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Bike de Bolso – o aplicativo completo e interativo
entregando mais conforto e segurança ao ciclista
Giselle Rose Delago1
Resumo
Atualmente a grande maioria da população utiliza dispositivos móveis para realizar
diversos tipos de serviço para facilitar suas tarefas diárias. Com isso muitos
aplicativos se tornaram indispensáveis para o dia a dia dos usuários. São
encontrados infinitos aplicativos direcionados para ciclistas, mas não completos para
entregar toda a facilidade que esse usuário precisa para sua mobilidade. Desde
criação de rotas direcionadas para bicicletas, até locais dos bicicletários e uma
unificação de fornecedores de serviços.
O objetivo deste estudo visa apresentar uma proposta inovadora de um aplicativo
para ciclistas, entregando desde um canal de relacionamento até informações
básicas para uma pedalada segura. A metodologia adotada baseia-se em pesquisas
qualitativas descritivas exploratórias e bibliográficas, utilizando o auxílio do modelo
Business Model Canvas, termo utilizado também como CANVAS, sendo uma
ferramenta de planejamento estratégico, com finalidade de entrega e captura de
valor por parte de uma empresa.
Com a ajuda desse modelo de negócio, o presente artigo demonstrou possibilidades
para a construção desse novo aplicativo, utilizando uma plataforma digital que
facilitará a experiência, levando mais facilidade para os ciclistas que buscam
facilidade nas suas pedaladas.
Palavras-chave: Mobilidade. Modelo de Negócios. Canvas. Bicicleta. Rotas.
Aplicativo.
1 Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda – pela Universidade Anhanguera
(2014). Exerce a profissão de designer, com atuação no mercado de mais de 10 anos, hoje atua com
comunicação visual e marketing. E-mail: gisellerose83@gmail.com.
INTRODUÇÃO
A malha de ciclovias em todo o país aumentou muito nos últimos anos,
segundo dados coletados pelo portal G1 com colaboração das prefeituras das2
capitais e governo do DF. Em três anos, a malha cicloviária das capitais do país mais
que dobrou de tamanho. São 3.009 km de vias destinadas às bicicletas em 2017, já
no ano de 2014, eram 1.414 km.
Isso resulta em um aumento de mais ciclistas ocupando as ruas e utilizando a
bicicleta não mais somente para lazer, mas como um sistema de transporte para
mobilidade cada vez mais ativo.
O problema é que pedalar em grandes cidades, como São Paulo, ainda
representa um risco para os ciclistas. As vias urbanas ainda são projetadas e
pensadas apenas para veículos motorizados, deixando o cliclista exposto a alguns
perigos.
Como nos dias atuais, segundo pesquisas feitas até julho de 2018, temos um
número cada vez maior de usuários de smartphones e seus aplicativos para facilitar
seu dia-a-dia. Após um estudo que demonstrou uma carência na existências de
aplicativos mais completos e personalizados no mercado, foi desenvolvido um
aplicativo para facilitar a vida desse ciclista unificando a criação de rotas seguras e
personalizadas, com a unificação de empresas e fornecedores de diversos serviços.
Criando assim também um canal mais aberto de comunicação entre empresas e
seus consumidores finais.
A metodologia adotada se baseia em pesquisas qualitativas descritivas
exploratórias e bibliográficas, e é estruturada a partir do modelo Business Model
Canvas, sendo uma ferramenta de planejamento estratégico, com finalidade de
entrega e captura de valor por parte de uma empresa.
De acordo com a proposta deste novo modelo de negócio, o presente artigo
demonstra a oportunidade para a construção deste novo aplicativo, que utilizará o
2 G1
<https://g1.globo.com/economia/noticia/em-3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra-de-tamanho-nas
-capitais-do-pais.ghtml.> Acesso em: 10 jun. 2018
2
auxílio de plataforma digital e que irá facilitar a experiência de locomoção dos
ciclistas.
Com isso, nos próximos capítulos será abordado detalhadamente a proposta
do “Bike de Bolso” a partir do referencial teórico, análise do mercado no qual se
pretende inserir a nova plataforma, metodologia e descrição do quadro do modelo de
negócios.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
Para iniciar um processo de criação de um novo produto ou serviço, é preciso
respeitar o processo de aquisição de novas ideias. Segundo Kotler “a orientação de
marketing determina que as necessidades e os desejos dos clientes são o ponto de
partida para se começar a procurar ideias.” (KOTLER, 2000, p.357).
Eirc von Hippel mostrou que a maior parte das ideias de novos produtos se
origina de consumidores. (HIPPEL, 1986 p.791-805)
Após a verificação de uma necessidade existente no mercado, é preciso atender
todas as etapas do processo de desenvolvimento de um novo produto ou serviço.
Há oitos etapas envolvidas no processo de desenvolvimento de
novos produtos: geração de ideias, seleção de ideias,
desenvolvimento e teste conceito, desenvolvimento da estratégia
de marketing, análise do negócio, desenvolvimento do produto,
teste de mercado e comercialização. (ADIMINSTRAÇÃO DE
MARKETING, 2000, pg. 380)
Conhecer e considerar os desejos dos clientes, é o ponto de partida para que
uma nova ideia se transforme em uma inovação. A inovação também pode ser
descrita, segundo o Manual de Oslo, como “a implementação de um produto (bem
ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo
método de marketing, ou um novo método organizacional nas praticas de negócios,
na organização do local de trabalho ou nas relações externas” (MANUAL DE OSLO,
2007, p.55).
3
A inovação visa melhorar o desempenho de uma empresa com o
ganho de uma vantagem competitiva (ou simplesmente a
manutenção da competitividade) por meio da mudança da curva de
demanda de seus produtos (por exemplo, aumentando a qualidade
dos produtos, oferecendo novos produtos ou conquistando novos
mercados ou grupos de consumidores), ou de sua curva de custos
(por exemplo, reduzindo custos unitários de produção, compras,
distribuição ou transação), ou pelo aprimoramento da capacidade de
inovação da empresa (MANUAL DE OSLO, 2007, p.43)
Segundo o Manual de Oslo, diferenciam-se quatro tipos de inovação:
de produto, de processo, de marketing e organizacional (MANUAL DE OSLO, 2007).
As novas ideias começam a se transformar em inovação, mas isso seria apenas o
começo do caminho para que esse novo produto ou serviço seja executado. A etapa
seguinte é a construção do modelo de negócios, pois somente assim é que vamos
possibilidade de entendimento de todo o processo para que essa nova ideia
funcione.
[...] o modelo descreve a lógica de criação do negócio, quer dizer,
mostra que o raciocínio e a interconexão das partes fazem sentido.
Nesse ponto, deverá ser muito bem explorada a questão da entrega
e captura de valor. A entrega diz respeito à forma de recebimento da
oferta pelo cliente e a captura do valor refere- se à possibilidade de
receber o retorno de como o cliente está percebendo o que está
sendo entregue. (SEBRAE, s.d, p.13)
Existem diversos modelos de negócios e suas aplicações no mercado, o
Canvas (Business Model Generation), representado também como Quadro de
Modelo de Negócios, vem ganhando sucesso surpreendente, sendo uma
metodologia apresentada no livro Business Model Canvas, de Alex Osterwalder e
Yves Pigneur, que tem como objetivo planejar e visualizar as principais funções de
um negócio e suas relações.
Segundo Osterwalder e Pigneur “um modelo de negócio descreve a lógica de
criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização”
(OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011, p.14).
4
Ao se basear nessa metodologia da construção de um Canvas, temos a
possibilidade de visualizar a disposição dos nove principais elementos de um
modelo de negócio: segmentos de clientes, proposição de valor, canais,
relacionamento com clientes, fontes de receita, recursos-chave, atividades-chave,
parcerias-chave e estrutura de custos.
Em entrevista exclusiva a HSM Management , originalmente publicada em3
2013, o autor Osterwalder destaca e atribui a repercussão favorável domodelo de
negócio a dois fatos: (1) a ferramenta ter interface muito amigável aos usuários e (2)
a maioria das empresas não gostar de fazer experiências e testes, nem do risco de
fracassar. E, para elas, o Canvas funciona como um protótipo que autoriza os
gestores a fazer outro protótipo mais sofisticado e em escala.
Baseando se em um dos conceitos básicos de marketing segundo Kotler
(1993) que se refere aos desejos e às necessidades humanas, esse artigo explora a
ausência de um aplicativo mais completo no setor de ciclismo para atender à
necessidade do ciclista aliada com o aumento da demanda em ter mais bicicletas
circulando pelas cidades.
Para Kotler (1993) os desejos são descritos em termos de objetos que
satisfaçam as necessidades. Quanto mais as pessoas são expostas a objetos que
despertam seu interesse e atenção, maior é a tentativa das empresas oferecerem
produtos e serviços que satisfaçam os seus desejos. Outro elemento importante é a
Demanda. As Demandas representam os desejos por produtos ou serviços
específicos, mas que devem ser apoiadas na possibilidade de contrapartida. Isto
significa que as empresas devem avaliar não somente o número de pessoas que
desejam o produto, mas principalmente se estão dispostas e aptas a adquiri-lo.
Após tudo isso, é preciso também analisar o processo de fidelização do
público alvo em relação a utilização do aplicativo. Diante de um cenário em que
ocorrem muitas mudanças tecnológicas que impactam diretamente no comércio
eletrônico, ter a fidelidade dos clientes exige muito empenho e uma vantagem
competitiva sustentável.
De acordo com Barney:
3 Revista HSM Management revista de gestão e liderança do Brasil.
5
Diz- se que uma empresa tem uma vantagem competitiva sustentável
quando ela está implementando uma estratégia de criação de valor
que não está sendo implementado simultaneamente por nenhum
concorrente atual ou potencial e quando essas outras empresas
estão impossibilitadas de reproduzir os benefícios dessas
estratégias. (apud Hoffman, 2000, p. 102)
A fim de analisar e explorar a ausência desse tipo de aplicativo no mercado e
utilizando a ferramenta deste modelo de negócio com base no marketing digital e de
relacionamento, será possível analisar e administrar o lançamento e a fidelização
dessa inovação.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SETOR DE BICICLETAS EM 2018
O setor de bicicletas embora tenha uma ligeira queda na produção, teve um
aumento significativo no faturamento, em comparação com o ano de 2017.
Figura 1: Produção do setor de bicicletas (2012- 2017)
Fonte: Suframa Abraciclo 06/2018
Em análise de faturamento do setor de bicicletas, é possível analisar no
gráfico a seguir, comparado com o período de 2015 a 2016, houve um aumento de
12,87%, já entre os períodos de 2016 a 2017, o aumento foi de 15,79%. (Abraciclo).
6
Figura 2: Faturamento do setor de bicicletas (2015 2017)
Fonte: Suframa (Abraciclo 06/2018)
O investimento no setor também teve um aumento significativo nos últimos
anos. O aumento desde 2015 à 2017 foi em cada ano de 1,65%. (Abraciclo)
Figura 3: Faturamento do setor de bicicletas (2015 2017)
Fonte: Suframa (Abraciclo 06/2018)
Assim como em todos os setores nos dias atuais, existem uma oscilação na
parte de vendas do setor de bicicletas. Mas o mercado segue aquecido e otimista
7
com o aumento na produção. Ocorreu uma queda nas vendas entre os anos de
2015 e 2016. Mas em 2017 esse quadro de queda de vendas começa a mudar, em
comparação com 2016, o aumento de vendas foi de1,65% (Abraciclo)
Figura 4: Vendas de bicicletas no atacado (2015 2017)
Fonte: Suframa (“Abraciclo 06/2018”)
Segundo análise dos dados coletados acima, o resultado de janeiro de 2018
posiciona as empresas para evolução dos seus negócios; a expectativa é uma alta
de cerca de 9% no acumulado dos doze meses. Com um número maior na produção
de bicicletas e a perspectiva da melhora na economia, a união desses dois fatores
deve se refletir no mercado geral de bicicletas em 2018, pelas previsões da
Abraciclo.
As indústrias de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM)
produziram 52.211 unidades em janeiro, o que representa alta de 49,8% sobre o
mesmo período de 2017 (34.849). Com estes números positivos registrados no
primeiro mês do ano, fica evidente os esforços nas projeções de crescimento do
setor em 2018.
3. METODOLOGIA
8
Uma pesquisa pode ser definida como um processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico de forma a se descobrirem respostas para
problemas por meio do uso de procedimento científicos. (Gil, 1985).
São vários os autores que ressaltam a importância do planejamento da pesquisa
para que se possam obter informações confiáveis e adequadas aos seus propósitos.
Uma vez que o problema de pesquisa tenha sido formulado de
maneira suficiente clara para que se possam especificar os tipos de
informações necessárias, o pesquisador precisa criar o seu
planejamento de pesquisa... que varia de acordo com o objetivo da
mesma. SELLTIZ (1974)
Com isso a metodologia utilizada para desenvolvimento deste artigo acadêmico
tem como base levantamentos bibliográficos e pesquisas qualitativas descritivas
exploratórias realizadas para evidenciar e examinar detalhes sobre estudos e
indicações do cenário atual do setor da bicicleta e do perfil dos ciclistas.
Segundo Gil, as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Há pesquisas que, embora definidas como descritivas a
partir de seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do
problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias. (GIL, 2008, p.28)
A pesquisa qualitativa descritiva exploratória ocorreu com auxílio de sites, com
pesquisa netnográfica em grupos específicos de ciclistas, portais de pesquisas e
artigos científicos que proporcionaram a observação do cenário atual, em seu
contexto microambiente e macroambiente.
Também foi utilizada o auxílio da criação do Canvas, na estrutura deste artigo
para construção do modelo de negócio. Respeitando as etapas de acordo com as
regras criadas por Alex Osterwalder e Yves Pigneur (Business Model Generation,
2011, p. 17,18) elas são definidas como: 1-segmentos de clientes, 2-proposta de
valor, 3-canais, 4-relacionamento com clientes, 5-fontes de receitas, 6-recursos
principais, 7-atividades chaves, 8-parceiras principais, 9-estrutura de custo.
9
4. DESCRIÇÃO DO QUADRO DE MODELO DE NEGÓCIOS
4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE
Como o ambiente de Marketing é composto pelo Macroambiente e
Microambiente. No campo do microambiente estamos lidando com forças
controláveis, já dentro do macroambiente temos que lidar com forças não
controláveis. Com isso dentro desse artigo estão sendo analisadas essas forças a
fim de entender as oportunidades e ameaças do cenário apresentado.
Segundo a Abraciclo em parceira com Rosenberg Associados, o Brasil
possui 70 milhões de bicicletas e aumentou a busca por bikes para pedalar nas
cidades, segundo dados da pesquisa “O uso de bicicletas no Brasil: Qual o melhor
modelo de incentivo?”,
As categorias que possuem bikes com maior valor agregado, voltadas para
esportes ou mobilidade urbana, em 2013 representavam 40,5% das vendas das
bicicletas. Em 2006, essa fatia era menor – 26,6%. Já as vendas de bikes mais
básicas, usadas no interior e por população com renda menor, caiu quase pela
metade.
De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope, o número de paulistanos
usando bicicletas como meio de transporte aumentou 50% no último ano,
alcançando o patamar de 261 mil ciclistas frequentes pela capital. Além disso, a
mesma cita que nove entre dez habitantes são favoráveis às ciclovias, aumentando
em 2% o valor apurado em 2014. Fonte: UOL/Estadão
Baseada na pesquisa feita pelo site Transporte Ativo, realizada em 2015, é
possível traçar o perfil do ciclista no Brasil. A pesquisa entrevistouciclistas com
idade entre 25-34 anos, concluiu o ensino médio, recebe até 2 salários mínimos,
pedala até 30 minutos no seu deslocamento principal, não se envolveu em
incidentes de trânsito recentemente e, principalmente, gosta de pedalar.
A pesquisa feita em São Paulo, aponta que a bicicleta é utilizada como forma
de melhorar o deslocamento diário do ciclista. Sobre quando a bicicleta começou a
ser usada como meio de transporte, dois extremos se destacam entre as respostas:
29% dos entrevistados pedalam há mais de 5 anos, enquanto 19% há menos de 6
10
meses. O alto número de “novatos” pode se dever à influência da expansão da
malha cicloviária na cidade – nas áreas central e intermediária, praticamente 40%
dos ciclistas começou a pedalar há menos de um ano. Com relação à renda, quase
40% dos ciclistas da capital paulista ganham entre 0 (sem renda) e 2 salários
mínimos (R$ 1.576). A faixa etária, também quase 40% dos ciclistas têm entre 25 e
34 anos. Ciclistas entre 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais
presente, com cerca de 27%. (TRANSPORTE ATIVO, 2015)
Estudos realizados na cidade de São Paulo, elaborados pela Companhia de
Engenharia de tráfego (CET) e pela São Paulo Transportes S.A. (SPTrans) apontam
que dos 23,4 milhões de viagens diárias na capital paulista, 130 mil são realizados
com o uso das bicicletas e 5,1 milhões por automóveis. A pesquisa mostra ainda
algumas das vantagens da bicicleta como meio de locomoção: baixo custo na
aquisição e manutenção, agilidade nos deslocamentos para distâncias até cinco
quilômetros, menor interferência no espaço público da cidade, contribuição à saúde
do usuário e reduzido impacto ambiental. A ultima Pesquisa Origem Destino do
Metrô (Raio X das viagens diárias feitas na cidade, de 2012) mostra que as
bicicletas representam 0,6% das viagens. (MALATESTA, 2012)
4.2 BUSINESS MODEL GENERATION
Com o auxílio da metodologia do CANVAS, foi desenvolvido o modelo de
negócios da plataforma digital “Bike de Bolso”. O nome escolhido tem como objetivo
oferecer uma proposta de praticidade ao ciclista, na criação de rotas seguras e a
união de serviços, tudo isso aliado com os recursos da construção do aplicativo que
funcione de forma prática, colaborativa e atualizada. A continuidade do projeto deve
ser explorada dentro dos nove componentes do modelo.
4.2.1 Segmento de clientes
“Bike de Bolso” irá atender um nicho de mercado composto por ciclistas que
residem na cidade de São Paulo, e que busquem principalmente a praticidade na
11
criação de roteiros para suas pedaladas e a unificação de informações com
prestadores de serviços.
4.2.2 Proposta de valor
O objetivo é oferecer uma inovadora plataforma de aplicativo freemium para
esses ciclistas, que buscam uma experiência mais completa ao utilizar um aplicativo.
Como estamos lidando com uma proposta de valor em que estão inseridos conceitos
de novidade, conveniência e inovação, pretende-se oferecer a estes ciclistas
recursos de criação de trajetos, bicicletários, restaurantes, cafeterias, bicicletarias,
bicicletários, paraciclos seguros, locais para fazer higiene pessoal depois de uma
pedalada. O objetivo é minimizar os riscos e entregar opções de conforto para o
público alvo.
4.2.3 Canais
“Bike de Bolso” conta com canais diretos com os seus clientes, para entregar
a proposta de valor. Por meio do App Store e Google Play, será feito o download do
aplicativo na versão smartphone. Em conjunto ao aplicativo o usuário também vai ter
acesso ao site, que terá informações mais relevantes sobre os recursos do
aplicativo. Outra forma de divulgação será utilizando redes sociais como Twitter,
Instagram e Facebook.
4.2.4 Relacionamento com clientes
O cliente do aplicativo “Bike de Bolso” vai ter como forma de relacionamento o
ambiente totalmente on-line. O contato será realizado por meio do Self Service e
serviços de chat on-line dentro do aplicativo com interação humana. As redes
sociais, serão monitoras para que possíveis falhas e insatisfação sejam atendidas e
resolvidas.
12
4.2.5 Fontes de receita
A principal fonte de receita do “Bike de Bolso”, será feita por meio de
anúncios e assinaturas.
4.2.6 Recursos principais
Os recursos principais do “Bike de Bolso”, são os Recursos Físicos, sendo
servidores na nuvem e escritório, os Recursos Humanos, com a participação efetiva
da equipe de Tecnologia e Informação, SAC e Social Media.
4.2.7 Atividades-chave
A atividade-chave do aplicativo “Bike de Bolso” é apresentar uma plataforma
digital segura, interativa e de fácil navegação. Isso vai ser resultado de uma
manutenção e atualizações constantes e pertinentes para melhorias da plataforma
digital, aliada com a usabilidade de seus usuários.
4.2.8 Parcerias principais
O “Bike de Bolso” contará com parcerias-chave, sendo o Google Maps para
auxílio na criação dos trajetos para os ciclistas. O mapeamento de pontos que
prestam serviços especializado a esse público alvo, como cafeterias, bicicletarias
para manutenção, calibragem e outros serviços para a bicicleta e o ciclista.
Seguindo assim com uma parceira com esses prestadores de serviços, para gerar
anúncios e post contendo informações relevantes sobre bicicletas e mobilidade
urbana.
4.2.9 Estrutura de custo
13
Os custos fixos para a estrutura do “Bike de Bolso” será a locação de
servidores, espaço físico, despesas administrativas e equipe. Considera-se um
investimento inicial um pouco alto para a implantação, mas considerando o custo
inicial, isso não vai refletir nos investimentos futuros com a ajuda das possíveis taxas
de assinaturas e anúncios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao examinar a realidade das cidades brasileiras, verifica-se que já ocorre
rotineiramente o uso da bicicleta como meio de transporte para o trabalho, estudo e
atividades de lazer. Poucos são, porém, a criação de plataformas digitais completas
e colaborativas, que auxiliam esses ciclistas no seu dia a dia.
Tendo como base em pesquisas, este artigo abordou os conceitos de
Inovação em Modelos de Negócios, bem como a importância da utilização da
metodologia Canvas. O Canvas foi explicado por meio de um estudo sobre o ciclista
no Brasil, focado no público alvo que reside em São Paulo. E que auxiliou para a
construção de um plano de negócio voltado para entregar mais conforto e segurança
a esse ciclista.
O objetivo principal desse artigo foi construir esse Quadro de Modelo de
Negócios com uma análise feita sobre o tema por meio de pesquisas utilizando
livros, artigos e sites relacionando ao assunto.
Foi constatado essa carência que o ciclista tem em reunir o maior número de
informação útil em uma só plataforma digital. Por isso que surgiu o “Bike de Bolso”,
para entregar para esse público alvo uma plataforma digital com informações mais
precisas, seguras e completas para a construção do seu trajeto.
Mas foi preciso também considerar algumas observações como concorrência
e seu alto índice de adaptações similares da plataforma. Com isso, a proposta de
valor deve ser competitiva, sustentável e acima de tudo consolidada. Outro fator que
14
não deve ser ignorado, é a questão da crise econômica, que mesmo tendo uma alta
na produção das bicicletas, o aumento das vendas ainda sobe de uma forma ainda
cautelosa.
O desenvolvimento desse artigo foi extremamente importante para destacar a
importância pela busca de uma experiência mais segura para o ciclista. A autora
desse artigo, como uma ciclista residente em São Paulo, utilizou sua própria
experiência utilizando a bicicleta, para entender a necessidades reais inseridas
nesse mundo do ciclismo.
Foi de extrema importância construir esse artigo, pois garantiu a esperança
de transformar a experiência de pedalar em algo muito mais prazeroso e seguro
para todos os ciclistas do Brasil.
15
REFERÊNCIAS
CICLOVIAS SAO ALTERNATIVAS PARA APRIMORAR A MOBILIDADE URBANA
EM GRANDES E MEDIAS CIDADES
<http://revistagambiarra.com.br/site/ciclovias-sao-alternativas-para-aprimorar-a-mobilidade-urbana-em-grandes-e-medias-cidades/> Acesso em: 10 jun. 2018
ENTENDA A IMPORTÂNCIA DO CONTEÚDO NOS APLICATIVOS MOVEIS
<http://www.totalcross.com/blog/entenda-a-importancia-do-conteudo-nos-aplicativos-
moveis/> Acesso em: 10 jun. 2018
EM 3 ANOS MALHA CICLOVIÁRIA MAIS QUE DOBRA DE TAMANHO NAS
CAPITAIS DO PAIS
<https://g1.globo.com/economia/noticia/em-3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra
-de-tamanho-nas-capitais-do-pais.ghtml> Acesso em: 10 jun. 2018
INDÚSTRIA DE BICICLETAS AUMENTA A PRODUÇÃO EM 10,7% NO 1º
SEMESTRE<http://www.abraciclo.com.br/2018/1168-industria-de-bicicletas
aumenta-a-producao-em-10-7-no-1-semestre> Acesso em: 29 jul. 2018
COMO USAR O CANVAS PARA CONHECER MELHOR O SEU NEGÓCIO
<https://exame.abril.com.br/pme/como-usar-o-canvas-para-conhecer-melhor-o-seu-n
egocio/> Acesso em: 01 jul. 2018
KOTLER, P; Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1993.
ABRACICLO-PESQUISA-SOBRE-BICICLETAS-NO-BRASIL
<http://movimentoconviva.com.br/abraciclo-pesquisa-sobre-bicicletas-no-brasil/>
Acesso em: 05 jul. 2018
KOTLER, P; administação de marketing, Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2000
16
APÊNDICE - BUSINESS MODEL CANVAS
17
Anexos
18

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