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BACHARELADO EM FARMÁCIA RELATORIO DA SINTESE DO CLORETO t- BUTILA Disciplina/Semestre: Química Orgânica II Tamires da Silva Melo 2023 RESUMO No experimento em questão teremos a reação de formação do cloreto d e t-butila, a partir da reação entre álcool t-butílico e ácido clorídrico, se trata de uma reação de substituição nucleofílica do tipo Sn1, este mecanismo se desenvolve em duas etapas e envolve a participação de um carbocátion como intermediário reativo. INTRODUÇÃO A substituição nucleofilica, faz parte da química orgânica e é extremamente importante, em procedimentos de preparações em laboratórios. A reação geral deste processo é demostrada figura 1(SOLOMONS, 2013). Figura 1: Reação geral SN NU:- + R-GA → R-NU + :GA- NUCLEOFILO SUBSTRATO PRODUTO GRUPO ABADONADOR O nucleófilo, é uma base de Lewis, porque possui pares de elétrons disponíveis para serem compartilhados, na reação ele irá substituir o grupo abandonador, que é uma espécie que carrega par de elétrons quando sai, exatamente no local que ocorre a substituição (chamada substrato). Esse substrato geralmente será um haleto de Alquila. (SOLOMONS,2013). Os mecanismos que caracterizam essa reação, ocorrem de duas formas: As reações de substituição nucleofílica de segunda ordem (SN2): Seguindo esse mecanismo, que também pode ser chamado de bimolecular, o nucleófilo se aproxima por traz do carbono que contém o grupo abandonador, ou seja, o lado oposto ao do grupo abandonador. (SOLOMONS,2013) À medida que o nucleófilo forma a ligação com o carbono, o grupo abandonador se afasta do mesmo átomo do carbono, este processo será desencadeado no chamado estado de transição; para que este tipo de reação ocorra, será necessário pouco impedimento estérico, para que o núcleófilo ataque sem dificuldade. (SOLOMONS,2013) Reação de substituição nucleofílica de primeira ordem: Substratos terciários como o terc-butil, ocorrem pela substituição nucleofílica de primeira ordem, também chamados de unimolecular. A sua velocidade é influenciada somente pela concentração do substrato. Nesses casos, aumentar ou diminuir a concentração do nucleófilo (uma hidroxila por exemplo), não irá aumentar a velocidade de criação de produtos. (SOLOMONS,2013) Na substituição de primeira ordem, o nucleófilo não consegue atacar o carbono, para a reação ocorrer. Pois o impedimento estérico em volta do carbono o deixa inacessível. Sendo assim, o substrato forma um carbocátion, que é um composto alquil que perde um substituinte e que leva consigo os elétrons da ligação que fazia com o carbono. Deixando o carbono positivo. (SOLOMONS, 2013) Com a formação do carbocátion, que é um composto altamente reativo, o nucleófilo consegue colidir e formar a ligação no carbono. Pois é uma ligação sem nenhuma ruptura para acontecer; portanto, um processo só de liberação de energia. (SOLOMONS,2013) Objetivo da pratica foi síntese do Cloreto de t-butila, através do tratamento do t-butanol com ácido clorídrico pela reação do mecanismo SN1. PARTE EXPERIMENTAL MATERIAIS • Funil de separação • Bequer • Funil simples • Fita indicadora de PH • Capela de exaustão • Erlenmeyer • Bastão de vidro • Gelo • Proveta • Pinça de madeira • Pipeta • Luvas • Suporte universal • Chapa aquecedora para banho-Maria REAGENTES • Ácido Clorídrico • Nitrato de prata 5% • Álcool t- butílico • Hidróxido de potássio • Bicarbonato de sódio • Sulfato de sódio anidro • Fenolftaleína • Agua destilada PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Acoplou-se o funil de separação no suporte universal e colocou-se um bequer de 50ml. Adicionou-se com auxílio de um bastão de vidro, 10 ml de álcool t-butilico ao funil e em seguida adicionou-se 30 ml de ácido clorídrico concentrado na capela de exaustão, fechou-se o funil e agitou-se lentamente, aliviando a pressão interna. Deixou-se a mistura em repouso (funil no suporte), até visualização das duas fases: fase superior- fase orgânica com o cloreto de t-butila produzido e na fase inferior- fase aquosa com ácido clorídrico restante. Coletou-se a fase inferior em um bequer e descartou-se. A fase superior, no funil de separação, contem cloreto de t-butila e traços de HCL, adicionou-se ao funil 15ml de solução aquosa de bicarbonato de sódio 5%, agitou-se e esperou-se a separação das duas fases: fase superior- fase orgânica com o t-butila produzido, na fase inferior- fase aquosa com NaCL. Coletou-se a fase inferior em um bequer e descartou-se. A fase superior contém cloreto de t-butila e traços de NaCL. Adicionou-se 15ml de água destilada e agitou-se. Esperou-se a separação de duas fases: fase superior e a fase orgânica, contendo cloreto de t-butila. Fase inferior é a fase aquosa com o restante do NaCL. Coletou-se a fase inferior em um bequer e descartou-se. A fase superior contém cloreto de t-butila e traços de água. Coletou-se a fase orgânica em um bequer de 50 ml e adicionou-se ao bequer uma porção de sulfato de sódio anidro e esperou-se ocorre a decantação. Após a decantação, filtrou-se em um funil simples utilizando o algodão. Coletou-se o filtrado (contendo o cloreto de t-butila produzido), em um bequer de 25ml e verificou-se o pH do meio. Após a verificaão do pH foi adicionado 5 gotas de fenolftaleína e verificou- se a cor do meio, após isso adicionou-se 10 gotas de solução aquosa de KOH 5% e verificou-se a cor do meio. Após isso levou-se o bequer para aquecimento em banho Maria, e verificou-se a mudança de cor através do consumo de KOH, após isso adicionou 5gotas de solução aquosa de nitrato de prata a 5% e verificou-se a surgimento de um precipitado floculento de coloração branca. RESULTADOS E DISCUSSÃO A reação química envolvida no processo de preparação do Cloreto de terc-butila, a partir do Álcool terc-butilico com ácido clorídrico, foi uma reação de substituição nucleofílica de primeira ordem (Sn1), onde, em uma primeira etapa, o ácido clorídrico protona o álcool t-butílico, na segunda etapa (determinante) a água sai, por ser um bom grupo abandonador e forma -se o carbocátion, na etapa final tem-se a formação do Cloreto t-butílico e água (SOLOMONS, 2013). Reação do álcool t-butilico com o ácido clorídrico uma pequena quantidade do Isobutileno pode ser formada durante a reação, devido a reação competitiva de eliminação de primeira ordem (E1), porém a formação do cloreto de terc-butila é favorecida devido ao fato do íon Cl- ser melhor ao obter o volume, uma vez que o mesmo estava em um estado não totalmente líquido, quantidade do volume pode ter sido perdida na parede da pipeta, durante a obtenção do volume o que acarretaria em menor quantidade reagindo do que a que foi relatada . A obtenção do cloreto t-butílico ilustrou um mecanismo de Sn1, porém não mostrou um bom rendimento, além do mesmo reagir facilmente com uma base forte como um NaOH, pelo motivo do cloro ser um bom grupo abandonador. CONCLUSÃO No experimento realizado conclui -se que a reação de substituição nucleofílica de primeira ordem ocorreu corretamente, em que a partir do álcool terc-butílico com ácido clorídrico formou-se o produto esperado, o Cloreto t- butílico. O teste de caracterização demonstrou a formação do produto pela aparência branca e pelo precipitado, porém o rendimento da reação foi baixa, o que pode ter ocorrido por erros operacionais, reagentes impuros ou em local inadequado e pela ocorrência de reações de eliminação. REFERÊNCIAS • SOLOMONS, T. W. G. & FRYHLE, C. B.; Química Orgânica 1, 10 ª edição; Editora: LTC, Rio de Janeiro, RJ, 2013.
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