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M1P2 1.Diferenciando lombalgia mecânica e inflamatória, citando suas possíveis causas. 2.Definir as principais características em comum do grupo das EA e sua classificação. 3.Descrever a epidemiologia e as manifestações clínicas articulares e extra articulares da EA. 4.Discutir mecanismo de ação, efeitos colaterais, precauções para prescrição e o papel dos anti-TNF na EA. Lombalgia: Dor, espasmo muscular, rigidez ou desconforto entre o rebordo costal inferior e as pregas glúteas inferior, com ou sem irradiação para um ou ambos os membros inferiores 1.Diferenciando lombalgia mecânica e inflamatória, citando suas possíveis causas. Lombalgia Mecânica Lombalgia inflamatória ● Decorrente de sobrecarga ou esforço excessivo ● Trauma ● Deformidade ou alterações degenerativas discais ou das articulações interapofisárias posteriores ● Hérnia discal ● Espondilolistese ● Estenose espinhal ● Espondilose ● Síndrome facetária ● FRATURA OSTEOPORÓTICA Lombalgia Mecânica A dor de origem mecânica localiza-se na coluna lombar e pode irradiar-se para os membros inferiores acompanhando ou não a distribuição nervosa; geralmente é agravada pelos movimentos da coluna lombar A dor mecânica é consequência de uma alteração estrutural, traumática ou degenerativa de uma estrutura anatômica normal sem componente inflamatório considerável. Geralmente é decorrente de sobrecarga ou esforço excessivo, trauma, deformidade ou alterações degenerativas discais ou das articulações interapofisárias posteriores. Lombalgia de etiologia mecânica A lombalgia de etiologia mecânica é um termo que descreve a dor lombar decorrente de esforço físico e que é aliviada com o repouso no leito. É geralmente causada por anormalidades nos músculos posteriores, tendões e ligamentos e pode ser atribuída a atividades como o levantar peso, permanecer na posição sentada ou em pé durante tempo prolongado. A dor é crônica e descrita como peso e dolorimento e geralmente piora ao final do dia em decorrência de atividades e esforços físicos. Não há anormalidades neurológicas associadas; a tosse e o espirro não exacerbam os sintomas. O descondicionamento físico pode causar dor lombar do tipo mecânica. O início é insidioso, o doente apresenta-se sedentário, obeso, com fraqueza dos músculos abdominais, músculos posteriores da coluna lombar e músculos glúteos e encurtamento dos músculos isquiotibiais. Estenose do canal raquidiano Espondilolistese Anomalias da transição lombossacral Espina Bífida Protrusão e hérnia discal Lombalgia degenerativa Síndrome dolorosa miofascial – Lombalgia Mecânica • OA coluna • Hérnia de disco • Contratura muscular • Espondilolistese - Lombalgia Inflamatória • Espondiloartrites –Espondilite Anquilosante –Artrite psoriásica –Enteroartropatias –Artrite reativa –Espondiloartrite indiferenciada Lombalgia inflamatória As principais causas são as espondiloartropatias soronegativas, como a espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, espondilite psoriásica e as espondiloartropatias associadas a doenças intestinais (doença de Chron, retocolite ulcerativa inespecífica e doença de Whipple). 1. Idade de inicio <40 anos 2. Início insidioso 3. Melhora com exercício 4. Sem melhora com repouso 5.Dor noturna (com melhora ao levantar-se) 2.Definir as principais características em comum do grupo das EA e sua classificação. As espondiloartrites (EpA) representam um grupo de doenças distintas, mas que compartilham aspectos relacionados ao conceito dessas enfermidades, como o acometimento da êntese, a associação genética com o HLA-B27, o acometimento das articulações sacroilíacas e as manifestações extra-articulares (MEA). 3.Descrever a epidemiologia e as manifestações clínicas articulares e extra articulares da EA. A Espondilite Anquilosante é o distúrbio inflamatório mais comum do esqueleto axial. A EA ocorre em 0,2% da população geral, em 2% da população B27-positiva e em 20% dos indivíduos B27-positivos com um membro da família afetado. Uma predominância pelo sexo masculino na doença é evidente, com uma relação homem/mulher variando de 2,5:1 a 5:1. No entanto, estudos epidemiológicos recentes têm revelado um menor envolvimento do sexo feminino do que tais estimativas indicavam. A espondilite anquilosante tende a ocorrer em famílias, afeta três vezes mais os homens do que as mulheres e surge normalmente entre os 20 e 40 anos. Cerca de 20% dos indivíduos com HLA-B27 terão espondilite anquilosante, embora a maioria nunca será diagnosticada como tendo a doença, pois ela se apresentará de forma branda. Como o HLA-B27 está presente em 7% a 10% da população, pouco mais de um em cem indivíduos apresentará a doença. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Na EA característicamente ocorre inflamação da coluna vertebral, das articulações sacroilíacas e das enteses. O sintoma clínico inicial mais comum é a lombalgia de padrão inflamatório (LPI) (38), caracterizada por dor na região lombar, geralmente iniciando antes dos 40 anos de idade, de evolução insidiosa, que melhora com exercícios e piora com o repouso articular; a dor pode ser noturna e acordar o paciente, melhorando ao levantar-se da cama (39). A inflamação no esqueleto axial geralmente começa nas articulações sacroilíacas (sacroiliíte), com um padrão evolutivo ascendente para toda a coluna vertebral e suas estruturas ligamentares, articulares e disco intervertebral (40). O desfecho é a ossificação progressiva dos tecidos fibrosos, evoluindo para anquilose dos espaços articulares, comprometendo gravemente a mobilidade, gerando deformidades articulares irreversíveis, alterações posturais e causando dor intensa (40, 41). A entesite pode ocorrer em vários sítios simultaneamente, o que causa dor difusa e mal definida (42). Os pacientes podem ter artrite periférica e dactilite. A artrite geralmente é assimétrica, oligoarticular e de membros inferiores (42). A dactilite é a inflamação das pequenas articulações e estruturas periarticulares causando edema difuso dos quirodáctilos ou pododáctilos (42). As manifestações extra articulares mais prevalentes são a uveíte anterior, a psoríase e as DII respectivamente (43). Nos pacientes HLA-B27 positivos existe uma tendência maior para complicações cardiovasculares como a insuficiência aórtica, distúrbios de condução cardíaca e inflamação da aorta ascendente (44). Com o advento de novos métodos diagnósticos, estudos mais recentes têm associado à EA alterações no parênquima pulmonar e renal, assim como raros casos de desmielinização (45). As manifestações clínicas da EA estão descritas na tabela 1. 25 Tabela 1 : Manifestações clínicas da espondilite anquilosante Características Clí nicas da EpA axial Definição Lombalgia de padrão inflamatório Artrite Entesite Dactilite Uveíte anterior Psoríase Doença inflamatória intestinal As principais manifestações extra-articulares encontradas na EA são uveíte e fasciíte plantar. A inflamação pode acometer também as válvulas cardíacas e discos intervertebrais, levando à parestesia e fraqueza de membros. A região pulmonar é indiretamente afetada pela diminuição da expansibilidade torácica presente na EA, sendo raramente afetado por uma fibrose em sua parte superior3. O d 4.Discutir mecanismo de ação, efeitos colaterais, precauções para prescrição e o papel dos anti-TNF na EA. Por outro lado, os anti-TNF representam a única classe de agentes biológicos atualmente com uso comprovado na EA Mecanismo de ação: Efeitos colaterais: Precauções para prescrição: Papel dos anti-TNF na EA: são capazes de reduzir o processo inflamatório articular axial e periférico, incluindo dactilite, entesite e artrite, bem como as manifestações extra-articulares relacionadas ao conceito das EpA, particularmente a uveíte, psoríase e colite.
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