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resenha paulo freire

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Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Chapecó
Curso de Licenciatura: Pedagogia
Componente Curricular: Linguagens, alfabetização e letramentos I
Professora: Dra. Maria Lucia M Maraschin
Discente: Fernanda Baldo	
Texto base: FREIRE, Paulo . Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA 
	O livro intitulado como “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa”, escrito por Paulo Freire é composto de três capítulos: Não há docência sem discência; ensinar não é só transferir o conhecimento; ensinar é uma especificidade humana. O autor foi um educador brasileiro reconhecido por sua metodologia de ensino, que buscava colocar o aluno como protagonista do seu aprendizado, tornando-a um ser crítico, respeitando suas próprias circunstâncias. 
	No primeiro capítulo, Freire inicia seu raciocínio com uma comparação do ato de cozinhas, de velejar e ensinar/aprender, expondo que é na prática que os conhecimentos se confirmam, se modificam ou mesmo se ampliam, necessitando uma reflexão crítica sobre a prática. O autor também destaca que quem ensinar aprende ao ensinar. Pensa-se que quando o professor está passando seus ensinamentos ele é o sujeito e o educando é o objeto, e que o professor é o único que sabe, sendo dessa forma, Freire destaca que o professor também aprende, em ver as vivências dos alunos, pelos questionamentos feitos pelos alunos. Mostra que o professor também está no papel de aprendiz.
	O autor também faz uma crítica ao termo educação bancária, em que o professor enxerga o aluno como um banco, que deposita o conhecimento a fim de enriquecer o aluno sem considera-lo um ser pensante, sendo o ensino tradicional que todos conhecem. O aluno que recebe uma educação bancária não está necessariamente condenado a só pegar esse conhecimento e levar para casa, mas que possa a partir dessa educação desenvolver a criticidade. 
	Entretanto, destaca-se ainda no primeiro capítulo que “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. O ato de pesquisar necessariamente não é algo acrescentado ao ato de ensinar, porque pesquisar está ligado na definição de ensinar. Que o professor se veja como um pesquisador e busque assumir a dimensão da pesquisa com os estudantes, desde as preparações das aulas, nos trabalhos apresentados, o professor está sempre em constante aprendizado.
	Freire, no segundo capítulo “ Ensinar não é transferir o conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua construção ou sua produção”, mostra que os educadores necessitam criar um ambiente propício para que o aluno se veja instigado a aprender. Busca mostrar transferir o conhecimento é possibilitar que o aluno crie, produza, construa o conhecimento em um lugar que possa ter liberdade para suas curiosidades, indagações e questionamentos. 
Em relação a autonomia do educando, não quer dizer a autonomia do educando fazer o que quiser na hora que quiser, mas, sim ao respeito, a identidade a subjetividade de cada aluno. Consiste em ver que o educando pode sim ter desejos, interesses diferentes do professor. Sendo dessa forma o professor deve realizar a sua prática docente para que os alunos busquem sua autonomia para aprender sem influências.
	Outra particularidade observada, no terceiro capítulo, “Ensinar é uma especificidade humana”, deve-se pensar o que os professores devem trabalhar em sala de aula para que os alunos sejam estimulados a se desenvolver, se expressar, realizar todo o seu potencial, sua criatividade, sua curiosidade. Para Freire, o professor deve aprimorar sua autoridade democrática e garantir a liberdade dos alunos, sendo essa autoridade a segurança em si mesmo, o domínio, que tem muito a ver com a formação desse professor. A curiosidade do professor em busca assuntos diferentes, não se ater somente a livros didático, fazer uma ponta entre o conhecimento e aquele conhecimento prévio mostrado pelos alunos. Sendo assim, vem um ponto que é de suma importância que é o compromisso do educador com seu aluno, em buscar novos conhecimentos, em se especializar, em estar em constante aprendizado. E essa segurança que o professor necessita ter é que leva a respeitar a liberdade dos alunos, a discutir com naturalidade as suas próprias posições sabendo que podem sim errar, mas precisa entender que isso faz parte da sua segurança, e não precisando exercer sua autoridade e perdendo tempo em exigir “respeito”.
	Em virtude dos fatos mencionados, o livro Pedagogia da Autonomia, nos traz algumas indagações sobre a importância do professor demonstrar sua posições, em que não há neutralidade na educação e sim o professor que se diz “neutro” está corroborando com posições opressoras. Por fim, Freire destaca que devemos querer bem os alunos, pois para o autor a afetividade deve fazer parte desse processo. Ela não deve interferir no dever ético e na autoridade, mas, a prática docente precisa ser feita de forma alegre e respeitosa, uma relação mútua de respeito e empatia.

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