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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I - ANATOMOFISIOLOGIA DO 
SISTEMA TEGUMENTAR E DA FACE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PEELINGS FACIAIS 
2 TECIDO EPITELIAL 
3 TECIDO CONJUNTIVO 
4 SISTEMA TEGUMENTAR 
4.1 PELE 
4.1.1 Epiderme 
4.1.1.1 Camadas da epiderme 
4.1.1.2 Células típicas da epiderme 
4.1.2 Derme 
4.1.2.1 Camadas da derme 
4.1.2.2 Células típicas da derme 
4.2 HIPODERME 
4.2.1 Camadas da hipoderme 
4.3 ANEXOS CUTÂNEOS 
5 ANATOMIA BÁSICA DA FACE 
5.1 OSSOS DA FACE 
5.2 MÚSCULOS DA FACE E DO PESCOÇO 
5.3 CIRCULAÇÃO ARTERIAL E VENOSA DA FACE 
5.4 INERVAÇÃO DA FACE 
5.5 REDE LINFÁTICA DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
6 REGENERAÇÃO CELULAR 
6.1 FASE INFLAMATÓRIA 
6.2 FASE DE FIBROPLASIA 
6.3 FASE DE MATURAÇÃO 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
 
MÓDULO II 
 
7 DEFINIÇÃO E CONCEITUAÇÃO GERAL DOS PEELINGS 
8 HISTÓRICO DO USO DOS PEELINGS 
9 PRINCIPAIS TIPOS DE PEELINGS 
10 PROFUNDIDADE DOS PEELINGS 
11 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES GERAIS DO USO DOS PEELINGS 
12 PRINCIPAIS DISFUNÇÕES TRATADAS COM PEELINGS 
12.1 ENVELHECIMENTO FACIAL 
12.1.1 Envelhecimento intrínseco ou cronológico 
12.1.2 Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento 
12.1.3 Modificações histológicas do envelhecimento cutâneo 
12.1.3.1 Modificações da epiderme 
12.1.3.2 Modificações da derme: 
12.1.3.3 Modificações da hipoderme 
12.1.3.4 Modificações nos anexos cutâneos 
12.2 RUGAS FACIAIS 
12.3 DISCROMIAS 
12.3.1 Acromia 
12.3.2 Hipocromias 
12.3.3 Hipercromias 
13. AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DA FACE 
13.1 ANAMNESE 
13.2 EXAME FÍSICO DA FACE 
13.2.1 Inspeção 
13.2.2 Palpação 
13.2.3 Classificação quanto à tipologia da pele 
13.2.3.1 Pele normal (endérmica/eudérmica) 
13.2.3.2 Pele seca (alípica) 
13.2.3.3 Pele oleosa (lipídica) 
13.2.3.3 Pele mista 
13.2.3.4 Pele sensível 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
 
13.2.4 Classificação quanto ao fototipo cutâneo 
13.2.5 Classificação quanto ao fotoenvelhecimento cutâneo (Glogau) 
13.3 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FACIAL 
 
MÓDULO III 
 
14. PEELINGS QUÍMICOS: CONCEITOS GERAIS 
15. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES AOS PELLINGS QUÍIMICOS 
16. CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE PEELINGS QUÍMICOS 
17. FORMULAÇÕES DE PEELINGS QUÍMICOS (PH, PORCENTAGEM E ATIVOS) 
17.1 ALFA-HIDROXI-ÁCIDOS 
17.1.1 Ácido glicólico 
17.1.1.1 Indicações e contraindicações 
17.1.1.2 Concentrações 
17.2 ÁCIDO MANDÉLICO 
17.2.1 Indicações e contraindicações 
17.2.2 Concentrações 
17.3 ÁCIDO HIALURÔNICO 
17.3.1 Indicações e contraindicações 
17.3.2 Concentrações 
17.4 ÁCIDO SALICILICO 
17.4.1 Indicações e contraindicações 
17.4.2 Concentrações 
17.5 ÁCIDO AZELÁICO 
17.5.1 Indicações e contraindicações 
17.5.2 Concentrações 
17.6 ÁCIDO RETINÓICO 
17.6.1 Indicações e contraindicações 
17.6.2 Concentrações 
17.7 ÁCIDO AZELÁICO 
17.7.1 Indicações e contraindicações 
17.7.2 Concentrações 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
17.8 SOLUÇÃO DE JESSNER 
17.8.1 Indicações e contraindicações 
17.8.2 Concentrações 
17.9 PEELING DE FENOL 
17.9.1 Indicações e contraindicações 
17.9.2 Indicações e contraindicações 
17.9.3 Concentrações 
18 PROCEDIMENTOS PRÉ-PEELING 
19 PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DOS PEELINGS SUPERFICIAIS 
19.1 Materiais 
19.2 PROTOCOLO DE APLICAÇÃO 
20 PROCEDIMENTOS E CUIDADOS PÓS-PEELING SUPERFICIAL 
21 PRECAUÇÕES E COMPLICAÇÕES DOS PEELINGS QUÍMICOS 
22 RESULTADOS DE PEELINGS QUÍMICOS 
 
 
MÓDULO IV 
 
23 PEELINGS FÍSICOS: CONCEITOS GERAIS 
24 TIPOS DE PEELINGS FÍSICOS 
24.1 DERMOABRASÃO 
24.2 MICRODERMOABRASÃO 
24.2.1 Indicações e contraindicações 
24.2.2 Efeitos 
24.2.3 Peeling de Cristal 
24.2.4 Peeling de diamante 
24.2.5 Procedimentos pré microdermoabrasão 
24.2.6 Procedimentos pós microdermoabrasão 
24.2.7 Precauções e complicações da microdermoabrasão 
24.2.8 Resultados de microdermoabrasão 
24.3 PEELING ULTRASSÔNICO 
24.3.1 Equipamento 
24.3.2 Indicações e contraindicações 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
24.3.3 Efeitos 
24.3.4 Técnica de aplicação 
24.3.5 Precauções e complicações 
24.3.6 Resultados 
24.4 PEELING A LASER24.4.1 Equipamentos 
24.4.2 Indicações e contraindicações 
24.4.3 Efeitos 
24.4.4 Técnica de aplicação 
24.4.5 Precauções e complicações 
24.4.6 Resultados 
GLOSSÁRIO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
 
MÓDULO I 
 
 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PEELINGS FACIAIS 
 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao curso de PEELINGS FACIAIS. 
 
Nosso objetivo neste curso é trazer a você informações em relação a essa 
técnica que ganhou destaque nos últimos anos como um importante recurso no 
combate aos sinais do envelhecimento. 
A cada dia mais, homens e mulheres tem buscado reduzir marcas de expressão e 
manchas desenvolvidas pela exposição excessiva ao sol e por cuidados 
inadequados com a pele. Em razão disso, o mercado antienvelhecimento cresce a 
olhos vistos. O profissional preparado para atuar nesta área tem ganhado papel de 
destaque no mercado de trabalho, com excelente retorno financeiro. 
Para o profissional que trata essas disfunções, os peelings químicos e 
físicos são uma arma importante para minimização dos sinais do tempo. Com essa 
técnica conseguimos melhorar a qualidade da pele, estimular a síntese de 
substâncias importantes para a sustentação dos tecidos, remover ou diminuir 
manchas escuras e sinais típicos da exposição solar. 
Para executar o procedimento com segurança e eficácia é necessário 
conhecer em detalhes os tecidos e sistemas sobre os quais iremos trabalhar. Por 
isso, iniciaremos nosso curso, neste módulo I, pelo estudo dos tecidos que 
compõem a pele (epitelial e conjuntivo) e pelos componentes do sistema tegumentar 
(pele, hipoderme e anexos cutâneos). 
Após, faremos uma breve revisão da anatomia da face, sobre a qual iremos 
embasar nosso estudo (ossos, músculos, circulação arterial e venosa, inervação e 
rede linfática da cabeça e do pescoço). 
Terminamos esse módulo estudando sobre o processo de reparo tecidual 
para compreender como a pele se regenera após as lesões teciduais provocadas 
pelos peelings físicos e químicos, apresentando-se renovada e rejuvenescida. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
2 TECIDO EPITELIAL 
 
 
Tecido orgânico avascular, formado por células justapostas e com pouco 
material intercelular. Por não possuir circulação sanguínea própria, é nutrido por 
difusão a partir do tecido conjuntivo que está próximo a ele (Azulay e Azulay, 1999). 
 
É classificado em duas categorias (Beltramini, 2011): 
 
 Tecido epitelial de revestimento: reveste a superfície corporal externa e 
as cavidades orgânicas. É formado por células cúbicas, cilíndricas ou prismáticas, 
que possuem estruturas especializadas que garantem a execução de suas funções. 
É classificado em subtipos levando em consideração características de sua 
morfologia, como o número de camadas e o formato das células (FIGURA 1). 
 
 Tecido epitelial glandular ou secretor: origina-se de uma invaginação 
de um epitélio de revestimento e é especializado na síntese e secreção de 
substâncias como hormônios e enzimas. As células secretoras de uma glândula são 
denominadas parênquima e o tecido conjuntivo nointerior da glândula é denominado 
estroma. O epitélio glandular pode ser classificado levando-se em consideração 
características de sua morfologia (número de células) e de sua fisiologia (modo de 
eliminação das secreções e local onde as secreções são lançadas). Em relação ao 
local onde a secreção é lançada, as glândulas podem ser classificadas como 
endócrinas (glândulas sem ductos que distribuem sua secreção diretamente na 
corrente sanguínea, sendo então distribuída) ou exócrinas (glândulas com ducto 
excretor que transportam a secreção produzida pela glândula para o meio externo, 
como por exemplo, as glândulas sudoríparas e lacrimais) (FIGURA 1). 
 
 
FIGURA 1 – TIPOS DE TECIDO EPITELIAL 
 
EPITÉLIO DE REVESTIMENTO 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
FONTE: DAVID. Tudo sobre biologia. Disponível em: <http://tudosobrebio-
profdavid.blogspot.com/2011/08/histologia.html>. Acesso em: 3 nov. 2011. 
 
EPITÉLIO GLANDULAR 
 
 
FONTE: PUC RS. Atlas virtual de histologia. Disponível em: 
<http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/maxim/t-epit-gland-exoc-68a2.htm>. Acesso 
em: 3 nov. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
3 TECIDO CONJUNTIVO 
 
 
Tecido orgânico, vascularizado, que possui um rico material intercelular, 
composto pela substância fundamental amorfa e por conjuntos organizados de 
proteínas chamadas de fibras. Possui muitos tipos celulares que realizam as funções 
de sustentação, preenchimento, transporte de substâncias, defesa orgânica e 
reparação tecidual (Beltramini, 2011). 
A substância fundamental amorfa é formada por água, polissacarídeos e 
proteínas. É incolor, homogênea e de consistência variável. As fibras do tecido 
conjuntivo são agrupamentos de proteínas polimerizadas que exercem funções 
importantes para o sistema tegumentar. São de três tipos: colágenas, reticulares e 
elásticas (Beltramini, 2011). 
No decorrer deste módulo, ao estudar uma das camadas da pele 
denominada derme, que é formada por tecido conjuntivo, detalharemos cada tipo 
específico de fibra. 
 
O tecido conjuntivo pode ser agrupado em duas categorias (Beltramini, 
2011): 
 
 Tecido conjuntivo propriamente dito: tipo de tecido conjuntivo que 
possui os constituintes básicos característicos do tecido (fibras, células e substância 
fundamental amorfa). Pode ser de dois tipos: frouxo (com grande quantidade de 
substância intercelular e amorfa e poucas fibras, frouxamente distribuídas; ou denso 
(oferece mais resistência e proteção, mesmo sendo menos flexível que o tecido 
conjuntivo frouxo. Possui muitas fibras colágenas e pouca substância amorfa) 
(FIGURA 2). 
 
 Tecido conjuntivo de propriedades especiais: variações do tecido 
conjuntivo com funções e características próprias. Entre eles estão: tecido adiposo, 
elástico, reticular, mucoso, cartilaginoso e ósseo. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
FIGURA 2 – TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD) 
 
FONTE: BRUNA. Tecido conjuntivo. Disponível em: 
<http://biologiacapufrgs.blogspot.com/2011/06/tecido-conjuntivo.html>. Acesso em: 3 nov. 2011. 
 
 
Você entendeu? 
Os tecidos que estão diretamente relacionados ao sistema tegumentar são o 
epitelial e o conjuntivo. O tecido epitelial é um tipo de tecido avascular, formado por 
células justapostas e com pouco material intercelular que pode ser classificado em 
tecido epitelial de revestimento e tecido epitelial glandular. O tecido conjuntivo é um 
tipo de tecido vascularizado composto pela substância fundamental amorfa e por 
conjuntos organizados de proteínas chamadas de fibras. Pode ser agrupado em 
duas categorias: tecido conjuntivo propriamente dito e tecido conjuntivo de 
propriedades especiais. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
 
4 SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 
O sistema tegumentar é um conjunto de estruturas que recobre o organismo 
humano e exerce funções importantes na manutenção do equilíbrio do corpo. Está 
organizado em camadas intimamente relacionadas: pele, hipoderme e anexos 
cutâneos (FIGURA 3). 
 
 
FIGURA 3 – SISTEMA TEGUMENTAR 
 
FONTE: Dermatologia integrada da pele. Dermatologia. Disponível em: 
<http://dermatologiadapele.blogspot.com/>. Acesso em: 4 nov.2011. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
 
 
4.1 PELE 
 
 
A pele vem sendo exaustivamente estudada em todas suas estruturas e 
funções por pesquisadores de todo o mundo e existe um consenso de que existem 
inúmeras possibilidades para abordagem preventiva e de tratamento dos sinais de 
envelhecimento pela extrema capacidade de resposta a tratamentos e de 
recuperação (Dermatologia integrada, 2011). 
 
 
Você sabia? 
A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo humano, mede em torno de 
1,5 a 2 m2 em um adulto jovem de estatura mediana. É responsável pelo contato do 
corpo com o meio externo e sua espessura varia de 3 mm nas palmas das mãos e 
plantas dos pés até 1 mm nas pálpebras. 
A pele não é somente um envoltório para nosso corpo. Ela exerce inúmeras 
outras funções: é o primeiro elo de contato com o ambiente externo, responsável 
pela defesa inicial contra micro-organismos, agressões químicas e mecânicas, é o 
centro dos sentidos (tato, frio, calor, dor), além de espelhar nossa saúde, emoções e 
idade. Recobre e protege o organismo da perda excessiva de água, do atrito e dos 
raios solares ultravioletas (Dermatologia integrada, 2011). 
 
 
Detalhando as funções da pele: 
 
 
 Proteção física: barreira de proteção para as estruturas internas do 
organismo à ação de agentes externos. Também impede perdas de água, eletrólitos 
e outras substâncias do meio interno. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 Proteção imunológica: graças às células de defesa presentes na 
derme, a pele é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam 
intensamente os componentes de imunidade humoral e celular. 
 
 Termorregulação: graças à sudorese, constrição e dilatação da rede 
vascular cutânea, a pele processa o controle homeostático da temperatura orgânica. 
 
 Percepção sensorial: por meio da complexa e especializada rede de 
terminações nervosas presentes na pele, ela é capaz de perceber e interpretar 
sensações de calor, frio, dor e tato. 
 
 Secreção: a pele possui glândulas especializadas na produção de 
sebo e suor. A secreção sebácea é importante para a manutenção do equilíbrio da 
pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Além disso, o 
sebo possui propriedades antimicrobianas e contêm substâncias precursoras da 
vitamina D. O suor é importante para regulação da temperatura orgânica. 
 
A aparência e a função da pele variam de acordo com a área do corpo que 
se está analisando, porém estruturalmente, existe uma constituição comum a 
qualquer região, independente de idade ou sexo. Podemos didaticamente dividir a 
pele em duas camadas: epiderme e derme. Estas duas camadas estão 
estreitamente relacionadas e exercem suas funções de forma interdependente. 
O estudo da epiderme e da derme e suas camadas é extremamente 
importante para o profissional que trabalha com peelings, porque nestas estruturas é 
que iremos atuar. Precisamos conhecer detalhadamente as características de cada 
componente anatômico para compreender a profundidade e o mecanismo de ação 
de cada tipo de peeling. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
 
4.1.1 Epiderme 
 
 
A epiderme (FIGURA 4) é a camada mais externa da pele. 
 
 
FIGURA 4 - EPIDERME 
 
FONTE: WIKIPEDIA. Epidermis. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/File:Epidermis-
delimited.JPG>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
A epiderme é composta por tecido do tipo epitelial e forma a primeira 
barreira aos agentes externos. É avascular, sendo nutrida por difusão, pela derme. 
Sua espessura varia segundo a região do corpo. Exerce funções muito importantes 
para o funcionamento geral do organismo, entre elas, podemos citar: 
 
 Proteção contratraumas físicos e químicos; 
 
 Resistência às forças de tensão a epiderme; 
 
 Prevenção da desidratação e perda de eletrólitos; 
 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/Epidermis-delimited.JPG
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/Epidermis-delimited.JPG
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
 Proteção contra o encharcamento de líquidos; 
 
 Restrição da passagem de corrente elétrica; 
 
 Proteção contra entrada de substâncias tóxicas; 
 
 Proteção dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta. 
 
 
4.1.1.1 Camadas da epiderme 
 
 
A epiderme é composta por cinco camadas: córnea, lúcida, granulosa, 
espinhosa e basal (FIGURA 5). A camada lúcida que é formada por uma fina 
camada de células achatadas que não está presente em todas as regiões do corpo. 
Existe apenas onde a pele é mais grossa (palma das mãos e pés) (CEDERJ, 2010). 
 
 
FIGURA 5 – CAMADAS DA EPIDERME 
 
FONTE: MARV. Epidermis. Disponível em: 
<http://www.marvistavet.com/html/body_pemphigus_foliaceus.html>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
Agora vamos conhecer em detalhes cada uma das camadas da epiderme 
(FIGURA 6) (Sampaio e Rivitti, 2001). 
 
 
FIGURA 6 – DETALHE DE LÂMINA COM RECORTE DAS CAMADAS DA 
EPIDERME 
 
FONTE: SKINIPÉDIA. Epiderme. Disponível em: <http://skinipedia.org/skin-essentials/skin-
physiology-101.html>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
A primeira camada da epiderme é a córnea (FIGURA 7). É a camada mais 
superficial da pele, constituída por células achatadas mortas, anucleadas, dispostas 
em lâminas que se sobrepõem formando uma estrutura rígida e hidrófila. Exerce a 
função de proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos, além de impedir a 
evaporação de água. Nessa camada ocorre desprendimento celular constante para 
proporcionar a renovação da epiderme. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
 
FIGURA 7 – CAMADA CÓRNEA DA EPIDERME 
 
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-tegumentar/sistema-tegumentar-
8.php>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
A segunda camada da epiderme é a granulosa (FIGURA 8). Está localizada 
abaixo da camada córnea e possui células poligonais e achatadas com núcleo 
central e grânulos de queratina no citoplasma. Mantém a hidratação da pele. 
 
 
FIGURA 8 – CAMADA GRANULOSA DA EPIDERME 
 
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-tegumentar/sistema-tegumentar-
8.php>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
A terceira camada da epiderme é a espinhosa (FIGURA 9). Está localizada 
abaixo da camada granulosa e é formada aproximadamente dez fileiras de células 
achatadas, com núcleo central e pequenas expansões citoplasmáticas que conferem 
o aspecto espinhoso a esta região. 
 
 
FIGURA 9 – CAMADA ESPINHOSA DA EPIDERME 
 
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-tegumentar/sistema-tegumentar-
8.php>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
A última camada da epiderme é a basal ou germinativa (FIGURA 10). 
 
 
FIGURA 10 – CAMADA BASAL DA EPIDERME 
 
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO. Sistema tegumentar. Disponível em: 
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-tegumentar/sistema-tegumentar-
8.php)>. Acesso em: 4 nov. 2011. 
 
 
A camada basal é a camada mais profunda e faz contato direto com a 
derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde ocorre intensa 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
divisão celular para renovação da epiderme e substituição das células que são 
perdidas na camada córnea. Nesse processo as células partem da camada basal e 
vão sendo deslocadas até a camada córnea, em um período aproximado de 25 dias. 
Abaixo da camada basal existe uma membrana denominada membrana 
basal. Essa estrutura é formada por mucopolissacarídeos neutros e proporciona o 
suporte mecânico (sustentação) para a pele. 
 
Em resumo: todas as estruturas e células da epiderme têm como função 
principal manter o equilíbrio da superfície do corpo, livrando-o de danos físicos 
(temperatura, umidade e ressecamento, traumas, radiação ultravioleta) químicos 
(substância ácidas, sabões, detergentes) e biológicos (micro-organismos, como 
vírus, fungos e bactérias). 
 
 
4.1.1.2 Células típicas da epiderme 
 
 
As células típicas da epiderme são: 
 
 Queratinócitos 
 
 Melanócitos 
 
 Células de Langerhans (Azulay e Azulay, 1999). 
 
 
Os queratinócitos (FIGURA 11) são as células típicas da epiderme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
 
 
 
FIGURA 11 - QUERATINÓCITOS 
 
FONTE: MIOT, LDB; MIOT, HÁ; SILVA, MG; MARQUES, MEA. Fisiopatologia do melasma. An. Bras. 
Dermatol. v. 84, n.6, Rio de Janeiro nov./dez. 2009. 
 
 
Os queratinócitos são células em constante renovação. Cada célula deste 
tipo que é gerada na camada basal da epiderme migra para a superfície (em ciclos 
de aproximadamente 28 dias) (FIGURA 12), produzindo neste trajeto lipídeos e 
proteínas, das quais a mais importante é a queratina. Assim que fica repleto de 
queratina, o queratinócito perde o núcleo e “morre” tornando-se um corneócito 
(MIOT et al, 2009). 
Os corneócitos em conjunto com os lipídeos produzidos na epiderme e com 
o sebo produzido pelas glândulas sebáceas e a água com sais minerais 
provenientes da sudorese, formam um filme sobre e pele, que constitui a barreira 
cutânea (MIOT et al, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A barreira cutânea mantém o pH da pele ligeiramente ácido da superfície 
cutânea, em torno de 5,5 em média; esta barreira é responsável pela não 
penetração de várias substâncias, ou pela penetração parcial, assim como resiste 
naturalmente a muitos micro-organismos (MIOT et al, 2009). 
 
 
FIGURA 12 – SUBIDA DOS CORNEÓCITOS DA CAMADA BASAL À CORNEA 
 
FONTE: DERMATO-INFO. L'ÉPIDERME. Disponível em: <http://dermato-
info.fr/La_peau_normale/Un_organe_multifonction/page2>. Acesso em: 10 out.2011. 
 
 
BARREIRA CUTÂNEA 
= 
CORNEÓCITOS DA CAMADA CÓRNEA 
 + 
LIPÍDEOS EPIDÉRMICOS E SEBÁCEOS 
+ 
 ÁGUA E ELETRÓLITOS 
 
 
 
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 24 
Outra célula típica da epiderme é o melanócito (FIGURA 13). O estudo do 
melanócito é muito importante para quem pretende trabalhar com peelings faciais, 
porque estas células são responsáveis pela síntese de melanina pigmento que dá 
cor a pele. Alterações nesta pigmentação dão origem as discromias (manchas 
faciais), características do envelhecimento e que podem ser tratadas com peelings 
físicos e químicos (MIOT et al, 2009). 
 
 
 
FIGURA 13 – MELANÓCITO 
 
FONTE: FREE THOUGHT. Melanocyte. Disponível em: <http://www.freethought-
forum.com/forum/showthread.php?t=11578&garpg=2>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
Os melanócitos são células arredondadas localizadas em maior número na 
camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina (um dos 
pigmentos que determina à coloração da pele). Os melanócitos existem na 
proporção de 1:10 em relação aos queratinócitos e ao contrário destes, não se 
multiplicam (MIOT et al, 2009). 
 
 
 
 
 
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 25 
Você sabia? 
 
A quantidade de melanócitos é semelhante em todos os indivíduos. As 
diferenças de cores entre as raças não depende do número e sim da capacidade 
funcional dos melanócitos. 
 
A melanina é um pigmento castanho denso, de alto peso molecular, que fica 
cada vez mais escuro quanto mais concentrado. É o pigmento principal da coloração 
da pele e têm sua produção e distribuição determinada geneticamente. Sua função é 
proteger a pele da radiação solar, por meio de uma reação química, com absorção 
da radiação (MIOT et al, 2009). 
Existem doistipos de melanina: as eumelaninas (dão tonalidade escura 
entre marrom e preto) e as feomelaninas (dão tonalidade clara entre amarelo e 
vermelho) (MIOT et al, 2009). 
Nos seres humanos, a pigmentação da pele depende da atividade 
melanogênica, dentro dos melanócitos, da taxa de síntese de melanina, bem como 
do tamanho, número, composição e distribuição de partículas do citoplasma dos 
melanócitos, denominadas melanossomas (FIGURA 14) (MIOT et al, 2009). 
Os melanossomas são organelas elípticas, altamente especializadas, nas 
quais ocorre a síntese e deposição de melanina. Quando os melanossomas estão 
cheio de pigmento, estes são transferidos aos queratinócitos vizinhos, que fazem 
com que o pigmento migre até as camadas superiores da epiderme. Esse processo 
de produção e distribuição da melanina chama-se melanogêsese (MIOT et al, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 26 
FIGURA 14 - MELANOSSOMAS 
 
FONTE: BORN SCHOOLS. Melanocyte. Disponível em: 
<http://blog.dearbornschools.org/renkom/files/2010/10/melanocyte.jpg>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
A densidade de melanócitos varia com os diferentes locais do corpo. Há em 
torno de dois mil ou mais melanócitos epidérmicos por milímetro quadrado de pele 
da cabeça e antebraço e cerca de mil, no restante do corpo, em todas as raças. O 
número de melanócitos diminui com a idade, em áreas não fotoexpostas, na 
proporção de 6 a 8% por década (MIOT et al, 2009). 
 
 
Existem outros pigmentos que também interferem na coloração da pele 
(MIOT et al, 2009): 
 
 
 Carotenoide: pigmentos exógenos amarelos; 
 
 Hemoglobina oxigenada: vermelho endógeno. 
 
 Hemoglobina reduzida: azul endógeno. 
 
 
 
 
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 27 
Além dos queratinócitos e dos melanócitos existem na pele células de 
defesa chamadas células de Langerhans (MIOT et al, 2009). 
 
As células de Langerhans (FIGURA 15) são células dendríticas móveis com 
função imunológica que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser 
encontradas em qualquer camada da epiderme, porém são mais frequentes na 
camada espinhosa. Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos 
T. Existem também na derme, nos linfonodos e no timo. Representam entre 3 e 6% 
de todas as células epidérmicas. 
 
 
 
FIGURA 15 – CÉLULAS DE LANGERHANS 
 
FONTE: DERMATO-INFO. L'ÉPIDERME. Disponível em: <http://dermato-
info.fr/La_peau_normale/Un_organe_multifonction/page2>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
Como já abordado a epiderme não tem vascularização própria e sua nutrição 
e eliminação de metabólitos se processa por difusão até a derme em uma região 
chamada junção dermoepidérmica (FIGURA 16). 
 
 
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 28 
Essa área é rica em vasos sanguíneos que se concentram na superfície 
ondulada desta área, conferindo uma maior área de troca de nutrientes e gases, por 
meio das papilas dérmicas. 
 
 
FIGURA 16 – JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA 
 
FONTE: UNIVERSIDAD DE LOS ANDES. Histologia. Disponível em: 
<http://www.medic.ula.ve/histologia/noticiasyeventos/imagenmensual/enero2006.htm>. Acesso em: 5 
nov. 2011. 
 
 
Você Entendeu? 
 
 
O sistema tegumentar recobre o organismo humano e exerce funções 
importantes na manutenção do equilíbrio do corpo. Possui três estruturas: pele, 
hipoderme e anexos cutâneos. A pele se subdivide em epiderme e derme e exerce 
inúmeras funções indispensáveis ao equilíbrio do organismo humano. A epiderme é 
a camada mais externa e possui cinco estratos: córnea, lúcida, granulosa, espinhosa 
e basal. Suas células típicas são os queratinócitos, os melanócitos e as Células de 
Langerhans. 
 
 
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 29 
 
4.1.2 Derme 
 
 
A derme é a segunda camada da pele. Está localizada abaixo da epiderme e 
acima da hipoderme. Sua superfície é irregular e sua espessura varia de acordo com 
a região observada. Possui saliências em sua camada mais superficial (papilas 
dérmicas), que acompanham as reentrâncias correspondes da epiderme formando a 
junção dermoepidérmica como vimos logo acima. As papilas aumentam a área de 
contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas. 
A derme é ricamente vascularizada e inervada. Além dos vasos sanguíneos 
e linfáticos, e dos nervos, a derme também possui algumas estruturas, derivadas da 
epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (anexos 
cutâneos). 
 
 
4.1.2.1 Camadas da derme 
 
 
A derme possui duas camadas (FIGURA 17): papilar (mais superficial) e 
reticular (mais profunda). 
 
A camada papilar é a camada mais superficial da derme, situada logo abaixo 
da camada basal da epiderme. É delgada e formada por tecido conjuntivo do tipo 
frouxo que forma as papilas dérmicas. Nessa camada foram descritas fibrilas 
especiais de colágeno, que se inserem por um lado da membrana basal e pelo outro 
penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme 
à epiderme. 
A camada reticular é a camada mais profunda da derme. É mais espessa e 
constituída por tecido conjuntivo do tipo denso. As duas camadas possuem fibras 
elásticas que dão elasticidade a pele. As células são mais dispersas nesta camada 
do que na camada papilar. 
 
 
 
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 30 
 
FIGURA 17 – CAMADAS DA DERME (PAPILAR E RETICULAR) 
 
DP=DERME PAPILAR / DR=DERME RETICULAR 
FONTE: UFPEL. Disponível em: 
<http://minerva.ufpel.edu.br/~mgrheing/cd_histologia/especial/peledelgada.htm>. Acesso em: 5 nov. 
2011. 
 
 
São funções da derme (Angélica, 2009): 
 
 
 Promoção da flexibilidade tecidual; 
 
 Proteção contra traumas mecânicos; 
 
 Manutenção da homeostase orgânica; 
 
 Armazenamento de sangue (necessidades primárias do organismo); 
 
 Ruborização quando de respostas emocionais; 
 
 Segunda linha de proteção contra invasões de micro-organismos. 
 
 
 
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 31 
A vascularização da derme ocorre por meio de dois plexos interligados: o 
plexo subpapilar (corre dentro da derme papilar, paralelo à epiderme, e fornece um 
rico suprimento de capilares, arteríolas terminais e vênulas das papilas dérmicas) e 
os plexos profundos (ao redor dos folículos pilosos e das glândulas écrinas, são 
compostos de vasos sanguíneos maiores que os do plexo superficial). 
 
 
4.1.2.2 Células típicas da derme 
 
 
A derme possui algumas células típicas (Junqueira e Carneiro, 2004): 
 
 
 Fibroblastos; 
 
 Fibras colágenas, elásticas e reticulares; 
 
 Macrófagos; 
 
 Linfócitos. 
 
 
Os fibroblastos (FIGURA 18) são as células mais comuns do tecido 
conjuntivo, responsáveis pela síntese produção de fibras colágenas, elásticas, 
reticulares e também de substância fundamental amorfa (FIGURA 19). Sua forma 
inativa é denominada fibrócito (citoplasma escasso, baixa atividade celular e 
cromatina condensada). Estudos atuais indicam que o fibrócito pode tornar-se 
novamente ativo mediante estímulo inflamatório (BOER, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
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 32 
 
 
FIGURA 18 – FIBROBLASTO 
 
FONTE: INFOESCOLA. Fibroblastos. Disponível em: <http://static.infoescola.com/wp-
content/uploads/2010/11/fibroblastos.jpg>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 
FIGURA 19 – FIBROBLASTO PRODUTOR DE FIBRAS DA DERME 
 
FONTE: LIEBSCHI. Fibroblasto. Disponível em: 
<http://www.colagenohidrolisado.com.br/images/fibroblasto.jpg>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 
 
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 33 
Os fibroblastos produzem três tipos de fibras (FIGURA 20) (Junqueira e 
Carneiro, 2004): 
 
 
 Colágenas; 
 
 Elásticas; 
 
 Reticulares. 
 
 
FIGURA 20 – FIBRAS DA DERME 
 
FONTE: MENDES, M. Tecido conjuntivo. Disponível em: 
<http://crentinho.wordpress.com/2009/10/12/tecidos-conjuntivos/>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
As fibras colágenas são constituídas por colágeno. São as mais frequentes 
no tecido conjuntivo. Possuem estriação longitudinal, são grossase resistentes, 
distendendo-se pouco quando tensionadas (FIGURA 21). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 34 
 
 
FIGURA 21 – FIBRAS COLÁGENAS 
 
FONTE: HT. Histologia. Disponível em: 
<http://ht.org.ar/histologia/NUEVAS%20UNIDADES/unidades/unidad3/imagenes/00138O.jpg>. 
Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
As fibras elásticas são constituídas por elastina. Não apresentam estriações 
longitudinais. Conferem elasticidade ao tecido conjuntivo frouxo, complementando a 
resistência das fibras colágenas (FIGURA 22). 
 
 
FIGURA 22 – FIBRAS ELÁSTICAS 
 
FONTE: UFRJ. Histologia. Disponível em: <http://acd.ufrj.br/labhac/figura54.htm>. Acesso em: 5 nov. 
2011. 
 
 
 
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 35 
 
As fibras reticulares também são constituídas por colágeno. São ramificadas 
e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. São 
formadas por uma variação do colágeno (tipo III) e possuem elevado teor de 
glicídios. Formam o arcabouço de certos órgãos hematopoiéticos (baço e linfonodos) 
e circundam órgãos epiteliais (fígado e algumas glândulas endócrinas) (FIGURA 23). 
 
 
FIGURA 23 – FIBRAS RETICULARES 
 
FONTE: SÓ BIOLOGIA. Tecido conjuntivo. Disponível em: 
<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio12.php>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
Os macrófagos e linfócitos, outros tipos celulares presentes na derme são 
células que exercem a função de defesa da derme contra o ataque de micro-
organismos ou presença de substâncias estranhas ao organismo (Junqueira e 
Carneiro, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 36 
 
 
4.2 HIPODERME 
 
 
A hipoderme (FIGURA 24), também pode ser chamada de tecido celular 
subcutâneo. Está situada logo abaixo da derme. Não faz parte da pele, como já 
vimos, mas está intimamente ligada a ela. A hipoderme é formada por células 
chamadas adipócitos cuja função principal é acumular gordura atuando como um 
depósito de gordura. A hipoderme também possui função de proteção térmica, 
mecânica e é responsável pelos contornos corporais sexuais (distribuição de 
gordura de padrão feminino ou masculino). 
 
 
FIGURA 24 - HIPODERME 
 
FONTE: INFOESCOLA. Hipoderme. Disponível em: <http://www.infoescola.com/anatomia-
humana/hipoderme/>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
4.2.1 Camadas da hipoderme 
 
 
A hipoderme compõe-se por duas camadas: areolar e lamelar (Azulay e 
Azulay, 1999). 
 
 
 
 
 
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 37 
 
A camada areolar da hipoderme é a camada mais superficial. É composta 
por adipócitos globulares e volumosos, em disposição vertical, onde os vasos 
sanguíneos são numerosos e delicados. Abaixo da camada areolar existe uma 
lâmina fibrosa, de desenvolvimento conforme a região, que é a fáscia superficial ou 
subcutânea. Esta fáscia separa a camada areolar da camada lamelar. 
A camada lamelar da hipoderme é a camada mais profunda. Nessa região 
ocorre aumento de espessura e ganho de peso, com aumento de volume dos 
adipócitos, que invadem a fáscia superficial. 
 
 
4.3 ANEXOS CUTÂNEOS 
 
 
Os anexos cutâneos são estruturas originadas por invaginação da epiderme 
na derme (FIGURA 25). 
 
São eles: 
 
 
 Pelos: estruturas queratinizadas que exercem papel protetor. 
 
 
 Glândulas sebáceas: secretam o sebo, um hidratante natural da pele e 
que contribui para a manutenção da textura e flexibilidade do pelo. 
 
 
 Glândulas sudoríparas: secretam o suor, secreção que permite a 
eliminação de produtos tóxicos, resultantes do metabolismo celular, é também, um 
componente importante do mecanismo da termorregulação. 
 
 
 Unhas (placas de células fortemente queratinizadas que crescem nas 
superfícies dorsais das falanges terminais dos dedos). 
 
 
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 38 
 
 
FIGURA 25 – ANEXOS CUTÂNEOS 
 
FONTE: SAÚDE TOTAL. Prevenção. Obtido via internet. Disponível em: 
<http://www.saudetotal.com.br/prevencao/topicos/images/anexos.jpg>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
Você Entendeu? 
A derme é a segunda camada da pele. É ricamente vascularizada e 
inervada, sendo também responsável pela nutrição da epiderme. Possui duas 
camadas: papilar (mais superficial, delgada, formada por tecido conjuntivo frouxo) e 
areolar (mais profunda e espessa e constituída por tecido conjuntivo denso). Sua 
principal função é a de sustentação da pele e manutenção da resistência e 
elasticidade do local. A célula típica da derme é o fibroblasto que sintetiza as fibras 
elásticas, colágenas e reticulares. Essas fibras são responsáveis pelas funções que 
a derme exerce. Logo abaixo da derme está a hipoderme. Embora não faça parte da 
pele, a hipoderme está diretamente ligada a ela. É formada por tecido adiposo e sua 
célula típica é o adipócito, responsável por acumular gordura. A hipoderme é 
disposta em duas camadas: areolar (mais superficial, composta por adipócitos 
volumosos) e lamelar (mais profunda). Permeando essas camadas estão os anexos 
cutâneos: pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
 
 
 
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 39 
 
5 ANATOMIA BÁSICA DA FACE 
 
 
A face ou rosto é a parte frontal da cabeça onde se encontram o nariz, os 
olhos e a boca. É delimitada pelos espaços entre a testa e o queixo e de uma orelha 
à outra. O formato da face é próprio de cada indivíduo e é determinado pelos ossos, 
pela gordura e pelos músculos faciais. Nas estruturas da face podem ser percebidos 
os primeiros sinais do envelhecimento, como a flacidez muscular e de pele, as rugas 
e manchas, disfunções que podemos tratar com os peelings físicos e químicos. Daí 
a importância de conhecermos a anatomia e os contornos faciais. 
 
 
5.1 OSSOS DA FACE 
 
 
A face é constituída por 14 ossos (FIGURA 26), sendo que seis são pares e 
dois são ímpares (QUADRO 1). 
 
 
QUADRO 1 – OSSOS DA FACE 
 
PARES 
 
 
ÍMPARES 
MAXILA VÓMER (O VÓMER É O OSSO QUE 
SEPARA AS DUAS NARINAS) 
ZIGOMÁTICO MANDÍBULA 
LACRIMAL 
NASAL 
CORNETO INFERIOR 
PALATINO 
FONTE: adaptado de WIKIPÉDIA. Cabeça. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 
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 40 
 
FIGURA 26 – OSSOS DA FACE 
 
 
FONTE: 4SHARED. Ossos da face. Disponível em: 
<http://www.4shared.com/photo/pHyMsQkF/02_ossos_da_face.html>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
5.2 MÚSCULOS DA FACE E DO PESCOÇO 
 
 
Os músculos da face (FIGURA 27) normalmente são de pequeno 
comprimento e exercem funções específicas. Para estudo, podem ser subdivididos 
em: subcutâneos da cabeça e mastigadores (QUADRO 2): 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 41 
 
 
QUADRO 2 – MUSCULOS DA FACE 
 
SUBCUTÂNEOS 
 
 
MASTIGADORES 
 
OCCIPITOFRONTAL MASSETER 
TEMPOROPARIETAL TEMPORAL 
ORBICULAR DO OLHO PTERIGOIDEO LATERAL 
CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO PTERIGOIDEO MEDIAL 
PRÓCERO NASAL 
BUCINADOR 
ORBICULAR DA BOCA 
LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA 
ABAIXADOR DO ÂNGULO DA BOCA 
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR 
ABAIXADOR DO LÁBIO INFERIOR 
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR E 
DA ASA DO NARIZ 
 
ZIGOMÁTICO MAIOR 
ZIGOMÁTICO MENOR 
MENTUAL 
RISÓRIO 
FONTE: adaptado de WIKIPÉDIA. Anatomia da cabeça. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia_da_cabe%C3%A7a_e_pesco%C3%A7o>). Acesso em: 5 nov. 
2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 42 
 
 
FIGURA 27 – MÚSCULOS DA FACE 
 
FONTE: SOS CORPO. Anatomia. Disponível em: <http://www.soscorpo.com.br/anatomia/s-
mus03.htm>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
5.3 CIRCULAÇÃO ARTERIAL E VENOSA DA FACE 
 
 
As artérias carótidas interna e externa e a artéria carótida comum são 
responsáveis pela irrigação do pescoço e da cabeça (FIGURA 28): 
 
A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e 
supre as estruturas internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida 
interna são a artéria cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do 
cérebro)e artéria cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro). 
A artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: 
artéria tireoide superior, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular 
posterior e artéria faríngea ascendente. Seus ramos terminais são: artéria temporal e 
artéria maxilar. 
 
 
 
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 43 
 
 
FIGURA 28 – ARTÉRIAS DA FACE 
 
 
 
FONTE: WECKER, JE. Sistema arterial. Disponível em: 
<http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/arterias.htm>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 A drenagem venosa da face se dá pelas seguintes veias (FIGURA 29): 
 
 
 Facial comum; 
 
 Facial; 
 
 Plexo pterigoideo; 
 
 Retromandibular; 
 
 Temporal superficial; 
 
 Auriculares posteriores; 
 
 Occipital; 
 
 Plexo venoso suboccipital. 
 
 
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 44 
 
FIGURA 29 – DRENAGEM VENOSA DA FACE 
 
 
FONTE: WECKER, JE. Sistema venoso. Disponível em: 
<http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/veias.htm>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
5.4 INERVAÇÃO DA FACE 
 
 
Os nervos cutâneos do pescoço encobrem os nervos da face. Os ramos 
cutâneos dos nervos cervicais, provenientes do plexo cervical, estendem-se sobre a 
orelha, a face posterior do pescoço e muito da região parotídea da face (área que se 
estende sobre o ângulo da mandíbula). O nervo trigêmeo é o nervo sensitivo para a 
face e é o nervo motor para os músculos da mastigação e diversos pequenos 
músculos (PARALISIA FACIAL, 2011). 
 
Os processos periféricos do gânglio trigeminal constituem: 
 
 O nervo oftálmico; 
 
 O nervo maxilar; 
 
 
 
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 45 
 O componente sensitivo do nervo mandíbula. 
 
Estes nervos são nomeados de acordo com as suas áreas principais de 
terminação (olho, maxila, mandíbula) respectivamente (FIGURA 30): 
 
 Nervo oftálmico: enerva a pele da testa, a pálpebra superior, a túnica 
conjuntiva e o nariz lateralmente até à ponta. 
 
 Nervo maxilar: enerva a pele da parte posterior do lado do nariz, a 
pálpebra inferior, a bochecha, o lábio superior e o lado lateral da abertura da órbita. 
 
 Nervo mandibular: enerva a pele do lábio inferior, a parte inferior da face, 
a região temporal e parte da orelha. 
 
 
FIGURA 30 – NERVOS DA FACE 
 
FONTE: PARALISIA FACIAL. Enervação da face. Disponível em: <http://www.paralisiafacial.com/wp-
content/uploads/2011/06/paralisia-facial-nervos-da-face.gif>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 
 
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 46 
Os nervos motores da face são o nervo facial, para os músculos da 
expressão facial, e a raiz motora do nervo mandibular para os músculos da 
mastigação (masseter, temporal, pterigoides medial e lateral). Estes nervos também 
suprem alguns músculos mais profundamente situados, descritos posteriormente em 
relação à boca, à orelha média e ao pescoço. 
 
 
5.5 REDE LINFÁTICA DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
 
 
Os linfáticos da cabeça e do pescoço podem ser superficiais ou profundos 
(FIGURA 31): 
 
 
a) Linfáticos superficiais: 
 
 Linfonodos occipitais: drenam a parte posterior do couro cabeludo. 
 
 Linfonodos retroauriculares: drenam a porção lateral da cabeça. 
 
 Linfonodos parotídeos superficiais: drenam a porção superior da face e a 
região temporal. 
 
 Linfonodos submandibulares: drenam a região submandibular e porção 
lateral da língua. 
 
 Linfonodos submentais: drenam a gengiva, o lábio inferior e parte 
mediana da língua. 
b) Linfáticos profundos: o grupo principal dos linfonodos cervicais profundos 
forma uma cadeia de dez a doze linfonodos ao longo da v. jugular interna e costuma 
ser dividido em grupo superior e inferior. Nestes grupos dois linfonodos recebem 
nomes específicos: linfonodo júgulo-digástrico e linfonodo júgulo-omo-hioideo. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 
 
 
 
FIGURA 31 – REDE LINFÁTICA DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
 
FONTE: SISTEMA NERVOSO. Neuroanatomia. Disponível em: 
<http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1&materia_id=421&materiaver=1>. Acesso em: 
5 nov. 2011. 
 
 
Você Entendeu? 
 
A face é a parte frontal da cabeça, delimitada pelos espaços entre a testa e 
o queixo e de uma orelha à outra. Possui 14 ossos, sendo seis pares e dois ímpares. 
Os músculos da face podem ser subdivididos em: subcutâneos da cabeça e 
mastigadores. As artérias carótidas interna e externa e a artéria carótida comum são 
responsáveis pela irrigação do pescoço e da cabeça. A drenagem venosa da face se 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
dá pelas veias: facial comum, facial, plexo pterigoideo, retromadibular, temporal 
superficial, auriculares posteriores, occipital e plexo venoso suboccipital. O nervo 
trigêmeo é o nervo sensitivo para a face e é o nervo motor para os músculos da 
mastigação. Os nervos motores da face são o nervo facial, para os músculos da 
expressão facial, e a raiz motora do nervo mandibular para os músculos da 
mastigação. Os linfáticos da cabeça e do pescoço podem ser superficiais ou 
profundos. 
Ao realizar qualquer processo de peeling geramos uma escoriação nas 
camadas da epiderme e da derme (de acordo com a profundidade que desejamos 
alcançar), o que gera um processo de reparo local, com o estímulo das células 
fibroblásticas e a geração de novas fibras de colágeno e elastina, melhorando os 
sinais de envelhecimento. 
Para compreender como esse processo ocorre precisamos fazer uma 
revisão sobre como ocorre à regeneração celular. 
 
 
6 REGENERAÇÃO CELULAR 
 
 
O processo de regeneração celular no caso de peelings proporciona a 
restauração integral dos tecidos, ou seja, se não houver intercorrências, há a 
reposição tissular "original". A pele retorna da mesma maneira que era antes, sem 
cicatrizes, apenas com aspecto renovado. 
A agressão que o peeling físico ou químico gera na pele provoca uma 
resposta inflamatória aguda que se manifesta por edema e formação de exsudato 
seroso, rico em leucócitos, que cessa em menos de 24 horas. As células 
epidérmicas, das margens da área tratada e das invaginações epidérmicas dos 
folículos pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas começam a proliferar e migrar 
para a região, ocluindo rapidamente sua superfície (FIGURA 32) (SANTOS, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
 
 
FIGURA 32 – REGENERAÇÃO TECIDUAL 
 
FONTE: BUONA VITA. Fatores de Crescimento. Disponível em: 
<http://buonavitaoficial.blogspot.com/2010/09/bem-vindo-ao-futuro.html>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
O processo de cicatrização compõe-se por três estágios interdependentes e 
simultâneos, que são descritos em fases: 
 
 Inflamatória; 
 
 Fibroplasia; 
 
 Maturação. 
 
 
6.1 FASE INFLAMATÓRIA 
 
 
Logo após a agressão, as células se contraem (vasoconstrição) por 5 a 10 
minutos, para propiciar o fechamento dos vasos lesados. Em seguida, as células 
endoteliais retraem-se e perdem suas conexões, aumentando a permeabilidade 
vascular e permitindo a passagem dos elementos sanguíneos para a ferida; plasma, 
eritrócitos e leucócitos. Essa vasodilatação forma um exsudato (edema), traduzido 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
clinicamente por tumor, calor, rubor e dor, cuja intensidade correlaciona-se com o 
tipo e grau de agressão (SANTOS, 2011). 
Em conjunto com todas estas alterações (resposta vascular), existe uma 
resposta celular: os neutrófilos são responsáveis pela digestão de bactérias e 
tecidos desvitalizados e os monócitos transformam-se em macrófagos e auxiliam na 
fagocitose de bactérias e restos celulares (SANTOS, 2011). 
Após o trauma, são liberados mediadores celulares que estimulam a síntese 
de substâncias, que desenvolvem a inflamação (histamina, serotonina, bradicinina, 
prostaglandinas). O fator de crescimento é liberado pelas células epidérmicas e 
plaquetas (SANTOS, 2011). 
 
 
6.2 FASE DE FIBROPLASIA 
 
Nesta fase ocorre a reparação do tecido conjuntivo e epitelial.Na reparação 
do tecido conjuntivo ocorre a formação do tecido de granulação, com proliferação 
endotelial e fibroblastos. O fibroblasto surge por volta do segundo e terceiro dia após 
o trauma e o fibrinogênio do exsudato inflamatório transforma-se em fibrina, 
formando uma rede, onde os fibroblastos depositam-se e passam a multiplicar-se e 
a secretar os componentes proteicos do tecido cicatricial (SANTOS, 2011). 
Ao mesmo tempo, ocorre intensa proliferação vascular. Este tecido formado 
por fibroblastos, substâncias produzidas por eles e vasos sanguíneos é denominado 
tecido de granulação, clinicamente apresentando-se com aspecto granuloso e 
avermelhado. O miofibroblasto é uma célula que está presente no tecido de 
granulação e confere capacidade contrátil, reduzindo a área cruenta e facilitando a 
epitelização (SANTOS, 2011). 
A atividade mitótica do fibroblasto termina por volta do 15º dia, quando eles 
passam a secretar as proteínas presentes no tecido de granulação, produzindo 
componentes da substância fundamental e colágeno. A formação do epitélio é outro 
fenômeno que ocorre na fase de fibroplasia. Esta epitelização faz-se pelo aumento 
de tamanho, da divisão e da migração das células da camada basal da epiderme por 
sobre a área de reparação do tecido conjuntivo subjacente (SANTOS, 2011). 
 
 
 
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 51 
 
6.3 FASE DE MATURAÇÃO 
 
Nesta fase ocorrem dois eventos importantes: deposição, agrupamento e 
remodelação do colágeno e regressão endotelial. A remodelação do colágeno inicia-
se na formação do tecido de granulação e mantém-se por meses após a 
reepitelização. As colagenases e outras proteases produzidas por macrófagos e 
células epidérmicas dão direção correta às fibras colágenas difusas. Há diminuição 
de todos os elementos celulares, inclusive fibroblastos, bem como dos elementos do 
tecido conjuntivo. A regressão endotelial ocorre por meio da diminuição progressiva 
de vasos neoformados, clinicamente a cicatriz se torna menos espessa, passando 
de uma coloração rosada para esbranquiçada (SANTOS, 2011). 
 
 
Você Entendeu? 
 
O processo de regeneração celular após os peelings se dá em três estágios 
interdependentes e simultâneos, que são descritos em fases: inflamatória (fase 
inicial em que ocorre aumento da circulação local e edema), fibroplasia (fase 
intermediária em que ocorre proliferação das células endoteliais) e maturação (fase 
de reparo final em que surge uma nova pele, regenerada). 
Aqui concluímos o primeiro módulo do nosso curso de peelings faciais. 
 
Neste módulo fizemos uma revisão sobre as estruturas do sistema 
tegumentar, sobre as quais iremos atuar com os peelings físicos e químicos. 
Estudamos as principais características dos tecidos epitelial e conjuntivo. Vimos que 
o sistema tegumentar é um conjunto de estruturas que recobre o organismo humano 
e é formado por pele (epiderme/derme), hipoderme e anexos cutâneos. Revisamos 
também a anatomia básica da face (ossos, músculos, irrigação, enervação, 
linfáticos). Finalizando o módulo, estudamos sobre o processo de regeneração 
celular que ocorre em peles submetidas aos peelings químicos ou físicos. 
 
 
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 52 
No próximo módulo iremos abordar as conceituações dos peelings, 
indicações e contraindicações, disfunções tratadas com peelings e a avaliação inicial 
do indivíduo candidato ao peeling. 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
 
MÓDULO II - PEELINGS FACIAIS E AVALIAÇÃO 
FÍSICO-FUNCIONAL DA FACE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
 
MÓDULO II 
 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao II módulo do curso de PEELINGS FACIAIS. 
Neste módulo, iremos abordar conceitos gerais importantes em relação aos 
peelings, indicações e contraindicações das técnicas específicas, principais 
disfunções faciais tratadas com peelings e avaliação da face prévia a realização do 
procedimento. 
 
 
7 DEFINIÇÃO E CONCEITUAÇÃO GERAL DOS PEELINGS 
 
 
O termo peeling provém do verbo em inglês to peel do inglês, que significa 
pelar, descamar, desprender. Essa denominação nos leva a conceituação dos 
peelings: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O termo peeling agrupa vários métodos que promovem algum grau de 
esfoliação com destruição/remoção de camadas da pele, seja por esfoliação física 
(dermoabrasão e microdermoabrasão) ou química (agentes químicos esfoliantes). O 
laser também pode ser usado como um tipo de peeling físico. 
 
 
 
 
 
Abrasão da pele promovida por ácidos, lixamento ou laser visando à 
renovação da pele baseando-se na descamação cutânea superficial, média 
ou profunda. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
 
8 HISTÓRICO DO USO DOS PEELINGS 
 
 
Existem relatos da antiguidade de que mulheres do antigo Egito se 
banhavam em leite fermentado para amaciar e revigorar a pele. Apesar de não 
possuírem o conhecimento científico sobre o que estavam fazendo, estavam 
realizando um peeling superficial com um alfa-hidroxiácido denominado ácido lático, 
que é derivado do leite. 
Há indícios de que mulheres turcas utilizavam o fogo para chamuscar a pele, 
promover uma esfoliação leve e melhorar seu aspecto. Na Índia, as mulheres 
passavam na pele uma mistura de urina com pedra-pomes para estimular a 
descamação dos tecidos. 
Todos esses relatos refletem a busca pela pele perfeita, clara, sem 
manchas, sem rugas, sem sinais de envelhecimento. 
De forma sistemática, a primeira documentação dos peelings na literatura 
dada de 1941, quando os pesquisadores Eller e Wolf empregaram a escarificação e 
o peeling cutâneo para o tratamento de cicatrizes. O interesse dos americanos neste 
campo aumentou com ingresso de dermatologistas europeus a partir de 1940. Ayres 
(1960) e Baker Gordon (1961) introduziram o que chamamos da era moderna dos 
peelings químicos. Brody e Hailey (1986) combinaram dois agentes superficiais para 
produzirem um peeling de profundidade média. A partir da introdução do uso do 
laser na dermatologia, iniciou-se uma nova era na área dos peelings físicos e 
químicos (Kede e Sabatovich, 2004). 
 
 
9 PRINCIPAIS TIPOS DE PEELINGS 
 
 
Os peelings podem ser classificados como químicos (enzimáticos, 
clareadores, despigmentantes, revitalizantes) ou físicos (dermoabrasão, 
microdermoabrasão, laser) de acordo com o agente que realiza a esfoliação. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
 
10 PROFUNDIDADE DOS PEELINGS 
 
 
Dependendo da camada da pele que atingem, os peelings podem ser 
classificados em (Kede e Sabatovich, 2004): 
 
 
 Muito superficiais (estrato córneo): também conhecida como esfoliação, 
essa técnica atinge apenas a camada córnea da epiderme, fazendo uma abrasão 
suave. Não apresenta riscos de complicações ao paciente. Pode ser utilizado em 
todos os tipos de pele e em qualquer área do corpo. Não causa nenhum sinal após 
sua realização. Normalmente é feita previamente a outros tratamentos estéticos, 
como a limpeza de pele. É realizada por meio de agentes esfoliativos naturais como 
sementes de frutas ou sintéticos como as microesferas de polietileno (FIGURA 33). 
 
 
FIGURA 33 – PEELING MUITO SUPERFICIAL 
 
FONTE: MACEDO, B. Peelings. Disponível em: 
<http://betemacedo.blogspot.com/p/peeling.html>.Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 Superficiais (epidérmico): atingem camadas mais profundas da 
epiderme, causando mais sinais, conforme a profundidade aumenta. Causam 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
discreta ardência e vermelhidão da pele que dura de dois a cinco dias. Os peelings 
superficiais, em geral, são realizados com intervalos que variam de uma semana a 
15 dias, em uma série de 5 a 6 peelings. São indicados para rugas muito suaves, 
manchas superficiais da pele, acne leve e fotoenvelhecimento leve (FIGURA 34). 
 
 
FIGURA 34 – NÍVEL DE ATUAÇÃO DO PEELING SUPERFICIAL 
 
FONTE: HISTOPATOLOGIA. Pele. Disponível em: 
<http://www.histopato.com/azul/Hipertext/rep-piel.htm>. Acesso em: 10 out.2011. 
 
 
 Médios (dérmico papilar): age mais profundamente, junto à derme 
papilar e retira lesões mais profundas, clareando manchas e alterações de superfície 
da pele, como rugas, algumas cicatrizes de acne e as ceratoses, provocam 
descamação mais espessa e escura, necessitando de sete a quinze dias para 
retorno à vida normal. Causam a formação de uma crosta enegrecida que se 
desprende em três a sete dias (FIGURA 35). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
FIGURA 35 – NÍVEL DE ATUAÇÃO DO PEELING MÉDIO 
 
FONTE: HISTOPATOLOGIA. Pele. Disponível em: 
<http://www.histopato.com/azul/Hipertext/rep-piel.htm>. Acesso em: 10 out.2011. 
 
 
 Profundos (dérmico reticular): são peelings extremamente agressivos, 
que provocam descamação total da derme papilar e exposição da derme reticular 
(FIGURA 36). É reservado para casos severos de cicatrizes de acne, marcas de 
expressão profundas, graves discromias infiltradas na derme e degeneração das 
fibras de colágeno e elastina. Necessitam de um período maior de recuperação, em 
que o paciente deve se reservar da exposição solar e adotar cuidados adicionais de 
proteção como o uso de óculos escuros e chapéu durante o tempo de recuperação. 
Os peelings profundos provocam uma descamação total da epiderme e consequente 
reepitelização e formação de neocolágeno. O tempo médio para retorno às 
atividades normais é cerca de 20 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
 
FIGURA 36 – NÍVEL DE ATUAÇÃO DO PEELING PROFUNDO 
 
FONTE: HISTOPATOLOGIA. Pele. Disponível em: <http://www.histopato.com/azul/Hipertext/rep-
piel.htm>. Acesso em: 10 out.2011. 
 
 
O quadro três resume os níveis e profundidades dos peelings e disfunções 
que podem tratar: 
 
QUADRO 3 – NÍVEIS DE PEELINGS 
NÍVEL DO 
PEELING 
PROFUNDIDADE DISFUNÇÕES TRATÁVEIS 
Muito Superficial Camada córnea da epiderme 
Pele áspera, sem brilho, 
descamativa. 
Superficial 
Pode atingir até a camada 
basal da epiderme 
Manchas superficiais, rugas 
finas, leves sequelas de acne. 
Médio Epiderme e derme papilar 
Rugas mais profundas, 
manchas, cicatrizes de acne. 
Profundo 
Epiderme, derme papilar e 
reticular 
Envelhecimento total da pele, 
cicatrizes profundas de acne. 
FONTE: baseada em Ramos e Silva, 2009. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
Os peelings médios e profundos são procedimentos com indicações precisas 
e que são de uso exclusivo de médicos, pois demandam o uso de aparato médico 
hospitalar. A destruição mais profunda de estruturas da derme requer maior tempo e 
cuidado para a reparação, o índice de efeitos adversos e de desconforto pós-
procedimento é maior e devem ser monitorados por dermatologista experiente. Suas 
indicações devem sempre justificar os riscos (Ramos e Silva, 2009). 
Por conta destes riscos, atualmente muitos profissionais utilizam métodos de 
peeling superficial seriados. Isso significa um maior número e frequência de sessões 
proporcionando melhoras progressivas, porém com mínimo ou nenhum desconforto. 
Esses peelings são repetidos semanal ou quinzenalmente e sua recuperação não 
necessita de isolamento, apenas de alguns cuidados como hidratação e proteção 
solar. Também existem produtos para uso domiciliar que conferem um bom perfil de 
segurança para autoaplicação, desde que seguidas às indicações, forma de uso e 
cuidados complementares e que potencializam os efeitos dos peelings seriados 
(Ramos e Silva, 2009). 
 
 
11 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES GERAIS DO USO DOS PEELINGS 
 
 
 Correção de rugas e sulcos cutâneos 
 
 Afinamento do tecido epitelial 
 
 Hiperqueratoses 
 
 Cicatrizes 
 
 Estrias 
 
 Remoção de comedões e milliuns 
 
 Elastoses 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
 Discromias 
 
 Lesões cuneiformes 
 
 Tatuagens 
 
 Sequelas de acne 
 
 Sequelas de varicela 
 
 Foliculite 
 
 
 São contraindicações gerais à realização dos peelings: 
 
 
 Processos inflamatórios cutâneos 
 
 Pacientes com distúrbios de cicatrização 
 
 Gestantes 
 
 Diabetes descompensada 
 
 Distúrbios de coagulação 
 
 Distúrbios de cicatrização 
 
 Acne ativa 
 
 Eczemas/dermatites/lesões de psoríase 
 
 
 
 
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 63 
 Câncer de pele 
 
 Lesões virais como herpes ativo 
 
 Lesões vasculares 
 
 Uso de anticoagulantes 
 
 
Você entendeu? 
 
 
Como vimos, o peeling é uma técnica que promove uma abrasão da pele 
através do uso de ácidos, lixamento ou laser e favorece a renovação da pele 
podendo ser muito superficial (atinge o estrato córneo da epiderme), superficial 
(atingem camadas mais profundas da epiderme) médio (atinge a derme papilar) ou 
profundo (atinge a derme reticular). Os peelings médios e profundos só podem ser 
executados por médicos e com aparato médico hospitalar. Muitos profissionais 
utilizam métodos de peeling superficial seriados (maior número e frequência de 
sessões proporcionando melhora progressiva, porém com pouco desconforto). 
 
 
12 PRINCIPAIS DISFUNÇÕES TRATADAS COM PEELINGS 
 
 
12.1 ENVELHECIMENTO FACIAL 
 
 
O envelhecimento é um processo progressivo causado por múltiplos fatores 
que se caracteriza pela diminuição das capacidades físicas e mentais dos 
indivíduos. O organismo humano como um todo vai se tornando menos capaz de 
responder aos estresses endógenos ou exógenos (Guirro e Guirro, 2004). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 64 
 
Todos os tecidos orgânicos são alterados pelo envelhecimento, porém, na 
face, essas alterações são mais perceptíveis. O colágeno e a elastina vão perdendo 
suas propriedades naturais e aparecem as atrofias, rugas, sulcos e flacidez, que são 
os sinais mais característicos da pele envelhecida. Esse processo acelera-se após 
os 30 anos. A pele envelhecida é caracterizada por ser uma pele seca, ondulada, 
enrrugada, flácida, com alteração da pigmentação e lesões resultantes dos danos 
solares (FIGURA 37) (Guirro e Guirro, 2002). 
 
 
FIGURA 37 – PELE ENVELHECIDA 
 
FONTE: adaptado de OLIVERA, L. Blefaroplastia. Disponível em: <http://dr-
luizamoliveira.com.br/Blefaroplastia.php>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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 65 
O envelhecimento pode ser classificado em dois tipos: 
 
 
 Envelhecimento intrínseco ou cronológico (fisiológico); 
 
 Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento (fatores externos). 
 
 
12.1.1 Envelhecimento intrínseco ou cronológico 
 
 
Esse tipo de envelhecimento é o envelhecimento natural, causado pela 
deteriorização dos sistemas orgânicos. Atinge a todos os seres humanos e é 
teoricamente inevitável, sendo conferido à passagem do tempo. Ocorrem 
modificações no aspecto, estrutura e nas funções da pele; as fibras colágenas 
tornam-se grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade; queda do 
metabolismo; redução do conteúdo de água no organismo; perda de massa 
muscular esquelética, entre outras alterações. 
O envelhecimento intrínseco na mulher começa a ser notado por volta dos 
quarenta anos, quando se inicia a redução da produção hormonal ovariana. Embora 
esse tipo de envelhecimento seja um processo natural, fisiológico e esperado, na 
maioria das vezes causa umimpacto negativo na qualidade de vida do indivíduo que 
começa a notar sinais na pele. Após os quarenta anos, todo o tecido cutâneo 
(sobretudo a epiderme e a derme) sofre modificações funcionais que repercutem na 
estética da face. A mulher passa a perceber a pele mais ressecativa, frágil e 
desvitalizada, surgem os primeiros sinais de enrrugamentos e sulcos, além da 
flacidez da pele e da musculatura da face. 
Por outro lado, muitos são os avanços da medicina nas áreas de 
dermatologia e medicina estética, com variadas técnicas que buscam amenizar os 
sinais do tempo, sobretudo das áreas mais expostas ao sol, como face, mãos e colo. 
Dentre os vários procedimentos propostos, os peelings estão entre os mais 
executados. 
 
 
 
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 66 
Os principais fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco são: 
 
 
 Fatores hormonais (diminuição dos níveis de estrógeno e 
progesterona): a redução nos níveis dos hormônios pela menopausa altera as 
camadas da pele. A camada córnea da epiderme torna-se reduzida e frouxa. Sem o 
mesmo nível de estímulo hormonal, ocorre redução da síntese de colágeno e da 
quantidade de fibras elásticas. Ocorre redução da capacidade de retenção de água 
pelas células e desacelera a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. Nos 
primeiros cinco anos de climatério a mulher perde de 30% a 40% do colágeno total 
do organismo. Depois desse período a perda é mais lenta (2% de colágeno ao ano). 
A diminuição do estrógeno provoca, entre outras alterações: 
 
 Diminuição da atividade mitótica (capacidade de regeneração da 
pele); 
 
 Diminuição da síntese de colágeno (flacidez e rugas); 
 
 Diminuição da resistência a choques mecânicos (hematomas); 
 
 Concentração de queratina (espessamento de pés, joelho e cotovelo). 
 
 Fatores genéticos: certas pessoas envelhecem mais rapidamente do 
que outras, sugerindo que exista uma predisposição genética que influencia o 
processo de envelhecimento. Indivíduos com pele branca tendem a apresentar 
sinais de envelhecimento mais cedo que os indivíduos negros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 67 
 
12.1.2 Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento 
 
 
Causada por fatores externos, que durante a vida do indivíduo, interferem 
negativamente sobre a qualidade da pele, acelerando os sinais de envelhecimento. 
Clinicamente a pele apresenta uma superfície irregular com muitos sulcos e rugas, 
de textura espessa, com manchas e de coloração amarelada. 
Nos casos mais avançados apresenta grandes sulcos e muitas manchas. 
Pode vir acompanhada de outras disfunções (rosácea, ceratoses, telangiectasias, 
neoplasias, entre outras). 
 
Os principais fatores que contribuem para o envelhecimento extrínseco são: 
 
 Fotoenvelhecimento: principal fator desencadeador do envelhecimento 
extrínseco. Depende do grau de exposição ao sol e da pigmentação da pele de cada 
indivíduo. Pessoas que vivem em locais de climas ensolarados e que têm pouca 
pigmentação cutânea terão maior fotoenvelhecimento. A radiação ultravioleta (UV) 
emitida pelo sol agride a pele e é responsável pelo aparecimento de rugas, sulcos, 
alterações pigmentares, telangiectasias, queratoses e até melanomas (FIGURA 38). 
O quadro 4 resume as principais características do fotoenvelhecimento. 
 
 
QUADRO 4 – PRINCIPAIS ALTERAÇOES DO FOTOENVELHECIMENTO 
 
Alterações da pigmentação: melanoses e queratoses actínicas 
Degeneração das fibras elásticas e colágeno da derme 
Acentuação importante do processo de envelhecimento natural 
Manchas hipercrômicas (escuras) e hipocrômicas (claras) 
Rugas finas e flacidez tissular 
Mudanças da textura (aspereza), afinamento e desidratação da pele 
 
 
 
 
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 68 
 
 
FIGURA 38 – FOTOENVELHECIMENTO 
 
FONTE: adaptado de PERUZO, M. Novo e aprimorado peeling de fenol. Disponível em: 
<http://calvicieoforum.saude.ws/viewtopic.php?f=2&t=5942>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 Tabagismo: a nicotina causa vasoconstrição e hipóxia da pele. A 
isquemia crônica dos tecidos gera lesão das fibras elásticas e diminuição da síntese 
do colágeno, tornando a pele mais espessa e fragmentada. O cigarro pode aumentar 
o número de rugas na região da boca, bochecha, colo e pescoço (FIGURA 39) 
(QUADRO 5). 
 
 
QUADRO 5 – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO TABAGISMO 
Linhas de expressão ao redor dos lábios e nos cantos dos olhos 
Numerosas linhas superficiais nas bochechas e região mandibular 
Proeminência óssea e aprofundamento das bochechas 
Atrofia e tonalidade cinzenta da pele 
 
 
 
 
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 69 
 
 
FIGURA 39 – RUGAS CAUSADAS PELO TABAGISMO 
 
 
FONTE: HYPESCIENCE. Fáscie de fumante. Disponível em: <http://hypescience.com/wp-
content/uploads/2008/05/?DD>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 Radicais livres: espécies químicas que realizam funções importantes 
para a defesa do organismo. Porém, podem ser prejudiciais ao metabolismo quando 
ocorre um aumento excessivo na sua produção. O excesso de radicais livres 
(estresse oxidativo), acelera o envelhecimento natural. 
 
 Nutricionais: carência de vitaminas, desidratação de pele, excesso de 
álcool. 
 
 Agressões ambientais: frio, vento, poluição. 
 
 Condições gerais dos outros órgãos: fígado, rim. 
 
 Doenças cutâneas ou sistêmicas associadas: diabetes, hipotireoidismo, 
melanomas. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
 
 
12.1.3 Modificações histológicas do envelhecimento cutâneo 
 
 
O envelhecimento causa modificações histológicas nas duas camadas da 
pele: epiderme e derme; na hipoderme e nos anexos cutâneos. 
 
 
12.1.3.1 Modificações da epiderme 
 
 
 Diminuição da espessura e desordenamento da arquitetura celular; 
 
 Aumento da queratina (engrossando sola dos pés, joelho e cotovelo); 
 
 Diminuição do número de melanócitos (proteção contra os raios UV); 
 
 Anomalia no número e na distribuição dos melanócitos; 
 
 Diminuição do número das células de Langerhans (reduzindo a resposta 
imune e facilitando o aparecimento de células cancerígenas); 
 
 Diminuição das respostas inflamatórias (menor ardor à exposição solar); 
 
 Redução da junção dermoepidérmica (menor nutrição epidérmica). 
 
 
12.1.3.2 Modificações da derme: 
 
 
 Diminuição do número de fibroblastos; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
 Redução do plexo vascular papilar (alterações vasculares); 
 
 Redução do número de terminações nervosas; 
 
 Fibras elásticas (mais grossas e aglomeradas); 
 
 Fibras de colágeno (mais delgadas e fragmentadas - flacidez); 
 
 Fixação menor de água pelo Ácido Hialurônico (ressecamento da pele). 
 
 
12.1.3.3 Modificações da hipoderme 
 
 
 Diminuição do número e tamanho das células gordurosas; 
 
 Diminuição do coxim adiposo (menor resistência aos traumas); 
 
 Lesões cutâneas 
 
 
12.1.3.4 Modificações nos anexos cutâneos 
 
 
 Cabelos: envelhecimento dos melanócitos no bulbo piloso (cabelos 
brancos); diminuição progressiva dos folículos pilosos (queda do cabelo); 
 
 Unhas: crescem mais lentamente, frágeis, sem brilho; 
 
 Glândulas sebáceas: diminuição da secreção de sebo (pele 
ressecada); 
 
 Glândulas sudoríparas: reduzem em número e em atividade secretora; 
 
 
 
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 72 
 Pelos: esbranquiçados, diminuição em número e volume. 
 
O quadro seis resume as principais alterações na pele decorrentes do 
envelhecimento intrínseco e extrínseco. 
 
 
QUADRO 6 – ALTERAÇÕES DA ESTRUTURA DA PELE FRENTE AO 
ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO E EXTRÍNSECO 
ALTERAÇÕES 
CUTÂNEAS 
ENVELHECIMENTO 
INTRÍNSECO 
ENVELHECIMENTO 
EXTRÍNSECO 
Rugas Finas Profundas 
Camada córnea Pouco alterada Reduzida 
Displasias Raras Frequentes 
Colágeno Alterações discretas Fibras fragmentadas e alteradas 
Elastina Discreta fragmentação  Degeneração 
Melanócitos Alterações discretas  Produção demelanina 
Discromias Poucas alterações Hipocromias e hipercromias 
Câncer de pele  Incidência Queratoses solares (lesões pré-
cancerosas) 
Outras alterações Hipertrofia de glândulas sebáceas com menor produção de 
sebo (pele ressecada e com poros dilatados) 
 
 
Você Entendeu? 
 
O envelhecimento é um processo progressivo em que todos os tecidos são 
alterados, porém, na face, essas alterações são mais perceptíveis. O colágeno e a 
elastina perdem suas propriedades naturais e aparecem as atrofias, rugas, sulcos e 
flacidez em um processo que se acelera após os 30 anos. Existem dois tipos de 
envelhecimento: intrínseco (fisiológico ou natural) ou extrínseco (fatores externos ou 
fotoenvelhecimento). Os fatores que contribuem para o envelhecimento intrínseco 
são os hormonais ou genéticos. O envelhecimento extrínseco pode ser causado por: 
exposição solar (principal fator), tabagismo, radicais livres, nutricionais, agressões 
 
 
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 73 
ambientais, condições dos órgãos e doenças associadas. O envelhecimento causa 
modificações histológicas na epiderme, na hipoderme e nos anexos cutâneos. 
 
 
12.2 RUGAS FACIAIS 
 
As rugas faciais são um dos sinais do envelhecimento cutâneo e 
representam um dos principais motivos de procura de cuidados corretivos e 
tratamentos, sobretudo pelas mulheres, uma vez que seu surgimento marca o início 
do declínio da juventude. Podem ser desencadeadas pela alteração nas fibras 
elásticas e pela diminuição da espessura da pele e do tecido subcutâneo, 
decorrentes do processo de envelhecimento ou pela ação dos músculos da mímica 
ou da gravidade agindo sobre a pele flácida. 
Podem ocorrer em toda a superfície cutânea, sobretudo nas áreas do corpo 
que ficam descobertas a maior parte do tempo, como face e mãos, o que demonstra 
a importância dos raios solares no agravamento das rugas fisiológicas. A sequência 
de alterações e a velocidade com que ocorrem se dá de maneira variável em cada 
indivíduo. Fatores ambientais e de estilo de vida (fumo, álcool, exposição solar, 
alterações nos níveis de estrogênio) podem acelerar seu desenvolvimento. 
 
 
As rugas podem ser de três tipos: 
 
 
 Rugas de expressão (dinâmicas): decorrentes da ação repetida dos 
músculos faciais sobre uma pele que perdeu a elasticidade ou a capacidade de 
recuperar sua forma. Localizadas em cima do nariz, horizontal ou verticalmente, na 
testa, no canto externo dos olhos e no lábio superior. Surgem mais cedo em 
pessoas com grande expressividade da mímica facial (FIGURA 40). 
 
 
 
 
 
 
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 74 
FIGURA 40 – RUGAS DE EXPRESSÃO 
 
FONTE: DERMATOLOGIA EM FOCO. Rugas. Disponível em: 
<http://dermatologiaemfoco.blogspot.com>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 Linhas do tempo (rugas estáticas): são produtos do envelhecimento da 
pele e mais comuns ao redor dos olhos, testa e lábios. Aparecem quando a face 
está em repouso, sem que haja nenhuma expressão forçada (FIGURA 41). 
 
 
FIGURA 41 – LINHAS DO TEMPO 
 
FONTE: ACESSA. Rugas no pescoço. Disponível em: 
<http://www.acessa.com/mulher/arquivo/beleza/2008/11/27-pescoco/pescoco.jpg>. Acesso em: 10 
nov. 2011. 
 
 Rugas mistas: a este grupo pertence o sulco nasogêniano (depressão 
que vai da lateral do nariz ao canto externo da boca). São provocadas pela ação 
muscular somada à ação da gravidade (FIGURA 42). 
 
 
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 75 
 
 
FIGURA 42 – RUGAS MISTAS 
 
FONTE: AQUALIFT. Sulco nasogeniano. Disponível em: <http://www.aqualift.com.br/inicio_AD-
NEW.html>. Acesso em: 10 nov. 2011 
 
 
O quadro sete resume as principais alterações cronológicas do 
envelhecimento de acordo com a idade do indivíduo, caracterizando a fase da vida 
em que cada tipo de ruga se inicia. É importante considerar que em indivíduos que 
se expõem a fatores de envelhecimento extrínseco como o sol, o tabagismo, 
alimentação inadequada, sedentarismo, pode ter esse processo de aparecimento 
das rugas adiantado. A idade de surgimento das rugas também pode ser 
influenciada por características próprias do indivíduo como a cor da pele, o tipo de 
pele (seca, normal ou oleosa) e os cuidados estéticos e de higiene que se tem 
durante a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 76 
 
QUADRO 7 – ALTERAÇÕES CRONOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO 
IDADE ALTERAÇÕES DA PELE 
30 Discreta flacidez da pele e de pálpebras 
Início da evidência do sulco nasolabial 
 
40 
Rugas na Testa e “Pés de Galinha” 
Saculação inframandibular e perda do contorno da mandíbula 
 
50 
Aumento da flacidez 
Rugas labiais e perilabiais 
Saculação mandibular, papada e queda do canto da boca 
Ruga infralabial e queda da ponta do nariz 
Diminuição dos tecidos profundos e da projeção malar 
Acentuação do sulco nasolabial 
Fotoenvelhecimento e manchas 
 
60 
Diminuição da abertura dos olhos pela flacidez palpebral 
Pele mais fina com flacidez evidente 
Manchas (fotoenvelhecimento) 
70 Acentuação de todas as alterações 
 
 
Você Entendeu? 
 
 
As rugas são um dos sinais do envelhecimento cutâneo e representam um 
dos principais motivos de procura de tratamento pelas mulheres. São 
desencadeadas pela alteração nas fibras elásticas e colágenas sendo mais 
frequentes nas áreas do corpo que ficam expostas ao sol (face, mãos). Existem três 
tipos de rugas: Rugas de expressão (decorrentes da ação repetida dos músculos 
faciais sobre uma pele flácida); linhas do tempo (produto do envelhecimento da pele 
e mais comuns ao redor dos olhos, testa e lábios) e mistas (provocadas pela ação 
muscular somada à ação da gravidade). 
 
 
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 77 
 
 
12.3 DISCROMIAS 
 
As discromias são alterações da pigmentação da pele causadas por 
disfunções na produção ou na distribuição de melanina pela pele. O principal fator 
desencadeador das discromias, em especial das hipercromias, é a radiação solar. A 
exposição prolongada e sem proteção à radiação solar, especialmente na praia, 
pode resultar em queimaduras e danos celulares. Quanto mais clara for à pele, 
maiores serão os danos. 
 
 
As discromias podem ser divididas em: 
 
 Acromia: ausência total de pigmentação em determinado local da pele 
do indivíduo ou em áreas generalizadas. 
 
 Hipocromia: menor pigmentação de determinado local em relação à cor 
natural da pele do indivíduo; 
 
 Hipercromia: maior pigmentação ou pigmentação distinta da cor natural 
da pele do indivíduo. 
 
 
12.3.1 Acromia 
 
Áreas do corpo de tamanho reduzido ou generalizadas em que há ausência 
total de pigmentação da pele (área branca ou descorada), normalmente em 
decorrência de patologias dermatológicas, como, por exemplo, o vitiligo (FIGURA 
43). 
 
 
 
 
 
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 78 
FIGURA 43 – ÁREA DE ACROMIA DECORRENTE DE VITILIGO 
 
 
FONTE: Vitiligo. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/vitiligo/vitiligo-5.php>. 
Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
12.3.2 Hipocromias 
 
 
Redução da pigmentação da pele em contraste com o tom natural da pele. 
Normalmente ocorrem por diminuição da produção de melanina no local. Podem ser 
congênitas (albinismo) ou adquiridas (leucodermia solar). 
A leucodermia solar, principal representante das hipopigmentações 
adquiridas são manchas claras, regulares e ligeiramente atróficas localizadas em 
áreas expostas à luz solar, em que a melanina se distribui de forma irregular 
(FIGURA 44). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 79 
 
FIGURA 44 – ÁREAS DE HIPOCROMIA FACIAL 
 
FONTE: LAGO, G. Melasmas. Disponível em: <http://tylzolago.blogspot.com/2010/10/melasma-
manchas-marrons-que-surgem-no_07.html>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
12.3.3 Hipercromias 
 
 
Aumento da pigmentação da pele ou pigmentação distinta da cor natural. 
Podem acontecer por aumento da produção de melanina local. Podem ser 
congênitas (efélides ou sardas) ou adquiridas (melasmas, melanoses).Você se lembra? 
 
 
Os melanócitos são as células responsáveis pela produção e pela 
distribuição da melanina. Quando hipercromias como os melasmas se instalam é 
porque ocorreu uma alteração nestas células (FIGURA 45). 
 
 
 
 
 
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 80 
 
FIGURA 45 – DISTRIBUIÇÃO DE MELANINA 
 
FONTE: adaptado de STEINER, D; ADDOR, F; TOREZAN, LF. Melasmas: entenda o problema. 
Disponível em: <http://rhbeneficios.com.br/content/interfaces/cms/userfiles/images/melasmas.jp>. 
Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
Os melasmas são um tipo de hipercromia adquirida de coloração 
acastanhada, uniforme, simétrica, de bordas bem definidas e irregulares, localizada 
principalmente na porção central da face (malar, fronte, nariz, buço e mento). 
Acomete, sobretudo, mulheres jovens e pardas. Dentre as causas descritas estão à 
exposição solar, a gestação e o uso oral de estrogênios (FIGURA 46). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 46 – MELASMA 
 
FONTE: INSPIRAÇÃO BLOGSPOT. Manchas de pele. Disponível em: <http://produtos-
inspiracao.blogspot.com/2011/08/manchas-de-pele.html>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
As melanoses solares são manchas pequenas e acastanhadas (FIGURA 
47), localizadas em áreas fotoexpostas de indivíduos acima de 40 anos de idade. 
Excepcionalmente pode ocorrer transformação maligna (lentigo maligno). 
 
 
FIGURA 47 – MELANOSE SOLAR 
 
FONTE: VIVACEE. Melanose solar. Disponível em: 
<http://espacoesteticovivacee.blogspot.com/2011/04/discromias.html>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 
 
 
 
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 82 
 
13 AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DA FACE 
 
 
Para a realização segura dos peelings é importante que o profissional realize 
uma avaliação completa da face do paciente e de suas condições clínicas gerais. Os 
itens que compõem a avaliação facial são: anamnese e exame físico. 
 
 
13.1 ANAMNESE 
 
 
Coleta do histórico relatado pelo paciente. Uma anamnese detalhada é 
importante, pela influência que os hábitos diários e antecedentes patológicos, 
psicológicos e hereditários exercem sobre a instalação e evolução de diversas 
disfunções estéticas. Pode ser estruturada em tópicos: 
 
 
 Identificação: coleta de dados pessoais (nome, endereço, telefone), 
além de idade, sexo, raça e profissão. Assinalar o diagnóstico clínico caso haja e a 
queixa principal do cliente. 
 
 
 História clínica: coleta do histórico geral do cliente. Questionar sobre: 
 
 Presença de patologias endócrino-metabólicas ou cardíacas 
(diabetes, hipertensão arterial, neoplasias, hipertireoidismo, asma brônquica, 
alterações renais, hemofilia, marca-passo); 
 
 Presença de ecmoses ou outras afecções cutâneas; 
 
 Alergia a algum componente de uso sistêmico ou tópico; 
 
 
 
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 83 
 
 Uso de medicamentos; 
 
 Presença de queloides ou distúrbios de cicatrização; 
 
 Hábitos de consumo (bebidas, cigarro); 
 
 Sintomas de stress e ansiedade; 
 
 Qualidade do sono (ruim, regular ou boa); 
 
 Prática regular de atividade física; 
 
 Quantidade de líquidos ingerida diariamente; 
 
 Realização de dieta alimentar restritiva; 
 
 Uso de hormônios ou contraceptivos orais; 
 
 Questionar se a paciente está gestante. 
 
 
 Histórico de cuidados gerais com a face: questionar o paciente a 
respeito dos hábitos de cuidados gerais com a pele. Tipo de produtos que utiliza 
para limpeza, higienização, tonificação e hidratação da pele. Número de vezes que 
higieniza a pele por dia. Uso de filtro solar. Uso regular de maquiagem. Realização 
de limpeza de pele profissional. 
 
 Tratamentos estéticos anteriores na face (tipo, duração, objetivos, 
resultados): é importante questionar o paciente em relação às suas experiências 
anteriores e expectativas para que todas as dúvidas sejam sanadas. Questionar a 
respeito da realização anterior de peelings faciais, implantes de gordura, aplicação 
de toxina botulínica e cirurgias plásticas anteriores. 
 
 
 
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 84 
 Tratamentos clareadores anteriores: Questionar a respeito do uso de 
cosmecêuticos clareadores ou despigmentantes com acompanhamento médico e 
qual o período de uso; tratamentos anteriores com laser, luz intensa pulsada, 
peelings químicos ou físicos. Questionar se o paciente utiliza produtos para 
manutenção domiciliar do clareamento (vitamina C, clareador de uso diurno ou 
noturno, entre outros). 
 
 
13.2 EXAME FÍSICO DA FACE 
 
 
O exame físico da pele da face é dividido em inspeção, palpação e 
classificação da pele (tipologia/fototipo/fotoenvelhecimento). Para o exame físico, a 
iluminação deve ser boa, dando-se preferência para a luz do dia. Existem 
instrumentos que facilitam o exame físico. 
 
 
Os principais instrumentos para o exame físico são: 
 
 
 Lupa: instrumento indispensável que proporciona aumento do campo 
de trabalho de 5x em média. Possibilita a inspeção de detalhes. Pode ser acoplada 
em pedestais ou em óculos especiais. 
 
 Lâmpada de Wood: Recurso utilizado na dermatologia e na estética 
como método não invasivo para diagnóstico das discromias da pele. Não representa 
um método 100% confiável, no entanto ajuda na definição da lesão. Pode-se por 
meio do diagnóstico com a lâmpada determinar se uma alteração de 
hiperpigmentação encontra-se em nível epidérmico ou dérmico. A lesão epidérmica 
ao exame da luz de Wood apresenta-se mais escura, enegrecida; as manchas de 
nível dérmico são mais azuladas, permanecendo sem alteração ao exame com a luz 
de Wood. A utilização da lâmpada ajuda a definir a extensão, o grau e a localização 
da lesão pigmentar de modo rápido e prático. Para um bom diagnóstico o exame 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
deve ser realizado em local escuro, pois a fluorescência só pode ser verificada 
desse modo. A sua utilização não deve ultrapassar 3 a 4 minutos e os olhos do 
cliente devem estar protegidos. 
 
 Dermatoscópio (microscópio de superfície): visualização precisa de 
pigmentação e diferenciação de lesões benignas, pré-malignas e malignas. 
 
 Fotografia: registram o momento da pele e possibilitam análise 
posterior. 
 
 Liposcopia: inspeção com papel de seda (mata-borrão), o papel fica 
impresso pelo excesso de gordura. A liposcopia é uma forma de avaliar a pele 
oleosa ou regiões de oleosidade. 
 
 
13.2.1 Inspeção 
 
 Observar o aspecto geral da pele; 
 
 Verificar se há a presença de acne ou rosácea e em que grau; 
 
 Verificar a presença de rugas estáticas ou dinâmicas; 
 
 Verificar a presença de ptose tissular; 
 
 Verificar a presença de poiquilodermia (atrofia/vasos/hiperpigmentação); 
 
 Verificar a presença de manchas pigmentares relacionadas à melanina; 
 
 Verificar a presença de manchas causadas por alterações vasculares; 
 
 Verificar a presença de formações sólidas (nódulos, pápulas, comedões, 
miliuns ou verrugas); 
 
 
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 Verificar a presença de formações líquidas (bolhas, pústulas, vesículas); 
 
 Verificar a presença de lesões de pele (crostas, descamações, fissuras). 
 
 
13.2.2 Palpação 
 
 
 Tônus e Temperatura da pele; 
 
 Espessura da pele (espessa, fina e muito fina). 
 
 
13.2.3 Classificação quanto à tipologia da pele 
 
 
13.2.3.1 Pele normal (endérmica/eudérmica) 
 
 
Considerada a pele ideal (“pele de pêssego”). Pele com superfície lisa e 
flexível; equilíbrio hídrico e lipídico (teor de hidratação e nutrição equilibradas); cor 
rosada e luminosa (não brilhosa). Geralmente é uma condição genética. À lupa 
apresenta textura e granulação finas, sem brilho nem pontos negros, poros e 
folículos normais. Orifícios pilossebáceos pouco visíveis. Sem descamação 
excessiva. Ao toque apresenta-se macia, suave, elástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13.2.3.2 Pele seca (alípica) 
 
 
Facilmente irritável e sensível. Fina, adelgaçada,opaca, esbranquiçada, 
seca. Espessura epidérmica diminuída e manto hidrolipídico escasso. Orifícios 
pilossebáceos e poros invisíveis. Envelhecimento precoce. Predisposição à: 
irritações, telangiectasias, eritemas, hipercromias, desidratação. É mais vulnerável 
ao frio, vento e calor. À lupa apresenta aspecto farinhoso. Não há dilatação de poros 
e os comedões são raros; Ao toque apresenta sensação de sequidão e fina 
rugosidade. Falta de oleosidade. Pouco elástica e muito fina. Espessura diminuída 
com prega cutânea fina. 
 
 
13.2.3.3 Pele oleosa (lipídica) 
 
 
Secreções sebáceas e sudoríparas aumentadas. Maior espessura 
epidérmica e textura granulosa. Orifícios polissebáceos dilatados e manto 
hidrolipídico abundante. Superfície untuosa e úmida (aspecto brilhante). Apresenta 
comedões e transpiração abundante. Presença de lesões ou cicatrizes acneicas. 
Resiste melhor ao envelhecimento e suporta melhor às variações climáticas. 
Bronzeia mais facilmente e não retém bem a maquiagem. À lupa apresenta aspecto 
lustroso e brilhante, orifícios dilatados, comedões. Aspecto casca de laranja. Ao 
toque apresenta-se engordurada. Pele grossa e irregular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 88 
13.2.3.3 Pele mista 
 
 
Tipo de pele mais frequente entre indivíduos que residem em clima tropical. 
Na zona T (testa, nariz e queixo) apresenta-se brilhosa com características da pele 
oleosa e nas laterais tende à normalidade. 
 
 
13.2.3.4 Pele sensível 
 
 
A pele sensível, não é um tipo em si, mas uma condição que pode acometer 
pessoas de peles normais, mistas, oleosas ou secas. Portanto "pele sensível" é 
assim considerada porque responde de forma exagerada ao mínimo contato com 
produtos tópicos. 
 
 
13.2.4 Classificação quanto ao fototipo cutâneo 
 
 
No ano de 1975, um médico americano chamado Fitzpatrick, da Escola de 
Medicina de Harvard, criou uma classificação para os tipos de pele, baseada na cor 
da pele e na reação a exposição solar. Segundo essa tabela, a pele pode ser 
classificada em VI tipos, sendo I o de pele mais clara e VI o de pele mais escura 
(FIGURA 48): 
 
 
 Fototipo I: indivíduo com pele extremamente branca e olhos azuis, muito 
sensível ao sol, queima-se com facilidade e nunca se bronzeia. 
 
 Fototipo II: indivíduo com pele branca e olhos claros ou castanhos 
claros, sensível ao sol, queima-se com facilidade e se bronzeia muito 
pouco. 
 
 
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 89 
 
 Fototipo III: indivíduo com pele morena clara, sensível normal ao sol, 
queima-se e se bronzeia moderadamente. 
 
 Fototipo IV: indivíduo com pele morena moderada, com sensibilidade 
normal ao sol, queima-se pouco e se bronzeia com facilidade. 
 
 
 Fototipo V: indivíduo com pele morena escura, pouco sensível ao sol, 
queima-se raramente e se bronzeia bastante. 
 
 Fototipo VI: indivíduo com pele negra, insensível ao sol, nunca se 
queima por ser totalmente pigmentada. 
 
 
FIGURA 48 – TIPOS DE PELE 
 
FONTE: LASERSHOP. Luz intensa pulsada. Disponível em: 
<www.lasershopbrasil.com/ipulse.aspx>. Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
Essa classificação auxilia na determinação dos níveis de risco de discromias 
associadas aos peelings. Como regra geral, os tipos de pele I a III quase nunca 
 
 
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 90 
desenvolvem hiperpigmentação pós-inflamatória, sendo excelentes candidatos aos 
peelings. As peles tipos IV a VI têm possibilidades maiores de desenvolver 
hiperpigmentação pós-inflamatória após os peelings, necessitando de maiores 
cuidados (QUADRO 8). 
 
 
QUADRO 8 – FOTOTIPOS CUTÂNEOS 
 
TIPO 
 
CARACTERÍSTICA 
 
COR 
 
REAÇÃO AO 
SOL 
 
SENSIBILIDADE 
AO SOL 
 
I 
 
Pele clara 
Olhos azuis 
Sardentos 
 
Branca 
 
Queima fácil 
Nunca bronzeia 
 
Muito sensível 
 
II 
 
Pele clara 
Olhos azuis, verdes ou claros 
Cabelos louros ou ruivos 
 
Branca 
 
Queima fácil 
Bronzeia muito 
pouco 
 
Sensível 
 
III 
 
Olhos claros ou não 
Cabelos mais escuros 
 
Morena 
clara 
 
Queima e 
bronzeia 
moderadamente 
 
Normal 
 
IV 
 
Pele clara ou morena clara 
Olhos escuros 
Cabelos castanhos escuros 
 
Morena 
moderada 
 
Queima pouco, 
bronzeia com 
facilidade 
 
Normal 
 
V 
 
Cabelos e olhos escuros 
Pele morena 
 
Morena 
escura 
 
Queima 
raramente, 
bronzeia 
bastante 
 
Pouco sensível 
 
VI 
 
Negra 
 
Negra 
 
Nunca queima 
 
Insensível 
 
FONTE: adaptado de NETO, 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 91 
 
 
13.2.5 Classificação quanto ao fotoenvelhecimento cutâneo (Glogau) 
 
 
A classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi desenvolvida por Glogau e 
se constitui como um dos principais critérios para escolha da profundidade dos 
peelings. Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo, mais profundo deve 
ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do envelhecimento. 
De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser agrupada em IV 
graus de acordo com os sinais que apresenta: 
 
 
 Grau I: envelhecimento suave. Discretas alterações pigmentares e 
poucas rugas, poucas sequelas de acne. Uma maquiagem leve faz com 
que os sinais desapareçam; 
 
 Grau II: envelhecimento moderado. Manchas senis precoces, ceratoses 
palpáveis, linha nasolabial evidenciando-se, discretas lesões de acne. 
Necessita de maior quantidade de base para cobrir as marcas do 
envelhecimento; 
 
 
 Grau III: envelhecimento avançado. Fotoenvelhecimento avançado, 
discromia obvia, rugas sem movimento, cicatrizes acneicas; 
 
 Grau IV: envelhecimento grave. Fotoenvelhecimento grave, pele 
cinzenta, lesões malignas, rugas disseminadas, cicatrizes acneicas. A 
maquiagem provoca rachaduras 
 
 
 O quadro 9 resume as principais características dos tipos de pele de 
Glogau: 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 92 
 
QUADRO 9 – CLASSIFICAÇÃO DE GLOGAU 
 
TIPO 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
DESCRIÇÃO 
 
CARACTERÍSTICAS DA PELE 
 
I 
 
Suave 
 
Sem rugas 
 
Discretas alterações pigmentares e 
de rugas, poucas cicatrizes de acne 
 
 
II 
 
 
Moderado 
 
Rugas ao 
movimento 
Manchas senis precoces, ceratoses 
palpáveis, linha nasolabial 
evidenciando-se, discretas lesões 
de acne. 
 
 
III 
 
Avançado 
 
Rugas em 
repouso 
 
Fotoenvelhecimento avançado, 
discromia óbvia, rugas sem 
movimento, cicatrizes acneicas 
 
 
IV 
 
Grave 
 
Apenas rugas 
 
Fotoenvelhecimento grave, pele 
cinzenta, lesões malignas, rugas 
disseminadas, cicatrizes acneicas. 
A maquiagem provoca rachaduras 
 
FONTE: adaptado de NETO, 2011. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 93 
 
 
13.3 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FACIAL 
 
Data: ______________________________________________________________ 
Profissional responsável pela avaliação:___________________________________ 
 
ANAMNESE 
 
1. Identificação do paciente 
Nome: ______________________________________________________________ 
Endereço:___________________________________ Telefone: ________________ 
Idade: _________ Sexo: ______ Raça: ________________ Profissão:___________ 
Diagnóstico clínico: ___________________________________________________ 
Queixa: _____________________________________________________________ 
 
2. História clínica 
Patologias endócrino-metabólicas: _______________________________________ 
Ecmoses ou afecções cutâneas: _________________________________________ 
Alergias sistêmicas ou tópicas:___________________________________________ 
Medicamentos em uso: ________________________________________________ 
Hábitos de consumo (bebidas, cigarro): ____________________________________ 
Stress/ansiedade ( ) Sim ( ) Não 
Qualidade do Sono: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 
Prática regular de atividade física ( ) Qual: ________________________________ 
Ingesta líquida média/dia: ________ / Faz dieta alimentar restritiva: ( ) Sim () Não 
Menopausa: ( ) Sim ( ) Não / Método contraceptivo: ________________________ 
 
3. Cuidados gerais com a pele 
Cuidados diários com a pele: ____________________________________________ 
Produtos que utiliza no rosto: ____________________________________________ 
Número de vezes que higieniza a pele por dia: ______________________________ 
Exposição ao sol:_____________________________________________________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 94 
Uso de filtro solar e fator de proteção solar: ________________________________ 
 
Uso regular de maquiagem: _____________________________________________ 
Já realizou limpeza de pele: ( ) Sim. Frequência: ________________( ) Não 
Tratamentos estéticos anteriores (tipo, duração, objetivos, resultados):___________ 
___________________________________________________________________ 
Uso de clareadores/despigmentantes ( ) sim ( ) não. Qual: _______________ 
Período de uso:______________________________________________________ 
Tratamento clareador com laser? ( ) sim ( ) não 
Tratamento clareador com luz intensa pulsada? ( ) sim ( ) não 
Peelings químicos ( ) sim ( ) não. Tipo: _________________________________ 
Utiliza medicamentos clareadores ou ácidos para manutenção domiciliar? 
( ) sim ( ) não. Tipo: ________________________________________________ 
 
EXAME FÍSICO 
 
1. Inspeção da pele 
Aspecto geral da pele:__________________________________________________ 
Presença de acne: Grau I ( ) Grau II ( ) Grau III ( ) Grau IV ( ) 
Presença de rosácea: Grau I ( ) Grau II ( ) Grau III ( ) Grau IV ( ) 
Poros abertos: Sim ( ) Não ( ) 
Rugas estáticas/dinâmicas______________________________________________ 
Ptose tissular ________________________________________________________ 
Poiquilodermia (atrofia da pele/presença de vasos/ hiperpigmentação)____________ 
 Manchas pigmentares relacionadas à melanina 
 Acromia:_______________________________________________________ 
 Hiperpigmentação:_______________________________________________ 
 Hipopigmentação: _______________________________________________ 
 Cloasma:______________________________________________________ 
 Efélides: _______________________________________________________ 
 Nevos: ________________________________________________________ 
 Manchas por alterações vasculares 
 Angioma: ______________________________________________________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 95 
 Cianose: ______________________________________________________ 
 
 Eritema: _______________________________________________________ 
 Hematoma: ____________________________________________________ 
 Petéquias: _____________________________________________________ 
 Teleangectasias: ________________________________________________ 
 Formações sólidas 
 Nódulos: ______________________________________________________ 
 Pápulas: _______________________________________________________ 
 Verrugas: ______________________________________________________ 
 Comedão aberto: ________________________________________________ 
 Comedão fechado: ______________________________________________ 
 Millium: _______________________________________________________ 
 Formações líquidas 
 Bolha_________________________________________________________ 
 Pústula________________________________________________________ 
 Vesícula_______________________________________________________ 
 Lesões de pele 
 Cicatrizes eutróficas _____________________________________________ 
 Cicatrizes hipertróficas/queloides____________________________________ 
 Crosta_________________________________________________________ 
 Descamação____________________________________________________ 
 Ceratoses______________________________________________________ 
 
2. Palpação da pele 
Tônus:______________________________________________________________ 
Temperatura:_________________________________________________________ 
Espessura: ( ) Espessa ( ) Fina ( ) Muito fina 
 
3. Classificação da pele 
 
Tipologia 
( ) Normal ( ) Seca ( ) Oleosa ( ) Mista ( ) Sensível 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 96 
 
 
Fototipos ( Fitzpatrick) 
( ) Tipo I ( ) Tipo III ( ) Tipo V 
( ) Tipo II ( ) Tipo IV ( ) Tipo VI 
 
Fotoenvelhecimento (Glogau) 
( ) grau I ( ) grau II ( ) grau III ( ) grau IV 
 
 
Objetivos do tratamento: _______________________________________________ 
 
Conduta: ____________________________________________________________ 
 
Reavaliação:_________________________________________________________ 
 
 
Aqui concluímos o segundo módulo do nosso curso de peelings faciais. 
Nesse módulo estudamos sobre os conceitos gerais dos peelings e a profundidade 
da pele que podem atingir as diversas modalidades do procedimento. Vimos 
também que as principais disfunções estéticas que podemos tratar com os peelings 
são os sinais do envelhecimento, as rugas faciais e as discromias. Concluímos o 
módulo detalhando como devemos realizar a avaliação da face prévia aos peelings. 
No próximo módulo iremos abordar os peelings químicos, suas indicações e 
contraindicações, principais usos e princípios ativos, protocolos de aplicação, 
complicações possíveis e resultados gerais. 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 97 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 99 
MÓDULO III 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao módulo III do curso de PEELINGS FACIAIS. 
Neste módulo vamos estudar sobre os peelings químicos. Iremos estudar sobre os 
conceitos gerais do procedimento, indicações e contraindicações, classificações e 
níveis de peelings químicos, procedimentos, possíveis riscos e complicações, além 
de alguns resultados. 
 
 
14 PEELINGS QUÍMICOS: CONCEITOS GERAIS 
 
 
Como vimos, as modificações da pele que ocorrem devido ao 
envelhecimento levam à flacidez de pele, diminuição da elasticidade, desidratação, 
alterações vasculares, rugas e diminuição da espessura da epiderme. 
Os peelings químicos são procedimentos que buscam melhorar a qualidade 
dos tecidos e minimizar os sinais de envelhecimento. Os peelings químicos também 
podem ser chamados de resurfacing químico, quimioesfoliação ou quimiocirurgia. 
Esse procedimento consiste na aplicação de algum agente químico que 
causa uma destruição controlada da epiderme e a sua posterior reepitelização, 
podendo ser empregados em diferentes formulações. 
As formulações utilizadas para os peelings químicos são formadas por vários 
princípios ativos, em diferentes concentrações. O valor do pH (potencial 
hidrogeniônico) é também variável em função das concentrações utilizadas. De 
acordo com a fórmula utilizada, os peelings podem atingir profundidades diferentes 
na pele sendo classificados como muito superficiais, superficiais, médios ou 
profundos. Todos eles aceleram o processo de renovação celular, normalizando a 
pigmentação da pele, atenuando marcas e minimizando rugas. 
Apesar de todos os avanços tecnológicos, os peelings químicos constituem 
ainda hoje uma poderosa arma contra o envelhecimento cutâneo. É uma técnica 
consagrada,conhecida, de baixo custo e que alcança excelentes resultados. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 100 
Para iniciar nosso estudo sobre os peelings químicos precisamos 
compreender o que são os ácidos utilizados neste procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
A concentração ou percentual do ácido a ser utilizado depende do quadro 
clínico que o paciente apresenta e do tipo de acido escolhido. Quando maior a 
concentração do ácido, mais profundo será. Quanto menor for o pH, mais 
irritabilidade provocará na pele. Os peelings muito superficiais e superficiais podem 
ser realizados por fisioterapeutas dermatofuncionais ou tecnólogos em estética e 
cosmetologia. Os peelings médios e profundos podem ser aplicados apenas por 
médicos especialistas. 
Para a realização dos peelings químicos podem ser utilizados um ou mais 
agentes esfoliantes. A associação de diferentes ácidos normalmente proporciona 
melhores resultados com menor índice de efeitos adversos (peelings combinados). 
O uso dos peelings combinados possibilita utilizar concentrações mais seguras dos 
esfoliantes atingindo camadas mais profundas da pele com menores concentrações 
e potencializando as ações dos ácidos. Dessa forma, evita-se o risco de 
complicações. 
 
 
15 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES AOS PELLINGS QUÍIMICOS 
 
 
As principais indicações para os peelings químicos são: 
 
 Envelhecimento cutâneo; 
 
Os ÁCIDOS são substâncias que possuem pH inferior ao da pele, 
transformando-a em um meio ácido e proporcionado descamação ou 
esfoliação da pele. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 101 
 Discromias (efélides, lentigos, melasmas epidérmicos e dérmicos, 
pigmentação pós-inflamatória); 
 
 Rugas finas leves a moderadas (depressões, saliências e rugas mais 
profundas não respondem ao peeling e podem necessitar de outros 
procedimentos cosméticos ou cirúrgicos); 
 
 Sequelas de acne; 
 
 Cicatrizes inestéticas; 
 
 Lesões epidérmicas (ceratoses seborreicas, actínicas e liquenoides). 
 
 
 As contraindicações para a realização dos peelings químicos são: 
 
 
 Pacientes que apresentem alguma doença de pele; 
 
 Pacientes com infecção ativa como herpes ou acne; 
 
 Pacientes que fizeram uso recente de isotretinoína; 
 
 Gravidez; 
 
 Câncer de pele; 
 
 Presença de lesões escoriativas da pele; 
 
 Cuidados especiais em pacientes com pele de fototipos V e VI. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 102 
 
16 CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE PEELINGS QUÍMICOS 
 
 
Os peelings químicos se classificam, em geral, em: muito superficiais, 
superficiais, médios e profundos. Quanto mais profundos, mais resultados alcançam, 
porém aumentam também os riscos e o desconforto durante e após o procedimento. 
A opção pelo tipo de peeling depende do conhecimento da profundidade da lesão a 
ser tratada. Deve-se sempre evitar a esfoliação desnecessariamente mais profunda 
do que a própria alteração a ser tratada. 
Como vimos no módulo anterior, os peelings muito superficiais atingem 
apenas a camada córnea da epiderme, fazendo uma abrasão suave. Esse tipo de 
peeling químico pode ser utilizado em todos os tipos de pele e em diversas áreas do 
corpo. Normalmente não causa sinais posteriores na pele, nem reações. A seguir, 
alguns exemplos de compostos utilizados para realizar o peeling químico muito 
superficial: 
 
 Ácido salicílico 30% (uma ou mais camadas); 
 
 Ácido glicólico 40 a 50% (por 1 a 2 minutos); 
 
 Ácido tioglicólico 10 a 20%; 
 
 Solução de Jessner (uma ou duas camadas); 
 
 Resorcina 20 a 30% (por 5 a 10 minutos); 
 
 LHA 5 a 10% - Ácido capril-oil salicílico; 
 
 ATA 10 a 20% (uma camada); 
 
 Tretinoína. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 103 
No peeling superficial ocorre a descamação superficial das camadas da 
epiderme. Esse processo ativa um mecanismo biológico que estimula a renovação e 
o crescimento celular, dando à pele uma aparência mais saudável e viçosa. 
Dependendo da concentração e do tempo que o produto permanece na pele 
ocorrem alterações profundas na estrutura celular com aumento da espessura da 
epiderme e aumento na produção de fibras colágenas. 
Normalmente esse tipo de peeling é seriado, ou seja, é repetido em 
intervalos cursos (seis aplicações uma vez por semana ou quinzenalmente). A 
descamação posterior ao peeling superficial é discreta e não atrapalha as atividades 
de vida diária e profissional do paciente. Normalmente causam discreta ardência e 
vermelhidão da pele que dura de dois a cinco dias. 
Os peelings superficiais melhoram a textura da pele, clareiam manchas e 
atenuam rugas finas, estimulando a renovação do colágeno. A seguir, alguns 
exemplos de compostos utilizados para realizar o peeling químico superficial: 
 
 Ácido glicólico 40 a 70% (por 2 a 20 minutos); 
 
 Ácido mandélico 30 a 50% (por 2 a 20 minutos); 
 
 Solução de Jessner (quatro a dez camadas); 
 
 Resorcina 40 a 50% (por 30 a 60 minutos); 
 
 ATA 10 a 30%. 
 
 
Os peelings médios provocam descamação mais espessa e escura, 
necessitando de 7 a 15 dias para retorno à vida normal. São indicados quando a 
pele está em um estágio mais avançado de envelhecimento e ocorrem asperezas, 
queratoses e rugas mais pronunciadas. Também são indicados para o clareamento 
de manchas e cicatrizes de acne. A seguir, alguns exemplos de compostos 
utilizados para realizar o peeling químico médio: 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 104 
 ATA 35 a 50%; 
 
 Ácido glicólico 70% (por 3 a 30 minutos); 
 
 Ácido mandélico 50% (por 5 a 30 minutos); 
 
 Jessner + ATA 35%; 
 
 Ácido glicólico + ATA 35%; 
 
 Ácido pirúvico; 
 
 Jessner + ácido glicólico 40 a 70%. 
 
 
Os peelings profundos são bem mais agressivos que os demais, provocam a 
formação de crostas e o pós-peeling exige o uso de curativos. A recuperação pode 
durar até um mês porque eles provocam a descamação total da derme papilar e 
exposição da derme reticular. Em geral os resultados são muito bons, com 
renovação importante da pele e diminuição de rugas profundas. 
Seu uso é reservado para casos severos de cicatrizes de acne, marcas de 
expressão profundas, graves discromias infiltradas na derme e degeneração das 
fibras de colágeno e elastina. Necessitam de um período maior de recuperação, em 
que o paciente deve se reservar da exposição solar e adotar cuidados adicionais de 
proteção como o uso de óculos escuros e chapéu. A seguir, alguns exemplos de 
compostos utilizados para realizar o peeling químico profundo: 
 
 
 Fenol 88% com oclusão; 
 
 Baker e Gordon (fenol modificado a 45 a 50%). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 105 
Existem outros fatores que também podem interferir na profundidade dos 
peelings químicos: 
 
a) Em relação ao agente esfoliante: 
 
 Tipo de solução; 
 
 Concentração dos ativos; 
 
 Número de camadas aplicadas do produto; 
 
 Técnica de aplicação (pincel ou gaze); 
 
 Tempo de contato com a pele (especialmente os AHAs); 
 
 Frequência de aplicação; 
 
 Procedência dos agentes químicos. 
 
b) Espessura da pele: 
 
 Tipo de pele (fina ou espessa); 
 
 Localização anatômica (face ou corpo). 
 
c) Integridade da epiderme 
 
 Limpeza prévia da pele; 
 
 Desengorduração prévia; 
 
 Preparo prévio. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 106 
d) Modo de oclusão dos agentes: 
 
 Forma de oclusão; 
 
 Tempo de oclusão. 
 
 
17 FORMULAÇÕES DE PEELINGS QUÍMICOS (PH, PORCENTAGEM E ATIVOS) 
 
 
Existem vários tipos de ativos que podem ser usados para realizar os 
peelings químicos. Dentre eles, vamos estudar os mais utilizados: alfa-hidroxi-
ácidos, ácido mandélico, ácido hialurônico, ácido salicílico, ácido azeláico, ácido 
retinoico, ácido trocloroacético (TCA), solução de Jessner e fenol. 
 
 
17.1 ALFA-HIDROXI-ÁCIDOS (AHAS) 
 
 
Os alfa-hidroxi-ácidos (AHAS) são um grupo de substâncias naturais 
encontradas em alguns alimentosque constituem uma família de ácidos orgânicos. 
Compõem os seguintes ácidos: 
 
 Ácido glicólico: derivado da cana de açúcar; 
 
 Ácido lático: derivado do leite azedo; 
 
 Ácido málico: derivado do mirtilho; 
 
 Ácido tartárico: derivado de maças; 
 
 Ácido cítrico: derivado de limões. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 107 
Os AHAS se diferenciam dos demais ácidos por possuírem moléculas de 
menor tamanho e conseguirem maior poder de penetração na pele. Quando são 
aplicados topicamente, produzem efeitos específicos sobre o estrato córneo, a 
epiderme, a papila dérmica e sobre os folículos pilossebáceos. 
São eficientes no tratamento de rugas, desidratação da pele, espessamento 
e pigmentação irregular da pele. Com seu uso, a pele torna-se mais flexível e menos 
vulnerável a rachaduras superficiais. Também suavizam cicatrizes de acne, 
diminuindo sua profundidade, oleosidade, comedões e cistos. 
Apesar de serem muito conhecidos e utilizados, os mecanismos exatos da 
ação dos hidroxiácidos continuam desconhecidos e são controversos. 
Compostos contendo AHAS em geral são bem tolerados, porém logo 
quando aplicados em peles sensíveis, podem provocar sensação de formigamento, 
ardência, e até mesmo irritação. Essas reações ocorrem devido ao baixo valor de pH 
das formulações. Muitos produtos com AHAS, apesar de terem o pH ajustado entre 
3,0 e 5,0 para serem compatíveis com o pH da pele (4,2 a 5,6), são irritantes à pele. 
As reações adversas causadas pelos AHAS incluem eritema severo, inchaço 
(especialmente na região dos olhos), queimação, formação de bolhas, sangramento, 
erupções, coceira e descoloração da pele. 
 
 
17.1.1 Ácido glicólico 
 
 
O ácido glicólico é o mais conhecido e utilizado dos AHS. É derivado da 
cana-de-açúcar, hidrossolúvel e possui a menor molécula entre todos os demais 
AHAS, conhecida como ácido hidroxiacético, ou ácido 2-hidroxietanoico. 
O ácido glicólico causa um fenômeno chamado FROST, que é a penetração 
maior do ácido, podendo ocorrer coagulação de proteínas e queimaduras localizada. 
Começa com uma pequena mancha avermelhada que deve ser neutralizada, antes 
que passe para uma tonalidade esbranquiçada. O ácido glicólico produz uma 
compactação do extrato córneo, espessamento da epiderme, deposição de mucina e 
colágeno dérmico, à medida que aumenta a concentração e diminui o PH. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 108 
 
17.1.1.1 Indicações e contraindicações 
 
 
É indicado no tratamento de ceratoses actínicas e seborreicas, melasmas, 
acne, estrias, rugas finas, fotoenvelhecimento, verrugas planas, psoríase e 
principalmente em pele desidratada. É contraindicado o uso do acido glicólico para 
peles negras, gestantes, cicatrizes hipertróficas, herpes e eritema persistente. 
 
 
17.1.1.2 Concentrações 
 
 
 Em baixas concentrações (até 10%), o ácido glicólico diminui a coesão 
dos queratinócitos, ajudando em distúrbios da queratinização. 
 
 Em concentrações entre 40 e 70% possui efeito epidermolítico. Deve 
permanecer na face em média por 5 minutos. Após esse tempo deve ser 
neutralizado com água ou bicarbonato de sódio, e em seguida lavado. 
 
 
17.2 ÁCIDO MANDÉLICO 
 
 
O ácido mandélico é tipo específico de alfa-hidroxi-ácido (AHA), este 
derivado da hidrólise do extrato de amêndoas amargas. Tem sido usado na 
medicina, há vários anos, como antisséptico urinário, o que atesta sua atividade 
antibacteriana quando usado topicamente. É uma substância atóxica, que além das 
indicações específicas também é utilizada para preparar as peles para o peeling a 
laser. 
Ao contrário de ácido glicólico, o ácido mandélico possui uma cadeia 
carbônica grande, o que o torna menos irritativo para a pele. A sua penetração é 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 109 
lenta e a sua ação é gradual. O intervalo ideal entre as aplicações é de 07 a 15 dias. 
São recomendadas no mínimo quatro aplicações. 
Possui dupla ação: além de exercer a função de um AHA, também age como 
antibiótico. Ajuda a combater os agentes inflamatórios e infecciosos responsáveis 
pela instalação do processo acneico na pele. 
Promove a diminuição da coesão entre os queratinócitos, descamação da 
camada córnea e estimulação da produção de células novas em maior ou menor 
grau, dependendo de suas estruturas, além da melhora na qualidade e quantidade 
do colágeno da derme reticular (QUADRO 10). 
Quando comparado ao peeling químico com ácido glicólico pode-se 
perceber que produz menos eritemas ou outros efeitos adversos na epiderme. O 
peeling deve ser feito deixando o ácido na pele por cinco minutos e depois se lava 
com água. 
Diferente dos demais AAHS, o ácido mandélico, consegue equilibrar o 
processo de renovação epitelial por dois mecanismos: 
 
 
 Estímulo mecânico ao promover a epidermólise, inicia-se o processo 
acelerado da renovação epitelial. 
 
 Estímulo químico, após sua penetração intracelular, ajudando na 
autorregulação da produção de melanina, e por ação direta nos folículos pilosos e 
controle da produção sebácea. 
 
 
QUADRO 10 – RESUMO DOS EFEITOS DO ÁCIDO MANDÉLICO 
Auxilia na diminuição das linhas finas de expressão 
Ajuda a reverter à degeneração do colágeno e da elastina 
Promove a renovação e o rejuvenescimento da pele 
Atua na inibição da síntese de melanina, promovendo remoção dos pigmentos 
Atua no controle da produção da glândula sebácea e na peroxidação dos lipídeos 
É eficiente contra as bactérias gram-negativas no quadro de foliculite 
Combate os agentes inflamatórios e infecciosos dos processos acneicos 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 110 
 
17.2.1 Indicações e contraindicações 
 
 
 Envelhecimento: age diminuindo o fotoenvelhecimento. O tratamento 
deve ser mantido por longo período. 
 
 Hiperpigmentação: em muitos pacientes foi relatada uma diminuição de 
50% dos melasmas depois de um mês de tratamento usando uma loção 
de Ácido Mandélico a 10%. A associação com Hidroquinona ou Ácido 
Kójico pode aumentar a efetividade do tratamento. 
 
 Acne: pacientes com foliculites infectadas por bactérias gram-negativas 
obtêm melhora quando usam o ácido mandélico. 
 
 Laser: deve ser usado duas a quatro semanas antes da aplicação do 
laser e após a reepitelização. Quando o ácido mandélico é usado no pré 
e pós-operatório a inflamação e a hiperpigmentação raramente ocorre. 
 
São contraindicações: gestantes, amamentação, lesões na região a ser 
submetida ao peeling, pacientes com herpes ativa, hipersensibilidade ao produto. 
 
 
 
17.2.2 Concentrações 
 
 
 Gel de 30 a 50%: peeling uso exclusivo médico; 
 
 Gel ou creme 10 a 13%: rugas e queratoses em geral; 
 
 Creme 3%: indicado como renovador celular; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 111 
 Creme 4%: hidratante, esfoliante suave. 
 
 
17.3 ÁCIDO HIALURÔNICO 
 
 
O ácido hialurônico é um polissacarídeo natural com excelente 
compatibilidade biológica que é o principal componente da matriz extracelular. É 
uma substância altamente hidrofílica (com afinidade pela água) encontrada na pele. 
Possui atividade biológica, proporcionando viscosidade e elasticidade a esta 
camada. Colabora no controle da hidratação da derme e no tônus da pele, além da 
prevenção da integridade das fibras de colágeno. 
É um produto nobre usado no preenchimento de rugas de forma injetável, 
bastante seguro e eficaz e também pode ser utilizado para peelings, contribuindo 
para hidratação profunda e diminuindo gradativamente a profundidade das rugas. 
Exerce efeito tensor, alto poder de hidratação cutânea e renovação celular. 
Pode ser obtido por fermentação de substratos de plantas essa biossíntese 
é feita pela espécie de bactérias Streptococcus ou por meio da fermentação do 
açúcar de beterraba por lactobacilos. 
O uso de peeling com ácido hialurônico estimula a produção do ácido 
hialurônico endógeno (natural). 
 
 
 
17.3.1 Indicações e contraindicaçõesSão indicações: hidratação facial, normalização da barreira epidérmica, 
efeito antienvelhecimento e firmador, estrias. 
As contraindicações são pacientes gestantes, lesões escoriativas da pele, 
infecções ativas como o herpes. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 112 
17.3.2 Concentrações 
 
 
O pH de estabilidade é 5,5-7,5. Concentração sugerida: 1,0-10,0%. 
 
 
17.4 ÁCIDO SALICÍLICO 
 
 
O ácido salicílico é um beta hidroxiácido queratolítico, com aspecto claro 
transparente e homogêneo. Provoca um ardor intenso nos primeiros minutos da 
aplicação, que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor 
diminui e não há mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser 
lavado. Para amenizar o problema da irritação cutânea que pode ser ocasionada 
pelo ácido salicílico existem alguns derivados do ácido salicílico que apresentam 
menor irritação cutânea, podendo ser empregados em formulações cosméticas. 
 
 
 
17.4.1 Indicações e contraindicações 
 
 
As principais indicações são: 
 
 Acne: ação queratolítica, bacteriostática, fungicida, antimicrobiana e anti-
inflamatória, visando à correção do defeito da queratinização folicular, 
redução da atividade sebácea, diminuição da população bacteriana e 
dos processos inflamatórios. Possui ainda uma característica lipofílica, o 
que facilita sua penetração na unidade sebácea o que o torna efetivo 
contra comedões e lesões. 
 
 Sinais do envelhecimento: redução de rugas finas e melhora da textura 
da pele. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 113 
 
 
Não deve ser utilizado em peles extremamente sensíveis, machucadas ou 
em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico. Seu uso é restrito em pacientes 
gestantes ou em fase de amamentação e em peles com infecção ativa como herpes, 
por exemplo. 
 
 
17.4.2 Concentrações 
 
 
Os ácidos podem ser hidratantes, emolientes e plastificantes se usados em 
concentrações até 5%. Em concentrações de 12%, são renovadores de camada 
epidérmica, usados para tratamentos das peles acneicas e abrandamento da coesão 
intraqueratinocitária da camada granulosa. Em concentrações de 30% ou acima, 
agem como peeling químico, com ação queratolítica. 
 
 
 
17.5 ÁCIDO AZELÁICO 
 
 
O ácido azeláico é um ácido abrasivo e despigmentante bastante utilizado 
no tratamento da acne suave à moderada, além de outras desordens epidérmicas. É 
um dos poucos ativos que consegue reduzir de forma eficaz, os níveis de ácidos 
graxos livres no sebo ao mesmo tempo em que reduz as baterias locais. O ácido 
azeláico também exerce ação terapêutica na rosácea e nas desordens 
hiperpigmentares dos queratinócitos. 
O peeling com ácido azeláico pode causar vermelhidão, ressecamento da 
pele, coceira, sensação de queimação e picadas. Esses sintomas normalmente são 
passageiros. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 114 
17.5.1 Indicações e contraindicações 
 
 
As principais indicações são: acne leve a morada, rosácea e 
hiperpigmentações da face. 
Seu uso é contraindicado em pacientes gestantes, peles extremamente 
sensíveis ou escoriadas, e em caso de sensibilidade aos componentes da fórmula. 
 
 
17.5.2 Concentrações 
 
 
 Concentração usual: 15 a 20% 
 
 
 
17.6 ÁCIDO RETINOICO 
 
 
O ácido retinoico (tretinoina) é uma forma oxidada da vitamina A. Seu 
primeiro uso tópico foi para tratar de peles acneicas. Pacientes tratados com a 
tretinoina tópica para acne notaram também melhora de rugas finas e clareamento 
da pele. A partir daí, o ácido retinoico passou a ser usado também para o 
rejuvenescimento facial. 
O peeling com ácido retinoico penetra na pele atingindo somente sua 
camada superficial (peeling superficial). Da maneira em que é aplicado, proporciona 
uma leve esfoliação na pele, ativando a microcirculação. Ao ativar a microcirculação, 
a pele é estimulada, fazendo com que ocorra o processo da neocolagênese e da 
elastogênese (produção de novas fibras de colágeno e de elastina). O ácido 
retinoico também promove a aceleração da renovação celular, por esfoliar e 
descamar a pele, bem como a leve compactação e espessamento da camada 
córnea da pele. Reorganiza as fibras elásticas danificadas pela exposição solar e 
melhora a irrigação da pele. 
 
 
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 115 
O ácido retinoico é aplicado em forma de máscara, que depois de alguns 
minutos torna-se seca e deve ser removida da pele após seis a oito horas. Em cerca 
de três dias após a remoção da máscara de ácido retinoico, a pele começa a 
descamar levemente. 
É um peeling rápido que não exige internação ou repouso e pode ser 
aplicadas em qualquer área do corpo, como face, colo, mãos, dorso, braços, costas 
e em estrias. O procedimento é realizado em consultório sem necessidade de 
sedação ou anestesia. O peeling de ácido retinoico não forma crostas, apenas 
esfolia e descama a pele. 
O ácido retinoico pode ser aplicado tanto em peles claras como escuras e 
deve ser feito de forma seriada, ou seja, em várias sessões para que haja 
considerável mudança na pele. Por ser superficial, não é necessário o afastamento 
de atividades após o peeling de ácido retinoico. 
Os primeiros resultados aparecem após a quarta sessão, que devem ser de 
seis a dez, feitas quinzenalmente. As reações ocasionais são bolhas, crosta, 
queimadura ou rubor, edema; escurecimento, ou clareamento da pele; sensação de 
calor ou urticante, descamação da pele pode ocorrer depois de poucos dias de 
tratamento. O paciente pode continuar o uso do produto de forma domiciliar. 
 
 
17.6.1 Indicações e contraindicações 
 
 
São indicações para o uso do ácido retinoico: 
 
 
 Tratamento tópico da acne vulgar, especialmente nos graus I, II e III 
(ação comedolítica e esfoliante); 
 
 Fotoenvelhecimento cutâneo; 
 
 Queratose folicular; 
 
 
 
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 116 
 Estrias: atenua as estrias, não as removendo por completo, porém, 
promovendo um melhor aspecto no local onde se encontram; 
 
 Limpeza superficial na pele (aumento do viço e da luminosidade 
natural); 
 
 Uso pré-peeling ou como potencializador de outros peelings, como o de 
fenol (previne a hiperpigmentação pós-inflamatória, garantindo uma 
uniformidade na aplicação do produto); 
 
 Atenuação de linhas finas de expressão, não removendo rugas; 
 
 Clareamento de manchas superficiais (não remove manchas 
profundas); 
 
 Remoção de efélides e manchas de sol; 
 
 Clareamento geral da pele. 
 
 
 São contraindicações para o uso do ácido retinoico: 
 
 Pacientes com herpes ativa; 
 
 Hipersensibilidade ao produto; 
 
 Pele inflamada, eczematosa ou com queimaduras de sol; 
 
 Não devem ser utilizados simultaneamente outros tratamentos, 
especialmente outros agentes queratolíticos; 
 
 É contraindicado na gravidez e na lactação. 
 
 
 
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 117 
 
17.6.2 Concentrações 
 
Em consultório o peeling com ácido retinoico é realizado em concentrações 
que variam entre 1 e 4%. Para uso domiciliar, o ajuste da concentração de ácido 
retinoico depende da resposta terapêutica obtida. Dessa forma, recomenda-se iniciar 
o tratamento com a menor concentração usual, aumentando gradativamente, se 
necessário. As formas tópicas (creme, gel, solução) a 0,01%, 0,025%, 0,05% e 0,1% 
devem ser aplicadas uma vez ao dia, preferencialmente à noite, antes de deitar. 
 
 
17.7 ÁCIDO TRICLOROACÉTICO (TCA) 
 
 
O ácido tricloroacético (TCA) é uma substância ácida aquosa inicialmente 
utilizada no tratamento de feridas, como cauterizador de doenças da pele e tumores, 
e no tratamento de calos, verrugas e aftas. Como agente para peeling químico o 
TCA é uma substância química cauterizante capaz de provocar necrose da pele 
causando uma epidermólise profunda com um processo inflamatório residual que 
pode ter duração de até oito semanas. É quando a lesão tratada adquire cor branca 
(Frost) assim que aplicada na pele. Quantomais profundo for o peeling, mais intenso 
e mais rápido será a formação do Frost. Para o peeling médio, o Frost ideal é o Frost 
nível II (FIGURA 49) (Zamarian, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 118 
FIGURA 49 – FROST PÓS PEELING TCA 
 
 
FONTE: YAVONAE. Professional TCA chemical peel. Disponível em: <http://www.tcapeels.com/>. 
Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
O ácido tricloroacético é um dos mais procurados entre os peelings de 
profundidade média por atingir ótimos resultados nessa profundidade. Apesar de ser 
possível usá-lo em alta concentração para realizar um peeling profundo, é consenso 
que é muito mais arriscado que quando feito com substância mais indicada para 
peeling profundo, como o fenol, por exemplo. Além disso, em altas concentrações 
(acima de 50%), o TCA tem maior risco de deixar cicatrizes e queloides, quando 
comparado ao fenol. 
O procedimento é realizado em consultório, sob sedação e sua aplicação se 
dá em aproximadamente uma hora. Após o peeling de ácido tricloroacético ocorre a 
formação de crostas que caem naturalmente entre cinco e sete dias. Pode ser 
aplicado em peles claras e morenas (FIGURA 50). 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 119 
FIGURA 50 – PÓS-APLICAÇÃO DE PEELING DE TCA 
04 dias 10 dias 
 
FONTE: REALSELF. TCA PEEL. Disponível em: <http://www.realself.com/review/100-TCA-Peel>. 
Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
O quadro 11 resume algumas vantagens do uso do peeling de TCA (médio) 
em relação aos demais peelings: 
 
 
 
QUADRO 11 - VANTAGENS DO PEELING DE ÁCIDO TRICLOROACÉTICO 
Não apresenta toxidade sistêmica conhecida 
Não apresenta relatos de reação alérgica grave 
Não requer neutralização antes do seu uso 
Pode ser usado associado a outras substâncias 
Não exige que sua aplicação seja feita em centro cirúrgico 
Quando utilizado em pequenas áreas e em baixa concentração, pode ser usado 
como tratamento em gestantes 
Pode ser usado como tratamento em peles morenas 
Não requer muito tempo para recuperação, como em peelings profundos 
Sua aplicação é rápida 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 120 
 
17.7.1 Indicações e contraindicações 
 
 
 São indicações ao uso do peeling de TCA: 
 
 Rejuvenescimento da pele da face de três a cinco anos; 
 
 Remoção de rugas finas, mas não remove rugas profundas; 
 
 Remoção de manchas superficiais, mas não remove manchas profundas; 
 
 Remoção de cicatrizes leves decorrentes da acne; 
 
 Remoção de sardas e manchas de sol; 
 
 Amenização de olheiras; 
 
 Desobstrução de poros e fechamento de poros dilatados. 
 
 
 São contraindicações ao uso do peeling de TCA: 
 
 
 Peles com tendência a queloide; 
 
 Pacientes que usaram isotretinoína nos últimos doze meses; 
 
 Processos inflamatórios locais; 
 
 Peles com infecções locais como herpes; 
 
 Peles tatuadas ou bronzeadas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 121 
 
17.7.2 Concentrações 
 
 
Para peeling médio, a concentração ideal varia entre 20-35%. 
 
 
17.8 SOLUÇÃO DE JESSNER 
 
 
A solução de Jessner é um peeling químico superficial, composto por ácido 
salicílico, ácido lático e resorcina, muito indicado para o tratamento da acne vulgar. 
As características de cada composto e suas ações queratolíticas o tornam eficaz 
para o controle da oleosidade da pele e da produção de sebo (Gomes, 2011). 
 
 
O quadro 12 resume a composição geral da solução de Jessner: 
 
 
QUADRO 12 – COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO DE JESSNER 
 
SUBSTÂNCIA 
 
PROPRIEDADES 
 
CONCENTRAÇÃO 
 
Ácido salicílico Queratolítico, bactericida e fungicida 14% 
Ácido lático Queratolítico 14% 
Resorcina Queratolítico, antisséptico, 
antisseborreico e antipruriginoso 
14% 
FONTE: adaptado de GOMES, RK. Tratamento da acne vulgar com solução de Jessner. Disponível 
em: <http://www.revistapersonalite.com.br/mat_dest_acnevulgar66.php>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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 122 
A solução de Jessner não deve ser aplicada diretamente sobre o tecido 
lesionado, devendo o atendimento ser iniciado após algumas sessões de limpezas 
de pele prévias. Sua aplicação deve obedecer a um protocolo cauteloso, realizado 
em pequenas regiões e neutralizado antes de ser aplicado em outra região. A 
neutralização é realizada por meio de uma substância alcalina (bicarbonato de cálcio 
ou sódio e hidróxido de magnésio). O momento certo de neutralizar é determinado 
pela observação de reações como hiperemia local e frost. 
A solução de Jessner e o neutralizante deverão ser aplicados com pincéis do 
tipo leque, iniciando pela testa, seguindo para queixo, lateral direita ou esquerda e 
por último nariz, sendo cada região neutralizada antes da próxima aplicação. O 
tratamento será realizado por meio de aplicações quinzenais e poderá ser 
interrompido caso seja necessário proceder à limpeza de pele, retornando após dez 
ou quinze dias. 
 
 
17.8.1 Indicações e contraindicações 
 
 
A principal indicação é o tratamento da acne e o controle da oleosidade 
facial por seu efeito antisseborreico. A ação bactericida do ácido salicílico também é 
útil para o controle da infecção local decorrente da contaminação acneica. 
Seu uso é contraindicado em gestantes, ou mulheres em fase de 
amamentação, em peles escoriadas, infeccionadas. Não deve ser aplicado em 
indivíduos sensíveis ao ácido salicílico. 
 
 
17.8.2 Concentrações 
 
 
Como já vimos, a solução de Jessner utiliza uma associação de ácidos a 
14% (salicílico, lático e resorcina). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 123 
17.9 PEELING DE FENOL 
 
 
O fenol é uma substância líquida e oleosa derivada do carvão mineral que foi 
desenvolvida inicialmente para assepsia de ferimentos. Com o tempo, observou-se 
que a ferida tratada com fenol tinha sua aparência rejuvenescida além de ter a 
infecção amenizada. A partir daí passou-se a usar o fenol para a realização de 
peelings químicos. O primeiro trabalho com o peeling de fenol data de 1903, quando 
o dermatologista americano George Mackee utilizou-se da substância para tratar 
cicatrizes de acne (Zamarian, 2011). 
No início da década de 60, Thomas Baker propôs uma metodologia para o 
uso do peeling de fenol de forma sistemática e segura. Desde então médicos e 
estudiosos do mundo inteiro, que se interessaram pelo procedimento, tentam 
aperfeiçoar a técnica do peeling de fenol de Baker (Zamarian, 2011). 
 
Por ser uma substância ácida, o fenol penetra e corrói a pele, até atingir a 
camada basal da epiderme, destruindo-a parcialmente. Em seguida, o peeling de 
fenol atinge a derme papilar e agride a irrigação local. Neste ponto em que o peeling 
de fenol para de agir, pois os vasos agredidos liberam substâncias que neutralizam 
sua ação. É por isso que o peeling de fenol é considerado um peeling autolimitante e 
de uso seguro (Zamarian, 2011). 
O peeling de fenol alcança resultados muito satisfatórios sendo capaz de 
remoçar uma face em até 20 anos sem cirurgia, removendo manchas resistentes e 
rugas profundas. A aplicação se dá em centro cirúrgico, tendo seu tempo de duração 
aproximado em uma hora, por exigir mais cuidados. É indolor, devido à sedação 
hospitalar. Logo após o procedimento a pele permanece um pouco vermelha e 
inchada. Cristas se formam e caem em até sete dias (FIGURAS 51 e 52) (Zamarian, 
2011). 
 
 
 
 
 
 
 
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 124 
 
FIGURA 51 – FACE APÓS SETE DIAS DE APLICAÇÃO DE PEELING DE FENOL 
 
FONTE: IZAC, JD. Peeling químico. Disponível em: 
<http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal67/beleza_rosto.aspx>. Acesso em: 10 dez. 
2011. 
 
 
 
FIGURA 52 – SEQUÊNCIA DE RECUPERAÇÃO APÓS APLICAÇÃO DE PEELING 
DE FENOL 
 
FONTE: VELASCO, MVR et al. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling 
de fenol. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962004000100011&lng=en&nrm=iso>.Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
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 125 
 
 
17.9.2 Indicações e contraindicações 
 
 
São indicações para o uso do peeling de fenol (Zamarian, 2011): 
 
 
 Rejuvenescimento facial intenso; 
 
 Clareamento da pele; 
 
 Rugas profundas; 
 
 Sardas; 
 
 Melasmas; 
 
 Manchas causadas pelo sol; 
 
 Sequelas de acne; 
 
 Cicatrizes; 
 
 Queratoses solares e seborreicas. 
 
 
São contraindicações para o uso do peeling de fenol (Zamarian, 2011): 
 
 
 Peles negras; 
 
 Peles bronzeadas; 
 
 
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 126 
 
 Peles com tendência a queloide; 
 
 Gestantes; 
 
 Pacientes que usaram isotretinoína nos últimos doze meses; 
 
 Existência de doença cardíaca, renal e hepática. 
 
 
17.9.3 Concentrações 
 
 
A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o fenol é a de Baker-
Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que varia de 45 a 55% 
(FIGURA 53) (VELASCO et al, 2011). 
 
 
FIGURA 53 – COMPONENTES PARA O PEELING DE FENOL 
 
FONTE: VELASCO, MVR et al . Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling 
de fenol. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962004000100011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
O quadro 13 resume as principais características dos ativos mais usados em 
peelings químicos. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 127 
QUADRO 13 – RESUMO: ATIVOS PARA PEELING QUÍMICOS E SUAS AÇÕES 
TIPO DE ÁCIDO AÇÃO 
Glicólico Despigmentante, hidratante e queratolítico 
Mandélico Renovador celular e clareador 
Hialurônico Hidratante, regenerador e restaurador dos tecidos 
Salicílico Queratolítico e antifúngico 
Azeláico Antiacneico e despigmentante 
Retinoico Queratolítico e esfoliante 
Tricloroacético Cáustico e vesicante 
Solução de Jessner Queratolíco, bactericida e fungicida 
Fenol Cauterizante 
 
 
18 PROCEDIMENTOS PRÉ-PEELING 
 
 São procedimentos necessários antes da realização dos peelings: 
 
 
 Para controle de resultados, fazer fotografias de boa qualidade da face 
do paciente em três ângulos (frente e perfis); 
 
 Avaliação completa da face do cliente para adequar o tipo de peeling; 
 
 Informações e instruções criteriosas em relação ao procedimento ao 
qual o paciente será submetido; 
 
 O preparo prévio da pele de duas a três semanas antes do procedimento 
pode ser benéfico e necessário, a critério da avaliação do profissional. 
Podem ser utilizados: 
 
 
 Ácido retinoico (afina o estrato córneo, uniformiza a descamação, 
acelera a reepitelização); 
 
 
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 128 
 
 AHAs (mesmos efeitos do ácido retinoico); 
 
 Filtros solares e despigmentantes (reduz o risco de hiperpigmentação); 
 
 Zinco (estimula diretamente a reepitelização); 
 
 Corticoide (interfere no processo inflamatório); 
 
 Estrogênios e contraceptivos (↑ hiperpigmentação pós); 
 
 Enfatizar a necessidade do esquema de manutenção e testar alergias. 
 
 Precauções: 
 
 Verificar o rótulo do produto a ser usado; 
 
 Observar a procedência e a qualidade dos produtos; 
 
 Nunca passar o frasco aberto ou o aplicador sobre a face do paciente; 
 
 Manter a cabeceira da maca levemente elevada (45 graus); 
 
 Ter sempre a mão um frasco com água limpa ou SF; 
 
 Observar o lacrimejamento; 
 
 Antes de aplicar o agente esfoliante, perguntar se fez depilação recente 
em face, cirurgias de face e pescoço recente ou usou isotretinoina nos 
últimos meses; 
 
 Hx prévia de herpes simples, se realização de peeling médio ou 
profundo, iniciar terapêutica específica um dia antes do procedimento; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 129 
 Todos os pacientes submetidos a qualquer tipo de peeling devem 
mudar sua filosofia em relação à exposição solar. 
 
 
19 PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DOS PEELINGS SUPERFICIAIS 
 
 
19.1 Materiais 
 
 Recipiente de vidro para colocar o agente 
 
 Agente químico com rótulo e validade 
 
 Solução neutralizante 
 
 Luvas de procedimento 
 
 Gase e algodão 
 
 Aplicadores (pincel, cotonete, espátula) 
 
 Recipiente com água 
 
 Solução para limpeza da pele 
 
 Desengordurante 
 
 Ventilador ou abanador 
 
 Creme ou gel pós-peeling 
 
 
 
 
 
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 130 
 
19.2 PROTOCOLO DE APLICAÇÃO 
 
 Limpeza com água e sabão 
 
 Desengordurar 
 Álcool a 70% e acetona a 3% 
 Licor de Hoffman com álcool a 70% e éter a 30% 
 
 Aplicação de vaselina sólida (canto das pálpebras, narinas e no canto dos 
lábios) 
 
 Aplicação do peeling nas áreas anatômicas 
 Tratar sequencialmente: Frontal → malares → perioral → pálpebras 
 Pálpebras devem ser tratadas delicadamente 
 
 Cabeceira elevada em 30 graus e olhos fechados 
 
 
FIGURA 54 – APLICAÇÃO DE PEELING SUPERFICIAL 
 
FONTE: TRATAMIENTOS DE BELLEZA. Ácidos para peeling químico. Disponível em: 
<http://www.tratamientosbelleza.com.ar/tratamientos-de-belleza/tipos-de-acidos-para-peelings-
quimicos/>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 131 
 
 Atentar para a formação de Frosting e seu nível: 
 
 Nível I: eritema e frost delicado, rendilhado; 
 
 Nível II: aspecto branco uniforme, mas que permite ver a área tratada; 
 
 Nível III: aspecto branco compacto que não permite ver o fundo tratado. 
 
 O ambiente deve ser bem iluminado e com luz fria para evitar sombras na 
pele dificultando a visualização das reações da pele. 
 
 Pode-se utilizar sabonete de ácido glicólico a 10% para remover as barreiras 
da pele que dificultam a penetração dos ativos. 
 
 Alguns dias antes do procedimento é interessante que o paciente tenha se 
submetido a uma limpeza de pele completa com extração de comedões. 
 
 O ácido pode ser aplicado com pincel em forma de leque, gase ou cotonete. 
O tempo de permanência na pele e o modo de remoção do ácido variam para 
cada tipo de produto. 
 
 
20 PROCEDIMENTOS E CUIDADOS PÓS-PEELING SUPERFICIAL 
 
 Orientações gerais: 
 
 
 Evitar ao máximo a luz solar; 
 
 Pessoas que usam óculos, devem ter muito cuidado para não causar 
ferida pela esfoliação que a haste pode causar; 
 
 
 
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 132 
 Não ficar em contato com fogo no primeiro dia do peeling; 
 
 Não usar produtos que contenham álcool; 
 
 Manter a pele hidratada para minimizar sensação de repuxamento; 
 
 Limpeza diária manhã e noite com sabonete líquido suave; 
 
 Aplicação do hidratante à noite; 
 
 Aplicação de filtro solar com FPS alto no mínimo duas vezes ao dia; 
 
 Não remover crostas; 
 
 Não utilizar/esfregar toalhas ou buchas 
 
 Caso se faça um novo peeling sem que a pele esteja totalmente 
reepitelizada, o risco de complicações será maior. 
 
 A frequência dos peelings se baseia na profundidade: 
 
– Muito superficiais: até 1X/semana; 
 
– Superficiais: entre 2 a 6 semanas; 
 
– Média profundidade: entre 3 a 6 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 133 
 
21 PRECAUÇÕES E COMPLICAÇÕES DOS PEELINGS QUÍMICOS 
 
 
Os peelings químicos, como a maioria dos procedimentos estéticos 
rejuvenescedores, estão sujeitos a complicações. Essas complicações tendem a 
aumentar conforme a profundidade do peeling aumenta. Assim, quanto mais 
profundo o peeling, maiores são os riscos a que o paciente está sujeito. 
 
 
As principais complicações são: 
 
 Eritemas: não são considerados complicações, pois ocorrem em 
praticamente todos os peelings químicos como uma reação natural e transitória 
decorrente da vasodilatação e do afinamento da pele. Quando se torna prolongado 
(dois a quatro meses após o procedimento) pode ser tratado com creme à base de 
hidrocortisona a 2,5%. 
 
 Hiperpigmentações: complicação decorrente do processo inflamatório 
causado pela agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com 
pele morena. Essa complicaçãodeve ser tratada com clareadores e filtro solar. 
 
 Hipopigmentações: são raras, ocorrendo com mais frequência em 
peelings agressivos como o de fenol, pela toxicidade do produto ao melanócito. A 
perda de pigmentação da pele varia de acordo com o paciente e seu tipo de pele. 
 
 Cicatrizes: só ocorrem em peelings médios ou profundos, podendo ser 
permanente, sendo mais comum em regiões como lábios, pálpebras e mandíbula. 
 
 Infecções: principalmente por micro-organismos, como Staphylococcus 
sp, Streptococcus sp e Pseudomonas aeruginosa. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 134 
 
 
 
22 RESULTADOS DE PEELINGS QUÍMICOS 
 
 
FIGURA 55 – PEELING DE FENOL 
 
 
FONTE: GIULIANA. Peeling de fenol. Disponível em: 
<http://www.mulhersofre.com.br/2011/07/peeling-de-fenol-voce-sabe-o-que-e/>. Acesso em: 10 dez. 
2011. 
 
 
 
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 135 
 
FIGURA 56 – PEELING DE ÁCIDO SALICILICO 
 
 
 
 
FONTE: SC. Peeling: fotos antes e depois. Disponível em: 
<http://peelingfotosdepois.blogspot.com/2009/08/peeling-de-acido-salicilico.html>. Acesso em: 10 
dez. 2012. 
 
 
 
 
 
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 136 
 
 
FIGURA 57 – PEELING DE ÁCIDO RETINOICO 
 
FONTE: PLASTICAS. Peeling de ácido retinoico. Disponível em: 
<http://www.plasticas.com.br/dermato/index.php?option=com_content&view=article&id=63:-peeling-
de-acido-retinoico-&catid=5:tratamentos-faciais&Itemid=13>. Acesso em: 5 nov. 2011. 
 
 
 
 
FIGURA 58 – PEELING DE ÁCIDO GLICÓLICO 
 
FONTE: SHARIFF, A. Glicolico peeling. Disponível em: <http://www.aamna-
shariff.com/gallery/glicolico-peeling&page=3>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 137 
 
 
Aqui concluímos o terceiro módulo do nosso curso de peelings faciais. Neste 
módulo abordamos os peelings químicos, seus principais conceitos, indicações, 
contraindicações, protocolos de aplicação e conhecemos os principais ativos 
utilizados neste tipo de tratamento. 
No próximo módulo iremos abordar os peelings físicos: dermoabrasão, 
microdermoabrasão, peeling ultrassônico e peeling a laser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO III 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 139 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 140 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PEELINGS FACIAIS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 141 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao IV módulo do curso de PEELINGS FACIAIS. Neste 
módulo abordaremos os diversos tipos de peelings físicos: dermoabrasão, 
microdermoabrasão, peeling ultrassônico e peeling a laser. Indicações, 
contraindicações e características de cada tipo de equipamento. 
 
 
23 PEELINGS FÍSICOS: CONCEITOS GERAIS 
 
 
O peeling físico é um procedimento esfoliativo realizado por meio de um 
lixamento manual ou de equipamentos dermoabrasores para promover a renovação 
das camadas da pele. O laser e o peeling ultrassônico também podem ser usados 
como peeling físico. Para a realização de peelings físicos muito superficiais podem 
ser usadas substâncias abrasivas veiculadas em cremes, gel ou loções. 
 
 
24 TIPOS DE PEELINGS FÍSICOS 
 
 
24.1 DERMOABRASÃO 
 
 
Técnica precursora da microdermoabrasão. Foi descrita em 1988 e é 
considerado um método mecânico agressivo e invasivo. Existe uma lixa acoplada a 
um torno que compõe uma máquina que gira em alta velocidade e elimina toda a 
epiderme e a derme papilar, expondo a derme reticular e propiciando o surgimento 
de uma nova camada de tecido epitelial (FIGURA 59). O tratamento é realizado 
exclusivamente por médicos, em ambiente hospitalar e sob anestesia. 
 
 
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 142 
 
FIGURA 59 - DERMOABRASOR 
 
FONTE: BEAUTY. Dermoabrasor. Disponível em <http://beautyequipment-
china.com/pt/productpic/pb_yc01311753977.jpg>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
Os pacientes que se submetem a essa técnica devem permanecer em casa 
por cerca de um mês até que a crosta formada se desprenda (FIGURA 60). A “nova” 
pele fica inicialmente extremamente sensível e fina, não sendo permitida a 
exposição solar. Essa técnica não é recomendada para pacientes com pele negra 
pela alta probabilidade de surgirem manchas pigmentares após o lixamento. 
A dermoabrasão proporciona um peeling profundo e deve ser realizada em 
casos de cicatrizes de acne, rugas faciais de profundidade, sendo reservada para 
casos mais severos. Por ser um procedimento cirúrgico invasivo, essa técnica 
implica em alguns riscos e complicações. Em decorrência disso foram desenvolvidas 
as técnicas de microdermoabrasão, que podem ser realizadas por outros 
profissionais da área de saúde capacitados para tal. 
 
 
 
 
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 143 
 
 
FIGURA 60 – DERMOABRASÃO (APÓS DOIS DIAS DE PROCEDIMENTO) 
 
FONTE: DERMOBLOG. Dermoabrasão. Disponível em: 
<http://dermoblog.wordpress.com/2010/09/04/dermoabrasao-relatos-antes-da-cirurgia-e-os-dois-
primeiros-dias/>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
24.2 MICRODERMOABRASÃO 
 
 
A microdermoabrasão é uma técnica de ação mais superficial atingindo 
apenas as camadas da epiderme. A microdermoabrasão é uma técnica de 
esfoliação não cirúrgica, não invasiva e passível de controle. Os principais 
representantes da microdermoabrasão são os peelings de cristal e diamante. 
Neste tipo de peeling superficial, após o procedimento, a pele fica 
avermelhada e edemaciada e normalmente não ocorre à formação de crostas. 
Usualmente são necessárias várias sessões de tratamento e os resultados são 
equivalentes aos dos peelings químicos superficiais. O intervalo entre as aplicações 
varia de acordo com a profundidade atingida. Quando o procedimento atinge apenas 
as camadas mais superficiais da epiderme pode ser repetido a cada sete ou quinze 
dias. Quando atingem as camadas mais profundas da epiderme o intervalo deve ser 
maior (aproximadamente 30 dias). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 144 
 
 
24.2.1 Indicações e contraindicações 
 
 
 As principais indicações para a microdermoabrasão são: 
 
 
 Atenuação das rugas superficiais; 
 
 Clareamento da epiderme; 
 
 Foliculite; 
 
 Atenuação e prevenção de estrias; 
 
 Discromias; 
 
 Queratoses; 
 
 Sequelas de acne e poros dilatados; 
 
 Microcomedões e irregularidades cutâneas; 
 
 Peles seborreicas; 
 
 Pré-tratamento de laser, peelings e cirurgias estéticas; 
 
 Preparo para aplicação de princípios ativos; 
 
 Cicatrizes inestéticas queloideanas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 145 
 
 
As principais contraindicações para a microdermoabrasão são: 
 
 
 Processos inflamatórios cutâneos; 
 
 Pacientes com distúrbios de cicatrização; 
 
 Gestantes; 
 
 Diabetes descompensada; 
 
 Distúrbios de coagulação; 
 
 Acne ativo; 
 
 Eczemas/dermatites/lesões de psoríase; 
 
 Câncer de pele; 
 
 Lesões virais como herpes ativo; 
 
 Lesões vasculares; 
 
 Uso de anticoagulantes; 
 
 Tatuagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 146 
 
 
24.2.2 Efeitos da microdermoabrasão 
 
 Melhoria da qualidade da pele; 
 
 Afinamento da camada epitelial; 
 
 Regeneração celular; 
 
 Aumento da produção de colágeno, elastina e reticulina; 
 
 Ativação da microcirculação; 
 
 Estímulo da renovação celular. 
 
 
O quadro 14 resume as reações da pele de acordo como nível de 
profundidade que podemos atingir com a microdermoabrasão. 
 
 
QUADRO 14 – NÍVEIS DE PROFUNDIDADE E REAÇÃO INFLAMATÓRIA 
NÍVEIS PROFUNDIDADE REAÇÃO 
Camada córnea Sem compressor 
Movimentos rápidos 
Eritema (2 - 4h) 
Epiderme Com compressor 
Movimentos rápidos 
Eritema (24 - 36h) 
Edema discreto 
Junção 
dermoepidérmica 
Com compressor, movimentos 
lentos e repetitivos, leve 
sangramento 
Erosão 
Sangramento puntiforme 
Crosta fina 3-5 dias 
Eritema tardio até 20 dias 
FONTE: adaptada de Kede e Sabatovich, 2004. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 147 
 
 
O quadro 15 resume a quantidade de sessões previstas para algumas 
disfunções estéticas: 
 
 
QUADRO 15 – PREVISÃO DO NÚMERO DE SESSÕES E PROFUNDIDADE DOS 
PEELINGS 
DISFUNÇÃO NÚMERO DE SESSÕES PREVISTAS 
Rugas faciais 8 a 10 sessões 
Cicatrizes de acne 15 a 20 sessões 
Discromias 5 a 7 sessões + terapia tópica 
Clareamento da pele 5 a 7 sessões 
Preparo para ressurfacing a laser 3 sessões 
Preparo para lifting facial 2 sessões 
Cicatrizes superficiais 5 a 7 sessões 
Poros dilatados 5 a 7 sessões + terapia tópica 
Cicatrizes atróficas 5 a 7 sessões + terapia tópica 
Estrias superficiais 25 a 30 sessões + terapia tópica 
FONTE: adaptada de Kede e Sabatovich, 2004. 
 
 
A microdermoabrasão possui algumas vantagens em relação aos outros 
tipos de peelings como os químicos, por exemplo. Nos outros métodos, a esfoliação 
acontece dias depois, sem o devido acompanhamento pelo profissional. Existe risco 
de manchas, queimaduras e sensação desagradável. Na microdermoabrasão, esse 
controle é mais preciso, pois ao interromper-se a projeção de cristais, a esfoliação 
cessa imediatamente. 
 
 
 
 
 
 
 
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 148 
 
 
24.2.3 Peeling de Cristal 
 
 
O peeling de cristal é um equipamento mecânico gerador de pressão 
negativa e positiva simultânea em que são utilizados microgrânulos de óxido de 
alumínio, quimicamente inertes, jateados pela pressão positiva sobre a superfície da 
pele em uma velocidade controlada, provocando erosão nas camadas da epiderme 
sendo ao mesmo tempo sugados pela pressão negativa (são sugados os cristais e 
os resíduos de pele). Os aparelhos de microdermoabrasão possuem um botão de 
ajuste que permite exercer maior ou menor pressão no jateamento dos cristais 
(FIGURA 61). 
 
 
FIGURA 61 – EQUIPAMENTO DE PEELING DE CRISTAL 
 
FONTE: FISIO ESTETICA. Dermotonus Esthetic. Disponível em: 
<http://www.fisioeestetica.com.br/dermotonus-esthetic-peeling-de-cristal-e-diamante.html>. Acesso 
em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
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 149 
A técnica de microdermoabrasão é realizada por meio do jateamento de 
cristais de óxido de alumínio por manobras com uma caneta especial sobre a 
superfície da pele. Esta caneta está conectada a dois tubos (mangueiras). Um tubo 
(mangueira de cor azul) está ligado ao depósito de cristais de óxido de alumínio. O 
outro tubo (mangueira cinza) está ligado a uma bomba de vácuo. Esta caneta 
projeta os cristais de óxido de alumínio sobre a pele e aspira ao mesmo tempo os 
cristais projetados e fragmentos da pele. 
 
Existem três tipos de canetas aplicadoras: 
 
 
 Caneta aplicadora tipo A (dupla): Faz uma varredura completa e 
uniforme da superfície da pele. Utilizada principalmente na face (FIGURA 62). 
 
 
FIGURA 62 – CANETA APLICADORA TIPO A 
 
FONTE: FISIO ESTETICA. Dermotonus Esthetic. Disponível em: 
<http://www.fisioeestetica.com.br/dermotonus-esthetic-peeling-de-cristal-e-diamante.html>. Acesso 
em: 10 dez. 2011. 
 
 
 Caneta aplicadora tipo U (arco): abrasão localizada, indicada para o uso 
em cicatrizes (FIGURA 63). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 150 
 
 
FIGURA 63 – CANETA APLICADORA TIPO U 
 
FONTE: FISIO ESTETICA. Dermotonus Esthetic. Disponível em: 
<http://www.fisioeestetica.com.br/dermotonus-esthetic-peeling-de-cristal-e-diamante.html>. Acesso 
em: 10 dez. 2011. 
 
 
 Caneta aplicadora redonda: permite um maior poder de abrasão, com 
utilização em estrias largas e cicatriz de acne (FIGURA 64) 
 
 
FIGURA 64 – CANETA APLICADORA REDONDA 
 
FONTE: FISIO ESTETICA. Dermotonus Esthetic. Disponível em: 
<http://www.fisioeestetica.com.br/dermotonus-esthetic-peeling-de-cristal-e-diamante.html>. Acesso 
em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 
 
 
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 151 
A intensidade de projeção dos cristais é proporcional à intensidade de vácuo 
produzido pelo equipamento. A aspiração impede a dispersão de cristais para áreas 
vizinhas. Os efeitos regenerativos são semelhantes a outras técnicas abrasivas, ou 
seja, remoção de fina camada da pele (células mortas) com aumento da oxigenação 
e colágeno. É normal o fenômeno de hiperemia no local da aplicação. 
A técnica é ambulatorial, não dolorosa e de rápida execução. Cada sessão 
dura entre 25 minutos. O procedimento não requer anestesia local ou sedação do 
paciente, uma vez que, quando superficial, não é doloroso. Os cristais são jateados 
sobre toda a superfície da pele e ao mesmo tempo aspirados pela bomba do 
equipamento (FIGURA 65). 
 
FIGURA 65 – TÉCNICA DE PEELING DE CRISTAL 
 
FONTE: SANSON, B. Peeling de cristal. Disponível em: 
<http://www.bettinasanson.com.br/procedimentos/procedimentosVer.php?id=30>. Acesso em: 10 dez. 
2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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 152 
 
O peeling de cristal pode atingir diversos níveis de esfoliação: 
 
 
 Grau I: retirada da camada córnea com a pele adquirindo um aspecto 
esbranquiçado, a princípio, seguido de um eritema leve com edema leve. 
 
 Grau II: remoção das camadas da epiderme, sem chegar à derme. A 
pele adquire um eritema e edema mais fortes. 
 
 Grau III: atinge a derme papilar. Observam-se pontos de sangue 
alcançando a junção dermoepidérmica. Há formação de crostas. 
 
 
A profundidade de ação do peeling depende de cinco fatores: 
 
 
 Tipo de aplicador; 
 
 Fluxo de cristais: quanto maior o fluxo de cristais, maior o nível de 
abrasão; 
 
 Intensidade do vácuo: quanto maior a intensidade de sucção, maior o 
nível de abrasão; 
 
 Velocidade dos movimentos: quanto mais rápido mais superficial será a 
abrasão; 
 
 Quantidade de passadas: quanto maior o número de passadas, mais 
profunda será a abrasão. 
 
 
 
 
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 153 
Para revitalização: o nível de esfoliação deve ser superficial para estimular a 
síntese de colágeno e elastina. 
 
Para manchas hipercrômicas: o nível de esfoliação deve ser superficial para 
não gerar hipocromia. 
 
 Para estrias: o nível de esfoliação deve ser a nível intermediário para que 
haja neovascularização e indução de regeneração do tecido. 
 
Para aplicar o peeling de cristal, devemos ajustar a pressão de acordo com a 
necessidade individual da pele do paciente. Normalmente a pressão dos 
equipamentos atinge até 700mmHg e a pressão ideal depende de fatores como a 
sensibilidade cutânea e tipo de pele a ser tratada (seca ou oleosa). Nas peles 
oleosas podem ser usadas pressões maiores. Indica-se iniciar com pressões 
aproximadas de 200mmHg e aumentar gradativamente. 
 
 Fazer a assepsia do local; 
 
 A pele deverá ser limpa e desengordurada; 
 
 Proteger os olhos do paciente com algodão umedecido e os ouvidos com 
touca; 
 
 Utilizar luvas de procedimento, máscara e touca de cabelos; 
 
 Realiza-se uma varredura com a caneta aplicadora; 
 
 A aplicação deve ser feita esticando-se a pele com o polegar e indicador da 
mão livre para facilitar o deslizamento da caneta aplicadora; 
 
 Após a aplicação, usar no local loção tônica sem álcool; 
 
 Aplicar loção calmante gelada ou compressa de gelo; 
 
 
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 154 
 
 Utilizar alta frequência de forma direta; 
 
 Aplicar máscara calmante e hidratante; 
 
 Os cristais de óxido de alumínio que permanecerem na área aplicada poderão 
ser removidos com pincel macio de maquiagem, com gaze umedecida ouesponja vegetal; 
 
 Os cristais de óxido de alumínio usados, que estão no reservatório de 
descarte, não deverão ser reutilizados em outra pessoa; 
 
 Número médio de sessões necessárias para se obter um melhor resultado: 
 
 Rugas: 5 a 10 sessões; 
 
 Estrias: 10 a 15 sessões; 
 
 Sequelas de acne: 10 a 15 sessões. 
 
 
24.2.4 Peeling de diamante 
 
 
O peeling de diamante é outro tipo de microdermoabrasão. É realizado por 
meio de uma manopla em forma de caneta com ponteiras diamantadas de 
granulometrias diferentes que promovem um “lixamento” suave da pele (FIGURA 
66). Trabalha apenas nas camadas mais superficiais da epiderme. 
Neste tipo de peeling só existe a pressão negativa que também pode ser 
ajustada. A pele é suavemente sugada pela manopla e o lixamento é efetuado pelo 
profissional por meio do contato da manopla com a pele. 
 
 
 
 
 
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 155 
 
 
FIGURA 66 – PONTEIRAS PARA O PEELING DE DIAMANTE 
 
FONTE: FISIO ESTETICA. Dermotonus Esthetic. Disponível em: 
<http://www.fisioeestetica.com.br/dermotonus-esthetic-peeling-de-cristal-e-diamante.html>. Acesso 
em: 10 dez. 2011. 
 
 
Existem três tipos de ponteiras de diamante (FIGURA 66): 
 
 
 75 microns (ponteira de maior diâmetro); 
 
 100 microns (ponteira intermediária); 
 
 150 microns (ponteira de menor diâmetro). 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 156 
As ponteiras de 100 e 150 microns são mais delicadas, para uma esfoliação 
mais superficial. A ponteira de 75 microns realiza uma esfoliação mais profunda. O 
nível de esfoliação dependerá do tipo de ponteira de diamante usada (quantos 
microns), da intensidade da sucção (vácuo) e do número das aplicações por área. 
Para se iniciar um tratamento sugere-se o uso da ponteira de 100 ou 150 microns 
com uma intensidade de sucção baixa, aumentando gradualmente. Sugere-se antes, 
fazer-se um teste na parte inferior do braço para um melhor ajuste do vácuo e 
deslizamento da caneta. 
 
Para aplicar o peeling de diamante devem ser seguidos os seguintes passos 
(FIGURA 67): 
 
 Fazer a assepsia do local; 
 
 Proteger os olhos com algodão umedecido e os ouvidos com touca; 
 
 Durante a aplicação, manter a pele bem esticada para que a caneta 
deslize facilmente; 
 
 O movimento deslizante poderá ser feito na horizontal, vertical, 
circulares e pontuais; 
 
 Após aplicação, usar no local loção tônica sem álcool; 
 
 Aplicar loção calmante gelada ou compressa de gelo; 
 
 Utilizar alta frequência de forma direta; 
 
 Aplicar máscara calmante e hidratante; 
 
 No pescoço: utilizar baixa sucção em movimentos do centro para lateral; 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 157 
 Nas mãos: aplicações horizontais e cruzadas; 
 
 No nariz, bochechas e lábio superior: da parte externa para interna; 
 
 Não aplicar nos lábios; 
 
 Maxilar e lábio inferior: aplicar verticalmente do lábio inferior para o 
queixo cruzando depois horizontalmente; 
 
 Região pré-orbital: deslizar suavemente a ponteira no contorno dos 
olhos sem sucção. Nunca tratar áreas dentro da cavidade do olho e 
pálpebras. 
 
 
FIGURA 67 – APLICAÇÃO DO PEELING DE DIAMANTE 
 
FONTE: SWEETEST. Peeling de diamante. Disponível em: 
<http://sweetestpersonblog.com/2011/08/25/meu-primeiro-peeling-de-diamante/>. Acesso em: 10 dez. 
2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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 158 
24.2.5 Procedimentos pré-microdermoabrasão 
 
 
 Uma semana antes, interromper a aplicação de cremes que contenham 
ácidos na formulação; 
 
 É útil a realização de limpeza de pele prévia com extração um dia antes 
da realização do peeling de diamante; 
 
 No dia da microdermoabrasão, não utilizar técnicas que utilizem 
corrente galvânica, farádica, russa, microcorrente. 
 
 
24.2.6 Procedimentos pós-microdermoabrasão 
 
 
 Indicar o uso de filtro solar com fator FPS 30; 
 
 Orientar ao paciente para que evite exposição solar 48 horas antes e 
após cada sessão; 
 
 Orientar ao paciente para que não retire casquinhas, para evitar 
cicatrizes; 
 
 Orientar ao paciente para que não use esfoliantes; 
 
 Até dez dias depois do tratamento, não depilar a região tratada, nem 
com cera nem a laser; 
 
 Não usar ácidos por 10 dias; 
 
 Não utilizar loções de limpeza com ácido salicílico. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 159 
 
24.2.7 Precauções e complicações 
 
 
A microdermoabrasão proporciona um peeling superficial, atingindo apenas 
parte da epiderme, portanto os riscos de complicações e intercorrências são baixos. 
Porém, não são inexistentes. Podem ocorrer: 
 
 Hipopigmentação; 
 
 Hiperpigmentação; 
 
 Cicatrizes; 
 
 Eritema persistente; 
 
 Infecção secundária na região esfoliada profundamente. 
 
 
Você entendeu? 
 
 
A microdermoabrasão é um tipo de peeling físico superficial que pode ser executado 
por duas técnicas: o peeling de cristal e o peeling de diamante. O peeling de cristal é 
um equipamento que gera pressões negativas e positivas simultâneas em que são 
utilizados microgrânulos de óxido de alumínio jateados pela pressão positiva sobre a 
pele, provocando erosão nas camadas da epiderme sendo ao mesmo tempo 
sugados pela pressão negativa. O peeling de diamante é realizado por uma manopla 
em forma de caneta com ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes que 
promovem um “lixamento” suave da pele. Neste tipo de peeling só existe a pressão 
negativa. A pele é suavemente sugada pela manopla e o lixamento é efetuado pelo 
profissional por meio do contato da manopla com a pele. 
 
 
 
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 160 
 
24.2.8 Resultados de microdermoabrasão 
 
 
FIGURA 68 – RESULTADOS: PEELING DE CRISTAL 
 
 
FONTE: FA&D. Peeling de cristal. Disponível em: 
<http://www.fotosantesedepois.com/2011/01/12/peeling-de-cristal/>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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 161 
 
FIGURA 69 – RESULTADOS: PEELING DE DIAMANTE 
 
 
 
 
FONTE: PRO CORPO PLÁSTICA. Manchas na pele. Disponível em: 
<http://www.procorpoplastica.com.br/blog/como-tirar-manchas-da-pele/>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 162 
 
 
 
FIGURA 70 – RESULTADOS: PEELING DE DIAMANTE 
 
FONTE: IG. Tratamentos estéticos. Disponível em: 
<http://delas.ig.com.br/beleza/pele/tratamentos+esteticos+com+ouro+diamante+e+caviar/n159705570
5245.html>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
24.3 PEELING ULTRASSÔNICO 
 
 
24.3.1 Equipamento 
 
 
O peeling ultrassônico é um sistema de higienização e regeneração cutânea. 
Não utiliza correntes elétricas exercendo seus efeitos por microagitações 
ultrassônicas. Trata-se de um peeling muito superficial, totalmente indolor e que não 
danifica as camadas da pele (FIGURA 71). 
 
 
 
 
 
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 163 
 
 
FIGURA 71 – EQUIPAMENTO PARA PEELING ULTRASSÔNICO 
 
 
FONTE: BIOSET. Peeling ultrassônico. Disponível em: <http://www.bioset.com.br/2007>. Acesso em: 
10 dez. 2011. 
 
 
Trabalha combinando uma espátula que realiza a vibração ultrassônica que 
permitem penetrar e posteriormente vaporizar o tônico desencrustante. Ocorre 
emoliência nos poros, as células mortas se desprendem e a pele fica limpa de 
oleosidade, poluição e restos cosméticos. O movimento rápido que se produz na 
ponta da espátula é que faz saltar todas as partículas sebáceas, comedões e outras 
sujeiras. A rapidez de vibração em um espaço curto de deslizamento consegue o 
efeito de emulsão das sujeiras dos poros e sua pulverização para fora (FIGURA 72). 
O profissional pode ainda inverter a posição da espátula, e realizar, desta 
forma, uma intensa massagem por percussão, facilitando a penetração de ativos 
cosméticos sem alterar o equilíbrio tônico da pele. 
 
 
 
 
 
 
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 164 
 
 
 
FIGURA 72 – APLICAÇÃO DE PEELING ULTRASSÔNICO 
 
FONTE: ELO DA VIDA. Aplicação do peeling ultrassônico. Disponívelem: 
<http://www.elodavida.com.br/personal/wp-
content/uploads/2011/08/aplicacao_peeling_ultra_sonico.jpg>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
24.3.2 Indicações e contraindicações 
 
 
São indicações para o uso do peeling ultrassônico: 
 
 
 Descamação superficial da pele; 
 
 Higiene profunda dos poros; 
 
 Oxigenação da pele preparando para os tratamentos cosméticos; 
 
 Rejuvenescimento da derme (massagem e ativação circulatória); 
 
 Penetração de cosméticos; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 165 
 
 Clareamento progressivo de manchas. 
 
 
São contraindicações para o uso do peeling ultrassônico: 
 
 
 Próteses metálicas; 
 
 Marca-passos ou qualquer outro tipo de dispositivo eletrônico 
implantado; 
 
 Gravidez; 
 
 Cardiopatias/disritmias; 
 
 Epilepsia; 
 
 Câncer; 
 
 Afecções dermatológicas; 
 
 Processos inflamatórios; 
 
 Processos infecciosos; 
 
 Feridas abertas; 
 
 Febre; 
 
 Alteração de sensibilidade. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 166 
 
24.3.3 Efeitos 
 
 
Para realizar a higienização da pele, a saída de ultrassom é mantida 
constante, realizando vibrações na espátula de aplicação, promovendo uma 
descamação da epiderme, eliminando as camadas superficiais da pele, 
proporcionando uma aceleração no processo de renovação celular. 
O mecanismo de hidratação do peeling ultrassônico consiste em um sistema 
tecnológico destinado a realizar permeação de ativos pela saída de ultrassom com 
uma onda senoidal modulada, ativando automaticamente a corrente galvânica 
potencializando o processo de hidratação dérmica. 
Essa é uma função capaz de gerar uma corrente galvânica (direta), 
unidirecional, constante e de baixa amperagem e voltagem. Possui polaridade 
distinta (polo positivo e polo negativo), e devido a este fator os elétrons se deslocam 
em um único sentido. 
Essa propriedade é denominada ionização e tem a finalidade de intensificar 
a penetração de micromoléculas contidas em cosméticos sob a forma aquosa 
através da epiderme. Os produtos cosméticos ativos são representados por íons 
previamente escolhidos por suas propriedades e colocados com os determinados 
objetivos em soluções aquosas. 
Para a revitalização da pele envelhecida podem ser utilizadas ampolas 
nutritivas ionizáveis compostas por colágeno, elastina, entre outros ativos. Nesse 
método são utilizados um eletrodo negativo e outro positivo, ambos devem ser 
colocados em contato com a pele a ser tratada. 
 
 
24.3.4 Técnica de aplicação 
 
 Protocolo para peeling ultrassônico na limpeza de pele: 
 
 
 
 
 
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 167 
 Higienizar a pele; 
 
 Borrifar loção emoliente; 
 
 Aplicar o peeling ultrassônico; 
 
 Tonificar a pele; 
 
 Realizar a limpeza de pele e a extração. 
 
 
 Protocolo para peeling ultrassônico na revitalização cutânea: 
 
 Higienizar a pele; 
 
 Aplicar o Peeling Ultrassônico; 
 
 Tonificar a pele; 
 
 Utilizar recursos para rejuvenescimento (microcorrente, galvânica); 
 
 Aplicar máscaras para rejuvenescimento. 
 
 
24.3.5 Precauções e complicações 
 
 
Por se tratar de um peeling superficial, não há complicações relatadas desde 
que se respeitem as indicações e contraindicações da técnica. 
 
 
 
 
 
 
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 168 
24.3.6 Resultados 
 
 
O peeling ultrassônico auxilia na remoção de impurezas e células mortas, 
melhorando o viço e a hidratação da pele. Aumenta a permeabilidade das 
membranas celulares, permitindo a absorção de substâncias terapêuticas e ativando 
a microcirculação local. Além desses efeitos, favorece a drenagem e a 
desintoxicação tecidual, melhora o tônus cutâneo e deixa a pele preparada para 
outros procedimentos cosméticos. 
 
 
24.4 PEELING A LASER 
 
 
O LASER (Ligth Amplification by Stimulated Emission of Radiation) é um tipo 
de luz monocromática, gerada em alta energia, que apresenta comprimentos de 
ondas específicos para tratar diversas disfunções. Entre inúmeros outros usos em 
medicina e dermatologia, o laser é indicado para o tratamento do envelhecimento 
cutâneo e das lesões pigmentadas da pele. Esse procedimento é chamado de 
resurfacing ou peeling a laser. Além de causar a renovação da epiderme o 
resurfacing estimula a formação de colágeno na derme determinando uma melhora 
estética muito importante. 
O peeling a laser não envolve cortes como na cirurgia plástica, mas também 
é traumático. É um procedimento que remove as camadas superiores da pele, 
constituindo uma agressão ao corpo humano. A reconstituição da superfície da pele 
removida demora apenas uma semana, ou pouco mais. 
 
 
24.4.1 Equipamento 
 
Existem algumas características do laser que o diferem da luz comum e que 
são importantes para as suas propriedades terapêuticas. São elas: 
 
 
 
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 169 
 
 Monocromaticidade: mesmo comprimento de onda, cor única; 
 
 Coerência: os raios caminham em sincronia no tempo e espaço; 
 
 Colimação: os raios caminham em uma única direção. 
 
 
O laser para resurfacing é um equipamento computadorizado que pode ser 
programado de acordo com as características individuais de cada paciente (FIGURA 
73). 
 
 
FIGURA 73 – EQUIPAMENTO DE LASER ND: YAG 
 
FONTE: IPLSUPPLY. ND: YAG. Disponível em: <http://www.iplsupply.com/products/3_2_b.jpg>. 
Acesso em: 10 nov. 2011. 
 
 
 
O laser pode ser aplicado de forma contínua (emitem energia constante), 
pseudocontínua (ondas que são na verdade pulsadas, porém, os pulsos são muito 
rápidos e o intervalo entre eles é muito curto) ou pulsada (emitem energia com 
pulsos e intervalos variáveis). 
Os lasers podem ser de dois tipos: ablativos e não ablativos. Os lasers 
ablativos vaporizam e destroem por fototermólise a epiderme e a derme superficial. 
O laser não ablativo atua na epiderme e/ou na derme, preservando a integridade da 
epiderme, tendo como principal objetivo a formação de um novo colágeno. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 170 
Os lasers ablativos realizam uma técnica chamada laserabrasão. O alvo 
destes lasers é a água das camadas superficiais da pele. Atuam não só a este nível, 
mas também a um nível cutâneo mais profundo, pois a lesão térmica variável 
resultante da sua utilização induz a retração e remodelação do colágeno e de fibras 
e elásticas. 
 
Os lasers usados para este efeito são: 
 
 
 Laser de CO2: este laser tem indicação no fotoenvelhecimento intenso, 
pois melhora muito a elastose, rugas, discromias e cicatrizes. Ocorre 
destruição da epiderme. Após o tratamento ocorre um intenso eritema e 
edema, sendo necessário o uso de pomadas cicatrizantes ou curativos 
semioclusivos. As complicações são eritema persistente, discromia, 
herpes simples, cicatrizes hipertróficas, infecção e ectrópio. 
 
 
 Laser de Erbium:YAG: a ablação do laser de Erbium é mais fina e o dano 
térmico é menor que o laser de CO2. No pós laser imediato o paciente 
fica com eritema e edema, em seguida a pele fica com aspecto dourado 
que logo descama, esta recuperação dura em média 1 a 2 semanas, até 
que ocorra a completa re-epitelização de toda a área tratada, depois 
forma crosta que não deve ser retirada. Este laser é eficaz e seguro para 
fotoenvelhecimento intenso e para o tratamento de cicatrizes de acne. 
 
 Os lasers não ablativos emitem feixes de energia que atingem a pele de 
forma fracionada, puntiforme, promovendo um dano térmico pontual, chamada zona 
microtermal, permitindo que o tecido adjacente, não atingido pelo laser, promova 
uma rápida recuperação das áreas tratadas. Indicado para fotoenvelhecimento, 
cicatriz de acne e lesões pigmentadas. 
 O feixe de laser é separado em vários microfeixes, como se fosse um 
chuveiro e permite deixar partes de pele sã entre as áreas de pele tratadas o que 
facilita a reepitelização dessas áreas. Os aparelhos permitem variar a profundidade 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 171 
do feixelaser de acordo com a potência, a duração de pulso, a distância entre um 
ponto e outro e o diâmetro dos pontos. O tempo de recuperação pós-operatória é 
muito inferior ao da laserabrasão clássica. 
 A fase aguda de lesão térmica dura até 72 horas, a fase proliferativa, em que 
há recrutamento de fibroblastos 30 dias e a fase de remodelação aproximadamente 
15 dias. O eritema dura aproximadamente uma semana em contraponto com os 2 a 
3 meses da laserabrasão convencional. Podem fazer-se até cinco sessões com pelo 
menos 45 dias de intervalo. É utilizado no rejuvenescimento cutâneo e no tratamento 
de cicatrizes de acne. 
 
 
24.4.2 Indicações e contraindicações 
 
 
São indicações para o uso do resurfacing a laser: 
 
 
 Fotorrejuvenescimento; 
 
 Clareamento da epiderme; 
 
 Cicatrizes de acne; 
 
 Alterações pigmentares (lentigos, manchas, hipercromias). 
 
São contraindicações para o uso do resurfacing a laser: 
 
 
 Gravidez; 
 
 Herpes simples; 
 
 Lesões suspeitas de malignidade na pele; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 172 
 
 Drogas sensibilizantes; 
 
 Nevos melanocíticos (grande possibilidade de malignização); 
 
 Vitiligo (possibilidade de fenômeno de Köebner); 
 
 Uso de drogas fotossensibilizantes; 
 
 Expectativa irreal; 
 
 Urticária ao calor. 
 
 
24.4.3 Efeitos 
 
 
 A ação do laser acontece pela agressão que a lesão vascular dérmica 
recebe, induzindo a liberação de mediadores que estimulam o fibroblasto a 
aumentar a sua produção de colágeno. O sucesso está na remoção da quantidade 
de pele suficiente para eliminar a imperfeição, sem lesar muito a epiderme para que 
possa se autorregenerar novamente. 
 
 
 São efeitos do laser: 
 
 Estimulo a liberação mediadores químicos (histaminas, serotoninas); 
 
 Estimulo às reações enzimáticas das células; 
 
 Equilíbrio da atividade funcional celular; 
 
 Aumento da quantidade de ATP produzido na célula; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 173 
 
 Estímulo da fisiologia celular (equilibrando desigualdades); 
 
 Estimulo os fibroblastos (formação de colágeno e elastina). 
 
 
24.4.4 Técnica de aplicação 
 
 Higienizar a pele; 
 
 Utilizar óculos de proteção para o paciente e para a equipe de 
profissionais de acordo com a frequência do equipamento; 
 
 A sensação no momento da aplicação é aquecimento transitório. 
Dependendo da sensibilidade, os pacientes podem sentir um grau um 
pouco maior ou menor de desconforto, porém sempre tolerável; 
 
 Logo após a sessão, o local tratado pode apresentar-se avermelhado e 
com sensação de queimadura (FIGURA 74); 
 
 Após a sessão, aplicar compressas geladas sobre as áreas tratadas; 
 
 Após a crioterapia, pode-se aplicar um creme a base de corticoide tópico 
para diminuir a resposta inflamatória; 
 
 Peles com pigmentação pós-inflamatória ou fototipos IV e V podem ser 
submetidas a tratamento com clareadores (hidroquinona 2% a 4%) por 4 
a 6 semanas antes do tratamento; 
 
 O paciente deve abster-se de sol por 2 a 3 semanas após a aplicação; 
 
 Recomenda-se o uso de bloqueador solar com FPS alto ou proteção 
física (que deve ser repassado a cada quatro horas) nas áreas tratadas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 174 
por alguns meses antes do procedimento, durante as sessões e até seis 
meses depois de terminado o tratamento. 
 
 
FIGURA 74 – FACE APÓS APLICAÇÃO DO LASER 
 
FONTE: FROM DOCTOR. Resurfacing. Disponível em: 
<http://fromyourdoctor.com/topic.do?title=Laser+Resurfacing&t=2130>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
 
 
24.4.5 Precauções e complicações 
 
 
 As complicações do peeling a laser são: 
 
 
 Queimadura superficial; 
 
 Edema temporário; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 175 
 Púrpura focal; 
 
 Cicatriz; 
 
 Hipocromia transitória ou definitiva; 
 
 Hipercromia transitória ou definitiva; 
 
 Atrofias de pele; 
 
 Epilação transitória quando há pelos no local a ser tratado. 
 
 
 
24.4.6 Resultados 
 
 
FIGURA 75 – RESULTADO DO LASER 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 176 
 
FONTE: LASER REMOVAL. Resurfacing. Disponível em: 
<http://www.laserremovalideas.com/2011/06/16/laser-resurfacing/>. Acesso em: 10 dez. 2011. 
 
Aqui concluímos o nosso curso de peelings faciais. Fizemos uma detalhada 
exposição de todos os componentes da pele da face envolvidos nos peelings e das 
principais disfunções que podem ser tratadas com esse recurso, tão procurado na 
prática clínica. Estudamos sobre a importância da avaliação prévia da face para a 
realização dos peelings e seus componentes. 
Vimos a fundo os detalhamentos das duas principais espécies de peelings 
faciais: os peelings químicos e os peelings físicos com seus subcomponentes. 
Obviamente esse material não esgota o assunto, mas traça um bom perfil sobre o 
tema e o encoraja a aprofundar-se de forma prática no conteúdo. 
Com certeza trata-se de um excelente ramo para o mercado atual de 
trabalho, ávido por recursos para o controle dos sinais do envelhecimento. E ainda 
com vantagens a se considerar: procedimentos rápidos, de baixo risco e de baixo 
custo. Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
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 177 
 
GLOSSÁRIO 
 
Acne: afecção crônica inflamatória dos folículos pilossebáceos, que é o conjunto do 
pelo e da glândula sebácea, originado pela invaginação da epiderme e localizado na 
derme. 
 
Albinismo: doença de natureza genética em que ocorre uma falha na produção do 
pigmento melanina. 
 
Alergia: resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao 
organismo. 
 
Angioma: tumor circunscrito formado por uma aglomeração de vasos sanguíneos 
(hemangioma) ou linfáticos (linfangioma). 
 
Anticoagulantes: fármacos usados para prevenir a formação de trombos 
sanguíneos. 
 
Asma: patologia caracterizada pela obstrução das vias respiratórias caracterizada 
por hiperirritabilidade e inflamação das mesmas. 
 
Avascular: relativo ao que não possui tecido de vascularização. 
 
Baço: maior órgão linfático do corpo. Armazena corpúsculos de sangue e os libera 
na circulação se forem necessários. Remove células sanguíneas velhas e gastas. 
 
Bactérias: organismos microscópicos unicelulares que podem ser benéficos ou 
maléficos ao organismo humano. 
 
Bolhas: elevações circunscritas da pele no mínimo com 5 mm de diâmetro. 
 
Bulbo piloso: dilatação terminal do folículo piloso. 
 
 
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 178 
 
Câncer de pele: crescimento desordenado de células na pele, que pode ter várias 
causas, sendo um dos principais longos períodos de exposição solar. 
 
Ceratoses: lesões que surgem nas áreas da pele continuamente expostas ao sol e 
é resultado do efeito acumulativo da radiação ultravioleta. 
 
Cianose: sinal ou um sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele. 
 
Cicatrizes: sinal resultante de um processo de reparo cicatricial. 
 
Citoplasma: fluido de aparência gelatinosa, rico em moléculas orgânicas e 
organelas, presente no interior das células e que circunda o núcleo celular. 
 
Climatério: fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil 
para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos 
pelos ovários. 
 
Cloasma: manifestação que ocorre na gravidez caracterizada por manchas na face. 
 
Coagulação: formação de coágulos de fibrina para interrupção de um sangramento. 
 
Comedões: lesões causadas por bloqueio sebáceo no folículo piloso. 
 
Contraceptivos orais: método hormonal utilizado para evitar a concepção ou 
gravidez. 
 
Corrente galvânica: corrente elétrica terapêutica polarizada. 
 
Corticoide: grupo de hormônios esteroides produzidos pelas glândulas suprarrenais 
ou derivados sintéticos dessas. 
 
 
 
 
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 179 
 
Cromatina: grânulos com característica basófila, localizados no núcleo celular, 
compostos de DNA e outras nucleoproteínasbásicas. 
 
Dermatite: doença que causa inflamação da pele, lesões cutâneas e coceira. 
 
Desidratação: falta de quantidade suficiente de líquidos corpóreos para manter as 
funções normais em um nível adequado. 
 
Despigmentantes: princípios ativos com capacidade de clareamento da pele. 
 
Diabetes: distúrbio do metabolismo que afeta primeiramente os açúcares (glicose e 
outros), mas que também tem repercussões importantes sobre o metabolismo das 
gorduras (lipídios) e das proteínas. 
 
Difusão: fenômeno de transporte de matéria em que um soluto é transportado 
devido aos movimentos das moléculas de um fluido. Estes movimentos fazem com 
que, do ponto de vista macroscópico, seja transportado soluto das zonas de 
concentração mais elevada para as zonas de concentração mais baixa. 
 
Displasia: termo generalista utilizado para designar a ocorrência de anomalias 
relacionadas ao desenvolvimento de um órgão ou tecido. 
 
Disritmias: alteração no ritmo cardíaco 
 
Eczema: dermatite papulovesicular que ocorre como reação a agentes endógenos e 
exógenos, caracterizada na fase aguda por eritema, edema associado com um 
exsudato seroso entre as células da epiderme e um infiltrado inflamatório na derme, 
exsudação e vesiculação, e encrostamento e escamação. 
 
Elastose: entrelaçamento e escurecimento da pele causado pela exposição 
excessiva ao sol. 
 
 
 
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 180 
 
Enzimas: moléculas biológicas que possuem atividade catalítica. Podem ocorrer 
naturalmente ou serem criadas sinteticamente. 
 
Epilação: remoção duradora de pelos pela raiz. 
 
Epilepsia: alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que 
produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais e psíquicas. 
 
Eritema: rubor cutâneo que ocorre em placas de tamanho e forma variáveis, 
provocado por congestão excessiva dos capilares. 
 
Eritrócitos: glóbulo vermelho, formado na medula óssea, que consiste em célula 
sem núcleo, de cor avermelhada, composta de proteína denominada hemoglobina, 
responsável pelo transporte do oxigênio que irá nutrir as células do organismo. 
 
Escalpo: couro cabeludo. 
 
Estrias: lesões decorrentes da degeneração das fibras elásticas da pele que 
ocorrem por sua distensão exagerada ou devido a alterações hormonais. É comum o 
surgimento durante a puberdade em decorrência do crescimento acelerado nesta 
fase da vida e também na obesidade e na gravidez. 
 
Estrógeno: hormônios sexuais femininos produzidos pelos ovários, pelos testículos, 
pelas glândulas suprarrenais, pela placenta e por outros tecidos produtores de 
esteroides. 
 
Exsudato: fluido extravascular inflamatório. 
 
Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela célula, através da membrana 
celular - a partícula é envolvida num vacúolo digestivo, a partir do qual a matéria 
digerida passa depois para o citoplasma. 
 
 
 
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 181 
 
Fissura: rachadura. 
 
Foliculite: inflamação do fólico piloso. 
 
Folículo piloso: estrutura dérmica tegumentar que é constituída por três invólucros 
(ou bainhas) epiteliais e é capaz de produzir um pelo. 
 
Fungos: seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou 
multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores. 
 
Hematoma: coleção de sangue em um órgão ou tecido, geralmente bem localizado 
e que pode dever-se a traumatismo, alterações hematológicas ou outras causas. 
 
Hemofilia: doença genético-hereditária, que se caracteriza por desordem no 
mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo 
masculino. 
 
Hemoglobina: pigmento encontrado nas hemácias do sangue dos vertebrados, em 
alguns invertebrados e nos músculos dos mamíferos e das aves. 
 
Herpes: doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelos vírus Herpes 
simples 1 e 2, que afeta principalmente a mucosa da boca ou região genital, mas 
pode causar graves complicações neurológicas. 
 
Hidrófilia: capacidade de certas substâncias em reter água. 
 
Hipertensão arterial: disfunção caracterizada pelo aumento da pressão arterial, 
medida com esfigmomanômetro, tendo como causas a hereditariedade, a 
obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, stress, entre outras. 
 
Hipertireoidismo: conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de 
hormônios da tiroide circulantes no organismo. 
 
 
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 182 
 
Hipotireoidismo: conjunto de sinais e sintomas decorrentes da queda de hormônios 
da tiroide circulantes no organismo. 
 
Hipóxia: redução dos níveis de oxigênio celular. 
 
Histamina: amina depressora derivada da descarboxilação enzimática da histidina. 
É um poderoso estimulante da secreção gástrica, um constritor da musculatura lisa 
dos brônquios, um vasodilatador, além de neurotransmissor de ação central. 
 
Homeostase: processo sanguíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio 
dinâmico constante pelo organismo. 
 
Hormônios: substâncias químicas que transferem informações e instruções entre as 
células, em animais e plantas. Também chamados de "mensageiros químicos do 
corpo", os hormônios regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as 
funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas, e regulam o 
metabolismo. 
 
Isquemia: deficiência na irrigação de sangue em um órgão ou tecido devido à 
constrição ou obstrução de seus vasos sanguíneos. 
 
Leucócitos: células especializadas na defesa do organismo, combatendo vírus, 
bactérias e outros agentes invasores que penetram no corpo. 
 
Linfonodos: estruturas encontradas através do corpo que agem como filtro e 
armadilha para partículas externas. Contêm células brancas sanguíneas, dessa 
forma são importantes para o funcionamento do sistema imunológico. 
 
Marca-passo: dispositivo de aplicação médica que tem o objetivo de regular os 
batimentos cardíacos. 
 
Melanoma: tipo de câncer de pele. 
 
 
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 183 
 
Metabolismo: conjunto de reações químicas que ocorrem no organismo a fim de 
que esse gaste energia. 
 
Micro-organismos: micróbios que possuem organelas funcionais no interior de suas 
cápsulas ou células como bactérias, protozoários, fungos unicelulares e algas 
unicelulares. 
 
Mílliuns: pequenos cistos de queratina branco amarelado, superficial na pele. 
 
Mucopolissacarídeos: polímeros de condensação que geralmente contêm 
centenas de moléculas de monossacarídeos interligadas por pontes oxídicas. 
 
Neoplasia: crescimento celular descontrolado que sucede a ausência de demanda 
fisiológica. 
 
Nicotina: alcaloide líquido que ocorre espontaneamente na natureza. Um alcaloide 
é um composto orgânico de carbono, hidrogênio, nitrogênio e, algumas vezes, 
oxigênio. Esses compostos químicos causam efeitos poderosos sobre o corpo 
humano. 
 
Nódulo: lesão sólida, saliente ou não, de 1 a 3 cm de diâmetro. 
 
Órgãos hematopoiéticos: órgãos que produzem células sanguíneas. 
 
Pápula: elevação sólida, avermelhada, menor que 1 cm. 
 
Petéquia: pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por 
uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos. 
 
Plasma: hemocomponente rico em fatores de coagulação. 
 
Polietileno: tipo simples de polímero. 
 
 
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Proteína: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos 
dispostas em uma ordem específica, determinada pela sequência base dos 
nucleotídeos no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a 
estrutura, função e regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo. Cada 
proteína tem uma função única. São componentes essenciais para os músculos, 
pele, ossos e para o corpo como um todo. A proteína é um dos três tipos de 
nutrientes usados como fontes de energia pelo corpo. 
 
Psoríase: doença inflamatória da pele, benigna e de caráter crônico. 
 
Ptose: termo médico para referir à queda de uma estrutura orgânica.Pústula: elevação circunscrita, com até 1 cm em tamanho, causada por uma reação 
inflamatória da pele, com pus. 
 
Queloides: cicatrizes grossas, enrugadas e elevadas que crescem, de forma 
contínua, além das bordas da ferida ou incisão. Elas são frequentemente vermelhas 
ou mais escuras que a pele normal e raramente regridem espontaneamente. 
 
Queratina: proteína cuja função é impermeabilizar e proteger o organismo das 
agressões do meio ambiente, como atrito, sol, chuvas e ventos. 
 
Rosácea: doença que atinge principalmente a região central da face. O quadro 
inicia-se por vermelhidão, a princípio transitória, mas que depois se torna 
persistente. Com a progressão da doença, surgem também pequenos vasos 
sanguíneos dilatados, lesões avermelhadas e elevadas e pústulas. 
 
Serotoninas: neurotransmissor que desempenha um importante papel no sistema 
nervoso, como a liberação de alguns hormônios, a regulação do sono, da 
temperatura corporal, do apetite, do humor, da atividade motora e das funções 
cognitivas. 
 
 
 
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Sudorese: mecanismo fisiológico presente em alguns animais superiores e no ser 
humano. Caracteriza a produção e eliminação de suor pelas glândulas sudoríparas. 
Através da sudorese, o organismo pode perder calor para o meio externo através do 
fenômeno da evaporação do suor. Além disso, as glândulas sudoríparas têm a 
capacidade de filtrar do sangue algumas substâncias tóxicas resultantes do 
metabolismo, como a ureia. 
 
Telangiectasias: dilatação permanente de vasos sanguíneos preexistentes 
(capilares, arteríolas, vênulas), criando pequenas lesões vermelhas focais, 
usualmente na pele ou membranas mucosas. 
 
Timo: órgão linfático que está localizado na porção anterossuperior da cavidade 
torácica e faz parte do sistema imunológico. 
 
Toxina botulínica: agente paralizante produzido pela bactéria Clostridium 
botulinum, causadora do botulismo. A principal ação dessa droga é bloquear a 
liberação do neurotransmissor acetilcolina, responsável pela contração muscular. 
Utilizada em medicina estética para o tratamento de alguns tipos de rugas faciais. 
 
Urticária: nome que é dado a um tipo de erupção cutânea, pruriginosa, 
caracterizada por placas salientes, que se assemelham às produzidas pela urtiga. 
 
Vasoconstrição: processo de contração dos vasos sanguíneos, em consequência 
da contração do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos. 
 
Verrugas: tumor benigno da pele causado pela infecção de determinadas estirpes 
dos oncogênicos Papillomavírus. 
 
Vesículas: elevação circunscrita, com até 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. 
O conteúdo inicialmente claro pode tornar-se purulento ou vermelho. 
 
Vírus: pequenos agentes infecciosos. 
 
 
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Vitamina: composto orgânico, presente nos alimentos, essencial para o 
funcionamento normal do metabolismo. 
 
Zinco: mineral que participa de reações na síntese ou degradação de carboidratos, 
lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Também está envolvido nos processos de 
transporte, função imune e expressão da informação genética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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