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FLUORETOS E SEU USO NA ODONTOLOGIA ● flúor � fluoret� - o efeito do fluoreto na prevenção de lesões de cáries foi descoberto no início do século XIX; - causa de dentes manchados (mosqueados) (excesso de fluoretos na água consumida); - flúor está presente na natureza, mais comumente, na forma de minerais, ou seja, ligado a outros elementos químicos, como o cálcio. - fluoreto refere-se ao flúor na forma iônica, ou seja, F−. Este é o agente responsável pelo mecanismo anticárie do elemento químico – o fluoreto só tem ação anti cárie quando está na forma iônica; ➔ efeit� físic�-químic� d� fluoret� - apresenta um efeito extremamente relevante nos processos de desmineralização e remineralização aos quais a estrutura mineral dos dentes está continuamente sujeita na cavidade bucal; - envolve a solubilidade distinta dos minerais hidroxiapatita (HA) e fluorapatita (FA), dependendo de o fluoreto estar ou não presente no meio bucal (saliva ou fluido do biofilme); - DesRe (desmineralização e remineralização) - dependendo da saturação do meio aquoso bucal (saliva); - desmineraliza quando a saliva estiver subsaturada de íons (Ca, PO4, bicarbonato); - remineraliza quando a saliva estiver supersaturada de íons (Ca, PO4, bicarbonato); - pH cético? - saturação da saliva → dente; - hiposaturada/sub → menos íons, desmineralização,ácidos (pH salivar diminui), sai minerais do dente; - hipersaturada/super → saliva mais íons, remineralização; - balança pendida para desmineralização: perda dentária; - quando a saliva tiver contato com esmalte o pH mais crítico é 5,5 (mais resistente); - quando a saliva tiver contato com a dentina o pH mais crítico é 6,5 (é maior porque a dentina é mais frágil); - ph 5,5 a saliva fica hipo em relação ao esmalte; - pH 6,5 a saliva fica hipo em relação a dentina; - quando precipita ta hiper; - - fluorapatita (FA) - F- fortemente ligado, insolúvel, Fin; - fluoreto de cálcio (CaF2) - F- fortemente ligado, solúvel, Fon; - O “CaF2” é chamado de fracamente ligado porque não é estável no meio bucal, sendo dissolvido pela saliva; - mandar íons flúor (fluoreto) para que fique presente na cavidade bucal; - consigo armazenar quando ele entra no dente - formando fluorapatita fortemente ligado Fin - flúor que chega no esmalte dental, fica sobre/fora do dente “CaF2” formando uma ligação temporária - fluoreto de cálcio (fracamente ligado Fon (on = sobre)); - para prevenir cárie - fluoreto de cálcio; - se nao tiver nenhum mecanismo para voltar a saturação da saliva perde mineral do dente e forma cárie; ➔ mei� d� util�ar fluoret� n� odontologi� - todos os meios de uso de fluoreto para o controle da cárie têm o mesmo mecanismo de ação: aumentar a concentração do fluoreto no meio bucal, principalmente pela sua retenção no fluido do biofilme (efeito tópico), para que ele possa atuar diminuindo a desmineralização e promovendo a remineralização dental; - por meio de sua presença na saliva e no fluido do biofilme, os meios de uso de fluoreto devem ser classificados, de acordo com seu modo de aplicação, em coletivos, individuais e profissionais; - 1- meios coletivos: - são aqueles que atingem toda a população com base na “ingestão” diária de baixas concentrações de fluoreto; - utilizados em nível comunitário, abrangendo populações, ex: água fluoretada, sal fluoretado, leite fluoretado; - é importante garantir a continuidade dos programas coletivos de fluoretação da água e do sal, com o intuito de manter o íon flúor constantemente no meio ambiente bucal para interferir com o processo desmineralização e remineralização e com o desenvolvimento de lesões de cárie; - 1.1 - água fluoretada: - CCD EUA → um dos dez maiores avanços na a saúde pública do século XX; - o nível de fluoreto deve ser determinado de acordo com a temperatura média anual da região. Em países de clima temperado, com temperaturas mais baixas, a ingestão de água é menor; - a concentração ótima de 0,7 ppm (0,6 – 0,8) foi estabelecida como ideal para o Brasil; - o efeito preventivo da água fluoretada deve ser atribuído a um aumento da concentração de fluoreto na saliva e, consequentemente, no biofilme dental; - estima-se que 50% do fluoreto ingerido pela dieta (sólidos + líquidos) seja fornecido pelos alimentos cozidos com água fluoretada; - 1.2- fluoreto naturalmente presente na água e nos alimentos: - muitos poços artesianos apresentam índices elevados de fluoreto na água; - água mineral pode apresentar níveis de fluoreto acima de 0,7 ppm; - alimentos: à base de soja apresentam elevados níveis de fluoreto; - chá preto possui naturalmente altas concentrações; - 2- meios individuais: - são meios de auto uso de fluoretos, utilizados pelo próprio indivíduo, como dentifrícios e soluções para bochecho fluoretados; - 2.1- dentifrício fluoretado: - quando escovamos os dentes com dentifrício fluoretado, o biofilme dental, considerado o fator necessário para o desenvolvimento de lesões de cárie, é removido ou pelo menos desorganizado, e o fluoreto, considerado o fator determinante positivo do processo de cárie (que contrabalança o efeito negativo do açúcar), é ao mesmo tempo disponibilizado para o meio ambiente bucal (saliva, biofilme); - 1988 – o dentifrício responsável por 50% das vendas foi fluoretado no Brasil. - 1990 – Todos os dentifrícios brasileiros passaram a conter fluoreto; - aumentam a concentração de fluoreto na saliva por cerca de 40 min; - se ligam a íons cálcio que se absorvem a radicais negativos. Reage com o dente formando regularmente pequena quantidade de fluoreto de cálcio na superfície esmalte-dentina; - Fluoreto de sódio (NAF) → se ioniza em contato com a água, liberando os íons sódio e fluoreto. Não deve ser agregado a dentifrícios contendo carbonato de cálcio, pois ocorre ligação do fluoreto ao abrasivo, formando Ca2F dentro do tubo e não no dente. É usada sílica como abrasivo; - Monofluorfosfato de sódio (MFP ou Na2PO3F) → o fluoreto está ligado covalentemente ao fosfato, sendo liberado pela ação de enzimas chamadas fosfatases, que estão presentes na cavidade bucal. Pode ser usado em dentifrícios com carbonato de cálcio (92% dos dentifrícios brasileiros); - anotações minhas: - dentifrício tem: - abrasivo, flavorizante*, flúor - NaF e MPF, espessantes*, água, conservantes* - *: não é importante para dentista; - abrasivos: CaCO3 carbonato de cálcio (irregular, salobro, branco), sílica (insípida, granulometria); - NaF → H2O → Na + - F- - MPF → enzimas e proteases → F- - são usados em dentifrício pois liberam íon flúor; - CaCO3 + MPF - dentifrício branco - geralmente consistência pasta; - Sílica + NaF - dentifrício base sem cor, pode ser qualquer cor - consistência gel; - fluoreto enquanto protetor de cárie aumenta a saturação da saliva, aumenta a remineralização; - 1.100 ppm para combater cárie - 1 ppm F- = dose ideal - 2.2- soluções fluoretadas para bochecho: - indicadas para pacientes em fase de risco (aparelhos ortodônticos); - 225 ppm de fluoreto (solução de fluoreto de sódio a 0,05%, de uso diário); - 900 ppm de fluoreto (solução de fluoreto de sódio a 0,2%, de uso semanal); - quando utilizadas regularmente promovem redução de 26% nos índices de cárie; - a ANVISA regulamenta os enxaguatórios bucais fluoretados e estabelece que estes apresentem uma concentração de fluoreto de 225 ppm (COM NO MÁXIMO 10% DE VARIAÇÃO); - soluções com menos que isso podem não apresentar efeito preventivo, com a solução com 0,02% (90ppm) recomendada para utilização em bebês. - 2.3- gomas de mascar contendo fluoreto: - fluoreto presente é liberado na saliva, atuando topicamente durante alguns minutos, antes de ser ingerido; - a quantidade de fluoreto por tablete é de, aproximadamente, 0,4 mg → fluorose dental; - não devem ser indicadas para crianças, principalmente abaixo de 6-7 anos; - 2.4- suplementos de fluoreto- pré e pós-natais: - dificuldade de controle na utilização; - falta de estudos clínicos controlados; - a ingestão na gravidez beneficiaria apenas os dentes decíduos da criança, que iniciam suamineralização no útero. (Todo fluoreto que a gestante ingerir alcança ao bebe em formação); - ingestão com complexo vitamínicos que contém cálcio, diminuindo a ingestão deste; - a prescrição de medicamentos fluoretados, no período pré-natal não traz nenhum benefício que justifique sua indicação e o pós-natal têm indicação muito limitada; - 3- meios profissionais: - pacientes com atividade de cárie; - utilização de fluoretos em altas concentrações formando dois produtos: - FLUORAPATITA: depositada principalmente na camada superficial do esmalte, em cristais pré existentes, aumentando a concentração de F na apatita fluoretada; - FLUORETO DE CÁLCIO: depositado na superfície do dente íntegro e no interior daquele com lesão de cárie, ou mesmo no biofilme dental, sob a forma de glóbulos (cobertos com uma camada de fosfatos provenientes da saliva, que lhes confere uma certa estabilidade). É solúvel e libera íons cálcio e fluoreto quando o pH cai. Paralisando o processo quando o pH se eleva e preservando parte dos glóbulos; - reserva de fluoreto que se esgota em alguns dias; - aplicação tópica de fluoreto: - 1- flúor fosfato acidulado a 1,23% na forma de gel: - apresenta fluoreto na concentração de 12300 ppm e seu pH ácido promove a formação de grande quantidade de fluoreto de cálcio, pois disponibiliza cálcio presente no mineral do dente para reação com o fluoreto; - promove redução e cárie na ordem de 20-30% em pacientes em atividade de cárie, sem restrição de idade; - durante o processo de cárie ativa, com alta exposição do biofilme dental a carboidratos fermentáveis, o melhor agente terapêutico é o dentifrício fluoretado aplicado diariamente; - 2- fluoreto de sódio neutro a 2%: - concentração de 9000 ppm, UM POUCO MENOR QUE O GEL ACIDULADO; - forma menos fluoreto de cálcio; - restringe-se aos casos onde existem restaurações estéticas; - 3- verniz fluoretado: - suspensão de fluoreto de sódio em solução alcóolica de resinas naturais à 5% (22600 ppm). pH neutro. Somente 20% do fluoreto está numa forma solúvel; - efeito preventivo → 40% (dentes permanentes) e 30% (dentes decíduos); - expõe sistematicamente o paciente ao fluoreto. Utilização criteriosa. Alergia ao componente resinoso (colofônio); - indicado para regiões de risco à cárie, com manchas brancas, com sensibilidade ou superfícies oclusais de dentes em erupção; - 4- materiais odontológicos que liberam fluoreto: - cimentos de ionômero de vidro → alta liberação de fluoreto nas primeiras horas ou após a inserção, diminuindo gradativamente; - em contato com fontes de flúor, mantém níveis de liberação durante um grande período de tempo; - boa opção para selamento de fóssulas e fissuras; - - fluorose doença de excesso de flúor na corrente sanguínea, logo, se tem mancha branca nos dois lados é fluorose, ou hiperplasia (perda mineral inicial) ou má formação da dentina/esmalte por ser novinho mas não é preocupante - mancha branca - cavidade bucal seca não teria ionização logo não teria cárie;
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