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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE EDUCAÇÃO Docente: Thiago Antunes Discente: Letícia Nunes REFERÊNCIA: SILVA, Tomaz Tadeu. O currículo como prática de significação. In: O currículo como fetiche. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. p. 07-31. O CURRÍCULO COMO FETICHE ● “Vivemos num tempo em que vemos nossas capacidades ampliadas e intensificadas, em que, potencialmente, se estendem nossas possibilidades vitais: de conhecimento, de comunicação, de movimento, de diminuição da dor e de aumento do prazer, de sustentação da vida”.(p.7) ● “Vivemos num mundo social onde novas identidades culturais e sociais emergem, se afirmam, apagando fronteiras, transgredindo proibições s e tabus identitários, num tempo de deliciosos cruzamentos de fronteiras, de um fascinante processo de hibridização de identidades. É um privilégio, uma dádiva, uma alegria, viver num tempo como esse, nurn tempo assim”.(p.7) ● “É num tempo como esse que nós, educadores e educadoras (pós)críticos/as, nos vemos moralmente obrigados, mais do que nunca, a fazer perguntas cruciais, vitais, sobre nosso ofício e nosso papel, sobre nosso trabalho e nossa responsabilidade”.(p.8) ● “É nossa tarefa e nosso trabalho, como educadores e educadoras criticos/as, abrir o campo do social e do político para a produtividade e a polissemia, para a ambiguidade e a indeterminação, para a multiplicidade e a disseminação do processo de significação e de produção de sentido”.(p.9) ● “É nesse contexto que se situa a questão da renovação e da ampliação da tradição crítica em educação. No centro dessa tradição crítica esteve sempre uma preocupação com questões de currículo”.(p.10) ● “Desde a ênfase no "conhecimento verdadeiramente útil" dos primeiros socialistas britânicos até a critica ao canone europeu, masculino e heterossexual feita pelos atuais movimentos sociais, passando pela análise do caráter socialmente construído do currículo feita pela Nova Sociologia da Educação ou pela crítica de Paulo Freire ao caráter bancário da educação, foi sempre a preocupação com questões de conhecimento e de currículo que ocupou, de forma preferencial, a imaginação e os esforços das pessoas dedicadas a teorização e a prática críticas em educação”.(p.10) ● “Não por coincidência, o currículo é também um dos elementos centrais das reestruturações e das reformas educacionais que em nome da eficiência econômica estão sendo propostas em diversos países”.(p.10) ● “As recentes transformações na teorização social, sob o impacto dos novos movimentos sociais, dos estudos culturais, das dúvidas e das problematizações epistemológicas colocadas pelo pós-modernismo e pelo pós-estruturalismo e, de forma mais geral, das radicais e profundas mudanças sociais em curso, estão tendo seu efeito também sobre a teorização curricular”.(p.12) ● “Um dos efeitos mais importantes das práticas culturais é o de produto de identidades sociais. Em geral, tende-se a naturalizar as identidades sociais, as formas pelas quais os diferentes grupos sociais se definem a si próprios e pelas quais eles são definidos por outros grupos”.(p.24) ● “As relações de alteridade são, por sua vez, fundamentalmente, relações de poder”(p.26). ● “Se há alguma dialética, trata-se de uma dialética que transforma inevitavelmente seus grandiosos ideais nos seus contrários: o progresso se transmuta em degradação e destruição; a emancipação em dependência e subjugação utopia em horror e pesadelo; a razão em irracionalismo e domínio”(p.31)
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