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GESTÃO ENERGÉTICA

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GESTÃO ENERGÉTICA: 
ISO 50.001
W
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05
57
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2.
0
22 
© 2019 POR EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida 
de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Juliana Caramigo Gennarini
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Revisor
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Pizol, Bruno
P695g Gestão energética: ISO: 50.001/ Bruno Pizol, – Londrina: 
 Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2019.
 140 p.
ISBN 978-85-522-1473-1
1. Eficiência energética. 2. Fontes de energia I. Pizol, 
 Bruno. Título.
 CDD 300
Responsável pela ficha catalográfica: Thamiris Mantovani CRB-8/9491
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
mailto:editora.educacional%40kroton.com.br?subject=
http://www.kroton.com.br/
3 3
GESTÃO ENERGÉTICA: ISO 50.001 
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 04
O consumo energético no Brasil e no mundo 05
Principais fontes de energia 27
Eficiência energética e sua importância 50
Pontos de perda energética 64
Programas de eficiência energética no Brasil 79
Principais pontos da norma ISO 50.001 95
Processo de certificação 114
Aplicação da norma ISO 50.001 129
444 
Apresentação da disciplina
Esta disciplina busca abordar tanto as fontes de energia quanto os novos 
conceitos de gerenciamento que podem ser utilizados na manutenção 
desses recursos. Na atualidade, as empresas, sejam elas de pequeno, 
médio ou grande porte, estão em busca de redução de custos de modo 
que o preço de seus produtos possa ser reduzido substancialmente, 
gerando assim maiores rentabilidades e destaque no mercado. O 
entendimento e a aplicação de conceitos como eficiência energética 
atrelados ao entendimento dos principais pontos de perdas energéticas 
ao qual um sistema está sujeito podem gerar grandes reduções de 
custos para as empresas, tendo em vista o fato de a energia elétrica 
estar presente na maioria das fases de um processo produtivo, seja 
esta empresa um escritório ou uma grande indústria. Na sociedade 
atual, mesmo dentro de casa, as pessoas estão se preocupando com 
este tema, não sendo raras as vezes que os lojistas usam o selo PROCEL 
de consumo de energia presente nos produtos para convencer o 
consumidor de que o produto ofertado de fato vale o investimento. 
Para auxiliar as empresas na gestão dos gastos energéticos, a ISO 
(International Organization for Standardization) criou em 2011 a primeira 
versão da norma ISO 50.001, a qual foi posteriormente revisada estando 
atualmente na sua versão 2018. Esta norma faz parte de um pacote de 
normas que visa não somente a redução de gastos das empresas, mas 
também uma redução na emissão de CO2 e de outros poluentes, sendo 
também dessa forma uma norma de cunho ambiental.
55 5
O consumo energético no Brasil 
e no mundo
Autor: Bruno Pizol Invernizzi
Objetivos
• Este tema tem como principal objetivo introduzir 
o conceito de energia elétrica e sua transmissão, 
bem como gerar um maior entendimento sobre as 
principais fontes utilizadas no Brasil e no mundo.
66 
Introdução
A energia elétrica é a base da economia moderna, sendo aquela 
essencial para o desenvolvimento socioeconômico de qualquer nação. 
As principais fontes de energia utilizadas no mundo são: hidráulica, 
carvão, petróleo, gás natural e nuclear. Dessas fontes de energia 
somente a hidráulica é do tipo renovável, sendo que nem todos os 
países possuem reservas de água suficientes para geração de energia 
a partir desta fonte. Assim, diversos países buscam fontes alternativas 
como as demais supracitadas, sendo que cada uma possui suas 
vantagens e desvantagens.
A busca por fontes renováveis se faz cada vez mais necessária, além 
da hidráulica, podemos destacar também a eólica e a solar, além da 
biomassa que vem ganhando espaço no cenário mundial. Devido ao fato 
de a energia ser necessária ao desenvolvimento, a busca por fontes já 
existentes tem gerado questões geopolíticas mundiais e em alguns casos 
podem ser fatores responsáveis pela geração de conflitos em grandes 
proporções entre nações. Por isso, cada vez mais tem-se a busca por 
novas fontes de energia, onde em geral os países estão buscando 
por fontes renováveis, já que as fontes não renováveis são escassas e 
tendem a desaparecer com o tempo. O presente tema irá apresentar 
as principais formas de energia que vêm sendo utilizadas no mundo, 
dando enfoque para o Brasil. Porém as formas apresentadas neste 
material não são as únicas existentes, mas essas podem ser tidas como 
as principais e mais aplicáveis devido às relações de custo-benefício.
1. Energia
Embora o termo “Energia” seja em geral empregado pelas pessoas com 
o intuito de designar energia elétrica, aquela que ocorre quando um 
interruptor é acionado resultando em uma luz acesa, ou como energia 
77 7
mecânica, aquela que faz com que um carro se desloque de um ponto 
A para um ponto B, este termo possui um aspecto mais amplo quando 
avaliado por um profissional da área da física ou da química.
Para estes profissionais, o termo “Energia” é amplo e atinge a tudo 
aquilo que existe no nosso universo, desde a forma como a luz gerada 
pelo sol é concebida até o momento em que os seres humanos se 
beneficiam desta através do consumo de alimentos por exemplo, sendo 
que esta última forma de energia nada mais é do que a quantidade de 
quilocalorias presentes nos alimentos.
Porém, para efeitos da presente aula, o termo “Energia” será empregado 
no sentido mais utilizado no mundo empresarial, sendo aquelas formas 
utilizadas na produção de energia elétrica e nos transportes. Esta 
separação é realizada pois abordar todos os tipos de energia existentes 
demandaria muito tempo, além de se tratar de um conhecimento muito 
específico onde em sua grande maioria não seria aplicado ao cotidiano 
de uma empresa.
PARA SABER MAIS
A energia proveniente do Sol é percebida pelos seres que 
vivem na superfície do planeta Terra em forma de luz e 
calor. Essa energia é gerada por um processo denominado 
“Fusão Nuclear”, onde diversos átomos se chocam uns 
com os outros de modo que seus núcleos se fundem. Este 
processo libera grande quantidade de energia térmica, 
sendo que a temperatura no núcleo do sol é estimada em 
15.000.000ºC1.
1 Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/sun.htm. Acesso em: 10 out. 2017.
88 
1.1 Eletricidade
O termo eletricidade é utilizado para designar a movimentação de 
cargas elétricas que ocorre por meio dos cabos e conectores elétricos. 
Esta é percebida, por exemplo, quando um equipamento elétrico como 
um televisor se encontra ligado.
Para que a eletricidade ocorra, é necessário que exista um meio 
condutor, como um cabo elétrico, o qual deva ser constituído de um 
material que seja capaz de permitir a movimentação das cargas elétricas, 
sendo assim denominado condutor elétrico, como é o caso dos fios 
de cobre. 
Além do cobre, existem outros materiais que também são considerados 
condutores elétricos: ferro, alumínio, prata, ouro,entre outros, sendo 
que em geral os metais são excelentes condutores elétricos. A tabela 1 
lista a condutividade elétrica de alguns materiais.
Tabela 1 – Condutividade elétrica de alguns metais.
Metal Condutividade elétrica (W-m)–1
Ferro 1,0 . 107
Alumínio 3,8 . 107
Ouro 4,3 . 107
Cobre 6,0 . 107
Prata 6,8 . 107
Fonte: Callister (2002, p.421).
Nota-se pela tabela 1 que embora o cobre seja o material mais aplicado 
em cabos e conexões elétricas, a prata é melhor condutor elétrico frente 
ao cobre. A justificativa para o emprego do cobre e não da prata é uma 
questão de custo, sendo a prata um material mais caro do que o cobre.
99 9
1.2 Potência elétrica e consumo elétrico
Todos os equipamentos elétricos possuem uma potência elétrica, sendo 
que esta indica o quanto de energia elétrica o equipamento irá consumir 
quando ligado, bem como a força que ele tem. A unidade utilizada para a 
potência elétrica no sistema internacional é o Watt, cuja abreviatura é W. 
Um exemplo típico para ilustrar a aplicação prática da potência elétrica 
pode ser visto comparando duas lâmpadas: uma de 60W e outra de 
100W. Dessa comparação é possível concluir os seguintes aspectos: 
1. A lâmpada de 60W é mais econômica do que a lâmpada de 100W;
2. A lâmpada de 100W é mais forte do que a lâmpada de 60W, ou 
seja, ela ilumina mais.
O mesmo pode ser aplicado para os equipamentos em uma empresa, 
seja esta um escritório ou uma área industrial, sempre que um 
equipamento possuir uma potência elétrica maior, este terá um maior 
consumo de energia elétrica, porém será capaz de entregar uma força 
maior durante a execução do trabalho.
A potência elétrica é definida conforme a Equação 1, onde P é a potência 
elétrica, I é a corrente elétrica e V é a tensão elétrica. A corrente elétrica 
possui como unidade padrão de medida o Ampere, cuja abreviatura é A, 
enquanto que a tensão elétrica possui como padrão de medida o Volt, 
cuja abreviatura é V.
 P = V . I Equação 1
Saber a potência elétrica de cada equipamento é importante para a 
execução dos cálculos de consumo elétrico do equipamento. Para 
efetuar o cálculo do consumo elétrico de um dado equipamento, basta 
1010 
multiplicar a sua potência elétrica pelo tempo que este equipamento 
ficou ligado, sendo que a unidade de medida do tempo tem que estar 
em horas, portanto a unidade de medida utilizada para o consumo 
elétrico é Watt hora, que pode ser abreviado por Wh. A equação 2 exibe 
a forma de cálculo para o consumo elétrico.
 E = P . Δt Equação 2
Onde E é o consumo de energia elétrica, P é a potência elétrica do 
equipamento e Δt é o tempo pelo qual este permaneceu em uso 
(ligado). Como exemplo prático podemos utilizar o chuveiro elétrico. 
Os chuveiros elétricos, em sua maioria, possuem uma chave seletora, a 
qual possui em geral 3 posições: desligado, verão e inverno. A potência 
elétrica para as posições verão e inverno podem variar conforme o 
equipamento. Supondo que um dado chuveiro esteja ligado na posição 
verão, sendo a potência especificada pelo fabricante de 2200W para esta 
posição, sabendo que este chuveiro permaneceu ligado por um período 
de 15 minutos, qual seria o seu consumo de energia elétrica?
Para a resolução deste exemplo, deve-se avaliar as unidades que estão 
sendo utilizadas, neste caso Watt para a potência elétrica e minutos para 
o tempo, porém o tempo tem que estar expressado em horas, portanto:
Tempo = 
15 minutos
60 minutos
 = 0,25 hora
Foi determinado que 15 minutos equivale a 0,25 hora, sendo assim, o 
cálculo do consumo elétrico é:
E = 2200 W x 0,25 h = 550Wh
Portanto, o consumo elétrico do chuveiro quando ligado na posição 
verão é de 550 Wh ou 0,55 kWh.
1111 11
LINK
A empresa COPEL, que é uma estatal paranaense, possui 
um simulador de consumo que pode ser utilizado para 
estimar o consumo de energia elétrica em uma residência, 
confira. Disponível em: http://www.copel.com/hpcopel/
simulador/index.htm. Acesso em: 12 mar. 2019.
1.3 A rede elétrica brasileira
Até meados da década de 1990, a rede elétrica brasileira era dividida 
em 2 grandes partes chamadas de Norte e Sul. A rede elétrica do Norte 
era responsável pelo abastecimento elétrico de parte da região Norte 
e de toda a região Nordeste, enquanto que a rede elétrica do Sul era 
responsável pelo abastecimento elétrico das regiões Sul, Sudeste, 
Centro-Oeste.
Ao final da década de 1990, iniciou-se um processo para interligar as 2 
redes elétricas. Esta ligação foi executada conforme ilustrado pela linha 
amarela presente no mapa da figura 1.
A interligação foi realizada com o intuito de suprir demandas 
excedentes, de modo que caso uma das redes, seja ela a Norte ou a Sul, 
estiver sobrecarregada, essa demanda momentânea por energia será 
suprida pela outra linha, evitando problemas como “apagões” (falta de 
energia que atingia regiões inteiras), o que era recorrente em meados da 
década de 1990, antes da construção da interligação Norte–Sul.
Os “apagões” eram mais comuns de ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, 
devido a densidade demográfica nessas regiões ser superior às demais 
regiões. Em adição, essas regiões tiveram um processo de urbanização e 
industrialização acelerado em relação ao restante do país, tendo sido o 
fator motivante para a realização da interligação, a qual ficou conhecida 
também por “Linhão”, devido à extensão do cabeamento.
http://www.copel.com/hpcopel/simulador/index.htm
http://www.copel.com/hpcopel/simulador/index.htm
1212 
Figura 1 – Mapa ilustrativo da interligação Norte-Sul
Fonte: http://www.eletrobras.gov.br.
PARA SABER MAIS
Nos anos de 2001 e 2002, devido à falta de investimentos 
feitos no setor energético, em conjunto com a escassez 
de chuvas, o país vivenciou uma época onde se tinha um 
risco iminente de “apagão”. Chegou a ser criado, pelo então 
presidente Fernando Henrique Cardoso, o chamado Ministério 
do Apagão, o qual ficou responsável por gerenciar a crise.
1313 13
Quando a interligação Norte–Sul foi concluída em 1998, criou-se 
através da resolução 351/98 do Ministério de Minas e Energia o Sistema 
Interligado Nacional – SIN, sendo este um sistema de coordenação e 
controle da geração e distribuição de energia elétrica no Brasil.
LINK
Maiores informações sobre o SIN, tais como a extensão 
da rede atual, seu mapeamento e detalhes sobre a rede 
nacional de transmissão elétrica podem ser vistas no link. 
Disponível em: http://www.ons.org.br/pt/paginas/sobre-o-
sin/o-que-e-o-sin. Acesso em: 12 mar. 2019.
1.4 A matriz energética mundial
A matriz energética é composta por diversos tipos de fonte geradora e 
de mercado consumidor. A energia elétrica é consumida principalmente 
pela indústria e pelas residências, porém o setor de transportes 
consome energia por fontes derivadas do petróleo principalmente, 
sendo que os motores de combustão interna ainda são os mais 
vendidos no mundo.
A figura 2 apresenta o consumo energético total para todos os setores 
incluindo todos os tipos de fonte energética.
1414 
Figura 2 – Matriz energética mundial em 2014, 
divisão por fonte de energia
Fonte: Adaptada de MME (BRASIL, 2015).
A figura 3 apresenta o consumo energético apenas para energia elétrica. 
Os dados utilizados para confecção deste gráfico foram extraídos da 
“Resenha Energética Brasileira” emitida no ano de 2015 para o ano 
calendário de 2014 pelo Ministério de Minas e Energia – MME. 
Figura 3 – Matriz elétrica mundial em 2014, divisão por fonte de energia
Fonte: Adaptada de MME (BRASIL, 2015).
1515 15
Em ambas as figuras, nota-se uma forte presença das formas de energia 
não renováveis, tais como: Gás Natural, Carvão, Urânio, Óleo e Gás (GLP 
e GNV). Considerando todas as formas de energia, as principais fontes 
geradoras de energia no mundo são o óleo e o carvão. A figura 3 mostra 
que as principais fontes de energia elétrica no mundo são o carvão e o 
gás, sendo que a energia gerada por usinas hidroelétricas corresponde 
a menos da metade da energia gerada pelas usinas termoelétricas,que 
utilizam o carvão como fonte geradora.
1.5 A matriz energética brasileira
A matriz energética nacional pode-se dividir em diversas frentes de 
acordo com o usuário. Os principais usuários no Brasil são: indústria 
(energia elétrica é a principal forma consumida), transporte (óleo diesel 
e gasolina ainda são os principais combustíveis) e residências (energia 
elétrica é a principal forma consumida).
A matriz energética brasileira é composta em sua maior parte por fontes 
renováveis, sendo o país com a matriz energética mais renovável do 
mundo, isso é decorrente principalmente pela utilização do potencial 
hídrico disponível.
A figura 4 ilustra o consumo final de energia por fonte, onde é possível 
notar que a principal fonte de consumo de energia no Brasil ainda é o 
óleo diesel, o qual é consumido principalmente pelo setor de transporte. 
Os dados apresentados foram extraídos do Balanço Energético Nacional 
(BEN) emitido em 2016 para o ano calendário de 2015.
1616 
Figura 4 – Matriz energética brasileira em 2015, 
divisão por fonte de energia
Fonte: Adaptada de MME (BRASIL, 2016).
LINK
Sugerimos que visite para verificar o Balanço Energético 
Nacional divulgado pelo Ministério de Minas e Energia 
– MME no ano de 2016, sendo que este apresenta os 
resultados obtidos para o ano calendário de 2015. 
Disponível em: http://www.cbdb.org.br/informe/
img/63socios7.pdf. Acesso em: 12 mar. 2019.
As figuras 5, 6 e 7 ilustram as principais fontes de energia utilizadas 
por cada tipo de usuário. Nota-se que a principal fonte de energia para 
a indústria e para as residências é a energia elétrica, que no Brasil é 
principalmente gerada pelas usinas hidroelétricas, enquanto que o setor 
de transporte consome principalmente o óleo diesel.
http://www.cbdb.org.br/informe/img/63socios7.pdf
http://www.cbdb.org.br/informe/img/63socios7.pdf
1717 17
Figura 5 – Consumo energético na indústria brasileira no ano de 2015, 
divisão por fonte geradora
Fonte: Adaptada de MME (BRASIL, 2016).
Figura 6 – Consumo energético no transporte brasileiro no ano de 2015, 
divisão por fonte geradora
Fonte: Adaptada de MME (BRASIL, 2016).
1818 
Figura 7 – Consumo energético nas residências brasileiras no ano de 
2015, divisão por fonte geradora
Fonte: Adaptado de MME (BRASIL, 2016).
Até o final de 2015, a geração de energia elétrica presente na matriz 
energética brasileira era constituída principalmente por 7 diferentes 
fontes: hidroelétrica, termelétrica (Gás Natural), eólica, termelétrica 
(Óleo e Diesel), biomassa, termelétrica (Carvão) e nuclear. Além dessas, 
também consta um percentual muito pequeno para a energia elétrica 
gerada por placas fotovoltaicas (Solar), sendo esta muito próxima de 0%.
Somando toda a capacidade de geração de energia elétrica, o Brasil 
produziu em 2015 um total de 615,9 TWh (615,9 trilhões de Watts-horas), 
a figura 8 representa a divisão da produção de energia elétrica total no 
ano de 2015, distribuída por cada uma das principais fontes de energia. 
PARA SABER MAIS
Em 2017, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) enviou para 
aprovação no senado o projeto de lei (PLS) 304/2017, 
1919 19
que proíbe a comercialização de automóveis movidos a 
combustíveis fósseis (gasolina, diesel e GNV) até 2030. Sendo 
assim, qualquer carro produzido a partir deste ano somente 
poderá ser de combustão interna se utilizar fontes com baixas 
emissões de CO2, como é o caso do etanol e do biodiesel. 
Figura 8 – Produção de energia elétrica para a matriz energética 
brasileira em 2016, divisão por fonte de energia
Fonte: Adaptado de MME (BRASIL, 2016).
Supondo a humanidade em um futuro distante em que todas as 
fontes de energia não renováveis, como combustíveis fósseis, tenham 
se esgotado, supondo também que os rios tenham secado, o sol 
tenha sido escurecido pela poluição de modo que sua energia já não 
possa ser captada e os ventos já não tenham mais a mesma força. 
Quais novas fontes de energia você proporia para serem utilizadas no 
abastecimento energético global?
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
2020 
2. Considerações finais
• Existem diversas formas de energia, porém para esta disciplina 
somente o conceito de energia elétrica interessa.
• Os condutores elétricos permitem que a eletricidade exista, sem 
eles não seria possível realizar a condução de cargas elétricas, 
fenômeno este que é necessário à existência da eletricidade como 
conhecemos.
• A rede elétrica brasileira é totalmente integrada, sendo que 
a energia produzida em qualquer usina brasileira pode ser 
aproveitada em qualquer lugar do país independente de sua 
localização.
• As principais fontes de energia utilizadas pelos seres humanos nos 
dias atuais ainda são o carvão e os combustíveis fósseis.
• As principais fontes de energia utilizadas no Brasil são os 
combustíveis fósseis e a hidrelétrica.
• O Brasil é o país que mais utiliza as energias renováveis, 
principalmente devido ao seu potencial hídrico.
Glossário
• Eletricidade: nome dado a uma das formas mais importantes da 
energia e aos fenômenos pelos quais manifesta a presença de 
partículas elementares, os elétrons, quer em repouso, quer em 
movimento.
• Energia: vigor, atividade, eficácia.
• Hidrelétrica: conjunto de instalações industriais destinadas à 
produção e distribuição de eletricidade gerada a partir de força 
hidráulica.
2121 21
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Leia o trecho abaixo, retirado da reportagem “Relembre 
os maiores blecautes das últimas décadas pelo mundo”, 
escrita por iG São Paulo, a qual foi publicada pelo site de 
notícias da empresa iG no dia 11 de novembro de 2009, 
e assinale a alternativa correta:
“O blecaute italiano foi causado por uma forte 
tempestade que atingiu a linha de transmissão que 
enviava energia elétrica da Suíça para a Itália. A falha 
sobrecarregou o sistema de geração de energia e causou 
um efeito cascata, derrubando o fornecimento em todas 
as áreas do país.” (Disponível em: http://ultimosegundo.
ig.com.br/apagao/relembre-os-maiores-blecautes-das-
ultimas-decadas-pelo-mundo/n1237786435371.html. 
Acesso em: 18 out. 2017.
Este texto se refere a qual problema similar e que era 
recorrente no Brasil na década de 1990?
a. Crise hídrica.
b. “El niño”.
c. Transposição do Rio São Francisco.
d. Apagão.
e. “La Niña”.
2. O que é o Sistema Interligado Nacional – SIN?
2222 
a. Sistema de coordenação e controle da geração e 
distribuição de energia elétrica no Brasil.
b. Um cabo de longa extensão que liga as redes de alta 
tensão do Norte e do Sul do país.
c. Rede elétrica que transmite energia elétrica para os 
estados das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste.
d. Criado através da resolução 351/98 do Ministério de 
Minas e Energia, trata-se de um sistema que visa o 
controle somente das redes de distribuição elétrica de 
baixa tensão.
e. Conjunto de cabos que ligam o Norte do país 
ao Nordeste.
3. Sabendo que uma lâmpada fluorescente de 15W possui 
a mesma luminosidade (capacidade de iluminação) 
de uma lâmpada incandescente de 60W de potência. 
Calcule a economia gerada após 1 hora de uso com 
a lâmpada de 15W no lugar de uma lâmpada de 60W 
de potência.
a. 0,060 kWh.
b. 0,075 kWh.
c. 0,045 kWh.
d. 0,020 kWh.
e. 0,015 kWh.
2323 23
4. Sabendo que a potência elétrica de um chuveiro elétrico 
é de 4000W, calcule o consumo mensal em kWh de uma 
residência onde vivem 4 pessoas. Considere que cada 
pessoa toma 2 banhos de 12 minutos por dia e o mês 
em questão possui 30 dias.
a. 186 kWh.
b. 192 kWh.
c. 200 kWh.
d. 165 kWh.
e. 223 kWh.
5. Sabendo que um país é famoso pelos seus ventos, que 
sopram fortes e de forma constante, e que este não 
dispõe de recursos hídricos ou plantações, por fim, este 
país se localiza no extremo norte onde o sol não se faz 
presente por longos períodos. Qual seria a fonte de 
energia renovável mais indicada para esse caso?
a. Termonuclear.
b. Termoelétrica (Carvão).
c. Hidroelétrica.
d. Termoelétrica (Óleo Diesel).
e. Eólica.
2424 
Referências bibliográficasBRASIL. Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras. Ministério de Minas e 
Energia. Transmissão de Energia. [20--?]. Disponível em: http://eletrobras.com/pt/
Paginas/Transmissao-de-Energia.aspx. Acesso em: 18 set. 2017.
BRASIL. Empresa de Pesquisa Energética. EPE. Ministério de Minas e Energia – 
MME. Balanço Energético Nacional: Relatório Síntese - ano base 2015. Rio de 
Janeiro: Ministério de Minas e Energia – MME, 2016. 62 p. Disponível em: http://
www.cbdb.org.br/informe/img/63socios7.pdf. Acesso em: 18 set. 2017.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia - MME. Resenha Energética 
Brasileira: Exercício de 2014. Brasília: Ministério de Minas e Energia - MME, 2015. 
32 p. Disponível em: http://www.mme.gov.br/documents/1138787/1732840/
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(secom). Matriz energética - 2010. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/meio-
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CALLISTER JUNIOR, William D. (Ed.). Propriedades Elétricas: Condução Elétrica. In: 
CALLISTER JUNIOR, William D. (Ed.). Ciência e Engenharia de Materiais: Uma 
Introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: Ltc - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 
2002. Cap. 19. p. 416-422.
EDP BRASIL (São Paulo). Conceitos sobre energia elétrica. [200-?]. Disponível em: 
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BASES DE UMA NOVA GEOPOLÍTICA. Niterói: Universidade Federal Fluminense 
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HAMILTON, Calvin J. (Ed.). O Sol. 1997. Traduzido por Kepler Oliveira. Disponível em: 
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REIS, Lineu Belico dos (Ed.). Geração de Energia Elétrica. 3. ed. São Paulo: Manole 
Ltda, 2017. 536 p.
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http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2010/11/matriz-energetica
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http://www.edp.com.br/pesquisadores-estudantes/energia-eletrica/conceitos-sobre-energia-eletrica/Pag
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http://www.uff.br/engevista/9_1Engevista5.pdf
http://www.uff.br/engevista/9_1Engevista5.pdf
2525 25
RIBEIRO, Amarolina. Distribuição de energia elétrica no Brasil; Brasil Escola. 
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-energia-
eletrica-no-brasil.htm. Acesso em: 18 set. 2017.
YOUNG, Hugo D. et al (Ed.). Física 3: Eletromagnetismo. 10. ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2005. 402 p.
Gabarito
Questão 1 - Resposta D
Entre todas as alternativas, a única que possui similaridade 
com Blecaute é a resposta D, “Apagão”; todas as demais 
respostas se referem a temas envolvendo tempo, temperatura e 
questões hídricas.
Questão 2 - Resposta A
Somente a questão A é correta, pois o SIN se trata de um 
sistema e não de um cabo, ou conjunto de cabos e redes, não 
sendo responsável somente pela coordenação e controle das 
redes de baixa tensão, mas de todas as redes atuantes no país, 
principalmente as de alta tensão.
Questão 3 - Resposta C
Forma de resolução: 
Como as respostas estão em kWh e não Wh, primeiro tem-se que 
transformar W em kW, portanto a lâmpada de 15W possui 0,015kW 
enquanto a lâmpada de 60W possui 0,060kW 
Como E = P x Δt
Para a lâmpada de 15W – E15W = 0,015kW x 1 hora = 0,015kWh
Para a lâmpada de 60W – E60W = 0,060kW x 1 hora = 0,060kWh
Para saber a economia de energia elétrica, deve-se fazer o consumo 
da lâmpada de 60W subtraído do consumo da lâmpada de 
15W, portanto:
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-energia-eletrica-no-brasil.htm
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-energia-eletrica-no-brasil.htm
2626 
E60W – E15W = 0,060kWh – 0,015kWh = 0,045kWh
Questão 4 - Resposta B
Primeiro, deve-se calcular a quantidade de banhos tomados no 
mês, portanto 2 x 4 x 30 = 240 banhos por mês.
Como cada banho tem a duração de 12 minutos, então temos 240 x 
12 = 2.880 minutos (48 horas)
E = P x Δt = 4000W x 48 horas = 192.000Wh = 192kWh
Questão 5 - Resposta E
Entre todas as alternativas, apenas a C (Hidráulica) e a E (Eólica) 
são fontes de energia renováveis, porém conforme informado no 
enunciado, o país não dispõe de recursos hídricos, além de possuir 
ventos constantes e fortes, o que é essencial para uma usina eólica.
2727 27
Principais fontes de energia
Autor: Bruno Pizol Invernizzi
Objetivos
• Este tema tem como principal objetivo gerar um 
melhor entendimento sobre as fontes de energia. 
Além disso, ao final deste, o aluno deverá saber 
identificar os principais pontos envolvidos na 
obtenção de energia.
2828 
Introdução
As fontes de energia são utilizadas na produção de algum tipo de 
energia específica, como por exemplo a gasolina que é utilizada no 
motor dos carros para produzir energia cinética, ou ainda os ventos 
que podem ser utilizados como fonte de energia para produção de 
energia elétrica nos aerogeradores. As fontes renováveis (eólica, hídrica, 
maremotriz, geotérmica, etanol, entre outras), embora hoje sejam 
menos utilizadas pelo ser humano, são as mais desejáveis pelo fato de 
não serem esgotáveis, enquanto que as largamente utilizadas, que são 
as não renováveis (petróleo, urânio, gás natural, carvão mineral, entre 
outras), tendem a se tornar cada vez mais escassas. Ao buscar por 
novas fontes de energia, sejam essas renováveis ou não, os governantes 
tendem a priorizar as fontes que são mais abundantes em seus países, 
de forma a depender o mínimo possível da importação de energia. 
No Brasil, por exemplo, as principais fontes utilizadas são a hidráulica, 
o petróleo e a cana-de-açúcar, sendo todas essas fontes abundantes 
no país. Os demais países do mundo, de forma geral, ainda são muito 
dependentes do petróleo, porém a maioria desses não possui reservas 
de petróleo em seu território, tendo que importar de outros países. 
Na Europa, por exemplo, existe uma dependência do petróleo e do 
gás natural produzidos pela Rússia, onde qualquer tensão local pode 
fazer com que os preços desses dois produtos disparem, ou ainda que 
o governo Russo interrompa o fornecimento para a Europa. Este é um 
exemplo da importância das fontes de energia e o motivo pelos quais 
essas geram tantos conflitos.
1. Fontes primárias de energia
Fontes primárias de energia são aquelas que podem ser obtidas 
diretamente na natureza, como, por exemplo, o carvão, o gás natural, o 
urânio e o petróleo. Além dessasformas, são fontes primárias o vento, 
2929 29
o sol e resíduos vegetais e animais. A gasolina e o etanol não são fontes 
primárias de energia, tendo em vista que a primeira é derivada do 
petróleo e a segunda da cana-de-açúcar. 
Conforme visto na unidade 1, a principal fonte primária de energia 
utilizada nos dias atuais, tanto no Brasil quanto no mundo, é o 
petróleo, sendo que diversas fontes de energia utilizadas pelo homem 
contemporâneo derivam desta, como é o caso do GLP, da gasolina e 
do óleo diesel. Para a obtenção desses subprodutos é necessário fazer 
o chamado “refino do petróleo”, processo pelo qual este é submetido 
visando à sua divisão nos diversos subprodutos.
As fontes de energia podem ser divididas em renováveis e não 
renováveis. As fontes de energia renováveis são aquelas cuja utilização 
e uso não geram o seu esgotamento, pois essas estão sempre se 
renovando em curtos espaços de tempo, por exemplo, todas as energias 
que são obtidas a partir de elementos naturais como a água (energia 
hídrica), os ventos (energia eólica), o sol (energia solar), entre outras.
As fontes de energia não renováveis são o oposto, ou seja, são fontes 
que quando utilizadas não irão se regenerar em um curto espaço 
de tempo, sendo esses recursos limitados. O principal exemplo é o 
petróleo, que embora ocorra de forma natural, este leva milhões de 
anos desde a decomposição de material orgânico até a sua formação. 
Outras fontes de energia não renováveis que são largamente utilizadas 
na atualidade são: carvão, gás natural e o urânio.
Dessa forma, uma fonte de energia que poderia se encaixar como não 
renovável é a cana-de-açúcar, pois uma vez que a plantação é extraída 
não se tem mais como extrair novamente. Porém, esta pode ser 
plantada novamente, sendo que esta plantação será aproveitada pela 
mesma geração de pessoas que a plantou, ou seja, sua regeneração é 
realizada em um curto espaço de tempo, sendo que as safras de cana-
de-açúcar são anuais. Contudo, a cana-de-açúcar é uma fonte de energia 
considerada renovável.
3030 
Outra preocupação do mundo moderno em relação às fontes de energia 
é o meio ambiente, onde cada tipo específico de fonte gera um dado 
impacto ambiental, sendo que este deve ser avaliado como um risco 
para a atual geração, bem como para as gerações futuras. 
O impacto ambiental mais comentado, sem dúvida nenhuma, é o efeito 
estufa gerado principalmente pela emissão de CO2, porém, mesmo 
quando usamos a água como fonte de energia, em nossas hidroelétricas, 
existe um grande impacto ambiental devido ao represamento da água, 
o que gera uma inundação em toda a várzea do rio em sua região 
represada, resultando em redução principalmente da flora local. 
Já para o caso da utilização de urânio, não ocorre a emissão de CO2, 
também não é necessário inundar uma região inteira para que a 
sua energia seja utilizada, porém a sua manipulação exige cuidados 
específicos em relação à radioatividade deste elemento químico, o que 
gera grandes preocupações na comunidade mundial.
Portanto, todas as formas de energia possuem algum impacto, sendo 
assim os governantes buscam sempre que possível variar as fontes de 
energia utilizadas pelo país, de modo a distribuir a geração de energia 
em diversas fontes distintas. O Brasil segue este exemplo, pois embora a 
nossa matriz energética seja predominantemente hídrica, também utiliza 
carvão, gás natural, óleo diesel, além da eólica e muito pouco da energia 
solar, sendo que até mesmo o tão questionável urânio está presente.
PARA SABER MAIS
Em 1997 foi assinado em Kyoto, no Japão, o primeiro 
tratado sobre redução da emissão de poluentes. Este 
tratado foi chamado de Protocolo de Kyoto, sendo que os 
países que o assinaram se comprometeram, entre outras 
coisas, com a redução dos níveis de emissão de poluentes 
em 5,2% para os anos compreendidos entre 2008 e 2012 
em relação aos níveis de 1990.
3131 31
LINK
Para encontrar maiores informações sobre o tratado de 
Kyoto, visite o link. Disponível em: http://protocolo-de-kyoto.
info/aquecimento-global.html. Acesso em: 12 mar. 2019.
1.1 Petróleo
O petróleo é composto basicamente por misturas de hidrocarbonetos 
(moléculas de carbono e hidrogênio), outros elementos químicos 
comumente presentes em sua composição são o enxofre e nitrogênio 
e oxigênio, porém em pequenas quantidades, sendo que a sua 
composição varia de acordo com a sua procedência.
Os depósitos de petróleo se encontram em rochas sedimentares, 
estando em seus poros e fraturas, podendo se apresentar na forma 
gasosa, líquida ou sólida. Nesses depósitos, além do petróleo, 
encontram-se água salgada e uma mistura de gases. Devido à presença 
dessa mistura de gases, quando se tem uma perfuração nos poços 
de petróleo, este jorra por conta da pressão gerada pelos gases. A 
formação do petróleo se dá pela decomposição de matéria orgânica 
por bactérias em meios com baixo teor de oxigênio, sendo a pressão 
exercida pelos movimentos da crosta terrestre essencial para a sua 
formação. Este é a principal fonte de combustível utilizada no mundo, 
sendo uma fonte de energia não renovável e poluente. A combustão dos 
derivados de petróleo gera grandes volumes de CO2, devido ao fato de 
este ser composto por hidrocarbonetos.
LINK
Maiores informações sobre o petróleo e sua forma de 
produção, bem como o percurso percorrido até a sua 
http://protocolo-de-kyoto.info/aquecimento-global.html
http://protocolo-de-kyoto.info/aquecimento-global.html
3232 
utilização podem ser obtidas no link. Disponível em: http://
www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-
atuacao/. Acesso em: 12 mar. 2019.
A principal etapa do processo de refino do petróleo consiste na 
destilação fracionada do mesmo, onde são gerados diferentes produtos 
para utilização de acordo com o tipo de hidrocarboneto gerado, sendo 
que neste processo os subprodutos são separados pela sua densidade. 
A figura 9 ilustra o esquema de uma torre de destilação fracionada.
Figura 9 – Esquema da destilação fracionada utilizada 
no refino de petróleo
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/petroleo
A figura 9 mostra os principais subprodutos do petróleo, que são: o gás 
liquefeito de petróleo (GLP), a gasolina automotiva, a nafta, querosene 
de aviação, querosene, diesel e outros óleos combustíveis.
Conforme visto na unidade anterior, no Brasil utiliza-se os subprodutos 
diesel, óleo combustível, gasolina e querosene no setor de transporte 
para abastecimento de carros, caminhões, aviões, barcos, entre outros. 
Torre de Destilação
GLP
Gasolina
Nafta para 
petroquímica
Querosene de 
aviação
Querosene
Diesel
Gasolina para 
posterior 
processamento
Óleo combustível
http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/
http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/
http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/petroleo 
3333 33
Para a produção de energia elétrica, são utilizados o diesel e os óleos 
combustíveis, os quais são enviados para as usinas termelétricas. Já o 
GLP é utilizado em residências, principalmente para abastecimento dos 
fornos e fogões, além disso, as residências também utilizam o diesel, 
óleo, gasolina e querosene.
A figura 10 mostra o perfil esquemático de uma usina termelétrica, onde 
observa-se que, para este tipo ilustrado, os combustíveis utilizados são 
gás natural e óleo. Ambos são abastecidos na câmara de combustão, 
onde ocorre a adição de ar atmosférico por meio de um compressor, 
gerando dessa forma uma reação de combustão a qual resulta na 
emissão de gases em altas temperaturas, os quais são responsáveis por 
girar as pás da turbina, transformando a energia térmica em energia 
cinética. O eixo da turbina é o mesmo eixo do gerador, sendo o gerador 
responsável por converter a energia cinética do eixo em energia elétrica, 
a qual é transmitida para o transformador onde a “eletricidade” (energia 
elétrica)é convertida para valores de tensão e corrente próprios para as 
linhas de transmissão. Após os gases serem utilizados para movimentar 
a turbina, esses são devolvidos para a atmosfera por meio do exaustor.
Figura 10 – Esquema de funcionamento de uma usina termelétrica
Fonte: http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap6.pdf
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap6.pdf
3434 
1.2 Hídrica
A energia hídrica é utilizada principalmente para a produção de energia 
elétrica, sendo considerada uma fonte limpa (sem emissão de poluentes) 
e renovável. Porém, para que esta possa ser utilizada, as obras de 
construção incluem a mudança no curso de rios e a formação de um 
reservatório, o qual resulta na inundação de grandes áreas.
O seu princípio de funcionamento é similar ao de um antigo moinho 
de água, onde a força da água é utilizada para movimentar a moenda. 
Porém, neste caso a força da água gira uma turbina, sendo que o eixo 
desta é acoplado a um gerador.
A figura 11 ilustra um esquema de funcionamento de uma usina 
hidroelétrica, onde se observa que o reservatório é construído por 
meio de uma represa de água. Existe uma porta de controle, a qual 
é responsável por acionar e controlar o funcionamento da turbina, 
quando esta é totalmente aberta tem-se a potência máxima sendo 
gerada, e quando se encontra totalmente fechada a turbina é desligada.
A água, sob alta pressão, é empurrada para um duto que liga o 
reservatório à turbina. Quando a água entra em contato com as pás 
da turbina, ela força as pás em um sentido único fazendo com que 
a turbina gire em torno do seu eixo, dessa forma a energia hídrica é 
convertida em energia mecânica (energia cinética, pois o eixo central 
está em movimento). 
O eixo central desta turbina é o mesmo eixo central do gerador, que 
é o responsável por converter a energia mecânica do eixo em energia 
elétrica, a qual é enviada para o transformador, onde a “eletricidade” 
(energia elétrica) é convertida para valores de tensão e corrente próprios 
para as linhas de transmissão.
Uma usina hidroelétrica possui diversas turbinas, sendo que a de Itaipu, 
por exemplo, possui 20 unidades geradoras, ou seja, 20 turbinas. Toda a 
água que passa por essas turbinas depois é despejada na parte baixa do 
rio, o qual segue seu curso normal.
3535 35
Figura 11 – Esquema de funcionamento de uma 
usina hidroelétrica
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25039
1.3 Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar possui uma composição média de 13% de fibra 
(celulose, hemicelulose e lignina) e 87% de caldo, dos quais temos os 
percentuais de, segundo Ribeiro (1999, p.3-4), “74,5% de água, 25% de 
matéria orgânica e 0,5% de material mineral”, que varia em função das 
seguintes condições: clima, solo, tipo de cultivo, variação de cana que é 
empregada, estágio de maturação e idade.
Esta matéria-prima é utilizada pela indústria sucroalcooleira na 
produção de álcool, açúcar e a tradicional cachaça brasileira. Além disso, 
o bagaço da cana-de-açúcar é utilizado para produção de energia em 
plantas de biomassa. 
Contudo, os principais compostos da cana-de-açúcar utilizados na 
produção de energia são a fibra, que constitui o chamado bagaço, e a 
matéria orgânica que é principalmente constituída de sacarose, a qual é 
utilizada na produção do álcool.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25039
3636 
O álcool produzido a partir da cana-de-açúcar também pode ser 
misturado a óleos vegetais (extraído da soja, mamona, dendê, girassol 
entre outros) para a produção do biodiesel. 
PARA SABER MAIS
O hidrogênio seria a fonte de energia menos poluente, 
pois o produto da sua combustão é a água. Este pode ser 
utilizado da mesma forma que qualquer outro combustível, 
ou seja, basta iniciar a sua combustão tendo o oxigênio 
como comburente. Além de ser uma fonte de energia limpa 
e totalmente renovável, já que em tese poderia ser obtido a 
partir da água, sua queima produz grandes quantidades de 
energia. Porém, a sua utilização ainda não é possível pela 
dificuldade de obtenção deste elemento como H2, sendo 
esta a forma apropriada para a combustão, além disso o 
seu armazenamento também é um ponto crítico.
LINK
Você poderá encontrar alguns esclarecimentos quanto ao 
emprego do hidrogênio como fonte de energia no artigo 
de Flávia Martini, Hidrogênio é alternativa de energia 
viável, limpa e renovável. Disponível em: http://www.jornal.
uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=ar
ticle&id=325:hidrogo-lternativa-de-energia-vil-limpa-e-
renovl&catid=56:jornal-68-julho-de-2007&Itemid=2. Acesso 
em: 12 mar. 2019.
http://www.jornal.uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=325:hidrogo-lternativa-de-energia-vil-limpa-e-renovl&catid=56:jornal-68-julho-de-2007&Itemid=2
http://www.jornal.uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=325:hidrogo-lternativa-de-energia-vil-limpa-e-renovl&catid=56:jornal-68-julho-de-2007&Itemid=2
http://www.jornal.uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=325:hidrogo-lternativa-de-energia-vil-limpa-e-renovl&catid=56:jornal-68-julho-de-2007&Itemid=2
http://www.jornal.uem.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=325:hidrogo-lternativa-de-energia-vil-limpa-e-renovl&catid=56:jornal-68-julho-de-2007&Itemid=2
3737 37
Portanto, a cana-de-açúcar é a base para 3 diferentes tipos de fonte 
de energia, o etanol, o biodiesel e a biomassa. Os dois primeiros 
são utilizados como combustível no setor de transporte e em usinas 
termelétricas, já o último é utilizado na produção de energia elétrica 
nas usinas de biomassa. As usinas de biomassa também podem utilizar 
qualquer outra fonte orgânica que se encontre em decomposição 
(esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas entre outros), gerando 
assim o gás metano, sendo este o combustível utilizado por essas usinas.
A figura 12 ilustra um esquema simplificado de uma usina termelétrica, 
sendo que este modelo pode utilizar diversas fontes de energia, 
inclusive o etanol e o biodiesel. Nesta figura, observa-se que o sistema é 
composto por:
1. Fornalha: região onde ocorre a queima do combustível, sendo que 
esta possui uma chaminé onde os gases provenientes da queima 
são lançados para a atmosfera;
2. Caldeira: trata-se de um tanque esférico selado, onde se encontra 
uma mistura de água e vapor. Este tanque é constantemente 
aquecido pela fornalha, dessa forma a água sempre se encontra 
em ebulição, formando a mistura em equilíbrio de líquido e vapor.
3. Turbina: trata-se de um rotor com diversas pás em hélice. Quando 
o vapor de água proveniente da caldeira entra em contato com a 
turbina, ele faz com que esta gire em torno do seu eixo central, 
gerando energia mecânica (energia cinética).
4. Gerador: compartilha com a turbina o mesmo eixo, sendo que o 
gerador é o responsável por converter a energia mecânica (energia 
cinética) do eixo em energia elétrica.
5. Rede elétrica: é a rede de transmissão de energia, porém a figura 
não está completa, pois a eletricidade gerada pelo gerador não 
possui condições adequadas para a sua transmissão, sendo 
necessária a existência de um transformador entre o gerador e 
3838 
a rede elétrica. O transformador é o responsável por adequar 
a “eletricidade” de modo que esta possa entrar na rede de 
transmissão.
6. Condensador: após o vapor de água passar pelas pás da turbina, 
gerando energia cinética no eixo central, este vapor passa por um 
condensador, o qual é responsável pelo seu resfriamento, fazendo 
com que este retorne a forma líquida, recomeçando o processo.
Figura 12 – Esquema de funcionamento de uma usina termelétrica
Fonte: http://eletricasimplesefacil.blogspot.com/2015/04/ 
geracao-de-energia-eletrica.html
A diferença entre as usinas termelétricas representadas nas figuras 10 
e 12 consiste do meio utilizado para movimentar a turbina. Na figura 
10, a movimentação da turbina é realizada pelos gases, produto da 
combustão do óleo e dogás natural. Na figura 12, a movimentação da 
turbina é realizada pelo vapor de água, sendo que a fonte de energia 
(etanol, biodiesel entre outros) é utilizada para aquecimento da água.
A figura 13 ilustra uma usina de biomassa, onde se observa o mesmo 
esquema já visto para a usina termelétrica a etanol e biodiesel ilustrada 
na figura 12, porém o material combustível utilizado para este caso é o 
bagaço da cana-de-açúcar.
http://eletricasimplesefacil.blogspot.com/2015/04/geracao-de-energia-eletrica.html
http://eletricasimplesefacil.blogspot.com/2015/04/geracao-de-energia-eletrica.html
http://caroldaemon.blogspot.com.br/2013/09/como-funciona-uma-termoeletrica.html 
3939 39
Figura 13 – Esquema de funcionamento de uma 
usina de biomassa
Fonte: http://www.nalutaenalabuta.com.br/2011/02/funcionamento-da- 
usina-de-biomassa.html
1.4 Gás natural
O gás natural também é uma mistura de hidrocarbonetos, ou seja, 
é composto principalmente por carbono e hidrogênio, sendo que os 
principais são metano (CH4), eteno (C2H6) e propano (C3H8). O metano é 
predominante, constituindo mais de 70% da composição do gás natural. 
O gás natural é assim chamado pois na natureza, em pressões 
atmosféricas normais, ele é encontrado na forma de gás, o que difere 
esta fonte das demais estudadas até então, já que todas se encontravam 
no estado sólido ou no estado líquido.
Esta fonte de energia pode ser dividida em 2: associada e não associada. 
A associada é encontrada em reservatórios geológicos misturada com o 
petróleo, seja dissolvida ou formando apenas uma capa ao redor deste. 
http://www.nalutaenalabuta.com.br/2011/02/funcionamento-da-usina-de-biomassa.html
http://www.nalutaenalabuta.com.br/2011/02/funcionamento-da-usina-de-biomassa.html
4040 
Enquanto que a não associada, como o nome já sugere, é encontrada 
de forma pura sem petróleo ou água. Pode ser utilizada como fonte de 
energia para o transporte (GNV – Gás Natural Veicular) ou como fonte de 
energia nas usinas termelétrica, conforme ilustrado na figura 10.
1.5 Carvão Mineral
Essa fonte, assim como as demais, é composta por diversos 
hidrocarbonetos, portanto também é uma fonte emissora de CO2, sendo 
este obtido na natureza na forma sólida e, assim como o gás natural 
não associado, esta fonte de energia não necessita de nenhum processo 
para sua utilização, como ocorre com a gasolina (derivada do petróleo) 
ou o álcool (derivado da cana-de-açúcar).
O carvão mineral assim como o petróleo é de origem fóssil, sendo que a 
sua formação leva milhões de anos, o que o coloca na tabela de fontes 
não renováveis. A sua extração pode ser simples quando as reservas 
se encontram próximas à superfície, porém quanto mais profundo este 
estiver, mais cara será a sua extração.
São identificados 4 diferentes tipos de carvão mineral de acordo 
com a quantidade de carbono existente em massa. O mais puro é 
o antracito (Aproximadamente 90% de carbono), seguido da hulha 
(75% a 85%), linhito (60% a 75%) e, por fim, o menos puro é a turfa 
(aproximadamente 45%).
O carvão mineral mais utilizado como fonte de energia é a hulha, sendo 
que este é aplicado nas usinas termelétricas para a geração de energia 
elétrica. O modelo de usina termelétrica que utiliza esta fonte de energia 
está representado na figura 12.
4141 41
1.6 Eólica
Utiliza como fonte de energia a força dos ventos, sendo o seu modelo 
de usina similar aos demais apresentados, porém onde existe vapor 
d’água para uma usina termelétrica, este vapor deve ser substituído 
pelo vento, com uma peculiaridade, devido ao fato da velocidade de 
rotação do eixo neste tipo de usina ser extremamente lento, utiliza-se 
uma multiplicadora antes do gerador. A figura 14 ilustra os principais 
componentes de uma torre geradora de energia eólica.
Figura 14 – Esquema de funcionamento 
de uma torre eólica
Fonte: http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-gerador-eolico
Os componentes mais básicos mostrados pela figura 14 são:
1. Direção do vento: o anemômetro e o cata-vento presentes na 
cauda da nave indicam a direção do vendo e a sua velocidade, de 
modo que o controle de direção possa girar a nave para melhor 
aproveitamento do vento.
http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-gerador-eolico 
4242 
2. Pás: elas se movimentam de acordo com a força do vento, girando 
o seu eixo central (eixo de baixa velocidade), o qual é acoplado à 
caixa de velocidades.
3. Caixa de velocidade (Multiplicadora): funciona como uma 
multiplicadora de velocidade do eixo, de modo que na sua entrada 
é acoplado o eixo de baixa velocidade (eixo das pás) e na sua saída 
é acoplado o eixo de alta velocidade que entra no gerador. Essa 
multiplicação ocorre por meio de engrenagens como em uma 
caixa de câmbio automotiva, porém só existe uma regulagem (não 
existe troca de marcha).
4. Gerador: assim como nos outros modelos de usina, o gerador 
é o responsável por converter a energia cinética do eixo em 
energia elétrica.
5. Transformador: embora não esteja ilustrado, este componente é 
essencial, pois converte a energia elétrica a valores de tensão e 
corrente apropriados para a linha de transmissão.
1.7 Nuclear
Os principais combustíveis utilizados na usina nuclear são o Tório 
(Th), o Plutônio (Pu) e, o mais conhecido e utilizado, o Urânio (U). As 
usinas são de construção similar às termelétricas, porém possuem um 
revestimento que atua como barreira para a irradiação.
A figura 15 ilustra os principais componentes desse tipo de usina, 
onde é possível observar que existem 3 circuitos de circulação de água 
independentes, sendo 2 deles totalmente fechados.
4343 43
Figura 15 – Esquema de funcionamento de uma usina termonuclear
Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/LinkClick.
aspx?fileticket=Vv9XO5nsTVc%3d&tabid=347
O circuito primário (amarelo) corresponde ao circuito que tem contato 
direto com o reator, sendo que a água presente neste circula entre as 
barras do elemento combustível, tendo por função refrigerar o elemento 
combustível, impedindo que este atinja temperaturas suficientemente 
altas para fundir o material do reator nuclear, o que poderia resultar em 
vazamento de radiação. Outras funções desse circuito são: absorver a 
radiação emitida, já que a água é um excelente meio para tal, além de 
participar diretamente da troca de calor com o circuito secundário.
O circuito secundário (azul) recebe o calor do circuito primário no 
“gerador de vapor”, sendo que este circuito é o responsável pela 
transmissão de força para as pás da turbina, girando o eixo central 
desta, sendo este o mesmo do gerador elétrico. O gerador elétrico, 
por sua vez, converte a energia mecânica (energia cinética) do 
eixo em energia elétrica. A energia elétrica é então tratada pelos 
transformadores e depois enviada para a rede elétrica.
http://www.eletronuclear.gov.br/Paginas/PageNotFoundError.aspx?requestUrl=http://www.eletronuclear.gov.br/LinkClick.aspx
http://www.eletronuclear.gov.br/Paginas/PageNotFoundError.aspx?requestUrl=http://www.eletronuclear.gov.br/LinkClick.aspx
4444 
O terceiro circuito é o sistema de água de refrigeração (verde), sendo 
que este é o único circuito aberto, ou seja, que permite troca com 
o meio. A água presente neste circuito provém de um tanque de 
alimentação, que pode ser uma piscina ou um rio, ou ainda, como 
no caso das usinas brasileiras, este circuito pode ser abastecido com 
água do mar. A principal função deste é realizar a troca de calor com o 
circuito secundário no “condensador”, permitindo assim que o vapor de 
água gerado no “gerador de vapor” e utilizado para girar a turbina seja 
resfriado retornando a água à sua forma líquida.
PARA SABER MAIS
O maior acidente envolvendo radiação já registrado 
ocorreu em 1986, na cidade de Chernobyl, na Ucrânia, 
quando um dos quatro reatores da usina explodiu. Este 
evento, em conjunto com o vento e a chuva, ocasionou no 
espalhamento da radiação, resultando em torno de 15 mil 
mortes, conforme divulgado pelo governo.Sabendo que os combustíveis fósseis são altamente poluentes, 
devido à liberação de CO2, a utilização da força hídrica requer a 
construção de barragens que resultam em inundações de grandes 
regiões nas margens do rio, a geração de energia nuclear possui o 
risco de liberação de radiação, porém este último não emite CO2 e 
nem gera grandes modificações ambientais, qual seria a fonte de 
energia mais indicada para uma nova usina próxima a uma área de 
preservação ambiental?
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
4545 45
2. Considerações finais
• Fontes de energia são divididas em renováveis e não renováveis.
• Os principais tipos de usina são as hidroelétricas, termoelétricas, 
eólicas e termonucleares.
• Todas as fontes de energia geram algum tipo de impacto 
ambiental.
• As usinas são constituídas por uma turbina, um gerador, um eixo 
que liga a turbina ao gerador e um transformador. Basicamente 
o que varia entre um tipo de usina e outro é a fonte utilizada para 
fazer com que a turbina funcione.
Glossário
• Combustível: substância que reage com um comburente, em ge-
ral o oxigênio, liberando energia. 
• Fósseis: restos ou vestígios de seres vivos em rochas.
• Hidrocarboneto: são os compostos mais simples da química or-
gânica, sendo formados apenas por átomos de hidrogênio e car-
bono, são apolares, portanto, não condutores de corrente elétrica.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Assinale a alternativa que preenche 
corretamente a lacuna:
4646 
Uma usina utiliza a força de gases na 
movimentação da turbina, a qual é responsável por girar 
o eixo central do gerador, resultando na conversão de 
energia mecânica em energia elétrica.
a. Eólica.
b. Termelétrica.
c. Solar.
d. Hidroelétrica.
e. Maremotriz.
2. As alternativas abaixo contêm componentes que são 
comuns de uma hidrelétrica em relação a uma usina 
eólica, com exceção de: 
a. Bomba d’água.
b. Gerador.
c. Multiplicadora.
d. Transformador.
e. Pás.
3. Hidrocarboneto muito utilizado pelo setor de transporte 
e para a geração de energia, sendo derivado de uma 
fonte de combustível fóssil. Estamos nos referindo ao:
a. Urânio.
4747 47
b. Etanol.
c. Biodiesel.
d. Diesel.
e. Carvão Mineral.
4. Em uma usina termonuclear, assinale a alternativa que 
indica qual é o circuito utilizado para movimentação da 
turbina, resultando na geração de energia elétrica.
a. Circuito primário.
b. Circuito secundário.
c. Circuito terciário.
d. Circuito elétrico.
e. Sistema de água de resfriamento.
5. Qual desses combustíveis não é utilizado em uma usina 
de biomassa.
a. Bagaço de cana-de-açúcar.
b. Palha.
c. Restos de animais.
d. Óleo diesel.
e. Lixo.
4848 
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https://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/
4949 49
Gabarito
Questão 1 - Resposta B
Usina eólica usa a força dos ventos, a usina solar utiliza a energia 
solar, a usina hidrelétrica utiliza a força da queda de água e a usina 
maremotriz utiliza as marés. 
Questão 2 - Resposta A 
Conforme descrito no item 1.6, todos os itens com exceção do item 
A constituem uma torre para geração de energia eólica. Bomba de 
água não é utilizada neste tipo de usina.
Questão 3 - Resposta D 
As alternativas A, B, C e E não trazem combustíveis derivado de 
uma fonte fóssil. No caso da alternativa E, o carvão é uma fonte de 
combustível fóssil e não um derivado.
Questão 4 - Resposta B
A alternativa A traz o circuito responsável pela evaporação 
do circuito secundário, sendo que o circuito primário fica em 
contato direto com o reator. Uma usina termonuclear não possui 
circuitos terciários. Circuitos elétricos não são utilizados para a 
movimentação da turbina. O sistema de água de resfriamento é 
utilizado na condensação do circuito secundário.
Questão 5 - Resposta D 
Este tipo combustível (óleo diesel) é utilizado em termelétrica à 
óleo, não sendo utilizado nas usinas de biomassa.
505050 
Eficiência energética e 
sua importância
Autor: Bruno Pizol Invernizzi
Objetivos
• Apresentar o conceito de eficiência energética, 
de modo a conscientizar o aluno sobre a sua 
importância, seja no seu cotidiano ou na aplicação 
empresarial. Também serão apresentados alguns 
programas e ferramentas, os quais poderão auxiliar 
na escolha de produtos com melhor eficiência 
energética.
5151 51
Introdução
Na atualidade, seja em uma residência ou em uma indústria, a redução 
de custos é desejável, sendo que a economia energética pode trazer 
bons resultados em relação a esta questão. O conceito mais importante 
e aplicável para a economia de energia é a eficiência energética, a qual 
pode nos garantir um produto que atende às expectativas em relação 
a sua funcionalidade, e também garante baixo consumo energético. 
Dentro das residências, quando se fala em economia de energia logo se 
pensa em apagar as luzes ao sair de um dado recinto ou reduzir o tempo 
de banho quando se utiliza um chuveiro elétrico. Porém, a redução no 
consumotem relação também com a eficiência energética dos produtos 
utilizados, que pode ser acompanhada por meio de um sistema de 
etiquetagem, que busca informar ao consumidor os dados de consumo 
de cada equipamento, permitindo assim uma escolha mais consciente. 
O mesmo pode ser aplicado na indústria, onde equipamentos de 
melhor rendimento podem substituir equipamentos mais antigos e 
defasados, gerando assim reduções de custos mais expressivas e que 
resultam em maior competitividade para as indústrias que aplicam esses 
conhecimentos. As formas de cálculo aplicáveis à eficiência energética 
são complexas e dependem de resultados laboratoriais, portanto não 
será o foco desta disciplina apresentar a forma de cálculo, mas sim 
passar o conhecimento básico e as ferramentas necessárias para que a 
gestão energética possa ser aplicada.
1. Economia de energia
Conforme visto nas unidades anteriores, a energia possui diferentes 
formas e fontes. Toda fonte de energia possui um custo, o qual para 
um consumidor final deve ser associado aos custos de transformação 
desta fonte de energia em energia propriamente dita, como é o caso das 
hidroelétricas, onde a fonte de energia é a água, porém a energia hídrica 
precisa ser convertida em energia elétrica, sendo que esse processo 
possui um custo financeiro. 
5252 
Também foi visto que, para extração e/ou utilização de toda e qualquer 
fonte de energia existe um custo ambiental, pois os impactos ambientais 
são inevitáveis, mesmo para as fontes menos poluentes, ainda assim 
existe algum tipo de dano ao meio ambiente. No caso das hidroelétricas 
existe a questão do desmatamento, devido à mudança no curso dos rios 
e as inundações das regiões onde se formam as represas.
Portanto, quando falamos em economia de energia, seja esta nas 
residências, no transporte ou nas indústrias, podemos abranger tanto os 
custos financeiros quanto os impactos ambientais.
A energia é utilizada para o funcionamento de equipamentos, 
sejam esses simples como as lâmpadas, ou mais complexos como 
geladeiras, carros ou até mesmo uma fábrica. 
Todos os equipamentos transformam a fonte de energia utilizada 
em algum outro tipo de energia, por exemplo, a lâmpada que converte 
energia elétrica em luz e calor. Sabendo que o principal objetivo primário 
da lâmpada é iluminar e não esquentar um dado ambiente, a energia 
convertida em calor é considerada como sendo uma perda, pois essa 
também poderia ser convertida em luz. 
Essas perdas energéticas ocorrem para todos os equipamentos, 
não só para a lâmpada. Quando um equipamento possui perdas 
menores do que outro equipamento, dizemos que este possui uma 
melhor eficiência energética.
PARA SABER MAIS
Em 1879, Thomas Alva Edison (1847 - 1931) inventou 
a primeira lâmpada elétrica, a qual utilizava filamento 
de carbono. Além de inventar a lâmpada, Edison ainda 
inventou e registrou mais de 2 mil patentes ao logo 
da sua vida.
5353 53
1.1 Conservação de energia
Pelo princípio da conservação de energia, o qual é enunciado pela 
primeira lei da termodinâmica que diz: “A variação de energia interna 
de um sistema fechado ΔU é igual a diferença entre o calor Q trocado 
com o meio externo e o trabalho t por ele realizado durante uma 
transformação”, o qual pode ser expresso pela equação 3:
 ΔU = Q - t Equação 3
De uma forma simplificada, toda energia utilizada em um dado sistema 
é convertida em aquecimento desse sistema e a entrega daquilo que 
se espera deste; se retomarmos ao exemplo da lâmpada, podemos 
considerar essa um sistema, onde entregasse energia elétrica para este 
sistema e obtivesse aquecimento da lâmpada e a entrega de luz. 
Um outro exemplo prático dessa afirmação pode ser visto no sistema 
de combustão interna de um veículo, onde entregasse a energia do 
combustível, a qual é parcialmente convertida em movimento para o 
carro (aquilo que esperamos deste sistema) e outra parte é convertida 
em calor, sendo este calor o responsável pelo aquecimento do motor. 
Na verdade, este aquecimento é uma perda energética, pois esta energia 
não é aproveitada para a função primária do equipamento, que no caso 
do carro é produzir movimento e no caso da lâmpada é produzir luz.
Novamente podemos falar sobre eficiência energética através da 
comparação de duas lâmpadas diferentes. Vamos comparar uma 
lâmpada incandescente a uma lâmpada fluorescente, onde o próprio 
fabricante garante que uma lâmpada fluorescente de 15W ilumina 
tanto quanto uma lâmpada incandescente de 60W. Seria isso possível? 
Uma lâmpada de menor potência iluminar mais do que uma de maior 
potência. Conforme visto no subitem “Potência elétrica e consumo 
elétrico” presente na unidade 1, quanto maior a potência, maior a força 
a ser produzida pelo equipamento, no caso, a lâmpada, porém foi 
5454 
omitida uma informação de extrema importância, chamada eficiência 
energética. A lâmpada fluorescente possui maior eficiência energética 
do que a lâmpada incandescente, essa afirmação pode ser constatada 
quando colocamos a mão em ambos tipos de lâmpada quando estão 
acessas, onde se nota que a lâmpada fluorescente quase não aquece, 
enquanto a lâmpada incandescente aquece muito, a ponto de termos 
que utilizar algum isolante para poder tocá-la, como uma camiseta. 
Dessa forma, podemos concluir que a energia elétrica consumida 
pela lâmpada fluorescente (15W) é melhor aproveitada do que a 
energia consumida pela lâmpada incandescente (60W), sendo que a 
fluorescente, embora tenha uma potência inferior (menor consumo 
energético), consegue iluminar tanto quanto a incandescente. Ainda 
para efeito de comparação, pode-se aplicar uma lâmpada de LED, sendo 
que essa possui uma eficiência energética ainda maior, pois as perdas 
devidas ao aquecimento são ínfimas.
1.2 Eficiência Energética
Conforme visto nos itens anteriores, a eficiência energética consiste 
em executar um dado “trabalho” com o mínimo de energia possível. 
Portanto, para buscarmos uma melhor eficiência energética devemos 
optar por equipamentos que façam o melhor aproveitamento possível 
da energia, como no exemplo da lâmpada fluorescente.
Para medir a eficiência de um dado produto, foi lançado no Brasil o 
Programa de Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o qual é coordenado pelo 
INMETRO e contém informações sobre o desempenho do produto, 
sendo a eficiência energética um dos atributos avaliados por este 
programa. O intuito do PBE é fornecer informações aos consumidores 
de modo a facilitar a escolha de qual produto comprar, além de 
aumentar a competitividade entre os fabricantes, gerando a necessidade 
de melhorias nos produtos fornecidos. 
5555 55
Para a eficiência energética, o INMETRO classifica os produtos de melhor 
desempenho com “A” e a classificação para os itens de pior desempenho 
pode variar entre C e G, dependendo do produto. Essa classificação 
leva em conta somente o consumo em uso, ou seja, não leva em conta 
o consumo energético necessário para a fabricação do equipamento. 
A figura 16 ilustra o modelo de etiqueta utilizada pelo programa PBE 
do INMETRO.
Figura 16 – Modelo de etiqueta utilizada pelo 
programa PBE do INMETRO
Fonte: http://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
LINK
Você poderá encontrar as tabelas contendo todos os 
produtos aprovados pelo INMETRO quanto ao programa 
de etiquetagem. Essas tabelas são divididas por produto 
http://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
5656 
e trazem a classe de potência para cada item, bem como 
o seu consumo. Disponível em: http://www.inee.org.br/
eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia. 
Acesso em: 12 mar. 2019.
PARA SABER MAIS
O programa de etiquetagem do INMETRO começou em 
17 de outubro de 2001, com a publicação da lei nº10.295, 
que ficou conhecida como Lei de Eficiência Energética. 
O programa estabelecido pela lei é voluntário, sendo 
que somente as empresas que desejam passar por este 
processo são avaliadas.
1.3 Aplicações na Indústria
Na indústria o consumo energético deve ser medido por unidade 
produzida,sendo aconselhado utilizar como unidade de medição o 
kWh em relação à quantidade produzida, como, por exemplo, “kWh por 
quilograma de peça tratada” ou “kWh por litro de produto”, entre outros.
Essa forma possibilita uma melhor visualização do custo energético para 
a produção. Porém, este método não garante a localização das perdas 
energéticas, mas somente uma visão geral dos gastos com energia.
Conforme dados extraídos do site PROCEL (Programa Nacional de 
Conservação de Energia Elétrica), 40% da energia elétrica produzida pelo 
Brasil é consumida pela indústria, sendo que dois terços dessa energia 
são utilizados por sistemas motrizes, sendo esses sistemas o principal 
alvo dos programas de eficiência energética no setor industrial.
5757 57
O PROCEL foi instituído em 1985 para promover o uso eficiente 
da energia elétrica e combater o seu desperdício. Este programa é 
coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela 
Eletrobrás.
Em conjunto com universidades brasileiras, o PROCEL tem implantado 
14 laboratórios de otimização de sistemas motrizes, com o intuito 
de desenvolver mão de obra qualificada e pesquisas nesta área. No 
ano de 2016, este programa foi responsável pela economia de 15,15 
bilhões de kWh, além de reduzir as emissões em 1,238 milhões de 
toneladas de CO2.
LINK
Consulte maiores informações sobre o programa 
PROCEL no site. Disponível em: http://www.procelinfo.
com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-
7D6CD1DF1AFD}#. Acesso em: 12 mar. 2019.
O uso eficiente da energia reflete para a empresa numa melhor 
utilização das suas instalações e equipamentos, economizando com a 
compra de energia, seja essa eletricidade ou qualquer outra natureza, 
além de aumentar a produtividade e o padrão de qualidade. Além disso, 
a sociedade também se beneficia desse uso mais consciente por parte 
da indústria, uma vez que assim teríamos mais energia disponível devido 
à redução da demanda industrial. 
1.4 Barreiras para aplicação da Eficiência energética no Brasil
No Brasil atual existem algumas dificuldades para aplicação de 
programas de Eficiência Energética, uma vez que as empresas brasileiras 
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#
5858 
ainda não enxergam os benefícios envolvidos nas questões energéticas, 
dando enfoque para investimentos em outros setores que julgam mais 
atrativos e de maior retorno para os negócios.
Falar em redução da emissão de CO2 e ganhos ambientais ainda não 
traz qualquer incentivo para que as empresas iniciem investimentos. 
Portanto, as metas ambientais nacionais não contam com a colaboração 
da grande maioria das empresas. Além disso, poucas são as empresas 
que notam o quanto podem lucrar com a diminuição do consumo 
energético, além da economia com recursos financeiros.
Em relação ao governo, hoje pouco se faz em relação à conscientização 
da população em relação ao meio ambiente, sendo que os trabalhadores 
não receberam uma educação voltada para este tema, ficando assim a 
encargo das empresas tentarem educar os seus colaboradores. 
Portanto, a aplicação dos conceitos contidos na eficiência energética 
acaba sendo restrita, somente sendo utilizada por poucas empresas, 
sendo essas em geral grandes multinacionais que possuem uma cultura 
voltada para o meio ambiente e a gestão de recursos energéticos.
PARA SABER MAIS
Em 2014 o Brasil foi responsável pela emissão de 
1,59 toneladas de CO2 para cada mil quilos de energia 
consumida (tCO2/tep). Com esses números, o país se 
encontra bem abaixo dos valores médios emitidos por 
outros países da América do Sul e do mundo. A média da 
América do Sul foi de 1,84 tCO2/tep, enquanto que a média 
mundial foi de 2,34 tCO2/tep.
5959 59
Dentro do cenário empresarial brasileiro, reflita quais ações 
poderiam ser tomadas pelo governo e pelos empresários para que 
o país pudesse realizar maiores desenvolvimentos em eficiência 
energética.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
2. Considerações finais
• Durante a conversão de energias, em qualquer equipamento 
existe uma perda em forma de calor.
• Eficiência energética é a redução de perdas de energia durante a 
sua utilização, resultando em equipamentos de mesma potência, 
porém mais econômicos.
• Existe o programa brasileiro de etiquetagem, o qual pode auxiliar 
o consumidor no momento da compra de um produto, caso este 
esteja em busca de um produto mais econômico.
• A principal dificuldade brasileira para implantação de um 
programa de eficiência energética se encontra no fato de as 
empresas atuais não enxergarem os benefícios da gestão 
energética.
Glossário
• Economia: Moderação no consumo; controle de excessos: econo-
mia de forças.
• Eficiência: capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de modo 
eficaz e com o mínimo de desperdícios; podendo ser identificada 
como um sinônimo de produtividade.
• Energia: vigor, atividade, eficácia, podendo destacar calor e traba-
lho como forma de energia em trânsito.
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VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Tendo dois equipamentos, A e B, sabendo que ambos 
entregam o mesmo resultado (trabalho), se A possui 
um consumo energético superior a B, o que podemos 
concluir. 
a. B possui uma eficiência energética superior à de A.
b. A possui uma eficiência energética superior à de B.
c. A eficiência energética de ambos é similar.
d. Não se pode concluir nada em relação à eficiência 
energética.
e. Consumo energético é a mesma coisa que eficiência 
energética.
2. Durante a utilização de um carro, nota-se que o seu 
motor aquece até uma temperatura próxima de 85ºC 
(o que é normal pelo manual do fabricante), este 
aquecimento ocorre devido a(ao):
a. Eficiência energética.
b. Desperdício energético.
c. Consumo energético.
d. Velocidade do veículo.
e. Falta de manutenção do veículo.
6161 61
3. Assinale a alternativa que indica o que representa o item 
marcado com ponto de interrogação na figura abaixo.
Figura - Modelo de etiqueta utilizada pelo 
programa PBE do INMETRO
Fonte: http://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
a. Tipo de equipamento.
b. Indicação da eficiência energética do equipamento.
c. Informações adicionais sobre o produto.
d. Nome do fabricante.
e. Indicação do consumo de energia.
4. O uso eficiente da energia reflete para a empresa uma 
melhor utilização das suas instalações e equipamentos, 
o que resulta em:
http://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php
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a. Aumento do consumo energético.
b. Redução da produtividade.
c. Redução na qualidade do produto.
d. Redução do consumo energético.
e. Maior emissão de CO2.
5. Qual item possui um empecilho a implantação de um 
programa de eficiência energética no Brasil.
a. Acesso à educação de qualidade.
b. O aumento do salário mínimo.
c. A falta de investimentos por parte dos empresários.
d. O grande incentivo à adesão dos programas para 
redução na emissão de CO2.
e. O fato de a cultura regional ser voltada para o 
meio ambiente.
Referências bibliográficas
BRASIL. COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA. Manual de Eficiência Energética 
na Indústria. 2005. Curitiba: Companhia Paranaense de Energia, 2005. 155p.
BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Eficiência Energética: 
O que é eficiência energética? [201-?]. Disponível em: http://www.inee.org.br/
eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia. Acesso em: 26 set. 2017.
BRASIL. Procel. Ministério de Minas e Energia - MME. PROCEL INFO: O Programa. 
[200-?]. Disponível em: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-
536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#. Acesso em: 27 set. 2017.
http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia
http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={921E566A-536B-4582-AEAF-7D6CD1DF1AFD}#

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