 2002/121 da ONU, o CNJ através da Resolução 225/2016 buscou fornecer aos processos criminais, práticas que alternem a primazia estatal em punibilizar o agente que comete a conduta delitiva através de medidas que procurem a diminuição do impacto dos conflitos e das violências presentes na relação vítima e agente. A forma de ação do Direito Penal Brasileiro se dá para que a intervenção estatal previna que outros indivíduos se sintam tentados a cometer aquela conduta delitiva e para que haja a partir da pena, haja a consumação reprobatória daquele ato, enquanto as práticas restaurativas têm outro enfoque, o fornecimento para todos os elementos presentes na relação de, além de uma resolução mais célere e adequada, fornecer também uma maior adequação na prestação de serviços para que o agente ofensor possa reparar ou diminuir o dano causado. As práticas restaurativas estão muito ligadas à reparação do dano em si, buscando uma aproximação de medidas que possam reduzir o impacto sofrido pela vítima. Como mencionado anteriormente o objetivo das práticas restaurativas contribui de certo modo para uma reparação dos danos causados pelo agente e acaba contribuindo também de certa forma para uma restauração de vínculos através da promoção de responsabilizações ainda que não sejam esses os objetivos principais da Justiça Restaurativa. As práticas restaurativas são regidas princípios como a confidencialidade, imparcialidade, voluntariedade, informalidade, gratuidade, celeridade, urbanidade e empoderamento. A confidencialidade é o princípio que defende não haja vazamento das informações prestadas e partilhadas durante a execução da prática restaurativa possibilitando que as partes se sintam mais seguras e menos expostas para que se obtenha um melhor caminho na resolução dos conflitos. O princípio da imparcialidade baliza que o facilitador não tome partido para qualquer um dos lados, se abstendo de suas convicções e pensamentos íntimos para conduzir a prática numa solução que seja o mais equânime para ambas as partes.
02) O círculo restaurativo está no rol de práticas restaurativas adotado pelo Conselho Nacional de Justiça e nessa metodologia de restauração há um encontro entre as os sujeitos envolvidos na relação resultante do conflito, realizados circularmente envolvendo o autor do conflito, a vítima, o coordenador e a comunidade nos casos em que foram possíveis e necessários. Neste tipo de prática o facilitador/coordenador procura que haja uma compreensão entre as partes norteados pela auto responsabilização e pela busca de acordo entre os participantes. Ele deve estimular durante o encontro que haja o dialogo entre as partes, iniciando através de uma recepção acolhedora e instaladora para que se sintam mais à vontade, deste modo, de maneira informal se inicia a prática do círculo restaurativo. O coordenador regido pelos princípios supra mencionados, estimula que haja uma compreensão mútua entre o agente x vítima, possibilitando que cada um relate o fato de seu ponto de vista, e as consequências para cada um, originada pela atitude do ofensor. Há também um enfoque nas necessidades das partes, procurando o coordenador adequar uma solução a aquilo que seja mais propício para ambos. Ao término da prática o coordenador organiza junto das partes um plano de ações, chamado de Acordo, de maneira a positivar o resultado daquele encontro. Posteriormente a confecção do acordo e findado o prazo estipulado para o cumprimento do plano de ações, é realizado um novo encontro para que seja levantado com relação ao cumprimento daquilo que fora acordado e se as medidas tomadas satisfizeram as necessidades de reparação entre os entes. As partes envolvidas são o autor (aquele que praticou o fato danoso), o receptor (aquele que recebeu o fato danoso de forma direta ou indireta), o coordenador (responsável por conduzir toda a prática restaurativa entre as partes) e a comunidade ( aqueles que pertencem a comunidade e tenham sido atingidos de certo modo pelo fato danoso).

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