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7- Transtorno de ansiedade Ansiedade Sensação de desconforto mental, de inquietação interna, de temor ou preocupação quanto ao futuro, acompanhada de sensações corporais (tontura, secura na boca, sensação de vazio no estômago, aperto no peito e etc...). Surge diante da possibilidade de ameaça Benéfica ou prejudicial, dependendo da circunstância ou intensidade... Ansiedade: pode ser natural em uma fase da vida Chamada de patológica quando prejudica o funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal) o Sofrimento Significativo E/Ou oDisfunção Funcional E/Ou o Perda Da Liberdade Sintomas de ansiedade Medo Apreensão Sensação Ameaça Hipervigilância Tensão Muscular Palpitações Elevação Da Frequência Cardíaca Elevação Pressão Aperto Peito Sudorese Tremores Dispneia, Sufocação Sintomas mais comuns Primeira abordagem Avaliar se ansiedade antecede ou sucede doença clínica É efeito colateral de um medicamento? Pode ser abstinência? Diagnóstico diferencial Cardiológico Angina Arritmia ICC IAM Intoxicação por substâncias com ação psicoativa: Cafeína Canabis Cocaína Abstinência de substâncias Álcool Benzodiazepínicos Cocaína Doenças endócrinas Cushing Hipoglicemia Doenças da tireoide e paratireoide Menopausa Feocromocitoma Doenças pulmonares ASMA DPOC Embolia pulmonar COVID Medicações Drogas anticolinérgicas Broncodilatadores Corticóides Remédios para gripe Estimulantes Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) - início ou “desmame” Exames complementares Solicitar nos casos em que a clínica é compatível com o diagnóstico diferencial… oGlicemia o TSH (T4 livre) oUrina: toxicológico (em casos indicados) o ECG se sintomas cardiovasculares compatíveis Transtornos de ansiedade T. Ansiedade Generalizada T. de Ajustamento com sintomas Ansiosos T. de Pânico T. Estresse Pós Traumático Fobia social Fobia específica Transtorno Obsessivo Compulsivo Prevalência doenças psiquiátricas São Paulo - prevalência ao longo da vida: oDependência nicotina: 25% o Episódio depressivo: 17% o Fobias: 8% o T. Somatoforme: 6% oAbuso/dependência álcool: 6% oDistimia: 4% o T. Ansiedade Generalizada: 4% o Psicoses: 2% o Pânico: 1,6% oBulimia: 1,5% oAbuso/dependência drogas: 1% o T. Bipolar: 1% Transtorno de ansiedade generalizada Ansiedade, preocupação ou expectativa apreensiva EXCESSIVAS com assuntos DIVERSOS (e.g., desempenho escolar / profissional, família) que a pessoa considera DIFÍCIL CONTROLAR percebido pelos outros como alguém tenso, nervoso ou excessivamente preocupado Crônica (6 MESES) intensa e excessiva, com dificuldade para controle Sinais e sintomas: Inquietação, fatigabilidade, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono Tremores, mãos frias, boca seca, sudorese, diarreia, aumento frequência urinária, náuseas, dificuldade engolir, falta ar Diagnóstico diferencial: Lembrar de doenças sistêmicas de sintomas contínuos Tratamento Atividade física e outros trabalhos de consciência corporal e controle mental (ex. relaxamento, yoga, meditação/mindfulness) Terapia Medicamentos oAntidepressivos (ex. ISRS – sertralina, fluoxetina) são superiores aos benzodiazepínicos após 6-8 semanas oBenzodiazepínicos (BZD) “ansiolíticos” Ação rápida e eficaz Risco de abuso, dependência e tolerância Prejuízo cognitivo e amnésia anterógrada Preferência aos BZDs de meia vida longa (ex. clonazepam, alprazolam, lorazepam) Retirada gradual Se usar, use com prazo determinado Transtorno do pânico e agorafobia Transtorno do pânico Episódios de intensa ansiedade paroxística breves (cerca de 10 minutos) e recorrentes Crises ou "ataques de pânico“: geralmente de forma espontânea, mas podem originar-se a partir de situação angustiante ou de difícil saída Sensação de ataque cardíaco, medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de ter nova crise Despersonalização: sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio Desrealização: alteração na experiência do mundo, de modo que este parece estranho ou irreal Agorafobia Angústia, desconforto, gerando esquiva de locais em que a saída é difícil. Se for de lugar fechado é Claustrofobia Exemplos: o Filas o Trânsito oMetrô o Elevadores o Locais muito abertos como planícies Epidemiologia Transtorno de pânico com agorofobia – 3% Agorofobia sem transtorno de pânico – 5% Crises de pânico isoladas – 10% Mulheres >> homens adulto jovem e adulto Causas A ocorrência de crises de pânico parece depender de limiar biológico que está sujeito a fatores genéticos, cognitivos e ambientais ligados ao estilo de vida, como: oNível de Estresse Psicossocial oUso e abuso de cafeína e outros psicoestimulantes oMedicamentos Anorexígenos o Episódios repetidos de abstinência de álcool. A primeira crise pode ser decorrente de um estímulo ameaçador externo Porém, pode ocorrer processo de sensibilização de estruturas que levem ao transtorno de pânico Riscos clínicos Risco real de saúde a longo prazo Aumento de risco de morte por causas cardiovasculares (Até 4x OR) Tratamento Objetivos: oReduzir a gravidade e a frequência dos ataques de pânico oRedução do comportamento evitativo oControle da ansiedade antecipatória oCorreção das distorções cognitivas o Tratamento de comorbidades psiquiátricas o Excluir causas orgânicas Medicamentos o 1. Antidepressivos : praticamente todos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina ISRS (ex. fluoxetina, sertralina): melhor tolerabilidade Maior sensibilidade aos efeitos colaterais Iniciar em doses baixas o 2. Benzodiazepínicos Alprazolam e clonazepan: alívio rápido Problema adicional: doses altas, risco de abuso/dependência Uso APENAS nas primeiras semanas Terapias o Psicodinâmicas o Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Meta-analises: 60 – 70 % de melhora com TCC Educação quanto à natureza do ataque Correção dos pensamentos disfuncionais Técnicas de relaxamento Exposição interoceptiva: exposição as sensações corporais que lembrem o ataque Tratamento medicamentoso e terapias isoladamente ou em conjunto (efeito sinérgico) Resposta satisfatória em até 80% dos casos. Em geral o curso é crônico com algumas recidivas. Bom prognóstico Resumindo: Respirar lentamente pode reduzir os sintomas físicos de ansiedade o Inspire por 3 segundos e expire por 3 segundos; dê uma pausa de 3 segundos antes de respirar novamente o Pratique 10 minutos de manhã ou à noite (5 minutos é melhor do que nada) oUse antes e durante as situações que dão ansiedade oConfira regularmente e desacelere a respiração durante o dia Fobias Medo persistente e irracional → à necessidade incontrolável de se ESQUIVAR do que gera o medo Diante da perspectiva da necessidade de confronto vem ANSIEDADE ANTECIPATÓRIA. Fobia social Medo persistente e exagerado em uma ou mais situações sociais Crença de que será humilhada ou irá se embaraçar A exposição → resposta ansiosa, que pode assumir a forma de um ataque de pânico Reconhece que o medo é excessivo ou irracional Sofrimento ou prejuízo funcional significativos Situações sociais frequentemente temidas o Falar, comer e fazer coisas em público o Escrever na frente dos outros oUrinar em banheiros públicos, etc Pode acontecer em vários contextos ou em situações especificas de performance (ex. falar em público) Tratamento Casos mais leves ou restritos a poucas situações sociais: o TCC: exposição o ß-bloqueadores (ex. propranolol) nas situações de exposição podem ser úteis. Casos graves e refratários oAssociar uso regular de antidepressivos (ex. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina - ISRS) Fobias específicas Medo acentuado e persistente,excessivo ou irracional, revelado pela presença ou antecipação de um objeto ou situação fóbica específica A exposição provoca resposta ansiosa, que pode assumir a forma de um ataque de pânico Reconhece que o medo é excessivo ou irracional Sofrimento ou prejuízo funcional significativos Tratamento Terapia Cognitivo Comportamental - TCC: oBaseia-se em exposição gradual ao objeto fobicogênico o Lista hierárquica o Exposição item a item com quantificação do nível de ansiedade o Técnicas de relaxamento o Próximo item quando ansiedade = 0 o Lições de casa Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) Obsessões E/Ou Compulsão Reconhecimento que é excessivo e irracional Sofrimento e prejuízo Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) Exposição envolvendo vivência, testemunho ou confronto com um Evento Traumático, vivenciados com intenso MEDO, impotência e horror. oRevivência o Esquiva evitativa o Excitabilidade
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