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Artrópodes: Filo Arthropoda e Classe Insecta

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1 
 
FILO ARTHROPODA 
ARTRÓPODES (arthros é articulado e podos 
são pés ou patas) 
Portanto, os artrópodes são seres que 
possuem pés ou patas articulados 
• Animais invertebrados (ou seja, não 
possuem vértebras) que possuem 
exoesqueleto rígido e vários pares de 
apêndices articulados 
*o exoesqueleto é como se fosse a camada 
externa do corpo do animal. Na maioria dos 
casos em muitos animais, é um exoesqueleto 
rígido, normalmente é composto de quitina e 
essa quitina endurece. Portanto, é uma 
proteção para o animal. 
• O maior filo de animais existentes, com 
cerca de 1 milhão de espécies 
descritas; 
• Representantes deste filo equivalem a 
cerca de 84% das espécies de animais 
conhecidas; 
• Habitam praticamente todos os tipos 
de ambientes, sejam eles aquáticos ou 
terrestres. 
• Os artrópodes possuem o chamado 
dimorfismo sexual (se tem o macho e 
a fêmea) 
CLASSIFICAÇÃO 
Filo: Arthropoda 
Classe: Insecta 
Ordem: 
- Diptera (moscas, mosquitos) 
- Phthiraptera (piolhos) 
- Siphonaptera (pulgas) 
- Outros (Hemiptera = percevejos, barbeiros) 
Classe: Arachnida 
 
 
Subclasse: 
- Acari (ácaros, carrapatos) 
- Outros (aranhas, escorpiões) 
• Possuem uma ampla gama de cores, 
formatos e tamanhos 
• Corpo segmentado 
- Cabeça 
- Tórax – de onde sai as pernas ou as 
patas e também sai as asas 
- Abdômen 
• Membros articulados 
• Muda ou ecdise – varia com a espécie e 
condições ambientais 
*muda ou ecdise – o processo de muda ou 
ecdise garante o crescimento do artrópode, 
pois este possui um exoesqueleto que impede o 
crescimento de forma contínua. Muda ou 
ecdise é o processo em que artrópodes trocam 
seu exoesqueleto quitinoso para que o 
crescimento possa ocorrer. 
CLASSE INSECTA 
- Três pares de patas (pernas) 
- Um par de antenas; asas (existe algumas 
exceções em que alguns não possuem asas, 
como piolho e pulga) 
- Cabeça, tórax e abdômen distintos 
• Abdômen -> até 11 segmentos 
Modificado caudalmente formando a 
genitália 
CICLO EVOLUTIVO 
• -> ocorre metamorfose 
completa (modificação estrutural 
importante) em alguma fase do ciclo. 
EX.: moscas e pulgas 
Adulto coloca os ovos -> dentro dos ovos 
eclodem as larvas (3 estádios, instares) -> ao 
chegar na larva 3, ela vai empupar -> vai se 
2 
 
formar esse pupário fora da larva e dentro 
sofrerá uma mudança radical. É na fase de 
pupa que ocorrerá a metamorfose (dentro 
dessa pupa sairá um indivíduo adulto) 
• -> não apresentam larva, 
desenvolvimento direto, a ninfa eclode 
do ovo com todas as estruturas do 
indivíduo adulto e apenas cresce em 
tamanho, não ocorre metamorfose 
EX.: piolhos 
 adulto 
 
 
ninfa 3 ovo 
 
 
 ninfa 2 
 ninfa 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUBCLASSE ACARI 
 
 
 
 
 
ORDEM DIPTERA (MOSCAS E MOSQUITOS) 
Ordem: Diptera 
Subordens: Nematocera, Brachycera, 
Cyclorrhapha 
Famílias Nematocera: 
- Ceratopogonidae (230) (mosquito-pólvora) 
- Simuliidae (50) (borrachudos) 
- Psychodidae (370) (mosquito-palha) 
- Culicidae (442) (mosquitos) 
Família Brachycera: 
- Tabanidae (500) (mutucas) 
Família Cyclorrhapha: 
- Muscidae (330) (moscas domésticas e dos 
estábulos) 
- Calliphoridae (40) (varejeiras) 
3 
 
- Hippoboscidae (30) (moscas de florestas e 
melofagídeos) 
- Oestridae (25) (moscas do ‘’berne’’) 
*berne é uma larva de mosca 
• Comuns, entre as 4 ordens 
megadiversas de insetos 
holometábolos, 153 mil espécies 
descritas, os dípteras compreendem 
de 10 a 15% de toda a biodiversidade 
mundial de insetos holometábolos 
• Ordem pouco conhecida, muitas spp. 
ainda não descritas, estima-se cerca 
de 400 mil spp. no mundo e 60 mil no 
Brasil 
• Amplamente distribuída – recebem 
uma variedade de nomes populares, 
sendo moscas e mosquitos os mais 
conhecidos e generalizados 
• Bem estudada – importantes vetores, 
ativos e passivos, de organismos que 
podem causar doenças no homem e 
animais domésticos. 
MOSCAS E MOSQUITOS 
• Número de artículos das anteras: 
- – antenas formadas por três 
segmentos 
- – antenas formadas por 
mais de 6 artículos (geralmente 11) 
*uma diferenciação nos mosquitos entre 
machos e fêmeas é a presença de antenas 
plumosas nos machos e nas fêmeas não. 
SUB-ORDEM CYCLORRHAPHA 
1) SINANTRÓPICOS (Syn = ação conjunta; 
Antropos = homem) 
• Oportunistas das condições criadas 
pelo homem 
• Surgem em condições ambientais de 
baixo nível de higiene (excretas 
humanos e dos animais domésticos, 
detritos urbanos e industriais, lixões, 
aterros sanitários e fossas abertas, 
feiras livres, etc.) 
• Musca domestica: vetor mecânico de 
patógenos 
• Chrysomyia spp.: causadoras de 
miíases secundárias 
• Lucillia spp.: miíases primárias em 
ovinos, propiciando as secundárias e 
infecções bacterianas. 
• Família Sarcophagidae: ovos em 
alimento em putrefação, fezes, 
cadáveres, feridas (causando miíases 
em lesões pré-existentes onde existe 
necrose). 
*moscas com comportamento sinantrópico – 
significa que essas moscas vivem junto ao 
homem, se aproveita das condições que o 
homem cria. Portanto, tudo o que o homem cria 
ou que para ele não tenha mais serventia, por 
exemplo o lixo, essas moscas se aproveitam 
deste ambiente para se desenvolver. 
*as moscas sinantrópicas – não são 
hematófagas 
MUSCA DOMESTICA 
• Não são parasitas obrigatórios, não 
picadora, vetor mecânico de + 60 
patógenos, pode nutrir-se de secreções 
animais. 
• : qualquer espécie animal 
(não são parasitas obrigatórios) 
- Espécie não-picadora, nutre-se de 
secreções animais, como as feridas 
- Hábitos onívoros (alimentos sólidos são 
liquefeitos através da saliva e/ou 
regurgitação 
• cosmopolita 
• : peças bucais adaptadas 
para sucção (evidentes quando 
distendidas durante a alimentação) 
- Possui listas longitudinais escuras no 
tórax 
- Marcas claras e escuras no abdômen 
• : 
- Vetor mecânico de mais de 60 
categorias de patógenos para o homem 
4 
 
e os animais (vírus, bactérias, 
protozoários, ovos de helmintos, ovos 
de Dermatobia hominis, etc.) 
- Vetor biológico ou H.I. dos 
nematódeos Habronema muscae e 
Draschia megastoma 
• :
- Melhoria das condições de higiene; 
- Diminuição dos criadouros de moscas 
(retirar esterco e matérias orgânicas 
em decomposição); 
- Uso adequado de inseticidas (brincos, 
pulverização, sprays, sistêmicos pour-
on ou injetável); 
- Telas e grades de eletrocussão 
CHRYSOMYIA SPP. 
• : qualquer espécie animal 
- Consideradas moscas secundárias, 
pois não são capazes de iniciar um 
ataque, atuando em áreas já atacadas 
ou lesadas, aumentando a agressão 
• : possuem até 1 cm de 
tamanho, cor verde ou azul metálico 
• : ovos em fezes ou 
matéria orgânica em decomposição 
3 intares larvais, pupa no ambiente 
• 
- C. putoria -> áreas suburbanas e 
rurais = comum em granjas de 
galinhas poedeiras, alimentando-se de 
ovos quebrados, carcaças de aves, 
esterco acumulado, alimentos frescos, 
etc. (hábito alimentar diversificado) 
- C megacephala e C. albiceps -> áreas 
urbanas e suburbanas = encontradas 
em feiras livres (atraídas por peixes, 
aves, vísceras, etc.), lixões (fezes, frutas 
carcaças, etc.) – mais comum em 
áreas urbanas 
• : 
- C. putoria e C. megacephala -> 
vetores mecânicos de microrganismos 
patogênicos 
- C. putoria e C. albiceps -> causadoras 
de miíases secundárias 
• : o mesmo que para Musca 
domestica 
MOSCAS SARCÓFAGAS 
• Família Sarcophagidae (Sarcophaga: 
‘’sarco = carne, ‘’phaga’’ = comer): 
• : qualquer espécie animal 
• : coloração acinzentada e 
abdômen axadrezado. Tórax com 3 
faixas pretas longitudinais 
• : 
- Fêmeas larvíparas, muito ativas e 
carnívoras; 
- Cada fêmea pode colocar até 50 larvas 
por vez, em algum alimento em 
putrefação, fezes, cadáveres, feridas 
(causando miíasesem lesões pré-
existentes onde tenha uma necrose). 
• : vetor de microrganismos, 
produtoras de miíases secundárias 
• : 
- Melhoria das condições de higiene; 
- Diminuição dos criadouros de moscas 
(retirar esterco e matérias orgânicas em 
decomposição); 
- Uso adequado de inseticidas (brincos, 
pulverização, sprays, sistêmicos pour-on, 
oral ou injetável); 
- Telas e grades de eletrocussão 
2) SIMBOVINOS 
- Ocorrem em animais domésticos e 
selvagens 
- Causam graves prejuízos econômicos e 
de saúde animal 
• Stomoxys Calcitrans (mosca-dos-
estábulos): ação irritante, 
hematofagismo, vetor mecânico de 
patógenos e microrganismos 
• Haematobia irritans (mosca-dos-chifres): 
ação irritante, hematofagismo, vetor 
mecânico de patógenos e 
microrganismos 
 
5 
 
STOMOXYS CALCITRANS (MOSCA-DOS-
ESTÁBULOS) 
• maioria das espécies 
animais, inclusive o homem 
- Equinos e bovinos -> hospedeiros 
preferenciais (em função de seus 
hábitos e/ou sistemas de criação) 
• cosmopolita 
• 
- Adultos com 5 a 6 mm 
- Semelhante à Musca domestica, 
porém com o abdômen mais curto e 
largo 
- Possui 3 manchas escuras no 2° e 3° 
segmentos abdominais 
- Probóscide projetada para a frente 
• : 
(duração total = apróx.. 4 semanas) 
ADULTOS 
- Hábitos hematófagos diurnos (2x/dia), 
não permanece no animal 
(ingurgitamento em 3 a 4 minutos) 
- Encontrada em instalações rurais 
próximas ao homem e animais, 
raramente invadindo residências 
- Capacidade de dispersão = até 80 km 
- Longevidade média = 17 a 29 dias 
OVOS 
- Depositados preferencialmente em 
matéria orgânica vegetal em 
decomposição e fermentada com 
fezes e urina (cama de animais, palha, 
feno, restos de lavouras, grãos 
umedecidos), esterco de aves 
(presença de amônia), lixo decomposto 
em aterros sanitários, etc. 
- Produção total = 560 a 1000 
ovos/fêmeas 
LARVAS 
- Eclosão ocorre 20 a 80 horas após a 
ovipostura 
- Ocorrem 2 mudas (3 ínstares larvais: 
L1, L2 e L3) 
- Período larval = 8 a 10 dias 
 
PUPAS 
- Período pupal = 2 a 8 dias 
• 
- Ação irritante e hematofagismo -> 25,8 
mg de sangue/mosca/repasto, 
principalmente nas patas e abdômen 
- Decréscimo de produtividade 
- Vetores mecânicos -> microrganismos 
- Vetores biológicos (H.I.) -> Habronema 
spp. 
- Prejuízos econômicos severos: 
milhões/ano 
• mesmo que para Musca 
domestica 
HAEMATOBIA IRRITANS (MOSCA-DOS-CHIFRES) 
• bovinos e bubalinos 
• Europa -> E.U.A. (1884/86) 
-> Brasil (1980) -> São Paulo (1990) 
• 
- Adultos com até 4 mm (são os 
menores muscídeos hematófagos) 
- Ovos com 1,0 a 1,5 mm 
• : 
ADULTOS 
- Permanecem dia e noite no animal, 
aglomerados em maior número nas 
partes altas do corpo dos bovinos 
(cupim zebuínos e região costal e flancos 
na maioria das raças) 
- Horas quentes do dia -> abrigo nas 
regiões ventrais 
- Pousadas sempre com a cabeça 
orientada para baixo, com as asas 
parcialmente abertas 
- Possuem hábitos hematófagos 
intermitentes -> 20 a 40X/dia, com o 
ingurgitamento em 4 a 10 minutos 
- Preferência por animais de pelame 
escuro, taurinos > zebuínos, machos > 
fêmeas 
- Número de moscas sobre um 
hospedeiro = poucos até 5.000 
- Capacidade de voo = até 15 km 
- Em jejum permanece viva de 18 a 26 
horas 
6 
 
- Longevidade média = ~40 dias (4 a 6 
semanas) 
OVOS 
- Depositados embaixo da borda de 
massas fecais frescas 
- Produção média = 15 a 24/ciclo 
ovariano 
- Produção total = 225 a 375 
ovos/fêmea 
LARVAS 
- Eclosão 24 horas após a oviposição 
- Ocorrem 2 mudas (3 ínstares larvais = 
L1, L2 e L3) 
- Período larval = 3 a 12 dias 
PUPAS 
- Período pupal = 2 a 8 dias 
• 
- Hematofagismo -> ingestão média = 1,7 
mg de sangue / mosca / repasto, 
30x/dia (portanto, 500 moscas causam 
a perda de 25,5 ml de sangue/dia) 
 até 50 moscas/animal -> grau de 
infestação baixo 
 de 50 a 200 moscas/animal -> grau 
de infestação médio 
 mais que 200 moscas/animal -> grau 
de infestação alto 
- Ação irritante -> redução do ganho 
de peso (até 14%) e da produção 
leiteira (25 a 50%) 
- Vetor biológico -> Stephanofilaria spp. 
- Vetor mecânico -> microrganismos 
patogênicos 
- Grandes prejuízos econômicos: 
milhões/ano 
• : 
- Uso de brincos, pulverização, faixas 
impregnadas com inseticidas (facilitado 
pelo hábito da mosca de permanecer 
muito tempo nos hospedeiros) 
- Tratamento deve ser criteriosos para 
evitar ao máximo o surgimento de 
resistência às drogas disponíveis 
3) PRODUTORES DE MIÍASES 
Miíase: ‘’Síndrome geral que tem como causa 
o ataque de larvas de dípteros a 
vertebrados vivos, nos quais aquelas 
realizam, pelo menos por um certo período, 
o desenvolvimento’’ 
a) Miíases obrigatórias ou primárias 
- Tecidos dérmicos ou subdérmicos 
 Dermatobia hominis (“mosca-do-
berne”) 
 Cochliomyia hominivorax (“mosca-da-
bicheira”) 
- Cavitárias 
 no trato gastrointestinal -> 
Gasterophilus spp. 
 em cavidades nasais -> Oestrus ovis 
b) Miíases facultativas ou secundárias 
- Ocorrem em tecidos diversos, onde 
houver necrose 
 Família Calliphoridae (Chrysomya spp., 
Sarcophaga spp.) 
DERMATOBIA HOMINIS (‘’MOSCA-DO-BERNE’’) 
• : nessa fase de larva podem 
parasitar mamíferos, incluindo o homem 
e aves 
• : América Latina 
• : 
- Adultos -> 1,2 a 1,7 cm, abdômen com 
brilho metálico azulado 
• 
Duração total média do ciclo biológico = 
120 dias 
7 
 
ADULTOS 
- Vivem em refúgios nas matas e 
florestas, regiões de reflorestamento, 
plantações de eucaliptos 
- Longevidade média = 3 dias 
- Postura com início até 48 horas 
após emergência do pupário 
OVOS 
- Quando da oviposição, as fêmeas 
capturam os vetores mecânicos ou 
foréticos para veiculação dos ovos -> 
cerca de 50 espécies de dípteros 
com hábitos zoofílicos, tamanho 
adequado e moderadamente ativos 
- Ovos são dispostos em cachos, 
geralmente em um dos lados do 
abdômen do forético, aderindo-se 
graças a uma substância aglutinante 
- Vantagens da utilização de foréticos: 
 proteção dos ovos contra a 
dessecação 
 aumento da probabilidade do 
encontro parasito-hospedeiro 
 melhor dispersão das larvas 
- Produção média = 30 a 40 
ovos/postura 
- Produção total = 800 a 1.000 
ovos/fêmea 
LARVAS (=’’BERNES’’) 
- Eclosão ocorre 4 a 9 dias após a 
ovipostura 
- Por estímulos ambientais: 
temperatura e CO2 
- Viabilidade larval nos ovos = 20 a 28 
dias 
- Penetração larval -> pele íntegra, até 
o tecido subcutâneo 
- Forma uma intumescência com 
abertura central para respiração 
- 3 ínstares larvais: 
 L1, L2 e L3 (respira através de uma 
perfuração cutânea) 
- Alimentação: exsudatos teciduais + 
material purulento 
- Período larval = 35 a 70 dias 
- Período de queda das L3: noturno e/ou 
início da manhã 
PUPAS 
- Tipo de solo + temperatura ambiente + 
umidade relativa -> determinam a penetração 
das larvas no solo, a formação o pupário e a 
emergência dos adultos 
- Período pupal médio = 21 a 35 dias 
• 
BOVINOS: 
- Regiões do costado e paleta 
- Animais com pelagem escura ou com 
manchas escuras 
- Temperatura cutânea maior -> maior 
atratividade aos dípteros hematófagos 
(que podem ser foréticos) 
- Ausência de resistência adquirida às 
sucessivas reinfestações 
- Raças taurinas são mais suscetíveis 
• 
- Larvas provocam processo doloroso 
-> animais irrequietos, nervosos e 
alimentam-se mal 
- Mais de 80% dos nódulos parasitários 
formam abscessos 
- Secreção + porta de entrada = 
predisposição às ‘’bicheiras’’ 
- No homem: mais comum nas 
extremidades dos membros e couro 
cabeludo 
 
8 
 
• 
- Redução do ganho de peso e da 
produção leiteira 
- Comprometimento e diminuição da 
qualidade dos couros 
• 
- Controle dos foréticos 
- Pulverização, pour-on 
(organofosforados, piretróides, 
Fipronil,...) 
- Avermectinas (Ivermectin, 
Doramectin) 
MIÍASES DOS TECIDOS DÉRMICOS OU 
SUBDÉRMICOS 
COCHLIOMYIA HOMINIVORAX (‘’MOSCA-
DA-BICHEIRA’’) 
• : mamíferos, inclusive o 
homem• : América Central e 
regiões tropicais e subtropicais da 
América do Sul 
• : 
Adultos -> até 1 cm, com olhos 
castanhos – alaranjados, corpo verde 
azulado metálico 
• 
(duração = 21 a 60d) 
ADULTOS 
- Alimentam-se do néctar das flores e 
substâncias das plantas 
- Fêmeas realizam uma única cópula no 
início do 1º ciclo ovariano -> aumento 
das necessidades proteicas para 
maturação dos ovos -> atraída para 
feridas pelo odor -> alimentam-se de 
tecidos vivos (sangue, exsudatos, etc.) 
OVOS 
- Postura preferencial em lesões 
recentes e em substratos secos, 
próximos às margens da lesão e/ou 
sobre superfícies úmidas 
LARVAS 
- Eclosão larval -> 14 a 18 horas após a 
oviposição 
- 3 ínstares larvais = L1, L2 e L3 
- Período larval = 5 a 9 dias 
PUPAS 
- Período pupal = 6 a 7 dias 
• : 
- Fatores predisponentes -> lesões 
diversas (cerca de arame, castração, 
descorna, marcação a fogo, tosquia, 
umbigo de bezerros neonatos, etc.) 
- Miíases sempre sobre lesões recentes 
- Larvas se alimentam do tecido 
muscular 
- Reação dolorosa intensa -> inquietude, 
lambimento e mordedura das lesões 
- Animais de temperamento passivo -> 
alteração do comportamento, 
emagrecimento 
- Sangramento e aumento contínuo das 
lesões 
- Infecções bacterianas secundárias -> 
formação de abscessos 
- Lesões de odor pútrido e desagradável 
- Redução do ganho de peso e da 
produção leiteira 
- Comprometimento e diminuição da 
qualidade dos couros 
• 
- Mesmo que para a Musca domestica 
- Nos E.U.A. -> como a cópula é única, 
esterilização dos machos por irradiação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
MIÍASES CAVITÁRIAS 
• Gasterophilus spp. (gaster = estômago; 
philus = amigo) -> gasterofilídeos de 
equinos 
• : equídeos 
• : 
- Gasterophilus intestinalis 
- G. nasalis 
♂
 
 
 
 
 
 
 
 
♀ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• 
ADULTOS 
- Moscas robustas, escuras de 1 a 2 cm 
de comprimento 
- Longevidade média = 2 a 3 dias 
OVOS 
- Locais da ovipostura: 
 G. nasalis -> nos pelos da região 
peribucal e ganacha 
 G. intestinalis -> pelos da região 
escapular e da face interna dos 
membros anteriores 
 
 
LARVAS 
- Eclosão espontânea em 5 a 10 dias -> G. 
nasalis 
- Eclosão através de estímulos 
(temperatura e CO2 + auto-limpeza ou 
mútua limpeza) -> G. intestinalis 
- L1 possui cerca de 1 mm de 
comprimento realiza locomoção para a 
língua durante a auto ou mútua limpeza 
-> G. intestinalis 
- Fase migratória oral de L1 -> dura cerca 
de 30 dias: 
 Fase 1 = lingual 
 Fase 2 = gengival 
 Fase 3 = raiz lingual 
- Fase gastrintestinal 
 L2 fixam-se 
 L3 surgem após fixação das L2 
 Dura de 10 a 12 meses, quando as L3 
(com ~2 cm) desprendem-se da mucosa 
e são eliminadas nas fezes 
PUPAS 
- Período médio pupal = 3 a 4 semanas 
• 
- Ação mecânica ulcerativa sobre a 
mucosa e/ou submucosa gástrica 
- Perfuração da parede gástrica, podendo 
levar à peritonite 
- Invasão bacteriana da mucosa lesada 
- Abscessos na subserosa 
 
10 
 
• 
- Uso de drogas que atinjam as larvas 
no estômago -> ivermectin, 
tiabendazole + trichlorfon 
OESTRUS OVIS ‘’BERNES NASAIS’’ 
• ovinos e caprinos 
• : cosmopolita 
• 
ADULTOS 
- Medem ~1 cm e são revestidos de 
pelos castanhos curtos 
- Fêmeas são larvíparas (eliminam L1) 
- Longevidade média = até 2 semanas 
LARVAS 
- Eliminadas por fêmeas adultas que 
durante o voo soltam jatos de líquido 
contendo até 25 L1 direcionados para 
as narinas dos HDs 
- Tamanho médio das L1 = 1,0 mm 
- Produção média total de L1 = 500 
larvas 
- Realizam 2 mudas (3 ínstares larvais) 
- Após a fixação na membrana mucosa 
dos condutos nasais (2 semanas) -> 
surgem as L2 -> invadem os seios 
frontais -> mudam para L3 (com 2,5 a 
3,0 cm) -> voltam para os condutos 
nasais -> são expelidas através da 
descarga nasal e/ou espirros do 
hospedeiro 
- Período larval = 25 dias a 12 meses 
PUPAS 
- Período médio pupal = 3 a 6 semanas 
• 
- Animais apresentam excitação, 
espirros, mudanças comportamentais 
-> esfregam o focinho em objetos fixos 
- Ação mecânica dos ganchos orais e 
dos espinhos larvais causam processo 
inflamatório das membranas nasais, 
com secreção mucosa a mucopurulenta 
e sangramentos 
- Decréscimo na produção de carne 
(cerca de 1,1 a 4,6 kg) e de lã (200 a 500g) 
• 
Tratamentos são feitos em casos de 
infestações maciças (Ivermectin, 
trichlorfon,...) 
SUB-ORDEM BRACHYCERA 
TABANUS SPP e CHRYSOPS SPP. 
TABANÍDEOS – ‘’Moscas dos cavalos’’ ou 
‘’Mutucas’’ 
• animais domésticos, 
homem 
• : mais de 3.000 
• : cosmopolita 
• 
- Adultos podem chegar a 2,5 cm 
- Apenas as fêmeas são hematófagas 
- Possuem 1 par de antenas projetadas 
para frente (ao contrário das moscas 
cyclorraphas, que possuem as antenas 
direcionadas ventralmente), tri-
segmentada, curtas e grossas 
• : duração = 5 meses ou 
mais 
OVOS 
- Depositados na vegetação ou pedras, 
em áreas úmidas, barrentas ou 
pantanosas 
LARVAS 
- Eclodem em 1 a 2 semanas 
- Caem na água e se alimentam de 
matéria orgânica 
- Período larval = 3 meses a 3 anos 
 
11 
 
PUPAS 
- Ficam parcialmente enterradas na 
lama ou no solo 
- Período pupal = 1 a 3 semanas 
São mais ativos 
durante os dias 
quentes 
• : 
- Cada mosca adulta suga ~0,36ml de 
sangue/repasto; 
- Picadas são profundas e dolorosas; 
- Causam inquietação e desconforto; 
- Vetores mecânicos de vírus, 
bactérias, protozoários e nematoides 
• : dificultado pelos hábitos das 
moscas -> inseticidas, telas de 
proteção 
SUB-ORDEM NEMATOCERA 
• Apenas as fêmeas sugam sangue, os 
machos se alimentam de seiva 
Culicoides spp. ou “mosquito pólvora” 
Simulium spp. ou “borrachudos” 
Lutzomyia spp., Nyssomyia spp. 
(Flebotomíneos) 
“mosquito palha”, “birigui”, “cangalhinha” 
Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. ou 
“pernilongos” 
CULICOIDES SPP. OU ‘’MOSQUITO PÓLVORA’’ 
• : animais domésticos, 
homem 
• : mais de 800 
• : cosmopolita 
• : antenas proeminentes, 
patas curtas, peças bucais pequenas 
LUTZOMYIA SPP. 
NYSSOMYIA SPP. 
E outros gêneros chamados Flebotomíneos 
• : ‘’Mosquito palha’’ ou ‘’Birigui’’ ou 
‘’cangalhinha’’ 
• : mamíferos, répteis, aves, 
homem 
• : semelhante aos outros 
Nematocera, com 30 a 100 dias de 
duração 
- ADULTOS – medem até 5 mm, com 
patas longas 
- OVOS – não são colocados na água, mas 
necessitam de umidade 
• : são vetores de Leishmania 
spp. 
• : inseticidas, telas protetoras, 
repelentes 
FAMÍLIA CULICIDAE 
Gêneros Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. 
• : mamíferos, répteis, aves, 
homem 
• semelhante aos outros 
Nematocera, com 30 a 100 dias de 
duração 
ADULTOS – medem até 5 mm, com patas 
longas 
OVOS – colocados na superfície da água 
• : 
- Possuem hábitos alimentares diurnos e 
noturnos; 
- São vetores biológicos de diferentes 
agentes: 
 Anopheles spp. -> malária 
 Aedes spp. -> dengue, febre amarela, 
zica... 
 Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. 
-> Dirofilaria immitis 
 
 
 
 
 
12 
 
• : 
- Inseticidas, telas de proteção, 
repelentes; 
- Controle das larvas (inseticidas, 
controle biológico, retirada dos 
criatórios aquáticos).

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