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Zoneamento Ecológico Econômico - SETOR 1

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT 
CURSO DE GEOGRAFIA BACHARELADO 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA DE PLANEJAMENTO EM GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DO CEARÁ – SETOR 1 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – CE 
2022
1 
 
INTRODUÇÃO 
O Projeto de Reestruturação e Atualização do Mapeamento do Zoneamento 
Ecológico Econômico do Ceará – ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento 
sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a 
conservação ambiental. Esta ferramenta de gestão ambiental consiste na demarcação 
de zonas ambientais e atribuição de usos e atividades compatíveis de acordo com as 
características de cada uma delas. A ZEE tem como finalidade o uso sustentável dos 
recursos naturais, bem como o equilíbrio dos ecossistemas existentes. 
A ZEE busca contribuir para gestão e uso do território, reduzindo as ações 
predatórias e trazendo amostra as atividades mais adaptadas às particularidades de 
cada região, melhorando a capacidade de percepção das inter-relações entre os 
diversos componentes da realidade, elevando a eficácia e efetividade dos planos, 
programas e políticas, públicos e privados, que incidem sobre um determinado 
território, especializando-os de acordo com as especificidades de cada lugar. 
O ZEE tem o objetivo de subsidiar a criação de políticas territoriais orientando 
os diversos níveis políticos administrativos na adoção de políticas convergentes com 
as diretrizes de planejamento estratégico, propondo soluções de proteção ambiental 
que considerem a melhoria das condições de vida da população e a redução dos 
riscos de perda de capital natural. 
O setor 1 da ZEE-CE compreende do norte do estado do Ceará partindo do 
município Jijoca de Jericoacoara que fica a oeste do estado do Ceará até Chaval, 
sendo este o município limítrofe com o estado do Piaui. Nesse setor de estudo possui 
atualmente cerca de 6 unidades (figura 1) de conservação sendo elas; 1º Parna de 
Jericoacoara, 2º APA Delta do Parnaíba, 3º APA Serra da Ibiapaba, 4º APA da Lagoa 
de Jijoca, 5º APA da Praia do Maceió e 6º APA da tatajuba. 
Esse relatório busca fazer uma breve exposição de cada unidade de 
conservação dentro do setor 1 apontando os principais aspectos naturais e antrópicos 
de cada unidade de conservação. 
2 
 
Figura 1 – Uso e Cobertura do Solo das Unidade de Conservação do Setor 1 
 
Fonte – Semace, 2016. 
 
1. Unidade de conservação – Jijoca de Jericoacoara 
De acordo com a Lei № 11.486 de 15 de junho de 2007, a área que constitui o 
Parque Nacional de Jericoacoara abrange um polígono de aproximadamente 8.850ha. 
A área terrestre do Parque está situada nos Municípios de Jijoca de Jericoacoara 
(82,8%) e Cruz (17,2%). A Área da Marinha/União correspondente a parte oceânica 
possui 25,97% da área total da Unidade de Conservação. Contudo, a sua Zona de 
Amortecimento (ZA) inclui, além de áreas pertencentes aos Municípios de Cruz e 
Camocim. 
A Zona de Amortecimento tem uma área terrestre total de 249,6Km² por toda 
área da Região do Parque Nacional de Jericoacoara. A parte marinha da ZA adentra 
2,5 milhas náuticas (equivalente a 4.635 metros) no Oceano Atlântico que se estende 
ao limite de toda a costa dos Municípios de Cruz e Jijoca de Jericoacoara e parte do 
3 
 
limite costeiro de Acaraú e Camocim, porem esse relatório dará ênfase a área que 
abrange somente Jijoca de Jericoacoara. 
Em relação ao uso e cobertura do solo, esta UC possui entorno de 97,59% de 
suas características naturais preservadas, incluindo oceanos e corpos d’água, contra 
3,59%de antropização. As características naturais preservadas, existe o predomínio 
de Vegetação Natural Herbácea, Oceanos, Sedimento Arenoso e Corpos d ́água 
(semace, 2016). 
Dentre as atividades antrópicas que mais impactam sobre essa UC, estão a 
Vegetação Antropizada com padrão irregular, Vegetação Antropizada com 
reflorestamento e Área Edificada em Edificação principalmente voltadas ao turismo. 
O turismo é o forte potencializador econômico da região, o município possui 2,8 mil 
empregos com carteira assinada, a profissão mais comum é a de camareiro de hotel, 
seguido de trabalhador da manutenção de edificações e de garçom. A remuneração 
média dos trabalhadores formais do município é de R$ 1,2 mil, valor abaixo da média 
do estado, de R$ 2,1 mil. 
A concentração de renda entre as classes econômicas em Jericoacoara pode 
ser considerada alta e é relativamente superior à média estadual. Destaca-se que 
composição de renda das classes mais baixas da cidade têm uma concentração 
39,9%, ou seja, maior que a média estadual, já as faixas de alta renda possuem 
participação 16,8 pontos abaixo da média. Do total de trabalhadores, as três 
atividades que mais empregam são: hotéis, restaurantes e comércio varejista de 
minimercados. 
Entre os setores característicos da cidade, também se destacam as atividades 
de hotéis e restaurantes. É importante salientar que essa concentração está presente 
no mais fortemente na região de estadia dos turistas e moradia, ou seja, não 
necessariamente dentro da unidade de conservação de “Jijoca de Jericoacoara”, mas 
mais densamente na unidade de conservação da “APA da lagoa de Jijoca”. 
 
2. APA da Lagoa de Jijoca 
A APA da lagoa Jijoca de Jericoacoara (figura 2) está localizada a oeste do 
estado do Ceará, é unidade de conservação de uso sustentável, criada por meio 
do DECRETO Nº 25. 975, de 10 de agosto de 2000, abrange uma área de 3.995,61 
hectares e localiza-se entre os Municípios de Cruz e Jijoca de Jericoacoara, a, 
4 
 
aproximadamente, 290 Km de Fortaleza (semace, 2010). A diversidade da fauna 
aquática é rica e considerada de extrema importância biológica, sendo a tainha e o 
camorim os principais. Quanto aos principais representantes terrestres podemos citar 
mais de 90 espécies diferentes de aves, dando destaque para os maçaricos 
migratórios. Quanto aos mamíferos podemos destacar as raposas e os preás. 
A vegetação é diversificada, principalmente devido a diversidade de ambientes 
como dunas fixas e semifixas, tabuleiros pré-litorâneos e mata ciliar. As espécies mais 
representativas são murici-da-praia, salsa-da-praia, grama-da-praia e cajueiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação ao uso e cobertura do solo, esta UC possui entorno de 57,83% de 
suas características naturais preservadas, incluindo a parcela de corpos d ́água, 
contra 42,67% de antropização. 
Dentre as características naturais preservadas, em ordem crescente, há 
predomínio de Vegetação Natural arbórea e arbustiva, Corpos hídricos e Vegetação 
Natural herbácea. Dentre as atividades antrópicas que mais impactam sobre essa UC, 
em ordem crescente, estão Vegetação antropizada com padrão irregular, Vegetação 
antropizada com cultura/reflorestamento e Área edificada/ em edificação. E dentre as 
Figura 2 - Mapa de Localização da Lagoa de Jijoca 
Fonte – Semace, 2019. 
5 
 
unidades Geoambientais predominantes que essa UC protege estão Tabuleiros Pré-
litorâneos, Planície Fluviolacustre, Planície Fluvial e Dunas Fixas. 
Analisando a Potencialidade de Uso, essa UC possui predominantemente uma 
potencialidade que varia de média a alta, que totalizam 63,6%, e determinam uma 
média a baixa Fragilidade Ambiental Natural. Acompanhada por uma Potencialidade 
de Uso baixa com 22,8%, culminando em uma Fragilidade Ambiental Natural alta. A 
área protegida por APP’s de 13,6%. Predominando, portanto, a média Capacidade de 
Suporte a Impactos Cumulativos no Ambiente (37,4%), que é determinada por baixos 
e médios impactos cumulativos. 
Seguido por uma baixa e alta Capacidade de Suporte a Impactos Cumulativos 
no Ambiente, que totalizam 48,9%, e determinam altos, médio e baixos impactos 
cumulativos. Ambas condicionadas à Fragilidade Natural desses ambientes. 
O município de Jijoca de Jericoacoarapossui 203,59 km2 de área sendo que 
21% de seu território apresenta Alta e 55% Média Potencialidade de Uso. 14% de seu 
território apresenta restrição legal ao uso, 2% Muito Baixa e 7% Baixa Potencialidade 
de Uso. Dos 203,60 km2 do município de Jijoca de Jericoacoara, 21,07% apresentam 
alta Capacidade de Suporte, 53,19% Média e 11,57% Baixa capacidade. 14,16% de 
seu território apresenta restrições legais. A APA da Lagoa de Jijoca e o Parque 
Nacional de Jericoacoara estão inseridas em áreas de Capacidade de Suporte Baixa 
e Média. 
 
3. APA Delta do Parnaíba 
A APA Delta do Parnaíba (figura 4) é uma unidade de conservação federal de 
uso sustentável e foi criada pelo Decreto Federal s/n°, de 28 de agosto de 1996. Sua 
área é de 309.594 hectares e abrange os municípios de Parnaíba, Luís Correia, Ilha 
Grande e Cajueiro da Praia, no Piauí; Araioses, Água Doce, Paulino Teves e Tutóia, 
no Maranhão; Chaval e Barroquinha, no Ceará, e nas águas jurisdicionais dos rios 
Parnaíba; Cardoso e Camurupim; e Timonha e Ubatuba, além de 5km de mar 
territorial. 
A APA Delta do Parnaíba estende-se pelos biomas da Caatinga, Cerrado e 
zona costeira e nela encontram-se planícies flúvio–marinhas com a presença de 
manguezais, carnaubal, grandes ilhas estuarinas, lagoas costeiras, restingas e 
campos de dunas fixas e móveis. A biodiversidade da APA é muito variada e nela 
6 
 
pode-se encontrar, por exemplo, espécies de animais como o caranguejo uçá, 
gambás, garça parda e o gato-maracajá e também é possível encontrar na APA 
algumas espécies de animais que correm grave risco de extinção como o guariba, o 
peixe serra, o peixe-boi-marinho e o mero. 
A APA Delta do Parnaíba sofre constantemente, em sua área, com pescas 
ilegais, descarte incorreto de resíduos sólidos, desmatamento e turismo predatório. 
De acordo com o decreto, a APA Delta do Parnaíba foi criada com o objetivo 
de: I – Proteger os deltas dos rios Parnaíba, Timonha e Ubatuba, com sua fauna, flora 
e complexo dunar; II – Proteger remanescentes de mata aluvial; III – Proteger os 
recursos hídricos; IV – Melhorar a qualidade de vida das populações residentes, 
mediante orientação e disciplina das atividades econômicas locais; V – Fomentar o 
turismo ecológico e a educação ambiental e VI – Preservar as culturas e as tradições 
locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E também de acordo com o decreto, mais especificamente o artigo 5°, é 
proibido a realização das seguintes atividades na APA Delta do Parnaíba: 
Figura 4 - Área de Proteção Ambiental - Delta do Parnaiba. 
ÁREA DO 
CEARÁ. 
Fonte - ICMBIO, 2022 
7 
 
I - Implantação de atividades salineiras e industriais potencialmente poluidoras, 
que impliquem danos ao meio ambiente e afetem os mananciais de água; 
II - Implantação de projetos de urbanização, realização de obras de 
terraplenagem, abertura de estradas e de canais e a prática de atividades agrícolas, 
quando essas iniciativas importarem em alteração das condições ecológicas locais, 
principalmente das zonas de vida silvestre; 
III - Exercício de atividades capazes de provocar erosão ou assoreamento das 
coleções hídricas; 
IV - Exercício de atividades que impliquem matança, captura ou molestamento 
de espécies raras da biota regional, principalmente do Peixe-boi-marinho; 
V - Uso de biocidas e fertilizantes, quando indiscriminados ou em desacordo 
com as normas ou recomendações técnicas oficiais; 
VI - Despejo, no mar, nos manguezais e nos cursos d'água abrangidos pela 
APA, de efluentes, resíduos ou detritos, capazes de provocar danos ao meio 
ambiente; 
VII - retirada de areia e material rochoso nos terrenos de marinha e acrescidos, 
que implique alterações das condições ecológicas locais. 
O Delta do Parnaíba está inserido na chamada “rota das emoções”, complexo 
turístico que inclui os Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e o Parque Nacional 
de Jericoacoara. 
No extremo leste do território da APA Delta do Parnaíba, entre o Piauí e o Ceará 
no município de Chaval (CE), nos manguezais e apicuns do estuário dos rios 
Timonha e Ubatuba, há um importante berçário para a reprodução do peixe-boi 
marinho, além de inúmeros outros animais de vida marinha, como peixes, camarões, 
caranguejos, siris, mariscos, etc. No município de Chaval (CE) também podem ser 
encontrados sítios arqueológicos, o santuário da gruta, as salinas, e a estrutura 
geológica com a formação de monólitos. Das formações rochosas mais conhecidas 
se destacam a Pedra do Céu, Pedra da Carnaúba, Pedra da Santa, Pedra do Letreiro 
e Pedra da Baliza. 
 
4. Área de Proteção Ambiental de Tatajuba 
Localiza-se dentro da área de costa do município de Camocim no oeste do 
Estado do Ceará (figura 5) a uma distância de 392 KM da capital Fortaleza e é 
8 
 
norteada pela Lei Municipal No. 559/94 que a rege como área de uso sustentável na 
categoria de APA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em extensão tem uma área compreendida de 3.7775 hectares delimitada pelas 
coordenadas conhecidas citadas em lei " A) Ponto N° 1: N = 9.685,0 Km (norte) - 
E=308,0 Km; B) Ponto N° 2: N= 9.685.4 Km (norte) - E= 316,0 Km; C) Ponto N° 3: N 
= 9.682,0 Km (sul) - E= 316,0 Km; D) Ponto N° 4: N = 9.682,0 Km - E = 308,0 Km. 
Com padrão UTM e meridiano central 39° WG ". A mesma segue os parâmetros das 
legislações federais e dá ao Ibama a autonomia no que rege a fiscalização e 
aplicabilidade da lei naquela região em consonância com a Lei Federal no. 9.985/2000 
que provém o sistema nacional de unidade de conservação da natureza admitindo os 
critérios para a criação e administração das mesmas, desta maneira as unidades de 
uso sustentável tem por objetivo a convergência entre a conservação natural e a 
utilização antrópica de certa porcentagem dos recursos naturais ali dispostos. 
Agora num escopo mais conteudista sobre a APA de tatajuba, vale salientar 
sobre características do lugar em convergência com os parâmetros de preservação. 
Esta unidade de conservação em possui uma porcentagem de salvaguarda dos seus 
recursos nativos de aproximadamente 78,51% das feições naturais conservadas 
admitindo aí recursos hídricos, sedimentos arenosos, vegetação natural de natureza 
herbácea e a própria conservação do oceano que banha tal área de costa Fronte a 
21, 49% de algum tipo de modificação antrópica que causam repercussões como: 
Figura 5 - Área de Proteção Ambiental de Tatajuba 
Fonte: Nettur UFC, 2006 
9 
 
vegetação antropizada, vegetação antropizada com reflorestamento na tentativa de 
compensação ambiental, área construída ou em processo de construção. É também 
de relevante explanação que esta unidade de conservação é a mais abrangente no 
que tange a sua porcentagem de praia terraços marinhos, cordões litorâneos, planície 
Fulvio lagunar, superfície de deflação em proporção a sua área integral. 
Esta unidade de conservação esquadrinha-se de em três maneiras de acordo 
com seu potencial de uso sendo a primeira instituída como Área de Proteção 
Permanente cerca de 44.8% do território, Taís áreas são descritas pela lei No. 
12.651/2012 em seu artigo 3⁰ como: "área protegida, coberta ou não por vegetação 
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a 
estabilidade geológica e a biodiversidade facilitar o fluxo gênico de fauna e flora 
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas", consecutivamente 
com potencialidade de uso média de 28,1% e por último com baixo percentual de uso 
e grande fragilidade em fração total de 24.60%. 
 
5. APA da Praia do Maceió 
A Área de Preservação Ambiental está localizada no litoral oeste do 
município de Camocim e fica a 365km de Fortaleza. Esta APA faz parte do setor um, 
refere-se como a de número 34, possui uma área de 13.445 km e está a 18km da 
praia do Maceió. O clima predominante no local é quente e úmido com temperaturas 
médias entre 26° e 27°C. 
EssaUnidade de Conservação é a mais conservada em relação a sua área 
total, pois possui uma área significativa de características naturais do território e uma 
pequena característica antrópica. Com base no exposto acima, o uso e cobertura do 
solo possui uma adjacência de 98,34% das suas características naturais preservadas 
e cerca de 1,66% sofreu com a antropização. 
As características naturais que podem ser mencionadas nesse território são 
a predominância de sedimento arenoso, vegetação herbácea e corpos d’água. Além 
disso, essa unidade de conservação protege as superfícies de deflação estabilizadas 
e ativas, a qual são superfícies planas relativamente inclinadas que abrangem do 
limite da maré alta até os campos de dunas. Essa Unidade de Conservação possui 
uma grande quantidade, diferente das outras UC’s, de planícies lagunar, superfícies 
10 
 
de deflação ativas e estabilizadas e os Eolianitos. Vale destacar que essa área 
territorial também protege as Dunas Móveis. 
Em questão da potencialidade de uso, essa Unidade de Conservação 
possui 28,9% de potencialidade de uso baixo a muito baixo, isso define a uma 
fragilidade Ambiental Natural alta a muito alto. Ademais, também há a potencialidade 
de uso média a alta que pode perfazer um potencial de 28,3%, a qual discrimina uma 
fragilidade ambiental natural média a baixa. Vale destacar que essa área é protegida 
por APP’s que totalizam cerca de 42,8%. 
Diante disso, a uma baixa capacidade de suporte dos impactos cumulativos 
no Ambiente, cerca de 29%, que corroboram por altos, médios e baixos. Esses 
impactos são resultantes de uma ação e são somados com a atuação do passado, 
presente e até do futuro. Diante disso, vale ressaltar que as atividades antrópicas que 
afetam essa APA são: vegetação antropizada com cultura/reflorestamento, área 
edificada e vegetação antropizada com padrão irregular. 
Contudo, essa APA tem como a Lei Municipal N° 622/97 de 19/12/1997 
com objetivos de ter um melhor domínio sobre ecossistema da praia do Maceió, 
fornecer melhores técnicas e métodos para a população local em relação ao uso do 
solo para não afetar o funcionamento dos refúgios ecológicos, preservar as 
comunidades bióticas nativas, os solos, as nascentes dos rios e as vertentes, por fim 
incrementar uma população regional consciente ecológica. Nessa APA uma das 
proibições é a implantação ou expansão de uma atividade poluidora ao ecossistema 
local. 
 
6. Unidade de Conservação - Serra da Ibiapaba no município de Chaval-CE. 
 O Município de Chaval possui 238,234 km² e está localizado na mesorregião 
Noroeste Cearense e na microrregião Camocim e Coreaú, na bacia hidrográfica Coreaú e tem 
como vegetação o Complexo Vegetacional da Zona Litorânea, Floresta Perenifólia Paludosa 
Marítima (IPECE, 2014), a aproximadamente 404 km da capital Fortaleza. O setor de indústria 
do município é predominante pela indústria de transformação (53,85%) e pela atividade de 
extração mineral (46,15%), já na área da pecuária se destacam: a carcinicultura, a criação de 
galináceos, bovinos e suínos. 
11 
 
 O solo do município apresenta diferentes classes de uso e de cobertura, a 
representatividade do solo é classificada pela vegetação natural arbustiva (62.85%) – ocorre em 
todo o território do Município com maior concentração na porção centro-sul, sendo que o 
mesmo é um dos que possui maior área de vegetação natural em relação à área total, vegetação 
antropizada com padrão irregular que ocorre em todo o território e vegetação natural dos 
mangues. As unidades geoambientais do município, tem de maior tamanho os tabuleiros pré-
litorâneos, apesar de não ter conexão com o mar, seu território apresenta planícies 
fluviomarinhas. 
 O município de Chaval não apresenta conexão direta com o mar. Há em seu território 
ocorre a continuidade do mangue na área da Planície Fluviomarinha, que marca a divisa entre 
o Ceará e o Piauí e a maior porção de APP do município. Ocorrem também áreas algumas 
porções de Superfície de Aplainamento em meio ao Tabuleiro Pré-litorâneo. 
O município de Chaval possui 238,07 km² de área sendo que 59% apresentam alta e 
21% média Potencialidade de uso. 11% de seu território possui restrição legal a utilização, 6% 
muito baixa e apenas 2% baixa potencialidade de uso. 
 Dos 238,08 km² do município de Chaval, 59,09% apresentam alta capacidade de 
suporte, 19,79% média e 10,04% baixa capacidade. Uma porção considerável da área de APP 
e baixa capacidade de suporte está inserida nas APAs da Serra do Ibiapaba e do Delta do 
Parnaíba (Figura 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 - Unidade de Conservação em Chaval - CE 
Fonte - UOL, 2013 
12 
 
Destaca-se que 11,08% de do seu território apresenta restrições legais. Ao comparar os 
percentuais de capacidade de suporte aos de potencialidade de uso, nota-se que o município de 
Chaval não apresentou aumento das áreas de média capacidade de suporte e nem diminuição 
considerável da alta capacidade de suporte, sendo estas as áreas de maior potencial de uso. Há 
uma tabela que apresenta também o uso antrópico de áreas onde há restrições legais a utilização. 
 Com base nos indicadores gerados o município apresenta uma situação de baixa 
pressão antrópica. Há predomínio de áreas com cobertura vegetal com vegetação de mangue 
associado a Planície Fluviomarinha inserida na APA do Delta do Parnaíba e apresenta baixo 
potencial de uso. Assim como Barroquinha, em Chaval a maior pressão antrópica se dá com a 
ocupação desta Planície por aquiculturas e salinas, sendo áreas de baixa potencialidade e 
restrição legal devido a presença da Vegetação de Mangue. A área onde se localiza a sede do 
município apresenta de média a alta potencialidade, porém está próxima a área de Planície 
Fluviomarinha, assim deve se ter um cuidado especial com a expansão urbana nesta região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERENCIAS 
BRASIL. Art. 1º Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, nos Estados do Piauí, 
Maranhão, e Ceará, e dá outras providências. De acordo com o Decreto de 28 de 
agosto de 1996, (Brasil, 1996). 
 
BRASIL. Art. 1o O Parque Nacional de Jericoacoara, situado nos Municípios de Jijoca 
de Jericoacoara e Cruz, no Estado do Ceará, criado nos termos do Decreto s/no de 4 
de fevereiro de 2002, passa a reger-se pelas disposições desta Lei, (Brasil, 2022) 
 
BRASIL, lei n: 9.985 de 18 de julho de 2000. regulamenta o art. 225, par. 1º, incisos i, 
ii, iii e vii da constituição federal, institui o sistema nacional de unidades de 
conservação da natureza e dá outras providências. Acesso em: 14/12/2022. 
Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm 
 
BRASIL, Lei n: lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012. dispõe sobre a proteção da 
vegetação nativa; altera as leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de 
dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as leis nºs 4.771, 
de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a medida provisória nº 
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Acesso em: 14/12/2022. 
Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm 
 
CE. Lei nº 629/97, de 19 de dezembro de 1997. Área de Proteção Ambiental da 
Praia do Maceió, Camocim,CE, 19 dez. 1997. Acesso em: 08/12/2022. Disponível 
em: < //efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://camocim.ce.gov.br/wp-
content/uploads/2021/06/APA-DO-MACEIO.pdft> 
 
CE.SEMACE. Área de Proteção Ambiental da Praia do Maceió. Acesso em: 
08/12/2022. Disponível em:< https://www.semace.ce.gov.br/2010/12/09/area-de-
protecao-ambiental-da-praia-de-maceio/> 
 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Área de proteção Delta do 
Parnaíba. Disponível em: <https://www.gov.br/icmbio/pt-
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biomas/marinho/lista-de-ucs/apa-delta-do-parnaiba/informacoes-sobre-visitacao-apa-delta-do-parnaiba/area-de-protecao-ambiental-delta-do-parnaiba>. Acesso em: 
06/dez/2022, 
 
Lei municipal 559, de 26 de dezembro de 1994. Declara a preservação ambiental à 
área que indica e dá outras providências. Camocim - CE, 26 dez 1994. Acesso em: 
08/12/2022 Disponível em: http://camocim.ce.gov.br/wp-
content/uploads/2021/06/APA-DA-TATAJUBA.pdf 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/2002/Dnn9492.htm
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https://referenciabibliografica.net/a/pt-br/ref/abnt
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https://www.semace.ce.gov.br/2010/12/09/area-de-protecao-ambiental-da-praia-de-maceio/
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Unidades de Conservação no Brasil. Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba 
(Federal) Disponível em: <https://uc.socioambiental.org/arp/1150>. Acesso em: 
07/dez/2022. 
 
Reestruturação e atualização do mapeamento do projeto Zoneamento Ecológico-
Econômico do Ceará – zona costeira e unidades de conservação costeiras- Relatório 
final de caracterização ambiental e dos mapeamentos / Superintendência Estadual do 
Meio Ambiente; GEOAMBIENTE – Fortaleza: SEMACE, 2016.

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