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CEFALÉIAS TIPO TENSIONAL

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CEFALÉIAS TIPO TENSIONAL 
 É a cefaleia primária mais 
prevalente na população geral. 
- Como é uma dor mais esporádica e 
de leve intensidade, raramente o 
paciente procura o neurologista 
(somente se ela fica mais frequente). 
 Possui discreto predomínio no sexo 
feminino e etnia caucasiana. 
- Especialmente nas formas episódica 
frequente e crônica. 
 Pico de incidência na 4ª década de 
vida (pelo ritmo de vida mais 
estressante). 
 Devido a sua alta prevalência, ela 
irá causar maior impacto social 
que a migrânea  Gera menos 
perda de trabalho do que a 
migrânea. 
 Possui um declínio na população 
idosa  É raro ver cefaleia do tipo 
tensional nos pacientes idosos. 
 
FISIOPATOLOGIA DA CEFALEIA 
TENSIONAL 
 A fisiopatologia é multifatorial, 
mas entendemos alguns 
mecanismos que possam explicar 
essa fisiopatologia da cefaleia do 
tipo tensional: 
 
TEORIA CONTINUUM 
- É a teoria que afirma que a 
migrânea e a cefaleia do tipo 
tensional teriam o mesmo espectro 
fisiopatológico. 
 
TEORIA DO ESPECTRO 
- É a teoria mais aceita, ela contrapõe 
a teoria do continuum, dizendo que 
essas duas cefaleias são distintas, com 
características de dores distintas. 
- Nela a dor é realizada mediante: 
 Alterações bioquímicas  
Diminuição da serotonina 
plaquetária, nível de endorfinas 
está reduzido no plasma OU no 
líquor, há uma diminuição da 
atividade do simpático, GABA 
elevado, com hiperexcitabilidade 
neuronal, óxido nítrico e talvez 
ocorra uma diminuição dos 
neuropeptídios. 
 Sensibilização neuronal  Núcleo 
caudal do trigêmeo recebe impulsos 
 
 
 
nociceptivos de vasos sanguíneos e 
dos músculos. 
 
OBS: O trigêmeo possui relação tanto 
com a cefaleia tensional, como a 
migrânea (principalmente o ramo 
frontal)  Ele recebe estímulos 
nociceptivos dos vasos sanguíneos e 
músculos. 
 
CEFALEIA TIPO TENSIONAL 
Iremos dividir ela de acordo com o 
tempo: 
 Cefaleia tipo tensão episódica 
pouco frequente 
- Cefaleia tipo tensão Cefaleia tipo 
tensão episódica pouco frequente 
associada a dor pericraniana. 
- Cefaleia tipo tensão Cefaleia tipo 
tensão episódica pouco frequente 
NÃO associada a dor pericraniana. 
 
 Cefaleia tipo tensão episódica 
frequente. 
- Cefaleia tipo tensão episódica 
frequente associada a dor 
pericraniana. 
- Cefaleia tipo tensão episódica 
frequente NÃO associada à dor 
pericraniana. 
 
 Cefaleia tipo tensão crônica 
- Cefaleia tipo tensão crônica 
associada à dor pericraniana. 
- Cefaleia tipo tensão crônica NÃO 
associada à dor pericraniana. 
 
 Cefaleia tipo tensão provável  
Quando NÃO preenche todos os 
critérios. 
- Cefaleia tipo tensão episódica pouco 
frequente, provável. 
- Cefaleia tipo tensão episódica 
frequente, provável. 
- Cefaleia tipo tensão crônica, 
provável. 
 
CEFALEIA TIPO TENSIONAL 
EPISÓDICA POUCO FREQUENTE 
Iremos definir de acordo com os 
critérios, caso o paciente possua: 
 
A) Pelo menos 10 episódios na vida de 
cefaleias ocorrendo em <1 dia por mês 
 
 
 
em média (<12 dias por ano) e 
preenchendo os critérios de B a D. 
 
B) A cefaleia dura desde 30 minutos a 
7 dias. 
 
C) A cefaleia tem pelo menos 2 das 4 
seguintes características: 
1. Localização bilateral (mas pode 
ser unilateral). 
2. Tipo pressão ou aperto (não 
pulsátil). 
3. Intensidade ligeira ou 
moderada 
4. NÃO é agravada por atividade 
física de rotina como caminhar 
ou subir escadas. 
 
D) Ambos dos seguintes critérios: 
1. Sem náuseas e/ou vômitos 
2. Apenas 1 dos 2: fotofobia ou 
fonofobia 
 
E) NÃO melhor explicada por outro 
diagnóstico ICHD-3. 
 
 
 
 
CEFALEIA TIPO TENSIONAL 
EPISÓDICA FREQUENTE 
Iremos definir de acordo com os 
critérios, caso o paciente possua: 
 
A) Pelo menos 10 episódios na vida de 
cefaleias que ocorram em média 1 a 
14 dias/mês por mais de 3 meses (≥12 
dias e <180 dias por ano) e 
preenchendo critérios de B a D. 
 
B) A cefaleia dura desde 30 minutos a 
7 dias. 
 
C) A cefaleia tem pelo menos 2 das 4 
seguintes características: 
1. Localização bilateral (mas pode 
ser unilateral). 
2. Tipo pressão ou aperto (não 
pulsátil). 
3. Intensidade ligeira ou 
moderada 
4. NÃO é agravada por atividade 
física de rotina como caminhar 
ou subir escadas. 
 
D) Ambos dos seguintes critérios: 
1. Sem náuseas e/ou vômitos 
 
 
 
2. Apenas 1 dos 2: fotofobia ou 
fonofobia 
 
E) NÃO melhor explicada por outro 
diagnóstico ICHD-3. 
 
 
CEFALEIA TIPO TENSIONAL 
CRÔNICA 
Iremos definir de acordo com os 
critérios, caso o paciente possua: 
 
A) A cefaleia ocorre em média 15 dias 
ou mais por mês por >3 meses (≥180 
dias por ano), preenche os critérios de 
B a D. 
 
B) A cefaleia dura DUAS horas ou 
DIAS, ou é CONTÍNUA. 
 
C) A cefaleia tem pelo menos 2 das 4 
seguintes características: 
1. Localização bilateral (mas 
pode ser unilateral). 
2. Tipo pressão ou aperto (não 
pulsátil). 
3. Intensidade ligeira ou 
moderada 
4. NÃO é agravada por atividade 
física de rotina como 
caminhar ou subir escadas. 
 
D) Ambos dos seguintes critérios: 
1. Apresenta só um dos 
seguintes sintomas: fotofobia, 
fonofobia ou náuseas ligeiras. 
2. Ausência de vômitos e 
náuseas de moderada ou 
grave intensidade. 
 
E) NÃO melhor explicada por outro 
diagnóstico ICHD-3. 
 
TRATAMENTO 
TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA 
Faz parte da terapia NÃO 
farmacológica: 
 Evitar fatores desencadeantes 
(Estresse – é um dos principais 
fatores). 
 Gerenciamento do estresse 
 Atividade física regular 
 Biofeedback 
 Terapia cognitivo-comportamental 
 Terapia de relaxamento 
 Acupuntura 
 
 
 
 Fisioterapia – ao contrário da 
migrânea. 
 
TRATAMENTO DAS CRISES AGUDAS 
Podemos utilizar: 
 Analgésicos simples e/ou 
combinados (opioides de baixa 
potencia também - Paracetamol + 
tramadol, PACO). 
 Os AINES (Dipirona, Naproxeno, 
Celecoxibe) também são uma boa 
opção para tirar o paciente da crise 
 É uma boa indicação para 
tensional, até mais do que para 
enxaqueca. 
OBS: Temos que tomar cuidado 
quanto ao abuso de analgésicos. 
 
OBS: Os antagonistas dos receptores 
de serotonina (triptanos), 
cabergolina, pergolida (derivados da 
ergotamina)  Esses medicamentos 
para cefaleia tensional NÃO terão 
muito efeito. 
 
TERAPIA PROFILÁTICA 
Recomendamos o tratamento 
profilático em pacientes com: 
- Às vezes para pacientes com cefaleia 
tensional episódica frequente. 
- Pacientes com cefaleia tensional 
crônica. 
 
As opções de tratamento 
medicamentoso são escassas, mas 
mesmo assim, podemos utilizar: 
 Baixas doses de tricíclicos 
(primeira linha): 
- Amitriptilina 10-100 mg a noite 
+ 
- Relaxantes musculares 
 
 NÃO há evidencia sólida para o 
uso de toxina botulínica tipo A, 
Gabapentina, pregabalina, ISRS 
(responde de certa forma), Dual, 
Tizanidina (relaxante muscular) e 
outros. 
 
 B-bloqueador NÃO responde. 
 Flunarizina NÃO responde. 
 Topiramato NÃO responde. 
 Ácido valpróico NÃO responde. 
 Tratar em sequencia os transtornos 
psiquiátricos e comorbidades – que 
 
 
 
estão muito relacionados na 
cefaleia do tipo tensional. 
OBS: 
- ISRS (inibidores da recaptação da 
serotonina)  Escitalopram, 
Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina. 
- DUAL  Desvenlafaxina, 
Duloxetina. 
 
OBS: Apesar de ser o tratamento de 
primeira linha, tentamos fugir um 
pouco de amitriptilina em mulheres, 
por ocasionar ganho de peso. 
 
OBS: NÃO é necessário pedir exames 
de imagem para pacientes com 
enxaqueca  somente se possuir 
sinais de alarme, ou pacientes que 
NÃO melhorem. 
 
OBS: Aneurisma só dará dor de 
cabeça quando rompe (sangra) ou se 
for um aneurisma grande  Por isso 
NÃO há necessidade de na cefaleia 
sair pedindo exame de imagem. 
A prevalência de aneurisma é grande, 
mas a prevalência daqueles que 
rompem é muito pequena.

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