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Leucemias crônicas - as leucemias crônicas são neoplasias malignas que envolvem a proliferação de células mieloides e linfoides com diferenciação mais completa. Não há citopenia, mas há células em diferentes estágios de maturação. Leucemias agudas - substituição da MO por células imaturas, conhecidas como blastos (+20%), com alta taxa de proliferação celular e parada de maturação; as linhagens celulares normais são substituídas progressivamente por células imaturas, o que se reflete em quadros clínicos graves e rapidamente progressivos, com anemia, neutropenia e plaquetopenia. OMS > 20% blastos, FAB >30% Blastos. LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA 15 a 20% das leucemias; 55 – 60 anos; Leucocitose com desvio à esquerda, esplenomegalia e cromossomo Philadelphia (Ph). A proteína BCR-ABL está presente em todos os pacientes com LMC, e sua hiperatividade estimula a proliferação celular e inibe a apoptose, sendo tais efeitos os responsáveis pelo evento inicial na doença. A doença evolui em três fases: crônica, acelerada e aguda. Na fase crônica, o paciente é geralmente assintomático (leucocitose e esplenomegalia são encontradas em consultas de rotina). O hemograma mostra leucocitose com desvio à esquerda e poucos mieloblastos. Nessa fase Leucemias não há anemia, e o número de plaquetas pode estar normal ou aumentado. Na MO ocorre proliferação clonal maciça das células granulocíticas, mantendo estas a capacidade de diferenciação, o que explica o hemograma com desvio à esquerda. Mais tarde, em geral após dois a quatro anos, o clone leucêmico perde a capacidade de diferenciação e a doença passa a ser de difícil controle (fase acelerada) e progride para leucemia aguda (crise blástica). Na fase acelerada, o paciente apresenta quadro clínico mais instável, havendo piora do hemograma ou aumento da esplenomegalia. A fase acelerada é diagnosticada quando ocorre um dos seguintes eventos: (1) aumento persistente da leucocitose ou da esplenomegalia, apesar do tratamento; (2) plaquetose persistente, acima de 1 milhão/mm3, apesar do tratamento; (3) plaquetopenia persistente, abaixo de 100.000/mm3, não relacionada com o tratamento; (4) anormalidades citogenéticas adicionais; (5) 20% ou mais de basófilos no SP; (6) 10 a 19% de blastos no SP ou na MO. A fase aguda ou crise blastica caracteriza- se pelo surgimento de 20% ou mais de blastos no SP ou MO ou quando aparece sarcoma mieloide. Em cerca de 70% dos casos, a transformação é para leucemia mieloide aguda; crise blástica linfoide ocorre em 25 a 30% dos casos. LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA 2x mais comum que a LMC Malignidade clonal dos linfócitos B, é a forma mais comum de leucemia em adultos no mundo ocidental Imunofenotipagem confirma o diagnóstico de LLC. Os sinais e os sintomas clínicos da LLC estão fortemente relacionados com a infiltração progressiva da medula óssea e dos tecidos linfoides por linfócitos neoplásicos e com defeitos imunológicos secundários. Pessoas com a forma de evolução arrastada de LLC são, com frequência, assintomáticas no momento do diagnóstico; e linfocitose é observada em um hemograma completo obtido por outra causa, não relacionada. À medida que a doença progride, os linfonodos aumentam gradualmente de tamanho e novos linfonodos são envolvidos. Pessoas com a forma agressiva de leucemia linfocítica crônica apresentam deterioração clínica rápida, caracterizada por linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, febre, dor abdominal, perda de peso, anemia progressiva e trombocitopenia, com rápido aumento da contagem de linfócitos. Hipogamaglobulinemia – baixos níveis séricos de anticorpos. O aumento da suscetibilidade à infecção reflete a incapacidade de produzir anticorpos específicos e ativação anormal do complemento. A principal característica diagnóstica de LLC é o achado de linfocitose isolada. A contagem geralmente é superior a 20.000/μℓ, e pode se elevar para várias centenas de milhares. Geralmente, 75 a 98% são linfócitos. O hematócrito e a contagem de plaquetas são, geralmente, normais na apresentação. Sindrome de Richter – evolução para linfoma não Hodgkin agressivo. LEUCEMIA LINFOCITICA AGUDA Mais comum em crianças, 1/3 em adultos (maior numero de mortes. LLA engloba um grupo de neoplasias compostas por precursores de linfócitos B (pré-B) ou T (pré-T), denominados linfoblastos. Aproximadamente 90% das pessoas com LLA apresentam alterações numéricas e estruturais nos cromossomos de suas células leucêmicas. Isso inclui hiperploidia ou poliploidia e translocação e deleção cromossômica. Muitas dessas aberrações cromossômicas acabam desregulando a expressão e a função de fatores de transcrição necessários para o desenvolvimento de células hematopoéticas normais. LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA Idosos, pode se manifestar em crianças e adultos. As LMA são um grupo diverso de neoplasias que afetam as células precursoras mieloides na medula óssea. A maioria está associada a alterações genéticas adquiridas que inibem a diferenciação mieloide terminal -> acúmulo de blastos, relativamente indiferenciados, com resultante supressão das células progenitoras restantes, anemia, neutropenia e trombocitopenia. Manifestações clínicas LMA E LLA Tríade: sangramentos espontâneos, astenia e infecções decorrentes da falência da hematopoese normal. Aparecimento abrupto de sinais/sintomas, incluindo fadiga resultante de anemia; febre baixa, sudorese noturna e perda de peso pela rápida proliferação e hipermetabolismo das células leucêmicas; sangramento devido à redução na contagem de plaquetas; e dor óssea espontânea e à palpação causada pela expansão da medula óssea. O processo infeccioso é resultante da neutropenia, com o risco de infecção aumentando rapidamente à medida que a contagem de neutrófilos cai abaixo de 500/μℓ. Ocorrem linfadenopatia generalizada, esplenomegalia e hepatomegalia causadas por infiltração de células leucêmicas em todos os casos de leucemia aguda, porém são mais comuns na LLA. Além das manifestações comuns de leucemia aguda, a infiltração de células malignas na pele, gengivas e outros tecidos moles é particularmente comum na forma monocítica de LMA. As células leucêmicas também conseguem atravessar a barreira hematencefálica e se abrigar no SNC. O envolvimento do SNC é mais comum em LLA do que em LMA, e é mais comum em crianças do que adultos. Sinais e sintomas de envolvimento do SNC incluem paralisia de nervos cranianos, cefaleia, náuseas, vômitos, papiledema e, ocasionalmente, convulsões e coma. Leucostase é uma condição em que a contagem de blastos na circulação sanguínea é acentuadamente elevada. O elevado número de blastos leucêmicos circulantes aumenta a viscosidade do sangue e predispõe ao desenvolvimento de embolia leucoblástica, com obstrução de pequenos vasos sanguíneos na circulação pulmonar e cerebral. A oclusão de vasos pulmonares conduz a ruptura do vaso e infiltração do tecido pulmonar, resultando em falta de ar súbita e dispneia progressiva. A leucostase cerebral acarreta cefaleia difusa e letargia, que podem progredir para confusão mental e coma. Hiperuricemia resulta do aumento da proliferação ou da degradação de nucleotídios da purina secundário à morte de células leucêmicas resultante da quimioterapia. Diagnóstico O diagnóstico definitivo de leucemia aguda se baseia em estudos do sangue e da medula óssea-> MIELOGRAMA É necessária a demonstração da existência de células leucêmicas no sangue periférico, medula óssea ou tecido extramedular. Os achados laboratoriais revelam leucócitos imaturos (blastos) na circulação e na medula óssea, onde podem constituir de 60 a 100% das células. À medida que essas células proliferam ecomeçam a se acumular na medula óssea, dá-se a supressão do desenvolvimento de outras linhagens de células sanguíneas na medula óssea. Consequentemente, desaparecem células mieloides maduras, como hemácias, leucócitos e plaquetas. Quase sempre há anemia, e a contagem de plaquetas está reduzida. Deve ser realizada imunofenotipagem para determinar o subtipo de linhagem da leucemia. A biopsia de medula óssea pode ser usada para determinar as características moleculares da leucemia, o grau de envolvimento da medula óssea e a morfologia e histologia da doença. Os estudos citogenéticos, usados para determinar anormalidades cromossômicas, são um dos mais poderosos indicadores de prognóstico na leucemia aguda. Determinadas anormalidades cromossômicas respondem mais favoravelmente a certos tipos de tratamento e têm um prognóstico melhor do que outras. ETIOLOGIAS DAS PROLIFERAÇÕES NEOPLÁSICAS: Fatores hereditários; Viroses; Imflamações crônicas; Fatores iatrogênicos; Tabagismo.
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