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Acadêmico(a): Brenda Leite Cavlak Disciplina: Enologia Discente: Marcelo Fossa da Paz Curso: Biotecnologia – FCBA/UFGD Resumo da Aula 6: Vinificação de Rosé No Brasil, os vinhos rosés são mais populares em forma de espumante, ainda há uma certa dificuldade de encontrar outra forma de rosé, pois o que predomina no mercado brasileiro é o vinho tinto, que é o de maior qualidade. Muitos brasileiros têm preferência pelo vinho branco, por conta do país ter um clima mais quente e pouco tempo de frio. Esses são um dos motivos do rosé ter sido deixado um pouco de lado. Já quando falamos de espumante, a preferência é ser um espumante rosé ou branco, até por ser mais difícil ser encontrado o tinto espumante. As características desejadas do vinho rosé são a leveza, o frescor, e a coloração. As duas primeiras características são as mais marcantes. A leveza e o frescor estão muito relacionados a característica de menos cor, precisa ser leve, não como tomar um leite ou algo que deixe muito gosto na boca. Precisa ter a sensação de se refrescar. É isso que chama a atenção de um bom apreciador de vinho. Essas características provêm do vinho branco, e a do tinto é a coloração. Existem 4 métodos de elaboração de vinhos rosés, sendo: Maceração Reduzida: processo de extração da cor. Vinhos jovens, sem potencial de guarda, aquele vinho que não permanece no barril de carvalho e posteriormente na garrafa por um bom tempo, que não vai sofrer reações por vários anos e assim diminuindo uma série de características por não ter tido muito tempo para “evoluir”. As cascas das uvas tintas utilizadas costumam ficar pouco tempo (de 6 a 24 horas, depende do enólogo) em contato com o mosto. E o resultado é um vinho com uma cor de rosa-claro e onde o aroma de flores brancas, pêssegos e outros são predominantes. Desenvolvem um ponto de acidez muito agradável sendo assim frescos e super fáceis de beber. Maceração Reduzida: Utilizada para Rosés e Clarets A maceração reduzida é também com um outro grupo de vinhos, um vinho mais intenso que o anterior mas mantendo a característica do Rosé, que são os rosés clarets, que são produzidas com uvas muito mais tintosas, mais escuras, não permanecem mais tempo em maceração. Trata-se de uma homenagem ao vinho que era exportado ao Reino Unido na Idade Média e inspirou o termo Claret, usado para descrever um bordeaux tinto. O tipo de uva preferido é o Merlot, mas também são usadas as Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon. As cascas das uvas são maceradas com o mosto por até dois dias, em vez das 4 ou 5 horas usadas num rosé. De vez em quando o vinho é ligeiramente envelhecido em barricas. Maceração Reduzida: Operações unitárias Há uma sequência de operações unitárias, onde muitas são repetidas. 1. Colheita e recebimento da uva: feita uma maceração de uvas; 2. Desengace: padrão para qualquer tipo de uva; 3. Prensagem: sempre respeitando os requisitos de não liberar tanto herbáceo, não precisar ter uma pressão tão baixa que nem a do vinho branco; 4. Transferência do material prensado com as cascas (peles): parecido com a do vinho branco; 5. Maceração reduzida: para não tirar tanto a intensidade; 6. Fermentação Alcoólica (F.A.): extrai alguns componentes diferenciando o rosé do branco; 7. Procedimentos posteriores semelhantes aos da vinificação em vinho branco: todos os processos de temperatura vão pender mais para o vinho branco do que a do tinto. Corte: é a mistura de dois vinhos, conhecido como assemblage na França, que vai trazer algum equilíbrio. 1. Sempre feito em vinho base tranquilo, vinho de vinificação padrão, sem grandes procedimentos de extração de coloração, que não vai requerer grandes tecnologias. Muito utilizado para espumantes. Não existem rosés pelo método asti, que é um método em que você faz a carbonatação do vinho durante o primeiro processo de fermentação. Espumante é feito com um vinho base, faz a fermentação do vinho depois dos procedimentos e assim faz a refermentação feita com açúcar vínico sem receber interferência no sabor. É colocado em um tanque é uma autoclave, um tanque que aguenta pressão. 2. Corte (Assemblage ou Blend): As uvas mais utilizadas para a produção de espumantes são a Chardonnay e a Pinot Noir. A Pinot Noir é uma variedade tinta, quando se produz um espumante branco, ela é vinificada sem maceração. A regra de ouro para o corte é que deve haver a harmonia perfeita entre os vinhos a serem misturados, por isso esse procedimento precisa de cautela, para que o produto torne-se agradável e suporte passar o tempo. É utilizado vinhos tintos e brancos com características semelhantes ou complementares, mas que produzem um rosé com as características desejadas. O corte pode ser excelente ou um desastre. A característica mais destacada é a acidez. A do Rosé sempre será superior ao vinho tinto. É muito perigoso no Assemblage reduzir demais essa acidez com seu vinho tinto. Os vinhos brancos sempre são mais ácidos do que as do vinho tinto. As uvas são sempre colhidas no mais alto grau de maturação, o que reduz a acidez do suco da fruta. A acidez também é um bom indicador da durabilidade e do potencial de guarda de uma garrafa. Como os vinhos brancos e rosés possuem poucos polifenóis, a acidez se torna o principal conservante do produto, sendo assim o vinho branco e rosé tem menos tempo de guarda que os tintos. ● Vinhos base/ vinhos tranquilos: para o corte é preciso estudos; ● Análises químicas: onde determina as características sobre a acidez fixa ou volátil; ● Análise sensorial do enólogo: o enólogo que determina, por mais que conheça a qualidade da uva. Tudo influencia a qualidade; ● Mistura dos vinhos; ● Quando da elaboração de espumante espumatização (Charmat e Champenoise): não pode ser assim. ● Procedimentos subsequentes de acordo com o produto (vinho tranquilo ou espumante): usasse vinho de mesa. ● Engarrafamento: um certo cuidado é muito importante. 3- Sangria: é uma retirada precoce de um material que está em maceração antes de ele tomar a coloração. 1. Sangria ou Salasso 1. É retirada uma parte desse suco da uva, na produção do vinho tinto, de forma que tenha uma maior proporção de casca em relação a quantidade de uva para fazer a fermentação do vinho tinto. Isso para conseguir incorporar suficientemente características da casca para produzir um vinho tinto de qualidade. 2. Durante a fermentação de um vinho tinto, pode-se drenar cerca de 10% do suco, de maneira a produzir um tinto com aromas e sabores mais concentrados. Esse líquido é então fermentado produzindo o Rosé. É muito usado na Califórnia (EUA). A sangria é o líquido da drenagem dos vinhos tintos. Os rosés produzidos dessa forma são os mais estruturados. ● Colheita e Recebimento da uva; ● Desengace; ● Prensagem; ● Transferência do material prensado com as cascas (peles); ● Maceração reduzida; ● Salasso; ● Fermentação Alcoólica (F.A.); ● Procedimentos posteriores semelhantes aos da vinificação em vinho branco; 4- Prensagem direta: pressão que é colocada sobre a uva branca provocando uma extração de alguns pigmentos da casca onde vão ser passados para o vinho. ● A prensagem é feita de forma mais intensa, fica durante o processo de prensagem extraindo um pouco da coloração. De todos os Rosés, esse é com menor intensidade de cor. Esse é o método “Vins Gris”, que significa cinza em francês mas que não tem cor cinza e sim vinhos rosés com cores muito claras. Utilizadas com uvas com peles mais escuras e delicadas que tendem a soltar os polifenóis com mais facilidade, isso no processo de prensagem. São utilizadas as uvas Cinsault Rosé, Cinsault Gris e Cinsault. Na França, o que é chamado de “gris de gris” é o claro do claro, cinza do cinza, feito com uvas Gamay, Grenache e Cinsault. A maioria dos vin gris são fermentados em aço inoxidável, pois são muito delicadas
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