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Aspectos anatômicos e fisiológicos do sistema cardiovascular

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Aspectos anatômicos e fisiológicos do sistema cardiovascular
O coração é um tecido predominantemente muscular, envolvido internamente pelo
endotélio e externamente pelo pericárdio (bolsa serosa).
Estrutura do coração
O coração possui quatro cavidades, sendo elas: 2
átrios e 2 ventrículos (valvula átrio- ventricular - do
lado direito é a tricúspide, do lado esquerdo é a
válvula mitral).
O ventrículo esquerdo é a bomba que gera energia
para propulsar o sangue através da Aorta. Dessa
forma, a espessura de sua parede é maior que a
do ventrículo direito.
O VE funciona em regime de pressão, o direito,
regime de volume. Devido à sua força, a pressão
do ventrículo esquerdo é 10 vezes maior que o
ventrículo direito.
As cordas tendíneas são prolongamentos dos músculos papilares que estão ligados à
estrutura da válvula. Já as válvulas semilunares emergem de um ventrículo para grandes
vasos em ambos lados, direito: veia pulmonar e esquerdo: artéria aorta.
Irrigação do coração
O coração tem um sistema de irrigação próprio, a circulação coronária, que se encarrega
de proporcionar ao músculo cardíaco os nutrientes e o oxigênio de que necessita, para
manter a sua atividade.
As artérias coronárias direita e esquerda, levam ao coração o sangue oxigenado, têm
origem na aorta. Após irrigar o tecido, o sangue já pobre em oxigênio passa para uma rede
de pequenas veias que vão unir entre si, formando vasos cada vez maiores, que se
encarregam de o transportar de volta para o interior do coração, mais precisamente para o
átrio direito.
Uma obstrução no tronco da coronária esquerda pode gerar uma lesão grave, pois
prejudicará ambas artérias principais.
Fisiologia
A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA (marcapasso do coração).
A ritmicidade ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são muito permeáveis ao
sódio, que passa para o interior das fibras, fazendo com que o potencial da membrana em
repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar transformando em potencial de
ação.
O impulso é propagado pelos átrios através do sistema de Purkinje provocando sua
contração.
Centésimos de segundos depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda o impulso para que
os átrios forcem a passagem de sangue para os ventrículos. Após esse retardo, o impulso é
propagado pelo sistema de Purkinje aos ventrículos contraindo-os (GUYTON; HALL, 2006).
O coração recebe inervação do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).
O simpático promove aumento da frequência cardíaca, aumento da contratilidade do
coração, e o parassimpático promove diminuição da frequência cardíaca e aumento do
relaxamento.
Ciclo cardíaco
O ciclo cardíaco é composto por duas fases:
sístole e diástole.
1. Diástole: válvulas átrio-ventriculares
abertas, pois é quando os ventrículos enchem
de sangue.
2. Sístole: válvulas semilunares abertas e
atrioventriculares fechadas.
Valvas abertas na diástole: atrioventriculares; o
sangue está enchendo o coração, ele adentra o
ventrículo. Já na sístole, o sangue é ejetado
para fora do coração. Logo, as valvas semilunares estão abertas e as AV fechadas para
evitar o refluxo sanguíneo.
Introdução à fisiologia do exercício
A função do coração é gerar débito cardíaco capaz de atender as necessidades
metabólicas dos tecidos e o organismo. O sangue é propulsionado ao longo do corpo. Para
realizar tal função, o coração necessita de energia, ela é gerada através de processos
bioquímicos para formação de ATP.
A reabilitação cardíaca visa melhorar a integridade da disponibilidade do oxigênio e
integridade do sistema. Em atividades de menos de 1’, há uma resposta do sistema
anaeróbico. Em contrapartida, atividades acima de 1’, a atuação é do sistema aeróbico.
Durante a atividade, comandos cerebelares superiores atuam em todo o processo do
coração,
atuando sobre o RV, DC, FC e elevando o volume sanguíneo, aumentando a atividade do
músculo esquelético e resultando em uma respiração mais profunda.
Ao realizar um exercício, a FC aumenta rapidamente. Em relação ao volume sistólico, há
essa elevação mais rápida devido ao comando central.
Para elevar o VS, necessitam-se de atividades mais complexas, tais como:
- Aumento da contratilidade miocárdica
- Redução da resistência vascular periférica
- Obedecendo a lei de Frank Starling
- Elevando o retorno venoso
- Redistribuição do fluxo em caso de exercício (reduzindo o fluxo de locais menos usados
para redirecionar aos locais usados na atividade)
OBS.: A atividade física é intensa ou não de acordo com a sua FC. A redistribuição do
débito é um ajuste ao exercício cardíaco para fornecer maior quantidade de O2 e nutrientes
para o tecido mais ativo, o músculo esquelético. Só temos aumento do volume sistólico se o
débito estiver aumentando.
LEI DE FRANK STARLING
Para um dado aumento de volume diastólico final, há um aumento de contratilidade.
Quando enche a cavidade na diástole, fazemos o sarcômero distender, aumentando a
quantidade de ponte de actina/miosina recrutadas = aumento da força de contração. Ou
seja, tudo que entra no coração, também sai.
PRESSÃO ARTERIAL
A curva de pressão sistólica aumenta no exercício, sendo total influenciada pelo débito
cardíaco. Já a pressão diastólica permanece sem muitos aumentos.
A pressão sistólica por ser débito dependente, quando há uma parada abrupta de um
exercício, o RV “para” e o sangue fica represado na periferia, resultando numa queda da
pressão.
JAMAIS realizar essa parada brusca com um idoso, pois seu ritmo é mais lento e pode
ocorrer uma síncope.
A frequência respiratória possui relação com o ciclo cardíaco: quando expiramos, o retorno
venoso aumenta, pois diminuímos a pressão intratorácica, logo, frequência cardíaca tende a
diminuir. Quando inspiramos fundo, a frequência cardíaca tende a aumentar.
SISTEMA RAA
O Sistema renina-angiotensina-aldosterona aumenta a pressão arterial. Angiotensina
promove vasoconstrição, aldosterona retém sódio e água e renina fazendo vasoconstrição.

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