Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SP4 1 SP4 4- B.B.S, G3P0A2, de 26 semanas, 34 anos, feminino, negra, casada, auxiliar de farmácia,católica, natural e residente da cidade de Brusque, 2° grau completo, chegou ao posto de saúdede sua região para consulta de pré-natal. Portadora de obesidade classe I (IMC 30 kg/m²), sem história prévia de DM, mas com história familiar positiva para a doença (pai). Relatou como queixa principal sensação de cansaço e sede excessiva e vontade constante de urinar nos últimos 2 meses. Possui uma alimentação com alta taxa de gordura e carboidratos. Nega tabagismo, consumo de drogas ilícitas e uso de medicações durante a gestação. Alega realizar esforço moderado no trabalho como auxiliar em farmácia e ficar a maior parte das 8 horas de trabalh oem pé, o que gera percepção de inchaço nas pernas. No exame físico: PA = 120 x 70 mmHG; FC (Fetal): 141 bpm; medida uterina 34 cm; IMC de 30kg/m².A paciente recebeu recomendação para realizar os exames complementares que foram glicemia em jejum e o teste de tolerância oral 75g (TTO). Com o recebimento dos exames, foi visto os seguintes resultados: Glicemia em Jejum = 120 mg/dL, 1ªhora = 179 mg/dL e 2ª hora = 155 mg/dL.au 18092al-200a) a) Qual o diagnóstico mais provável? Como você chegou a este diagnóstico? (10%) Diagnóstico mais provável é o de diabetes mellitus gestacional em razão dos fatores de risco (negra, obesidade, histórico familiar de DM, e dieta rica em gorduras e carboidratos) e dos sintomas (cansaço, sede excessiva, poliúra e edema) apresentados pela gestante, além dos resultados do exame da glicemia em jejum de 120 mg/dL b) Cite quatro complicações fetais associadas a esta condição? (10 %) Macrossomia fetal, síndrome do desconforto respiratório, malformações congênitas e aborto c) Descreva a rotina de investigação para DMG mais adequado para rastreio/diagnóstico com seus respectivos valores de corte na paciente que iniciou seu pré-natal com 9 semanas de gestação.(10%) SP4 2 A investigação da DMG deve ser feita com a Glicemia capilar em jejum e se necessário teste de tolerância oral à glicose com 75 G. Então até às 20 semanas ela vai fazer glicemia em jejum, se der menos de 92 ela é normal e tem que fazer TOTG entre a 24-28º semana; se der entre 92 e 125 é DMG; e se der mais de 126 é diabetes prévio. No TOTG se no jejum der 92 a 125, em uma hora mais de 180 ou em duas horas de 153 a 199 é DMG; se em jejum der mais de 126 ou em duas horas mais de 200 é diabetes prévia; já em valores menores do que 92 em jejum, menor do que 180 em uma hora e menor do que 153 em duas horas é classificado uma paciente normal d) Após o diagnóstico, a paciente iniciará com orientações e tratamento (seja não medicamentoso e medicamentoso). Após o início do tratamento, a paciente deveria iniciar controle por glicemia capilar, quais as metas do controle por glicemia capilar? (10 %) Tem que ser medida pelo menos 1x em jejum e 3x pós-prandial sendo que em jejum tem que dar menos de 95mg/dL e pós-prandial menos de 140mg/dL e) Supondo que a paciente acima, iniciou a dieta prescrita, mas não atingiu as metas do tratamento, qual orientação ou tratamento você indicaria? (10 %) Iniciar com a realização de exercício físico diário de 15 a 30 minutos + uso de metformina, e se falhar usar insulina 1) Atualmente, aproximadamente 415 milhões de adultos apresentam diabetes mellitus (DM) em todo o mundo e 318 milhões de adultos possuem intolerância à glicose, com risco elevado de desenvolver a doença no futuro. Sabe-se que, para mulheres, o principal fator de risco para o desenvolvimento de DM do tipo 2 e de síndrome metabólica é o antecedente obstétrico de diabetes mellitus gestacional. A hiperglicemia durante o ciclo gravídico-puerperal constitui um relevante problema da atualidade, não só pelo risco de piores desfechos perinatais e de desenvolvimento de doenças futuras, como também pelo aumento de sua prevalência. Sobre o tema, responda as questões abaixo a) No pré-natal de gestantes cujo resultado do teste de glicemia de jejum foi <92 mg/dL no 1°trimestre, qual a conduta a ser adotada? Realizar exame de TOTG 75 gramas entre a 24-28º semanas de gestação e avaliar os seus níveis em jejum, uma hora e 2 horas para a classificação de mulheres normais, DMG ou com diabetes prévia b) Qual a orientação nutricional que deve ser repassada para gestantes com diabetes? SP4 3 Dieta mínima de 1500 kcal nas refeições diárias, evitar alimentos ricos em açúcar e diminuir a ingesta de carboidratos. Ingestão por dia = peso pré- gestação x 30 + 300-450g c) Qual a principal complicação fetal que deve ser monitorada em gestantes com DMG e como é feito esse monitoramento? Macrossomia fetal, ou seja, o aumento do crescimento fetal acima da medida padrão (4.000g). Que pode ser monitorado com exames de imagem e altura uterina (se está de acordo com a idade gestacional) d) Qual a conduta de seguimento para as mulheres com DMG após o parto? Quais os resultados de exames laboratoriais que configuram que a mulher com DMG desenvolveu diabetes mellitus tipo 2? A mulher precisa ser reclassificada 6 semanas após o parto utilizando os critérios padronizados para a população não gestante, o TOTG com 75 g de glicose seria o padrão ouro para diagnóstico na diabetes pós gestação. Então se a glicemia em jejum tiver ≥126 ou o TOTG 75 gramas de duas horas tiver ≥ 200 mg/dL ela está classificada como diabética. Se a Glicemia tiver < 126 e o TOTG entre 140-199 ela tá classificada com intolerância à glicose, e possivelmente pode se tornar diabética. Se o TOTG 75 g estiver normal deve-se avaliar todos os anos por Glicemia de jejum ou TOTG de 75 g de glicose além de orientar sobre as modificações do estilo de vida para evitar ou retardar o aparecimento da diabetes 10-O diabetes na gestação é um problema de saúde que se torna cada vez mais prevalente, uma vez que seus fatores de risco estão mais presentes na população de mulheres em idade fértil. Sobre o diabetes na gestação, analise as asserções abaixo e a relação proposta entre elas: I verdadeira e II falso I. A principal complicação fetal do DMG é a macrossomia, que se associa à obesidade infantil e ao risco aumentado de síndrome metabólica na vida adulta e, quando não bem controlada na gestação, pode levar inclusive à morte do feto PORQUE II.O diabetes mellitus caracteriza-se pelo aumento das concentrações de glicose circulantes causado pela hipertrofia das células beta pancreáticas associado a anormalidades no metabolismo dos carboidratos. Todos os estados diabéticos resultam do suprimento aumentado de insulina onde uma resposta tecidual SP4 4 inadequada às suas ações. (hipotrofia → suprimento diminuído de insulina *não são todos) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 11-Cláudia está no segundo trimestre da gestação, em consulta de rotina do pré-natal traz o laudo dos exames solicitados para avaliação. Apresenta como resultado de glicemia pós-sobrecarga de 75g de dextrosol, após jejum e três dias de dieta não restritiva: jejum 90mg/dL, decorrida 1h da ingesta 190 mg/dL, decorridas 2h da ingesta 135 mg/dL. Analise asafirmativas abaixo: I e IV I. A paciente tem diabetes gestacional, pois a dosagem da glicemia, após uma hora está acima do valor de referência de 180mg/dl preconizado para gestantes. II. Os resultados são inconclusivos, porque é necessário repetir o exame visto que apenas um dos valores se encontra fora dos níveis adequados. (DMG) III. A paciente não tem diabetes gestacional, pois a dosagem da glicemia, decorridas duas horas da ingesta, é normal. (DMG) IV. Após o resultado do exame, avaliação do peso, altura e IMC da paciente adota- se a recomendação do valor calórico prescrito para mulheres não gestantes, sendo o mínimo de 1500kcal diárias. (A recomendação para mulher não gestante é de 25- 30Kcal/Kg e para gestante seria o mesmo + 300-450Kcal, só que o mínimo é de 1500, então essa frase pode estar certa mas ela tá bem confusa)12- Mulher com 35 anos de idade, G2P2A0, sem comorbidades prévias à gestação, vem à equipe de saúde da família para consulta 6 semanas após parto normal, que foi realizado com 37 semanas de gestação. Ao nascimento, o bebê apresentou peso de 3.950 Kg. Em seu cartão de pré-natal, evidencia-se hemoglobina de 11,5 g/dL, VDRL não reagente, glicemia de 95mg/dL com 27 semanas. Com base nessas informações, é correto concluir que a paciente: III e V I. Teve um quadro de diabetes mellitus (DM) gestacional, mas não apresenta risco aumentado de desenvolvimento de DM tipo 2 pós-parto. (apresenta risco) II. Não teve quadro de diabetes mellitus (DM) gestacional, e não apresenta risco aumentado de desenvolvimento de DM tipo 2 pós-parto. (DMG + apresenta risco) III. Teve um quadro de diabetes mellitus (DM) gestacional e apresenta risco aumentado de desenvolvimento de DM tipo 2 pós-parto. SP4 5 IV. Não teve quadro de diabetes mellitus (DM) gestacional, mas apresenta risco aumentado de desenvolvimento de DM tipo 2 pós-parto (DMG) V.Mulheres com DMG devem ser reavaliadas quanto aos valores glicêmicos após 6 a 8 semana sdo parto por meio do TOTG. 10) A hiperglicemia materna é uma das condições mais comuns na gravidez. No Brasil, estima-se que 18% das mulheres grávidas, assistidas no Sistema Único de Saúde (SUS), atinjam os critérios diagnósticos atuais de diabetes mellitus gestacional (DMG). Sobre os fatores de risco, rastreio e complicações do DMG avalie as sentenças abaixo. I, III e IV I. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DMG são: obesidade, idade materna superior a 25 anos história familiar e/ou pessoal positiva, gemelidade, hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, óbito fetal sem causa aparente) entre outros II. No diabetes mellitus gestacional observa-se frequentemente hiperglicemia nas primeiras semanas de gestação, e tem como principal consequência para o feto o baixo peso e a hipoglicemia ao nascer, e para a mãe o risco de infecções e pré- eclâmpsia. (no 2 ou 3 trimeste → macrossomia fetal e hiperglicemia ao nascer) III. O DMG associa-se a vários resultados adversos para a mãe e o bebê a longo prazo, sendo os mais relevantes, o risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares nas mães e obesidade e síndrome metabólica nos conceptos. IV. Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, todas as gestantes deverão ser rastreadas a fim de diagnosticar possível hiperglicemia na gestação por meio do teste de glicemia de jejum e quando necessário e disponível, pelo teste de tolerância oral à glicose (TOTG). É correto apenas o que se afirma em: 11) A gestação está associada a várias alterações metabólicas nos compartimentos materno, placentário e fetal. O metabolismo materno se adapta no sentido de fornecer nutrição adequada à unidade fetoplacentária em desenvolvimento. Sobre as alterações no metabolismo da glicose durante a gravidez e a relação com o desenvolvimento da diabetes gestacional, avalie as asserções abaixo e a relação proposta entre elas. I e II verdadeiras e 2 é justificativa da I SP4 6 I. Com o decorrer da gestação há a hiperplasia de células ß pancreáticas, mediada por estrogênio e progesterona, com aumento subsequente na secreção insulínica e diminuição nas concentrações glicêmicas maternas de jejum, mas com a progressão da gestação ocorre o aumento na resistência à insulina PORQUE II. A partir de 12 semanas de gravidez há elevação de vários hormônios, como o lactogênio placentário (HPL), a prolactina, o glucagon e o cortisol, os quais visam assegurar um suprimento constante de nutrientes ao feto, especialmente de glicose, e que atuam como hormônios contra insulínicos na mãe, levando a um quadro de resistência à insulina e consequente hiperglicemia materna. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 12) O diagnóstico de estados de hiperglicemia na gravidez, e o consequente controle das concentrações de glicose plasmática reduz as complicações para a mãe e seu filho. Sobre o diagnóstico de diabetes prévia à gestação e diabetes mellitus gestacional (DMG) e o tratamento de ambas, avalie as afirmativas abaixo. I, IV e V I. A glicemia de jejum deve ser solicitada na primeira consulta de pré-natal e se a idade gestacional for acima de 28 semanas recomenda-se diretamente o TOTG caso esteja disponível. Os valores em jejum que estiverem compreendidos entre 92 mg/dL e 125 mg/dL indicam DMG. II. A realização do teste de tolerância oral à glicose (TOTG) é recomendado entre a 24ª a 28ªsemana de gestação para as mulheres cuja glicemia de jejum tiveram valores menores do que 100 mg/dL. No TOTG serão classificadas como DMG se na segunda hora do teste apresentarem glicemia ≥ 200 mg/dL. (92 mg/dL → 153- 199mg/dL) II. No TOTG são avaliados os dados de glicemia de jejum e glicemia após 2 horas da ingesta de uma solução contendo 100 g de glicose. Apenas um resultado alterado do TOTG é o suficiente para classificar em diabetes gestacional segundo as orientações do Ministério da Saúde. (75g) IV. O objetivo do tratamento farmacológico e não farmacológico é alcançar e manter as metas glicêmicas de jejum que devem ser menores que 95 mg/dL, para evitar cetose, garantir adequado ganho de peso materno e desenvolvimento fetal e prevenir os desfechos perinatais adversos. V. O tratamento farmacológico consiste no uso de insulina via subcutânea e metformina para uso oral. Todas as gestantes deverão fazer adequação nutricional e SP4 7 prática de exercícios físicos como medida inicial, que devem ser mantidas caso inicie a terapia farmacológica. É correto apenas o que se afirma em:
Compartilhar