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Jornal LUPA - n.6

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JORNAL
Periódico Pedagógico para estudantes do
Ensino Fundamental Anos Finais
e Ensino Médio.
ED
IC
AO
 n
º 0
6.
 A
go
st
o 
20
22
CAPA: Vida eterna? 
Legathum quer 
eternizar pessoas 
no metaverso. Pag 8
Biomas mais 
desmatados
Pag 12
Já começou o Censo 
2022 em todo o país; 
recenseadores visitarão 75 
milhões de domicílios. Pag 6
Os impactos da 
alimentação para o 
meio ambiente.
Pag 4
EXPED IENTE
2 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
O que você entende quando alguém 
fala em exercer a cidadania? Para 
muitos, essa expressão tão utiliza-
da, está ligada à participação em 
programas sociais, ao engajamen-
to às causas que lutam por direitos 
que não estão sendo respeitados, a 
processos burocráticos, etc. De modo 
geral, a ideia é a de que o exercício da 
cidadania dá trabalho.
Acordar, tomar café, ir para o trabalho, cui-
dar das crianças, estudar, encontrar os ami-
gos, namorar, comparecer a eventos sociais, 
cuidar do corpo, e outras tantas atividades 
que compõem o dia a dia parece mais que 
bastante nesses tempos corridos.
É mais fácil se queixar dos políticos, 
culpar a má qualidade dos serviços 
prestados à população e seguir en-
capsulado na própria individualida-
de. Aceita-se o inaceitável porque 
denunciar, exigir seus direitos 
demanda uma atitude. Com 
isso, vai-se deixando pra lá o 
que não faz sentido deixar 
passar.
Hoje, vi um motorista de 
ônibus arrancar o veí-
culo antes da passagei-
ra acabar de descer o 
último degrau. Faltou 
muito pouco para um 
grave acidente. Quan-
tas vezes você obser-
vou a cidade cheia de 
lixo, flanelinhas ata-
cando carros, idosos 
em luta com calçadas 
esburacadas, etc.? 
Preços abusivos, 
condutas desrespei-
tosas, práticas ilíci-
tas. Todas essas coi-
sas fazem parte de um 
grande pacote alimen-
tado pela indiferença 
com que nós, cidadãos, 
terminamos por tolerar 
o intolerável.
Exercer a cidadania pode ser tomar 
uma atitude para denunciar, exigir, 
cobrar. Pode ser participar de uma 
associação de moradores, procu-
rar órgãos de proteção ambiental, 
às crianças, aos idosos, aos ani-
mais. Qualquer forma de participa-
ção: individual, coletiva, organizada 
ou ocasional. O fundamental é não to-
mar o inaceitável como natural.
Exercer a cidadania: afi nal, do que 
estamos falando?
Por: Jael Coaracy em 30/04/08 19:54 . Fonte: Extra. Disponível em: encurtador.com.br/eiX18. Acesso em: 31 jul. 2022.
2 O P I N I Ã O
Responsável – Projeto Lupa:
Weyner Lopes Rodrigues
Diretor da Escola de Formação da 
Secretaria de Educação de Minas 
Gerais
Conteudistas Vol. 6:
Mônica Couto
* Esta publicação é para 
fi ns didáti cos. Proibida a 
comercialização
Projeto Gráfi co: Oros Soluções 
Educacionais
ASCOM: Pablo Lima
Supervisão: Anderson Camelo
Direção: Ana Paula Ribeiro
Coordenação de Equipe:
Lúcio Gomes
Designers:
Douglas Lendel,
João Victor Sampaio
Natália Guimarães
Ilustrações: Natália Guimarães
Diagramação: Douglas Lendel
3 • crônica
4 , 5 • A R T I G O
6 ,7 • B R A S I L
10 • t e c n o l o g i a
11 • C O D I T I A N O
1 2 • M e i o A m b i e n t e
1 3 • L i t e r at u r a
1 4 • p o e s i a
1 5 • t i r i n h a
SUMÁR IO
8 - 9 • m at e r i a d e c a pa
2 • opinião
JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
Aceita-se o 
inaceitável porque 
denunciar, exigir seus 
direitos demanda 
uma ati tude.
3Periódico pedagógico para estudantes 3
Por Vanessa Barbara
Fonte: https://www.itaucultural.org.br/secoes/colunistas/brechas-urbanas/expedicao-a-padaria
Disponível em: https://escrevendoofuturo.org.br/caderno_docente/coletanea_cronica/expedicao-a-padaria-vanessa-barbara/. 
Acesso em: 3 ago. 2022.
Na segunda-feira dia 6 de abril, depois de 14 dias 
de total isolamento, saí de casa para comprar pão. 
Com o coração acelerado e o passo meio trôpe-
go, percorri os 290 metros que separam minha 
residência da padaria da esquina. Pensei imedia-
tamente em Charles Darwin singrando os mares a 
bordo do HMS Beagle, em James Cook mapean-
do terras desconhecidas, em Amelia Earhart com 
o vento no rosto enquanto sobrevoava o oceano 
e em Buzz Aldrin fazendo xixi na Lua. Quase cho-
rei na fila do pão. Por pouco não pedi a quantia 
errada de bisnagas.
A expedição durou no máximo 15 minutos e me 
senti inspirada para compor uma versão estendi-
da de Os Lusíadas em dodecassílabos parnasianos. 
Pensei também em fazer uma transmissão ao vivo 
para emocionar os amigos em suas respectivas qua-
rentenas. Mas acabei desistindo porque achei que 
podia parecer ostentação. Antes de sair, botei o ál-
cool em gel na bolsa e vesti uma máscara de teci-
do, mas quase sofri um bloqueio criativo quando fui 
escolher a roupa. Esqueci como a gente se vestia 
quando saía de casa. Parece que eu tinha um par de 
calças jeans. Onde mesmo que eu costumo guardar 
os sapatos?
Em meados do mês passado, entrei para os casos 
suspeitos da covid-19. Tive febre baixa, dor de gar-
ganta, perda de olfato, enjoo e uma dor de cabeça 
forte. Depois de um exame clínico que descartou 
infecção bacteriana, a médica me mandou para casa 
e estipulou o isolamento pelo período de duas se-
manas. (Ela marcou no meu atestado: “Z29.0”, o que 
me pareceu coisa de espião, mas era apenas a clas-
sificação da Organização Mundial de Saúde para 
isolamento em casos de doenças transmissíveis.)
Respeitei a prescrição médica e não saí nem para 
pegar as revistas deixadas no capacho. Meu marido 
fazia as compras semanais no mercado e ia buscar 
pão de vez em quando. Eu tentava me recu-
perar na medida do possível. Ao final dos 
14 dias, e depois de receber o resultado 
negativo do exame da covid-19, eu me 
ofereci para singrar as calçadas rumo 
à padaria.
Foi mais bonito do que eu sonhava. 
O céu estava azul, havia pássaros nos 
postes e um fétido chorume emanando 
dos sacos de lixo empilhados no meio-fio. 
(O olfato parecia feliz em ter voltado.) Troquei enig-
máticas elevações de sobrancelha com transeuntes 
que passavam do outro lado da rua e que também 
estavam parcialmente ocultos em suas máscaras. 
Tentei sorrir com os olhos para os atendentes da 
padaria, que perguntaram como estava a minha 
filha e comentaram que o dia estava lindo demais 
para ficar em casa. Respondi: “Paciência!” e tentei 
dizer algo engraçado.
Descobri que boa parte da comunicação se dá 
por meio da expressão do rosto e de sorrisos, e 
que é muito difícil ser irônico atrás de uma más-
cara. Gesticulei amplamente, como se falasse 
uma língua estrangeira a dez metros de distân-
cia. Esquadrinhei a mesa de bolos caseiros como 
se estivesse diante de uma caverna de tesouros. 
Desisti de abraçar todo mundo. Botei as compras 
na minha sacola de pano, paguei a comanda e 
voltei para casa sob a nuvem diáfana do maravi-
lhamento. “A Terra é azul. Como é maravilhosa. 
Ela é incrível!”, posso ter dito ao chegar em casa, 
parafraseando certo cosmonauta.
Em tempos de quarentena, a saudade de 
circular pela cidade chega a doer. Até 
descer com o lixo parece uma aven-
tura extraordinária, que só efetuamos 
uma vez a cada três dias. Sair para ir à 
padaria, então, é um feito mais cobi-
çado que escalar os Sete Cumes. Não 
sei quando minha jornada se repetirá, já 
que o isolamento doméstico permanece – e 
deve se intensificar daqui para a frente. Só sei que 
agora toda breve saída é passível de se tornar uma 
epopeia em versos a ser narrada para a próxima ge-
ração: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta,/ que 
outro valor mais alto se alevanta”, já dizia o velho 
Camões.
Minha filha, de 1 ano e 9 meses, não sai de casa 
há mais de 30 dias. Uma das nossas atividades fa-
voritas agora é relembrar, juntas, todos os detalhes 
dos nossos piqueniques no parque, as tardes de 
Carnaval, os passeios de ônibus, as voltas no quar-
teirão e as viagens de metrô. Como se fossem épi-
cas expedições a uma civilização que não deve ser 
esquecida.
C R Ô N I C A
Em tempos de 
quarentena, a 
saudade de circular 
pela cidade chega 
a doer.
4 JORNAL LUPA n. 6, AGO 20224 JORNAL LUPA n. 6, AGO 20224
Quando falamos em sustentabilidade, pensa-
mos em açõescomo não poluir, preservar áre-
as naturais, reciclar lixo, economizar água, dar 
preferência às fontes alternati vas de energia 
etc. Mas raramente nos lembramos de relacio-
nar uma de nossas ati vidades mais básicas com 
impactos negati vos no meio ambiente: o ato de 
se alimentar. Nos primórdios da humanidade, a 
alimentação era baseada em frutas, raízes, car-
nes de animais caçados e outras fontes que não 
modifi cavam signifi cati vamente a natureza (pelo 
contrário, tudo fazia parte de um ciclo natural). 
Com o advento da agricultura e da domesti ca-
ção de animais, há cerca de 12 mil anos, deu-se 
início à produção de alimentos.
A passagem do estado nômade para a 
fi xação na terra marcou o início do 
que chamamos “desenvolvimento 
da humanidade”. Com o passar 
dos séculos, o homem foi criando 
novas formas de manejo do solo 
e as populações concentradas 
nas cidades cresceram em ritmo 
progressivo, aumentando a deman-
da por alimentos. Até que a chegada 
da Era Industrial, no fi nal do século XVIII, 
intensifi cou a aglomeração de pessoas no am-
biente urbano, colocando fi m, defi niti vamente, 
na ligação direta que o ser humano ti nha com a 
natureza para a obtenção de alimentos. O resul-
tado disso tudo é uma agricultura transformada 
em indústria que passou a uti lizar métodos arti -
fi ciais, como ferti lizantes e pesti cidas químicos, 
irrigação, manipulação genéti ca e uso de hormô-
nios em animais, visando sempre o aumento da 
produção (e o lucro). Sem contar a dependência 
por combustí veis fósseis, inclusive no transpor-
te, por longas distâncias, dos alimentos. É a ca-
deia alimentar industrial.
Se por um lado todo esse advento é considera-
do positi vo, sendo denominado como desenvol-
vimento ou modernidade, por outro é fato que 
o modelo de alimentação industrializado é um 
forte candidato a causar sérios danos à conser-
vação do meio ambiente e também à saúde do 
homem. E por incrível que pareça, a maior parte 
das pessoas atualmente não se dá conta disso. 
A origem dos alimentos que consome simples-
mente não faz parte da sua lista de prioridades e 
a alimentação, o ato mais corriqueiro e básico do 
dia a dia, não é visto sob a perspecti va ambiental 
ou da sustentabilidade.
“Comer é um ato agrícola, disse, numa frase fa-
mosa, Wendell Berry (fazendeiro e economista 
americano). É também um ato ecológico, além 
de um ato políti co. Ainda que muito tenha sido 
feito para obscurecer esse fato bastante simples, 
o que e como comemos determinam, em gran-
de parte, o que fazemos do nosso mundo – e o 
que vai acontecer com ele. (…) Muita gente hoje 
parece totalmente sati sfeita comendo na extre-
midade da cadeia alimentar industrial sem parar 
para pensar no assunto”, escreve o jorna-
lista norte-americano Michael Pollan, 
no seu livro “Dilema do Onívoro”. O 
jornalista passou cinco anos inves-
ti gando os basti dores da cadeia 
industrial alimentí cia nos Estados 
Unidos, reconsti tuindo o trajeto 
dos pratos mais consumidos e 
analisando o caminho percorrido 
pelo alimento da origem à mesa.
Insumos químicos, agrotóxicos, erosão 
do solo…
Como afi rma o jornalista norte-americano, co-
mer é um ato ecológico, o que faz com que todo 
cidadão deva, idealmente, fi car atento à origem 
do alimento que consome e analisar criti camen-
te as técnicas empregadas no sistema de pro-
dução. A qualidade e pureza dos alimentos, a 
sustentabilidade (social e ecológica) dos méto-
dos de produção e os problemas e desigualda-
des existentes na sua distribuição são algumas 
das questões que devemos analisar em busca de 
uma alimentação mais sustentável. Em tempo: é 
fato que se produz alimento em quanti dade su-
fi ciente para atender 100% da população mun-
dial. Difi culdades de acesso aos alimentos pela 
parcela mais carente da sociedade decorrem de 
problemas sociais e econômicos, que por sua 
vez causam desequilíbrios na distribuição.
Destacando algumas problemáti cas da agri-
cultura moderna para o meio ambiente, uma 
primeira questão a ser analisada é o uso de in-
sumos químicos. Visando melhorar a produti vi-
dade e assegurar índices de produção, agricul-
tores costumam uti lizar adubo e ferti lizantes em 
suas plantações. O adubo mais simples, natural 
e anti go é o esterco, que misturado a restos de 
vegetais e fermentado de forma correta resulta 
no composto orgânico. Mas para ser empregado 
em larga escala, o processo do ferti lizante natu-
ral se tornou inviável, economicamente falando. 
Para os empresários do agrobusiness, passou a 
ser mais rentável o uso de agroquímicos (agro-
tóxicos e ferti lizantes, principalmente), inclusive 
para viabilizar o culti vo intensivo de uma única 
cultura em uma área (as monoculturas, principais 
vilãs da qualidade do solo).
Os ferti lizantes industriais contêm altas concen-
trações de nitrogênio, fósforo, potássio e metais 
pesados. O nitrogênio, por exemplo, pode se 
acumular no solo e ser transformado, por pro-
cessos químicos, em nitrato. Além de ser um 
composto cancerígeno, o nitrato pode contami-
nar o solo e também ser conduzido aos lençóis 
subterrâneos, contaminando a água.
Outro problema gerado neste cenário é o dese-
quilíbrio ecológico causado pela própria práti ca 
da monocultura regada por ferti lizantes quími-
cos. Entre os principais indicadores do desequi-
líbrio está o aparecimento de pragas, doenças e 
ervas daninhas, que por sua vez são combati das 
com agrotóxicos – inseti cidas, herbicidas e fun-
gicidas. Ou seja, mais uma carga de substâncias 
químicas tóxicas bombardeando o meio am-
biente e a saúde de quem consome os alimen-
tos, pois estes acabam guardando resíduos dos 
agrotóxicos e têm alta probabilidade de fi carem 
contaminados.
Como mais um remediador para o desequilíbrio 
ecológico conduzido pelo próprio homem e vi-
sando, sempre, produtos fi nais comercialmente 
mais lucrati vos, entram em cena os alimentos 
transgênicos. Tratam-se de organismos geneti -
camente modifi cados (OGMs) desenvolvidos em 
laboratório. Entre os objeti vos da manipulação 
genéti ca está o de criar plantas mais resistentes 
a pragas ou até mais resistentes a determina-
dos agrotóxicos. Alimentos transgênicos já são 
comercializados em vários países – entre eles o 
Brasil – e ainda há muitas controvérsias em rela-
ção aos prós e contras da manipulação genéti ca 
para a saúde das pessoas e os impactos no meio 
Os impactos da alimentação para o meio ambiente
Comer é um ato agrícola, disse um fazendeiro e economista americano, mas é também um ato ecológico e um ato políti co
Fontes: Carti lha Alimentos IDEC, livro “Dilema do Onívoro” (editora Intrínseca) e Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB); Carti lha Alimentos (IDEC); 
Informati vo do Insti tuto Ecológico Aqualung n. 78 -março/abril 2008. (*) Jaqueline B. Ramos é jornalista e editora do blog Ambiente-se. Este arti go foi 
publicado originalmente na Agência Envolverde. Fonte: Akatu: por um consumo consciente. Disponível em: htt ps://akatu.org.br/os-impactos-da-alimentacao-
para-o-meio-ambiente/. Acesso em: 2 ago. 2022.
A R T I G O
Comer é um ato 
agrícola, ecológico 
e políti co!
JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
5Periódico pedagógico para estudantes 5Periódico pedagógico para estudantes 5
A insensatez 
demonstrada na 
busca por alimentos 
não é um fenômeno 
novo
Periódico pedagógico para estudantes
ambiente. Enquanto os debates e as pesquisas 
avançam, o importante é o consumidor se infor-
mar e exigir a rotulagem dos alimentos transgê-
nicos, de forma a ter condições de decidir por 
consumir ou não um OGM.
Erosão e o impacto do bife
Uma questão importante decorrente da agricul-
tura moderna é o fenômeno chamado de “ero-
são genéti ca”. A interferência do homem nas 
variedades tradicionais com a manipulação de 
plantas e animais pode consisti r em uma ameaça 
para a diversidade genéti ca, a principal respon-
sável pela capacidade de resistência, imunidade 
e sobrevivência das espécies.
Quando falamos em erosão é importante tam-
bém lembrar do processo de degradação do solodecorrente do uso de práti cas agrícolas inade-
quadas e da monocultura combinada com a me-
canização, o corte de espécies nati vas, a queima 
da vegetação e a pecuária intensiva. Aliás, esta 
últi ma rende um capítulo à parte na discussão 
sobre alimentação sustentável, visto que o au-
mento no consumo de carne e de seus deriva-
dos sobrepôs formas naturais (e mais éti cas) de 
criação dos animais, sem contar os problemas 
ambientais decorrentes da pecuária.
Numa sociedade majoritariamente onívora, o 
“impacto do bife” passa por questões de ordem 
moral – não é à toa a afi rmação de que se os aba-
tedouros ti vessem paredes de vidro, muita gente 
se tornaria vegetariana – e também de ordem 
ambiental. Um relatório divulgado pela Organi-
zação das Nações Unidas para Agricultura e Ali-
mentação (FAO, em inglês) em 2006 alertou 
para o fato de que “estoques de animais 
vivos” manti dos para alimentação 
são responsáveis por 18% da 
emissão de todos os gases 
causadores do aqueci-
mento global, por-
centagem que 
supera, por 
exemplo, as emissões causadas por todos 
os veículos automotores do mundo 
somados.
O levantamento da FAO inclui as 
emissões de metano provoca-
das pelo sistema digesti vo dos 
animais, as emissões de CO2 
geradas pelas queimadas para a 
formação de pastos, a energia – 
quase sempre à base de queima 
de combustí veis fósseis – usada 
na fabricação de insumos agrícolas, a 
energia gasta na produção de ração e no 
bombeamento de água, a energia dos procedi-
mentos de abate e processamento das carcaças, 
o combustí vel usado no transporte de animais 
vivos e de produtos processados de carne, entre 
outras questões relacionadas à pecuária.
Seja analisando as técnicas industriais agrícolas 
ou o modelo intensivo da pecuária, o fato é que a 
humanidade ati ngiu um limite perigoso na histó-
ria de uma relação insustentável com a natureza 
para obtenção de fontes de alimentos. E nes-
se momento é importante que cada um, como 
consumidor, pare para pensar mais criti camen-
te e faça escolhas mais criteriosas e cuidadosas. 
Como afi rma o autor de “Dilema do Onívoro” em 
um dos trechos do livro, “a insensatez demons-
trada na busca por ali- men-
tos não é um 
f e n ô -
meno novo. No entanto, os novos atos de in-
sensatez que estamos cometendo na nos-
sa cadeia alimentar industrial hoje são 
de um ti po diferente. Ao substi tuir a 
energia solar pelo combustí vel fóssil, 
ao criar milhões de animais em rígi-
das condições de confi namento, ao 
alimentar esses animais com comi-
da para a qual sua evolução não os 
adaptou, e ao nos alimentarmos com 
comidas que são muito mais insólitas do 
que imaginamos, estamos pondo em grave 
risco a nossa saúde e a saúde do mundo natural.”
O que o consumidor pode fazer em prol de uma 
alimentação sustentável
# Informar-se sobre a importância da agricultura 
sustentável e seus benefí cios para a produção de 
alimentos, inclusive em relação à saúde dos indi-
víduos e ambientes.
# Apoiar propostas de produção regional, es-
pecialmente a familiar e a associada, com o ob-
jeti vo de fortalecer a segurança alimentar local 
e reduzir o desperdício de energia no trans-
porte.
# Exigir que os produtores respeitem as leis 
ambientais, assim como a legislação trabalhista, 
e que uti lizem métodos menos impactantes ao 
meio ambiente, adquirindo produtos elaborados 
com este diferencial.
# Demandar que os vendedores de alimen-
tos esti mulem a produção ecológica, 
inclusive solicitando a certi fi cação 
dos produtores por um organismo 
independente, para que possa 
ter certeza de que os mesmos 
cumprem todas as exigências 
ambientais.
# Organizar-se em coope-
rati vas de consumo 
que esti mulem a pro-
dução sustentável 
local e regional.
Numa sociedade majoritariamente onívora, o 
“impacto do bife” passa por questões de ordem 
moral – não é à toa a afi rmação de que se os aba-
tedouros ti vessem paredes de vidro, muita gente 
se tornaria vegetariana – e também de ordem 
ambiental. Um relatório divulgado pela Organi-
zação das Nações Unidas para Agricultura e Ali-
mentação (FAO, em inglês) em 2006 alertou 
para o fato de que “estoques de animais 
vivos” manti dos para alimentação 
são responsáveis por 18% da 
emissão de todos os gases 
causadores do aqueci-
mento global, por-
centagem que 
supera, por 
Como afi rma o autor de “Dilema do Onívoro” em 
um dos trechos do livro, “a insensatez demons-
trada na busca por ali- men-
tos não é um 
f e n ô -
e que uti lizem métodos menos impactantes ao 
meio ambiente, adquirindo produtos elaborados 
com este diferencial.
# Demandar que os vendedores de alimen-
tos esti mulem a produção ecológica, 
inclusive solicitando a certi fi cação 
dos produtores por um organismo 
independente, para que possa 
ter certeza de que os mesmos 
cumprem todas as exigências 
ambientais.
# Organizar-se em coope-
rati vas de consumo 
que esti mulem a pro-
dução sustentável 
local e regional.
6 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
Já começou o Censo 2022 em todo o país; 
recenseadores visitarão 75 milhões de domicílios
O Censo brasileiro é uma das maiores operações 
censitárias do mundo. No auge da operação, em 
torno de 183 mil recenseadores irão de porta 
em porta em todos os 5.570 municípios do país. 
Ao todo, são 452.246 setores censitários urba-
nos e rurais, 5.972 localidades quilombolas, 624 
terras indígenas, 11.400 aglomerados subnor-
mais e 5.778 grupamentos indígenas.
“O Censo não é do IBGE, o Censo é do Brasil 
e para o Brasil. O Censo é de todos nós. Nossa 
equipe visitará todos os lares brasileiros, cole-
tando informações que serão muito relevantes 
para o futuro do país. Não deixaremos ninguém 
para trás, mas para isso contamos muito com o 
apoio da cidadã e do cidadão brasileiros.
Programado para ser realizado inicialmente 
em 2020, mas adiado devido à pandemia, e 
em 2021 por questões orçamentárias, o Cen-
so 2022 marca 150 anos do primeiro recense-
amento feito no país.
“O primeiro Censo foi feito em 1872 para con-
tar o saldo da Guerra do Paraguai, chegando 
a cerca de 10 milhões de pessoas. 
Hoje, 150 anos depois, te-
mos o desafi o de con-
tar 215 milhões 
de pessoas, 
segundo indicam as esti mati vas populacionais”, 
comenta o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar 
Azeredo.
Ele explica que além de identi fi car a 
população por sexo e idade, o Censo 
hoje traz um questi onário robusto, 
que segue rigorosamente as reco-
mendações da ONU. “A ONU tem 
um conjunto de perguntas reco-
mendadas para todos os países. Nós 
estamos seguindo isso e ainda acrescen-
tando informações que são importantes para 
acompanhar a realidade brasileira”.
Cimar destaca ainda que este é o primeiro Cen-
so totalmente digital, da coleta à transmissão, 
acompanhamento, armazenamento e processa-
mento dos dados. “As informações estão total-
mente protegidas”, garante.
Para o diretor de Geociências do IBGE, Clau-
dio Stenner, o Censo é a verdadeira celebração 
da integração entre a informação estatí sti ca e 
geográfi ca. “É só no Censo 
que a gente consegue 
fazer a arti culação 
de três escalas de 
características: 
do entorno 
onde os do-
mic í l ios 
estão 
localizados, dos domicílios em si e das pessoas 
que vivem nesses domicílios. Então, essa é a 
única pesquisa em que a gente consegue 
mostrar a diversidade de situações 
que existem nas cidades e ter um 
cenário muito mais completo e inte-
grado do território brasileiro e sua 
população”, avalia.
Vale lembrar que a Pesquisa do En-
torno antecede a coleta domiciliar e já 
foi concluída.
Questi onário básico leva 5 minutos para ser 
respondido
No Censo 2022, há dois ti pos de questi onário: 
o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 
minutos para ser respondido. Já o questi onário 
ampliado, com 77 perguntas e respondido por 
cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 
minutos. A seleção da amostra que irá respon-
der o questi onário ampliado é aleatória e feita 
automati camente no Dispositi vo Móvel de Co-
leta (DMC) do recenseador.
“Esse é o tempo mediano de resposta,ou seja, 
metade dos domicílios leva menos de 5 ou 16 
minutos, dependendo do questi onário, e meta-
de demora mais. Isso varia em função, principal-
mente, do número de moradores do domicílio”, 
explica o responsável pelo projeto técnico do 
Censo 2022, Luciano Duarte.
O questi onário básico traz os seguintes blocos 
de perguntas: identi fi cação do domicílio, infor-
mações sobre moradores, característi cas do do-
micílio, identi fi cação étnico-racial, registro civil, 
educação, rendimento do responsável pelo do-
micílio, mortalidade. Já o questi onário da amos-
tra, além dos blocos conti dos no questi onário 
básico, investi ga também: trabalho, rendimento, 
nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, reli-
gião ou culto, pessoas com defi ciência, migração 
interna e internacional, deslocamento para estu-
do, deslocamento para trabalho e auti smo.
Além disso, o IBGE solicita os dados da pessoa 
que prestou as informações, como nome, telefo-
ne, e-mail e CPF. “O CPF nos ajuda a melhorar a 
qualidade de cobertura da operação”, esclarece 
Duarte. Qualquer morador, acima de 12 anos, 
capaz de fornecer as informações, pode respon-
B R A S I L
Faça sua parte! 
Parti cipe do 
Censo 2022!
6
Disponível em: htt ps://censo2022.ibge.gov.br/noti cias-por-estado/34501-censo-2022-comeca-hoje-em-todo-o-pais-recenseadores-visitarao-75-milhoes-de-
domicilios. Acesso em: 3 ago. 2022.
JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
7Periódico pedagógico para estudantes
der ao recenseador por todos os demais mora-
dores daquele domicílio. Ou seja, apenas uma 
pessoa do domicílio responderá por todos os 
residentes.
Todas as informações coletadas são confi den-
ciais, protegidas por sigilo e usadas exclusiva-
mente para fi ns estatí sti cos, conforme estabe-
lece a legislação perti nente: Lei nº 5.534/68, Lei 
nº 5.878/73 e o Decreto nº 73.177/73. Já a Lei 
nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, dispõe 
sobre a obrigatoriedade de prestação de infor-
mações estatí sti cas.
Questi onário pode ser respondido presencial-
mente, por telefone e pela internet
Este ano, além da coleta presencial e do auto-
preenchimento pela internet, será possível res-
ponder ao Censo também pelo telefone. “De 
qualquer maneira, é preciso que o recenseador 
visite o domicílio, para captar a coordenada e fa-
zer o contato com o morador”, explica Luciano.
A parti r daí, o cidadão poderá realizar ou agendar 
a entrevista presencial, marcar com o recensea-
dor uma entrevista por telefone ou optar pelo 
autopreenchimento via internet. Se escolher res-
ponder pela internet, o informante receberá um 
e-ti cket, com validade de sete dias.
A entrevista por telefone também será uti li-
zada para aqueles que optarem pelo autopre-
enchimento pela internet, mas não concluírem 
o questi onário. Para isso, o IBGE terá uma 
central telefônica ex-
clusiva, o Centro 
de Apoio ao 
Censo (CAC), disponível via 0800 721 8181.
Os agentes do CAC responderão dúvidas em ge-
ral sobre o Censo, prestarão auxílio conceitual e 
operacional no preenchimento do questi onário 
via internet e, mediante aprovação do morador, 
poderão preencher o questi onário em entrevis-
ta. Essa autorização é concedida por meio de 
uma contrassenha, enviada por e-mail ou SMS, 
que permiti rá ao agente do IBGE fazer o preen-
chimento.
Em caso de recusas ou ausência do morador, o 
IBGE tem uma estratégia de conti ngência. Caso 
o recenseador não encontre o morador na pri-
meira visita, ele deixará um bloco de recado e/ou 
tentará o contato por telefone, quando houver 
essa informação no DMC. Além disso, o recen-
seador deverá retornar ao domicílio, no mínimo, 
mais quatro vezes, sendo que uma obrigatoria-
mente em turno alternati vo.
“Isso é controlado automati camente pelo siste-
ma, que monitora os trajetos percorridos pelos 
recenseadores. Só depois de retornar quatro ve-
zes é que ele pode ‘desisti r’ daquele domicílio”, 
explica Luciano.
Depois que o recenseador encerra a coleta no se-
tor censitário, o supervisor retornará nos domicílios 
com morador ausente ou com recusa expressa e 
entregará uma carta de noti fi cação, contendo um 
e-ti cket válido por dez dias para o preen-
chimento pela internet. “É a últi ma 
tentati va e, se não houver res-
posta, não há retorno e 
o domicílio será 
posteriormente tratado estati sti camente”, conclui 
o responsável pelo projeto técnico do Censo.
Recenseadores estarão uniformizados e podem 
ser identi fi cados pela internet ou telefone
Para ser recenseador do IBGE, após a aprovação 
no processo seleti vo, é preciso ainda fazer um 
treinamento específi co, com etapas à distância 
e presencial. Só depois de aprovados no treina-
mento os recenseadores estão aptos a cumprir 
sua função de visitar os lares brasileiros.
Eles estarão sempre uniformizados, com o colete do 
IBGE, boné do Censo, crachá de identi fi cação e o 
DMC. Além disso, é possível confi rmar a identi dade 
do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE 
ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam 
no crachá do entrevistador, que também traz um QR 
code que leva à área de identi fi cação no site. Para re-
alizar a confi rmação, o cidadão deve fornecer o nome, 
matrícula ou CPF do recenseador.
Uma série de parcerias foram fi rmadas entre o 
IBGE, associações de administradoras de imóveis e 
condomínios, bem como sindicatos de representa-
ções habitacionais. O objeti vo é disseminar o má-
ximo de informação e orientação para moradores, 
síndicos, porteiros e zeladores, garanti ndo a inte-
gridade tanto dos moradores a serem visitados 
quanto dos recenseadores do IBGE em coleta 
nas ruas.
7Periódico pedagógico para estudantes
8 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022 M A T É R I A D E C A P A
Vida eterna? 
Legathum quer eternizar pessoas no metaverso
Você poderá receber mentoria com Ayrton Senna, Albert Einsten e mais, além de criar seu próprio legado no 
metaverso; entenda:
Por Tainá Freitas. Disponível em: https://www.startse.com/artigos/legathum-metaverso-legado-vida-morte/. Acesso em: 1 ago. 2022.
Já pensou em treinar uma inteligência 
artificial para que a sua versão online 
passe o seu legado para as futuras ge-
rações? Sim, isso é muito Black Mirror, 
mas já está acontecendo. Essa é a pro-
posta da Legathum, fundada por um 
brasileiro no Vale do Silício.
Com o advento das redes sociais, as 
grandes empresas de tecnologia passa-
ram a se questionar o que fazer com os 
perfis das pessoas que faleceram. No 
Facebook, já existe a possibilidade de 
designar uma pessoa para cuidar do seu 
perfil, caso isso aconteça, e até mes-
mo de colocar “in memoriam”.
Agora, a expectativa é que as 
pessoas possam construir, aos 
poucos, o legado que deixarão 
na internet. “Eu sempre quis 
que meus filhos tivessem a 
oportunidade de interagir com a 
minha avó, que me criou e contou 
histórias que ajudaram a moldar meu 
caráter e personalidade”, conta Deib-
son Silva, neurocientista e fundador da 
Legathum, em entrevista à StartSe.
Ele conta que já existem pessoas que 
têm suas consciências eternizadas, mas 
não no metaverso. “Nos países asiáti-
cos, as pessoas conhecem suas 
gerações anteriores, a própria 
árvore genealógica, porque as 
histórias passam de pai para 
filho”, explica. Agora, a ex-
pectativa é que cada pessoa 
o faça virtualmente, através de 
seu avatar-legado.
O PONTO DE PARTIDA
Em 2020, Deibson visitou o Vale do Si-
lício em uma imersão com a StartSe – e 
estendeu a viagem por mais um mês. 
Ali, no ecossistema mais inovador do 
mundo, ele se conectou com pes-
quisadores da Universidade de 
Berkeley e compartilhou o 
seu desejo de possibilitar a 
criação do legado da huma-
nidade no metaverso.
“Eles me responderam que 
em cinco anos a gente prova-
velmente teria alguma tecnologia 
próxima disso. Eu continuei trabalhan-
do no projeto, vendi minha casa e duas 
empresas no Brasil. Um ano depois, re-
cebi a ligação de que tinham dois cien-
tistas com a ideia muito parecida com 
a minha e se eu gostaria de ser patro-
cinador. Eu não tive dúvida”, explicou.
Quatro pesquisadores são res-
ponsáveispela metodologia da 
Legathum: o próprio Deibson 
Silva, André Ribeiro, Alice 
Hua e Tim Chen. Atualmen-
te, a startup possui cerca de 
30 colaboradores.
A Legathum está lançando o pri-
meiro “Museu do Legado Humano”, 
com personalidades históricas como 
Albert Einsten, Pelé, Steve Jobs, Ste-
phen Hawking, Madre Teresa de Calcu-
tá, entre outros.
Para as personalidades em que não 
existem registros digitais da voz, a in-
teligência artificial gera de acordo com 
idade, local de nascimento, sexo, so-
taque, entre outros. “O objetivo é ver 
o avatar do Albert Einsten e ter uma 
‘mentoria’ com ele, perguntar questões 
relativas à experiência dele. Não adian-
ta falar de blockchain ou metaverso 
porque este não é o legado dele”, expli-
ca o fundador da Legathum.
COMO FUNCIONA?
Para construir o próprio legado onli-
ne, o usuário responde às perguntas 
de um chatbot, que foram elaboradas 
com base nas pesquisas e validadas por 
O que mais você 
gostaria de fazer no 
Metaverso?
Qual personalidade 
você tem vontade 
de conhecer? No 
metaverso isso será 
possível!
8
Deibson Silva no metaverso da Legathum (foto: divulgação/Legathum)
JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
9Periódico pedagógico para estudantes 9Periódico pedagógico para estudantes
cientistas de Berkeley. “Nós mapeamos 
a personalidade, valores, padrão de in-
tenção, tomada de decisão, conheci-
mentos etc. O intuito é fazer com que 
o avatar interaja com outras pessoas 
no futuro, mas primeiro ele irá interagir 
com o usuário, para que possa ser trei-
nado”, conta Deibson.
A Legathum está lançando inicialmente 
o museu e avatares de grandes persona-
lidades com as quais já assinou contra-
tos. O próximo passo é disponibilizar, em 
2023, o aplicativo da marca, para que as 
pessoas possam criar seus próprios ava-
tares com o auxílio do assistente virtual.
METAVERSO TOKENIZADO
Enquanto isso, a Legathum também 
está criando e venderá os próprios 
óculos de realidade virtual. Essa será 
uma das fontes de receita da startup, 
que também criará um token para ser 
usado no metaverso da Legathum.
“As pessoas terão a possibilidade de ex-
perimentar o serviço como freemium, 
mas teremos conteúdos, eventos, men-
torias, palestras e até shows pagos com 
o nosso token”, contou o fundador da 
companhia.
10 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022 T E C N O L O G I A10
5G no Brasil
A tecnologia 5G no Brasil virá para mudar a vida das pessoas, empresas e 
aumentar a competitividade. 
Disponível em: htt ps://informacoes.anatel.gov.br/paineis/acompanhamento-e-controle/5g. Acesso em: 4 ago. 2022.
A nova tecnologia é a quinta geração de conexões 
de internet móveis com maior alcance e velocidade. 
A rede 5G permiti rá a interconexão entre mais dis-
positi vos em simultâneo e possibilitará a evolução da 
chamada Internet das Coisas (IoT)
O que é a tecnologia 5G?
A tecnologia 5G é a quinta geração de internet móvel 
que chegará ao Brasil com maior alcance e velocida-
de que promete grande revolução. A nova rede 5G 
permiti rá a interconexão de equipamentos e disposi-
ti vos e possibilitando o acesso a produtos inovadores 
e uti lidades domésti cas, desenvolvendo a chamada 
Internet das Coisas (IoT).
Essa tecnologia permiti rá a interconexão de diversos 
outros equipamentos em casa ou no escritório.
A nova tecnologia da internet móvel 5G possibilitará 
o uso em telefones celulares e gadgets que não são 
conectados à rede wi-fi ou internet por cabo.
Ter um aparelho com 5G possibilitará um melhor 
tempo de processamento de downloads e uploads, 
uma maior velocidade na transferência de dados por 
segundo e uma economia de até 90% no consumo 
de energia dos aparelhos.
Tudo isso pela rapidez e efi ciência da tecnologia que 
processa as informações de forma muito mais ágil.
Como funciona a internet 5G?
A capacidade de transmissão de dados da internet 
5G é extremamente avançada. Milhares de equipa-
mentos podem estar interconectados numa mesma 
rede e serem operados remotamente, de forma se-
gura. Em uma rede wi-fi não temos essa capacidade 
para suportar tantas conexões, e é o que faz com 
que o 5G seja muito atraente para o desenvolvimen-
to da Internet das Coisas e a evolução da Indústria 
4.0.
A principal diferença do 5G para o 4G é de fato a ve-
locidade na transferência de informações, chamada 
de latência.
Um aparelho com 4G demora até 54 milissegundos 
para processar um download de vídeo de 1 Gigaby-
te, por exemplo. Com o 5G, a expectati va é que este 
intervalo seja entre 1 e 2 milissegundos para proces-
sar até 20 Gigabytes, o que signifi ca uma velocidade 
até 20 vezes maior para os usuários.
Outro diferencial do 5G é a quanti dade de disposi-
ti vos que podem estar conectados. No 4G a cober-
tura é de 10 mil aparelhos por quilômetro, enquanto 
no 5G a rede de cobertura pode ser de até 1 milhão 
de aparelhos por quilômetro.
Em um país conti nental como o Brasil esse aumento 
do raio de cobertura signifi ca alcance da internet em 
áreas rurais e industriais que hoje estão descobertas 
de sinal.
Quais os benefí cios das redes 5G?
Além dos benefí cios individuais, a evo-
lução com a rede 5G trará mais veloci-
dade de conexão em rede banda larga 
para aparelhos, o que signifi ca que mais 
pessoas poderão estar conectadas sem 
perda da qualidade do sinal.
Essa melhoria também permite a interco-
nexão de vários equipamentos em casa ou 
no escritório, o que possibilita acesso das famí-
lias aos produtos inovadores e uti lidades domésti cas 
que ainda não são uti lizados no país pela baixa capa-
cidade de conexão.
A rede 5G permite ainda a possibilidade de estudos 
e trabalho remoto com maior qualidade nas video-
conferências, acesso à medicina à distância, melhoria 
da mobilidade urbana e desenvolvimento de cidades 
inteligentes.
Muito aguardado pelas empresas brasileiras, o 5G 
disponível é o passaporte que levará à acelera-
ção e ao avanço da digitalização no Brasil rumo 
à Indústria 4.0, contribuindo diretamente para a 
automação e a integração de diferentes tecnolo-
gias que incluem inteligência arti fi cial, robóti ca e 
internet das coisas.
Com mais velocidade de processamento e sem ne-
cessidade de fi os conectados às máquinas, é possível 
fazer as ati vidades com maior produti vidade, geran-
do melhores resultados e trazendo maior competi -
ti vidade dos nossos mercados perante o resto do 
mundo.
Qual o custo da tecnologia 5G?
Ainda não se sabe qual será o custo da tecnologia 
5G no Brasil, mas a média mundial leva a crer que 
os valores estarão na média de 100 a 150 reais 
mensais em pacotes que podem ser ilimitados a 
depender da oferta de lançamento pelas operado-
ras.
Por processar bits mais rapidamente, o custo da tec-
nologia 5G pode não ser tão alto para o consumidor 
fi nal, mas há um ponto que pode aumentar 
esse custo: a necessidade de ter um equi-
pamento compatí vel com a tecnologia. 
Quais países tem tecnologia 5G?
Hoje o 5G já está disponível em 34 
países como: Estados Unidos, Canadá, 
Reino Unido, Suécia, Suíça, Finlândia, 
Japão, China, Taiwan, Arábia Saudita, 
Coreia do Sul, Kuwait, Austrália, Noruega 
e Alemanha. A Coreia do Sul foi o primeiro 
país a lançar o 5G comercialmente, em abril de 
2019.
Tem tecnologia 5G no Brasil?
Para implementar o 5G no Brasil, aconteceu um dos 
maiores leilões de radiofrequências da América La-
ti na, realizado pelo Ministério das Comunicações 
(MCom) e Agência Nacional de Telecomunicações 
(Anatel), em novembro de 2021.
A Anatel esti ma ser possível usar amplamente o 5G 
no Brasil em 2022. Além de explorar a oferta de 5G, 
os ganhadores do leilão devem investi r na imple-
mentação de redes de fi bra ópti ca na Região Norte, 
construção de rede privati va para a Administração 
Pública Federal e no atendimento com tecnologia 4G 
ou superior em áreas com poucos habitantes, ou re-
giões de estradas.
Os mapas abaixo representam os municípios con-
templados e os trechos das rodovias federais que se-
rão cobertos pelo 5G defi nidos pelo Edital elaborado 
pela Anatel.
Mais velocidade, 
conexões 
melhorese 
mais pessoas 
conectadas!
JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
A nova tecnologia é a quinta geração de conexões 
11Periódico pedagógico para estudantes 11
Qual o seu projeto de vida?
O professor, William Damon defende a ideia de Projeto de Vida como: uma intenção estável de se alcançar 
algo signifi cati vo para o sujeito, que vai impactar para além desse sujeito. 
Disponível em: htt ps://www.canva.com/design/DAFISK4GmZY/9RhOghpntegP9AEhX_LMdQ/edit. Acesso em: 3 ago. 2022.
Quer testar seu perfi l na dimensão 
profi ssional de seu projeto de vida? 
Fonte: encurtador.com.br/suDMP. Acesso em: 4 ago. 2022.
De maneira simples o Projeto de Vida trata-
-se da busca de senti do e propósito para a 
vida, ou seja, que senti do eu quero dar para a 
minha vida? Isso inclui escolhas, valores, prin-
cípios, ações, metas e objeti vos a curto pra-
zo para se alcançar um projeto que é muito 
maior.
O que se percebe é que se preparar para 
uma profi ssão é parte do Projeto de Vida, 
não aquilo que o defi ne, pois ele diz respeito 
a algo que é “muito maior”, que dialoga com 
o contexto, os interesses e necessidades do 
sujeito, bem como, dá senti do às escolhas fei-
tas, aos objeti vos pretendidos, às metas pes-
soais e profi ssionais, em suma, à trajetória de 
vida. E se os projetos de vida carregam uma 
perspecti va de longo prazo, é certo que eles 
também se relacionam e orientam objeti vos 
de curto e médio prazo, na medida em que 
estes últi mos funcionam como degraus ne-
cessários para se alcançar o projeto maior.
Então para construir um projeto de vida é pre-
ciso que o sujeito conheça a si mesmo e ao uni-
verso que o rodeia para que consiga identi fi car 
as necessidades, os problemas e os confl itos 
presentes em seu contexto. Ao mesmo tempo, 
quando analisa as possibilidades de atuação na 
realidade, ganha condições de formular metas 
de longo prazo que possam fazer diferença. As-
sim, para construir um projeto de vida, é preciso 
entender como capacidades, crenças, valores e 
aspirações pessoais podem servir de base para 
gerar uma contribuição para a sociedade e para 
o mundo. O projeto de vida apresenta-se, des-
sa maneira, como um pano de fundo, guiando 
objeti vos e metas para um futuro mais imedia-
to, o que justi fi ca as ações, preocupações e es-
colhas do indivíduo (Damon, 2009). 
É preciso, ainda, apontar outro aspecto dos 
Projetos de Vida: seu caráter éti co. Estudos 
contemporâneos destacam que, para ser 
qualifi cado como relevante tanto para o in-
divíduo quanto para a sociedade, um Projeto 
de Vida deve ser fundamentado em valores e 
posicionamentos éti cos, visando ao bem co-
mum.
Esse ponto ilumina o fato de que os Projetos 
de Vida não afetam apenas quem os constrói 
– variadas pessoas e coleti vidades podem 
estar envolvidas em sua consti tuição e efeti -
vação, logo, só têm signifi cância quando ofe-
recem contribuições éti cas favoráveis à vida 
em sociedade. 
Observa-se, pois, que os Projetos de Vida en-
globam facetas disti ntas, mas que, ao mesmo 
tempo, atravessam ao menos três dimensões 
principais:
O Grupo Educacional Galena preparou um teste 
gratuito e fácil de responder com devoluti va super 
atualizada trazendo informações sobre cada uma 
das carreiras que podem ter a ver com você como: 
■ quantas vagas estão abertas nos sites de em-
prego hoje;
■ quais habilidades mais aparecem nos descriti -
vos das vagas;
■ salário médio para posições de entrada.
O teste categoriza os usuários em seis ti pos, 
seguindo uma metodologia bem consolidada 
(o chamado método de Holland ou RIASEC 
- de realista, investi gati vo, artí sti co, social, 
empreendedor ou convencional) e recomen-
da ocupações que têm alto volume de vagas 
abertas. Galerinha que está no começo da sua 
trajetória! 
Aqui vai o link: htt ps://lnkd.in/dT36KRSH 
PESSOAL
Os Projetos de Vida são próprios de uma pessoa, ou seja, só podem ser 
construídos e conduzidos por aquele que o projeta. Por isso, ligam-se a 
percepção que cada um tem de si mesmo: “Quem sou eu?“, “O que eu 
quero fazer da minha vida?”, “ O que desejo?”, “Como gosto de viver?“, 
“Quais são minhas habilidades?“, Perguntas que só recebem respostas 
a parti r de exercícios ou experiências de autoconhecimento. Ao Lado 
desse reconhecimento de si, encontram-se, igualmente, as interações de 
eu com o outro: família, comunidade, escola, bairro e/ou cidade e dos 
ambientes digitais.
PROFISSIONAL
Os Projetos de Vida cruzam o mundo do traba-
lho e os campos profi ssionais, elementos que fa-
zem parte das escolhas, dos desejos pessoais e 
do querer dos estudantes. Sendo um meio para 
que os estudantes ressignifi quem os estudos, pois 
passam a ver a relevânciadaquilo que discutem e 
aprendem na escola e a compreender, entre ou-
tras coisas, os passos necessários para se alcançar 
a meta de seguir determinada carreira profi ssional.
SOCIAL
Os Projetos de Vida possibilitam 
a formação de sujeitos críti cos, 
responsáveis, sustentáveis e 
éti cos, preocupados e engaja-
dos com causas tanto presentes 
quanto futuras que focalizem o 
cuidade de si e o cuidado da vida 
coleti va, ultrapassando o autoin-
teresse.
C O T I D I A N O
12 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
Biomas mais desmatados
Fonte: Instituto Brasileiro de Sustentabilidade 
Disponível em: https://www.linkedin.com/company/ibsustentabilidade?trk=public_post_share-update_actor-text. Acesso em: 31 jul. 2022.
O mapa diz respeito ao ano de 2021. O Brasil per-
deu 16.557 km2 de cobertura de vegetação nati va 
em todos os seus biomas no ano passado. Trata-se 
de um aumento de 20% em relação ao ano anterior. 
Com a tendência de alta no desmate nos últi mos 
três anos, nesse período o Brasil perdeu quase um 
Estado do Rio de Janeiro de vegetação nati va. 
De acordo com o PRODES/INPE, os anos com 
maiores perdas de vegetação na Amazônia, ao 
longo da história, foram 1995 (29.059 km2), 2004 
(27.772 km2) e 2003 (25.396 km2).
Ainda de acordo com o programa/órgão, desde o 
ano de 2017 o desmatamento na Amazônia vem 
crescendo anualmente, saltando de 6.947 km2 
para 13.038 km2 em 2021. Os três anos com o 
menor desmatamento na Amazônia Legal foram 
2012 (4.571 km2), 2014 (5.012 km2) e 2013 
(5.891 km2).
M E I O A M B I E N T E12
13Periódico pedagógico para estudantes
Resenha do livro “O menino do pijama listrado” de 
John Boyne
Disponível em: htt ps://www.meucatalogodelivros.com.br/resenha-menino-pijama-listrado-2/. Acesso em: 3 ago. 2022
O menino do pijama listrado de John Boyde traz uma 
emocionante história sobre uma amizade inusitada e 
comovente entre dois meninos durante a 2ª guerra.
“O menino do pijama listrado” é um livro escrito por 
John Boyne, romancista irlandês nascido em 30 de 
abril de 1971. Boyne estudou língua inglesa no Tri-
nity College, e literatura criati va na Universidade de 
East Anglia, onde recebeu o prêmio Curti s 
Brown. John Boyne começou a escrever 
histórias aos 19 anos e teve o primeiro 
romance publicado dez anos depois.
“O menino do Pijama Listrado” é um 
Best Seller em Nova York que fala so-
bre um momento histórico muito im-
portante e difí cil para todos, a Segunda 
Guerra Mundial, e mesmo diante desse 
cenário tão horrível e de tanto dor, um belo 
e sincero senti mento surgiu entre duas crianças, a 
amizade.
Em uma narrati va simples e fl uente, John Boyne, con-
ta a história de Bruno, um menino de nove anos que 
vivia feliz com sua família em Berlim. Até que um dia, 
ao chegar em casa, o menino se surpreende ao ver a 
empregada arrumando suas malas, eles iram se mudar.
Bruno, é fi lho de um dos comandantes das tropas 
que servem a Führer de Hitler, e devido à guerra, ele 
precisava mudar-se junto a sua família para perto de 
um campo de concentração. Os dias passam, e Bruno 
odeia cada vez mais aquele lugar. O lugar era muito 
diferente de Berlim, ele não podia brincar por todos os 
lados e nem havia outros meninos para isso. É parti r 
daí, que se inicia todo o enredo do livro, mostrando de 
forma interessante toda a questão da guerra na visão 
de uma criança.Após alguns dias na nova cidade, Bruno avis-
ta pela sua janela um lugar bastante dife-
rente, com uma cerca e umas pessoas 
vesti das da mesma forma, com roupas 
iguais, que na visão do menino eram 
pijamas. Curioso, ele resolve explo-
rar fora da casa, e lá ele conheceu um 
menino, da mesma idade que a sua, o 
Shmuel, que é judeu e vive aprisionado 
ali com sua família. A parti r desse dia, os dois 
meninos começam a conversar todas as tardes, um 
contando ao outro como é estar do outro lado da 
cerca.
Eles se tornaram grandes amigos, Bruno ia todos os 
dias até a cerca e sempre levava alguma coisa para 
o outro menino comer, pois Shmuel sempre passava 
fome no campo de concentração. E dia após dia, cada 
vez mais a amizade deles fi cava mais forte e intensa.
Bruno queria muito conhecer o campo de concen-
tração, mas não podia entrar e Shmuel dizia que lá 
era muito triste, não ti nha 
o que conhecer. Entre-
tanto, em um dia de festa, 
os meninos se encontra-
ram dentro da casa de 
Bruno. Cada um em uma 
perspecti va totalmente 
diferente, o menino rico e 
bem cuidado e o menino 
judeu, pobre, que estava 
ali somente para servir os alimentos.
Depois de um bom tempo de amizade, Bruno soube 
que teria de voltar a morar em Berlim, triste por ter 
que se despedir do amigo, Bruno com a intenção de 
provar sua amizade, vai até Shmuel tentar ajudá-lo 
a achar seu pai que havia sumido dentro do campo, 
para isso ti veram uma ideia e pensaram em um pla-
no para Bruno entrar no campo de concentração 
sem ninguém perceber. Mas algo acaba dando erra-
do para os dois meninos que acabam sofrendo uma 
triste consequência.
“O menino do pijama listrado” é uma óti ma leitura 
para todas as idades, sendo extremamente emocio-
nante e nos fazendo pensar em amizade, inocên-
cia e amor. Essa grande obra literária sofreu uma 
adaptação e virou um fi lme de muita emoção e que 
todos devem assisti r.
13
Uma história 
emocionante que 
nos faz pensar 
sobre amizade, 
inocência 
e amor
Periódico pedagógico para estudantesL I T E R A T U R A
14 JORNAL LUPA n. 6, AGO 2022
Convite
José Paulo Paes. Poemas para brincar. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/10736/caderno-poema.pdf. Acesso em: 5 ago. 2022.
Poesia
é brincar com 
palavras
como se brinca 
com bola, 
papagaio, pião. 
Só que bola, 
papagaio, pião 
de tanto brincar 
se gastam. 
As palavras não: 
quanto mais se 
brinca 
com elas 
mais novas fi cam. 
Como a água do 
rio que é água 
sempre nova. 
Como cada dia 
que é sempre um 
novo dia. 
Vamos brincar de 
poesia? 
14 P O E S I A
p a l a v r a s
p a
l a v
r a s p a l a v r a s
p a l a v r a s
p a
l a v
r a s p a l a v r a s
p a l a v r a s
p a
l a v
r a s p a l a v r a s
15Periódico pedagógico para estudantes
Velho Bit
Disponível em: https://velhobit.com.br/tirinhas. Acesso em: 4 ago. 2022.
15Periódico pedagógico para estudantesT I R I N H A
 p a l a v r a s
 p a
l a v
r a s p a l a v r a s
 p a l a v r a s
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l a v
r a s p a l a v r a s
 p a l a v r a s
 p a
l a v
r a s p a l a v r a s
P E R I Ó D I C O P E D A G Ó G I C O PA R A E S T U D A N T E S
D O E N S I N O F U N D A M E N TA L A N O S F I N A I S E E N S I N O M É D I O .
G O V E R N O D O E S TA D O D E M I N A S G E R A I S
S E C R E TA R I A D E E S TA D O D E E D U C A Ç Ã O D E M I N A S G E R A I S
E S C O L A D E F O R M A Ç Ã O E D E S E N V O LV I M E N T O P R O F I S S I O N A L D E E D U C A D O R E S
JORNAL

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