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MEDICINA SOI II – Sistemas Orgânicos Integrados TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação JULIANA DANTAS DE OLIVEIRA TÉTANO João Pessoa, 2023 QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO TÉTANO E SUA RELAÇÃO COM AS ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO? QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DA TOXINA TETÂNICA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO? O Tétano uma doença infecciosa grave, não contagiosa, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e de seres humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham lesões na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais etc.), pelas quais o microrganismo possa penetrar, provocando o tétano acidental. SINTOMAS: A toxina produzida pela bactéria ataca, principalmente, o sistema nervoso central, provocando: Rigidez muscular em todo o corpo, mas principalmente no pescoço; Dificuldade para abrir a boca e para engolir; Riso convulsivo, involuntário, produzido por espasmos dos músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa. TRATAMENTO: O tétano é uma doença grave e às vezes fatal, caso a pessoa não seja atendida prontamente num hospital. No tratamento, são utilizados antibióticos, relaxantes musculares, sedativos, imunoglobulina antitetânica e, na falta dela, soro antitetânico. PREVENÇÃO: O tétano é uma doença que pode ser evitada desde que alguns cuidados sejam observados: Manter o esquema de vacinação em dia. Crianças com até cinco anos de idade devem receber a vacina tríplice contra tétano e, a partir dessa idade, a vacina dupla (contra difteria e tétano). Muitos adultos jamais tomaram a vacina dupla e, mesmo os que já tomaram, costumam esquecer-se das doses de reforço, que devem ser tomadas a cada dez anos para garantir a proteção contra a doença e podem ser obtidas em qualquer posto de saúde; Limpar cuidadosamente com água e sabão todos os ferimentos para evitar a penetração da bactéria; Não são apenas pregos e cercas enferrujadas que podem provocar a doença. A bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais diversos ambientes. TÉTANO NEONATAL É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, tendo como sintoma inicial dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. É causada pela mesma bactéria que produz o tétano acidental e pode ser evitada pela vacinação adequada da mãe. Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos com três doses da vacina apresentam imunidade até os dois meses de idade. FATORES DE RISCO PARA O TÉTANO NEONATAL: Baixas coberturas da vacina antitetânica nas mulheres em idade fértil; Partos domiciliares assistidos por parteiras tradicionais ou outros sem capacitação e sem instrumentos adequados; Ausência ou baixa qualidade do acompanhamento pré-natal; Alta hospitalar precoce e acompanhamento deficiente do recém-nascido e da puérpera; Hábitos culturais associados a cuidados inadequados de higiene com o coto umbilical e com o recém-nascido; Baixos níveis de escolaridade, socioeconômicos ou de educação em saúde das mães. IMPORTANTE! O tétano é causado por uma toxina produzida pela Clostridium tetani nas feridas contaminadas. A toxina tetânica bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios, causando rigidez muscular generalizada com espasmos intermitentes; convulsões e instabilidade autonômica podem ocorrer. A mortalidade é 15 a 60% em adultos sem tratamento e 80 a 90% em recém- nascidos, mesmo tratados. Evitar a liberação adicional de toxinas por meio de desbridamento da ferida e administração de um antibiótico (p. ex., penicilina, doxiciclina) e neutralizar a toxina não ligada com imunoglobulina tetânica humana. Administrar benzodiazepínicos IV para os espasmos musculares e usar bloqueio neuromuscular e ventilação mecânica conforme necessário em caso de insuficiência respiratória causada por espasmos musculares. Evitar o tétano seguindo as recomendações de imunização de rotina. REFERÊNCIAS: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as- infecciosas/bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/infec%C3%A7%C3%B5es- anaer%C3%B3bias-mistas GARGANO, Furia et al. Tétano: características atuais. J. bras. med, p. 44-52, 2006. https://bvsms.saude.gov.br/tetano/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/infec%C3%A7%C3%B5es-anaer%C3%B3bias-mistas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/infec%C3%A7%C3%B5es-anaer%C3%B3bias-mistas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/infec%C3%A7%C3%B5es-anaer%C3%B3bias-mistas https://bvsms.saude.gov.br/tetano/
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