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TRICOMONIASE - AMB GO

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Kamilla Galiza / 6º P 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição 
A tricomoníase é causada pelo protozoário flagelado 
Trichomonas vaginalis (anaeróbio facultativo), tendo como 
reservatório o colo uterino, a vagina e a uretra. 
 
Epidemiologia 
• É a terceira causa mais comum entre as vulvovaginites. 
• É a IST não viral mais prevalente. 
• Tem associação com outras IST, além de facilitar a 
transmissão do HIV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de risco 
• Atividade sexual desprotegida. 
• ISTs prévias. 
 
Fisiopatologia 
Parasita com mais frequência a genitália feminina que a 
masculina. O protozoário flagelado Trichomonas vaginalis 
infecta o epitélio escamoso do trato urogenital: vagina, 
uretra, glândulas parauretrais e colo do útero. A confecção 
com vaginose bacteriana pode ocorrer em 60% a 80% dos 
casos. Pode propiciar a transmissão de outros agentes 
infecciosos agressivos, facilitar DIP, VB e, na gestação, quando 
não tratada, pode evoluir para rotura prematura das 
membranas. 
 
Quadro clínico 
A porcentagem de assintomáticos é alta e chega a 50%. Nas 
sintomáticas: 
• Corrimento abundante, amarelado ou amarelo-
esverdeado, bolhoso. 
• Prurido e/ou irritação vulvar. 
• Dor pélvica (ocasionalmente). 
• Sintomas urinários (disuria, polaciúria). 
• Dispareunia. 
• Sinusorragia. 
• No exame físico: vulva costuma estar normal. 
• No exame especular: o quadro clássico, que pode estar 
presente em 30% das infectadas, é o corrimento 
amarelo-esverdeado, bolhoso e com odor fétido. 
 
 
 
 
 
Há também o colo em morango ou framboesa (2% a olho nu), 
em que há uma colpite focal ou difusa, com presença de 
pontos hemorrágicos no colo e vagina (também cai bastante 
em prova). A colpite pode ficar mais evidente após a 
aplicação de lugol na colposcopia (aspecto tigroide). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Colo uterino tigroide ou em framboesa 
ou em morango. 
 
Complicações 
• As mais comuns: uretrite, cistite, aumento da chance de 
infecção pelo HIV e infertilidade. 
• Em gestantes: trabalho de parto prematuro e rotura 
prematura de membranas ovulares. 
 
Diagnóstico 
Anamnese, exame físico, pH vaginal e microscopia vão 
auxiliar no diagnóstico. Desses, a microscopia é o mais 
importante, pois vai detectar a presença do protozoário 
flagelado. Pode haver aumento de leucócitos. 
 
 
Figura 2. Microscopia: Protozoário Flagelado. 
Tricomoníase 
Ambulatorio 
vulvovaginites 
É mais comumente diagnosticada em mulheres, 
pois a maioria das infecções em homem é 
assintomática, e a confecção com Neisseria 
gonorrhoeae é comum – bem como com outros 
patógenos. Isso torna fundamental a busca de 
outras infecções sexualmente transmissíveis nas 
pacientes diagnosticadas. Além disso, a 
transmissão vertical durante o parto é possível. 
A transudação inflamatória das paredes vaginais 
eleva o pH para 6,7 a 7,5 e, nesse meio alcalino, 
pode surgir variada flora bacteriana patogênica, 
inclusive anaeróbica; por conseguinte, se 
estabelece a vaginose bacteriana associada, que 
libera as aminas com odor fétido, além de 
provocar bolhas no corrimento vaginal purulento. 
Kamilla Galiza / 6º P 
• O pH vaginal vai aumentar (geralmente entre 5 e 6). 
• O teste Whiff será positivo. 
• A cultura em meio Diamond pode ser realizada 
(sensibilidade maior que 75%, especificidade quase em 
100%) 
• Teste molecular: teste de amplificação de ácido 
nucleico (NAAT) é muito sensível e específico, mas só 
está indicado às pacientes em que a suspeita de 
tricomoníase não foi confirmada pela microscopia. 
• Esfregaço de Papanicolau: pode haver um achado 
incidental na coleta da colpocitologia oncótica, mas 
não deve substituir a citologia a fresco nas pacientes 
com suspeita de tricomoníase. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
Deve ser sistêmico. Aqui não vale via vaginal. Segundo o MS o 
tratamento deve ser: Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos, 
VO, dose única (dose total de tratamento 2 g), VO, dose única 
ou Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, duas vezes ao 
dia, por sete dias. 
 
 
Queixa principal 
Corrimento espumoso, 
odor, fétido, disúria, 
prurido, manchas 
Corrimento Verde-amarelado, 
espumoso, aderente, 
aumentado 
KOH whiff test Pode ser positivo 
pH vaginal >4,5 
 
Achados microscópicos 
Trichomonas 
movendo-se 
(na preparação 
úmida salina) 
 
 
Duas vulvovaginites podem apresentar aumento 
de pH e corrimento com odor fétido/teste das 
aminas positivo: Vaginose bacteriana e 
Tricomoníase

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