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PlanoDeAula_34117

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			 Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
			 TEORIA E PR�TICA DA NARRATIVA JUR�DICA
			
		
		
			Título
			Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				13
			
 
 Tema
		 Fundamentação simples.
		
		 Objetivos
		 
O aluno deverá ser capaz de:
- Diferenciar casos concretos simples de casos concretos complexos;
- Redigir diferentes intróitos para a fundamentação simples das peças processuais;
- Identificar os argumentos que devem compor a estrutura da fundamentação simples;
- Redigir todos esses argumentos, inclusive os já produzidos no encontro anterior.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1. Fundamentação simples
1.1. Argumento pró-tese
1.2. Argumento de oposição
1.3. Argumento de autoridade
2. Diferentes tipos de intróito
3. Coesão e coerência textuais aplicadas ao texto jurídico argumentativo: noções elementares
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
A
fundamentação simples é aquela em que a subsunção do fato à norma mostra-se
suficiente para resolver o caso concreto. Na verdade, os casos concertos
simples são aqueles cuja fundamentação pode ser realizada apenas com um
argumento pró-tese, um argumento de autoridade e um argumento de oposição.
Os casos
concretos complexos exigem estrutura argumentativa muito mais elaborada, a qual
somente será trabalhada em Teoria e
Prática da Argumentação Jurídica.
O argumento pró-tese caracteriza-se por ser extraído dos fatos reais
contidos na narrativa. Deve ser o primeiro argumento a compor a fundamentação
simples. A estrutura adequada para desenvolvê-lo seria: Tese + porque + e
também + além disso. Cada um desses elos coesivos introduz fatos distintos
favoráveis à tese escolhida.
O argumento de
autoridade é aquele constituído com base na
legislação, na doutrina, na jurisprudência e/ou em pesquisas científicas
comprovadas.
O argumento de oposição apóia-se no uso dos operadores argumentativos
concessivos e adversativos, essa estratégia permite antecipar as possíveis
manobras discursivas que formarão a argumentação da outra parte durante a busca
de solução jurisdicional para o conflito, enfraquecendo, assim, os fundamentos
mais fortes da parte oposta.
Compõe-se da introdução de uma perspectiva oposta ao
ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-a como uma possibilidade
de conclusão para, depois, apresentar, como argumento decisório, a perspectiva
contrária.
 
TEXTO
Mãe da menina defende o marido, denunciado por turistas em
Fortaleza
FORTALEZA. Um italiano de 40 anos foi
preso em flagrante, na Praia do Futuro, em Fortaleza, depois se ser denunciado
por um casal de turistas de Brasília por beijar a filha, de 8 anos, na boca. Os
denunciantes, de 70 e 75 anos de idade, disseram que o italiano, que estava ao
lado da mulher, acariciou partes íntimas da menina.
O estrangeiro, acusado de pedofilia e
estupro, argumentou que deu apenas um “selinho� na boca da filha e fez
carinhos, como qualquer pai, enquanto brincava com ela na piscina da barraca. A
mulher dele, que é brasileira, confirmou na delegacia que tinha sido um carinho
comum entre pai e filha.
Mesmo assim, o delegado plantonista José
Barbosa Filho, da 2ª Delegacia, de Aldeota, optou por fazer o flagrante com
base na nova lei que equipara abuso a estupro. O gerente da barraca, Heitor
Batista, disse que o italiano foi advertido por um funcionário, a pedido do
casal de Brasília, antes que a polícia fosse chamada.
O advogado Flávio Jacinto Silva,
contratado para defender o italiano, acusa o delegado de ter registrado o
flagrante porque estava com pressa para se livrar logo do assunto e ir embora.
O casal de turistas teria dito aos policiais na praia que o homem estaria
praticando atos libidinosos com a menina. Na delegacia, as testemunhas disseram
que, além de beijar a menina na boca, o italiano teria pegado nas partes
íntimas dela. O advogado afirma que o pai apenas pegou na “parte de cima do
biquíni da filha�.
Advogado diz que na Europa é hábito dar
“selinho�.
O italiano foi preso por crime de
estupro de vulnerável, artigo 217-A da nova lei que trata dos crimes contra a
dignidade sexual. Na Delegacia de Combate à Exploração de Crianças e do
Adolescente (Dececa), a delegada Ivana Timbó tomou o depoimento da menina.
Segundo o advogado, a criança disse que os selinhos são comuns em sua casa e
que beija o pai dessa forma diariamente.
O advogado disse que a família mora na
Itália e passava férias de 15 dias no Brasil. A mulher, segundo ele, está em
pânico e em estado de choque com a prisão do marido.
— Filhos e pais se cumprimentam com um
selinho. Isso é habito na Europa; no Brasil é que ainda não é — disse ele.
 O
advogado argumenta ainda que os carinhos do pai na filha ocorreram em local
público, e isso demonstra que não havia outro tipo de intenção por parte do
italiano.
— A barraca em que eles estavam é uma
das mais populares da Praia do Futuro, onde as famílias vão com seus filhos.
Todo mundo vê a piscina, é ambiente público, aberto. Não tem nenhum delito —
argumentou.
Novas testemunhas devem ser ouvidas
antes do prazo de dez dias para a conclusão do inquérito. O italiano está preso
na carceragem da 2ª Delegacia. Segundo o investigador Eli Miranda, o
estrangeiro — que trabalha na Itália e passa as férias no Brasil — frequenta a
mesma barraca há 12 anos.
— A lei realmente é boa e oportuna. É
abominável se conviver com a exploração de quem não pode se defender — disse a
delegada Ivana.
     
Se julgar pertinente, recorra às fontes:
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,
a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso:
Pena -
reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
§ 1o
Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor
de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena -
reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2o
Se da conduta resulta morte:
Pena -
reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Violação
sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima:
Pena -
reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo
único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa.
 
Questão
Produza a fundamentação simples para o caso concreto. O texto
deverá conter Intróito, argumentos pró-tese, de autoridade, de oposição e conclusão.
Observação: sabemos que são vários os tipos de
intróito, por exemplo, “explanação de ideia inicial�, “enumeração�,
“localização do fato no tempo e no espaço�, “exemplificação�, “retomada
histórica� etc. Produza aquele que entender mais adequado para o caso,
considerando-se a temática e a tese que escolheu.

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