Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE TÓPICOS INTEGRADORES I BIOMEDICINA Discente: Luanda Maria Pereira Alho Matrícula: 26081918 Curso: Biomedicina CRISPR é a abreviatura de “repetições palíndrômicas curtas regularmente espaçadas em cluster”. O termo faz referência a uma série de padrões repetitivos encontrados no DNA de bactérias que formam a base de um sistema imunológico primitivo, defendendo-as de invasores virais, cortando seu DNA. Desenvolvido a partir de mecanismos moleculares do sistema imunológico bacteriano, o sistema CRISPR possibilita a edição do genoma através de clivagem do DNA por uma endonuclease (Cas9), guiada a partir de uma sequência de RNA, que é capaz de se parear com as bases de uma sequência-alvo. CRISPR-Cas9 foi usado pela primeira vez como uma ferramenta de edição de genes em 2012. Em apenas alguns anos, a tecnologia ganhou extrema popularidade graças à sua promessa de tornar a edição de genes muito mais rápida, barata e fácil do que nunca. Usando esse processo natural como base, os cientistas desenvolveram uma tecnologia de edição de genes chamada CRISPR-Cas9, que pode cortar uma sequência de DNA específica simplesmente fornecendo a ela um modelo de RNA da sequência alvo. Isso permite adicionar, excluir ou substituir elementos dentro da sequência de DNA alvo. Esse sistema representou um grande salto em relação às tecnologias anteriores de edição de genes, que exigiam o projeto e a produção de uma enzima de corte de DNA customizada para cada sequência-alvo, em vez de simplesmente fornecer um guia de RNA, que é muito mais simples de sintetizar. A edição do gene CRISPR já mudou a forma como os cientistas fazem pesquisas, permitindo uma ampla gama de aplicações em vários campos. Mas a tecnologia também pode ter um grande potencial como tratamento para doenças humanas. O CRISPR poderia permitir editar qualquer mutação genética à vontade para curar qualquer doença de origem genética. Na prática, entretanto, o CRISPR ainda está nos estágios iniciais de seu desenvolvimento terapêutico. O CRISPR também é utilizado para tratamentos de câncer, consiste em modificar células T imunes extraídas do paciente. A tecnologia de edição de genes é usada para remover o gene que codifica uma proteína chamada PD-1. Essa proteína encontrada na superfície das células do sistema imunológico é o alvo de alguns medicamentos contra o câncer, como os inibidores de checkpoint. Isso ocorre porque algumas células tumorais são capazes de se ligar à proteína PD-1 para bloquear a resposta imune contra o câncer As doenças do sangue beta-talassemia e doença falciforme, que afetam o transporte de oxigênio no sangue, são o alvo de um tratamento CRISPR que está sendo desenvolvido. A terapia consiste na coleta de células-tronco da medula óssea dos pacientes e no uso da tecnologia CRISPR in vitro para fazê-los produzir hemoglobina fetal. A medida que a pesquisa avança, os cientistas estão propondo e testando uma ampla gama de abordagens para ajustar e melhorar o CRISPR a fim de aumentar sua eficácia e segurança REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOENCH, J; HANNA, R. Projeto e análise de experimentos CRISPR-CAS, Revista de natureza biotecnologia, v. 38, n. 7, p. 813-823, 2020. JACKSON, S; MCKENZIE, R. CRISPR-Cas: adaptando-se à mudança, Jornal Ciência, v. 356, n. 6333, p. 56, 2017. OLIVER, A; GERSBACH, C. A próxima geração de tecnologias e aplicações CRISPR-Cas, Revista de biologia molecular, v. 20, n. 8, p. 490-507, 2019. ZHANG, B. Terapia gênica CRISPR/CAS, Journal of Cellular Physiology, p. 236, n. 4, p. 2459-2481, 2021.
Compartilhar