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1 FILO ARTHROPODA ARTRÓPODES (arthros é articulado e podos são pés ou patas) Portanto, os artrópodes são seres que possuem pés ou patas articulados • Animais invertebrados (ou seja, não possuem vértebras) que possuem exoesqueleto rígido e vários pares de apêndices articulados *o exoesqueleto é como se fosse a camada externa do corpo do animal. Na maioria dos casos em muitos animais, é um exoesqueleto rígido, normalmente é composto de quitina e essa quitina endurece. Portanto, é uma proteção para o animal. • O maior filo de animais existentes, com cerca de 1 milhão de espécies descritas; • Representantes deste filo equivalem a cerca de 84% das espécies de animais conhecidas; • Habitam praticamente todos os tipos de ambientes, sejam eles aquáticos ou terrestres. • Os artrópodes possuem o chamado dimorfismo sexual (se tem o macho e a fêmea) CLASSIFICAÇÃO Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: - Diptera (moscas, mosquitos) - Phthiraptera (piolhos) - Siphonaptera (pulgas) - Outros (Hemiptera = percevejos, barbeiros) Classe: Arachnida Subclasse: - Acari (ácaros, carrapatos) - Outros (aranhas, escorpiões) • Possuem uma ampla gama de cores, formatos e tamanhos • Corpo segmentado - Cabeça - Tórax – de onde sai as pernas ou as patas e também sai as asas - Abdômen • Membros articulados • Muda ou ecdise – varia com a espécie e condições ambientais *muda ou ecdise – o processo de muda ou ecdise garante o crescimento do artrópode, pois este possui um exoesqueleto que impede o crescimento de forma contínua. Muda ou ecdise é o processo em que artrópodes trocam seu exoesqueleto quitinoso para que o crescimento possa ocorrer. CLASSE INSECTA - Três pares de patas (pernas) - Um par de antenas; asas (existe algumas exceções em que alguns não possuem asas, como piolho e pulga) - Cabeça, tórax e abdômen distintos • Abdômen -> até 11 segmentos Modificado caudalmente formando a genitália CICLO EVOLUTIVO • -> ocorre metamorfose completa (modificação estrutural importante) em alguma fase do ciclo. EX.: moscas e pulgas Adulto coloca os ovos -> dentro dos ovos eclodem as larvas (3 estádios, instares) -> ao chegar na larva 3, ela vai empupar -> vai se 2 formar esse pupário fora da larva e dentro sofrerá uma mudança radical. É na fase de pupa que ocorrerá a metamorfose (dentro dessa pupa sairá um indivíduo adulto) • -> não apresentam larva, desenvolvimento direto, a ninfa eclode do ovo com todas as estruturas do indivíduo adulto e apenas cresce em tamanho, não ocorre metamorfose EX.: piolhos adulto ninfa 3 ovo ninfa 2 ninfa 1 SUBCLASSE ACARI ORDEM DIPTERA (MOSCAS E MOSQUITOS) Ordem: Diptera Subordens: Nematocera, Brachycera, Cyclorrhapha Famílias Nematocera: - Ceratopogonidae (230) (mosquito-pólvora) - Simuliidae (50) (borrachudos) - Psychodidae (370) (mosquito-palha) - Culicidae (442) (mosquitos) Família Brachycera: - Tabanidae (500) (mutucas) Família Cyclorrhapha: - Muscidae (330) (moscas domésticas e dos estábulos) - Calliphoridae (40) (varejeiras) 3 - Hippoboscidae (30) (moscas de florestas e melofagídeos) - Oestridae (25) (moscas do ‘’berne’’) *berne é uma larva de mosca • Comuns, entre as 4 ordens megadiversas de insetos holometábolos, 153 mil espécies descritas, os dípteras compreendem de 10 a 15% de toda a biodiversidade mundial de insetos holometábolos • Ordem pouco conhecida, muitas spp. ainda não descritas, estima-se cerca de 400 mil spp. no mundo e 60 mil no Brasil • Amplamente distribuída – recebem uma variedade de nomes populares, sendo moscas e mosquitos os mais conhecidos e generalizados • Bem estudada – importantes vetores, ativos e passivos, de organismos que podem causar doenças no homem e animais domésticos. MOSCAS E MOSQUITOS • Número de artículos das anteras: - – antenas formadas por três segmentos - – antenas formadas por mais de 6 artículos (geralmente 11) *uma diferenciação nos mosquitos entre machos e fêmeas é a presença de antenas plumosas nos machos e nas fêmeas não. SUB-ORDEM CYCLORRHAPHA 1) SINANTRÓPICOS (Syn = ação conjunta; Antropos = homem) • Oportunistas das condições criadas pelo homem • Surgem em condições ambientais de baixo nível de higiene (excretas humanos e dos animais domésticos, detritos urbanos e industriais, lixões, aterros sanitários e fossas abertas, feiras livres, etc.) • Musca domestica: vetor mecânico de patógenos • Chrysomyia spp.: causadoras de miíases secundárias • Lucillia spp.: miíases primárias em ovinos, propiciando as secundárias e infecções bacterianas. • Família Sarcophagidae: ovos em alimento em putrefação, fezes, cadáveres, feridas (causando miíases em lesões pré-existentes onde existe necrose). *moscas com comportamento sinantrópico – significa que essas moscas vivem junto ao homem, se aproveita das condições que o homem cria. Portanto, tudo o que o homem cria ou que para ele não tenha mais serventia, por exemplo o lixo, essas moscas se aproveitam deste ambiente para se desenvolver. *as moscas sinantrópicas – não são hematófagas MUSCA DOMESTICA • Não são parasitas obrigatórios, não picadora, vetor mecânico de + 60 patógenos, pode nutrir-se de secreções animais. • : qualquer espécie animal (não são parasitas obrigatórios) - Espécie não-picadora, nutre-se de secreções animais, como as feridas - Hábitos onívoros (alimentos sólidos são liquefeitos através da saliva e/ou regurgitação • cosmopolita • : peças bucais adaptadas para sucção (evidentes quando distendidas durante a alimentação) - Possui listas longitudinais escuras no tórax - Marcas claras e escuras no abdômen • : - Vetor mecânico de mais de 60 categorias de patógenos para o homem 4 e os animais (vírus, bactérias, protozoários, ovos de helmintos, ovos de Dermatobia hominis, etc.) - Vetor biológico ou H.I. dos nematódeos Habronema muscae e Draschia megastoma • : - Melhoria das condições de higiene; - Diminuição dos criadouros de moscas (retirar esterco e matérias orgânicas em decomposição); - Uso adequado de inseticidas (brincos, pulverização, sprays, sistêmicos pour- on ou injetável); - Telas e grades de eletrocussão CHRYSOMYIA SPP. • : qualquer espécie animal - Consideradas moscas secundárias, pois não são capazes de iniciar um ataque, atuando em áreas já atacadas ou lesadas, aumentando a agressão • : possuem até 1 cm de tamanho, cor verde ou azul metálico • : ovos em fezes ou matéria orgânica em decomposição 3 intares larvais, pupa no ambiente • - C. putoria -> áreas suburbanas e rurais = comum em granjas de galinhas poedeiras, alimentando-se de ovos quebrados, carcaças de aves, esterco acumulado, alimentos frescos, etc. (hábito alimentar diversificado) - C megacephala e C. albiceps -> áreas urbanas e suburbanas = encontradas em feiras livres (atraídas por peixes, aves, vísceras, etc.), lixões (fezes, frutas carcaças, etc.) – mais comum em áreas urbanas • : - C. putoria e C. megacephala -> vetores mecânicos de microrganismos patogênicos - C. putoria e C. albiceps -> causadoras de miíases secundárias • : o mesmo que para Musca domestica MOSCAS SARCÓFAGAS • Família Sarcophagidae (Sarcophaga: ‘’sarco = carne, ‘’phaga’’ = comer): • : qualquer espécie animal • : coloração acinzentada e abdômen axadrezado. Tórax com 3 faixas pretas longitudinais • : - Fêmeas larvíparas, muito ativas e carnívoras; - Cada fêmea pode colocar até 50 larvas por vez, em algum alimento em putrefação, fezes, cadáveres, feridas (causando miíasesem lesões pré- existentes onde tenha uma necrose). • : vetor de microrganismos, produtoras de miíases secundárias • : - Melhoria das condições de higiene; - Diminuição dos criadouros de moscas (retirar esterco e matérias orgânicas em decomposição); - Uso adequado de inseticidas (brincos, pulverização, sprays, sistêmicos pour-on, oral ou injetável); - Telas e grades de eletrocussão 2) SIMBOVINOS - Ocorrem em animais domésticos e selvagens - Causam graves prejuízos econômicos e de saúde animal • Stomoxys Calcitrans (mosca-dos- estábulos): ação irritante, hematofagismo, vetor mecânico de patógenos e microrganismos • Haematobia irritans (mosca-dos-chifres): ação irritante, hematofagismo, vetor mecânico de patógenos e microrganismos 5 STOMOXYS CALCITRANS (MOSCA-DOS- ESTÁBULOS) • maioria das espécies animais, inclusive o homem - Equinos e bovinos -> hospedeiros preferenciais (em função de seus hábitos e/ou sistemas de criação) • cosmopolita • - Adultos com 5 a 6 mm - Semelhante à Musca domestica, porém com o abdômen mais curto e largo - Possui 3 manchas escuras no 2° e 3° segmentos abdominais - Probóscide projetada para a frente • : (duração total = apróx.. 4 semanas) ADULTOS - Hábitos hematófagos diurnos (2x/dia), não permanece no animal (ingurgitamento em 3 a 4 minutos) - Encontrada em instalações rurais próximas ao homem e animais, raramente invadindo residências - Capacidade de dispersão = até 80 km - Longevidade média = 17 a 29 dias OVOS - Depositados preferencialmente em matéria orgânica vegetal em decomposição e fermentada com fezes e urina (cama de animais, palha, feno, restos de lavouras, grãos umedecidos), esterco de aves (presença de amônia), lixo decomposto em aterros sanitários, etc. - Produção total = 560 a 1000 ovos/fêmeas LARVAS - Eclosão ocorre 20 a 80 horas após a ovipostura - Ocorrem 2 mudas (3 ínstares larvais: L1, L2 e L3) - Período larval = 8 a 10 dias PUPAS - Período pupal = 2 a 8 dias • - Ação irritante e hematofagismo -> 25,8 mg de sangue/mosca/repasto, principalmente nas patas e abdômen - Decréscimo de produtividade - Vetores mecânicos -> microrganismos - Vetores biológicos (H.I.) -> Habronema spp. - Prejuízos econômicos severos: milhões/ano • mesmo que para Musca domestica HAEMATOBIA IRRITANS (MOSCA-DOS-CHIFRES) • bovinos e bubalinos • Europa -> E.U.A. (1884/86) -> Brasil (1980) -> São Paulo (1990) • - Adultos com até 4 mm (são os menores muscídeos hematófagos) - Ovos com 1,0 a 1,5 mm • : ADULTOS - Permanecem dia e noite no animal, aglomerados em maior número nas partes altas do corpo dos bovinos (cupim zebuínos e região costal e flancos na maioria das raças) - Horas quentes do dia -> abrigo nas regiões ventrais - Pousadas sempre com a cabeça orientada para baixo, com as asas parcialmente abertas - Possuem hábitos hematófagos intermitentes -> 20 a 40X/dia, com o ingurgitamento em 4 a 10 minutos - Preferência por animais de pelame escuro, taurinos > zebuínos, machos > fêmeas - Número de moscas sobre um hospedeiro = poucos até 5.000 - Capacidade de voo = até 15 km - Em jejum permanece viva de 18 a 26 horas 6 - Longevidade média = ~40 dias (4 a 6 semanas) OVOS - Depositados embaixo da borda de massas fecais frescas - Produção média = 15 a 24/ciclo ovariano - Produção total = 225 a 375 ovos/fêmea LARVAS - Eclosão 24 horas após a oviposição - Ocorrem 2 mudas (3 ínstares larvais = L1, L2 e L3) - Período larval = 3 a 12 dias PUPAS - Período pupal = 2 a 8 dias • - Hematofagismo -> ingestão média = 1,7 mg de sangue / mosca / repasto, 30x/dia (portanto, 500 moscas causam a perda de 25,5 ml de sangue/dia) até 50 moscas/animal -> grau de infestação baixo de 50 a 200 moscas/animal -> grau de infestação médio mais que 200 moscas/animal -> grau de infestação alto - Ação irritante -> redução do ganho de peso (até 14%) e da produção leiteira (25 a 50%) - Vetor biológico -> Stephanofilaria spp. - Vetor mecânico -> microrganismos patogênicos - Grandes prejuízos econômicos: milhões/ano • : - Uso de brincos, pulverização, faixas impregnadas com inseticidas (facilitado pelo hábito da mosca de permanecer muito tempo nos hospedeiros) - Tratamento deve ser criteriosos para evitar ao máximo o surgimento de resistência às drogas disponíveis 3) PRODUTORES DE MIÍASES Miíase: ‘’Síndrome geral que tem como causa o ataque de larvas de dípteros a vertebrados vivos, nos quais aquelas realizam, pelo menos por um certo período, o desenvolvimento’’ a) Miíases obrigatórias ou primárias - Tecidos dérmicos ou subdérmicos Dermatobia hominis (“mosca-do- berne”) Cochliomyia hominivorax (“mosca-da- bicheira”) - Cavitárias no trato gastrointestinal -> Gasterophilus spp. em cavidades nasais -> Oestrus ovis b) Miíases facultativas ou secundárias - Ocorrem em tecidos diversos, onde houver necrose Família Calliphoridae (Chrysomya spp., Sarcophaga spp.) DERMATOBIA HOMINIS (‘’MOSCA-DO-BERNE’’) • : nessa fase de larva podem parasitar mamíferos, incluindo o homem e aves • : América Latina • : - Adultos -> 1,2 a 1,7 cm, abdômen com brilho metálico azulado • Duração total média do ciclo biológico = 120 dias 7 ADULTOS - Vivem em refúgios nas matas e florestas, regiões de reflorestamento, plantações de eucaliptos - Longevidade média = 3 dias - Postura com início até 48 horas após emergência do pupário OVOS - Quando da oviposição, as fêmeas capturam os vetores mecânicos ou foréticos para veiculação dos ovos -> cerca de 50 espécies de dípteros com hábitos zoofílicos, tamanho adequado e moderadamente ativos - Ovos são dispostos em cachos, geralmente em um dos lados do abdômen do forético, aderindo-se graças a uma substância aglutinante - Vantagens da utilização de foréticos: proteção dos ovos contra a dessecação aumento da probabilidade do encontro parasito-hospedeiro melhor dispersão das larvas - Produção média = 30 a 40 ovos/postura - Produção total = 800 a 1.000 ovos/fêmea LARVAS (=’’BERNES’’) - Eclosão ocorre 4 a 9 dias após a ovipostura - Por estímulos ambientais: temperatura e CO2 - Viabilidade larval nos ovos = 20 a 28 dias - Penetração larval -> pele íntegra, até o tecido subcutâneo - Forma uma intumescência com abertura central para respiração - 3 ínstares larvais: L1, L2 e L3 (respira através de uma perfuração cutânea) - Alimentação: exsudatos teciduais + material purulento - Período larval = 35 a 70 dias - Período de queda das L3: noturno e/ou início da manhã PUPAS - Tipo de solo + temperatura ambiente + umidade relativa -> determinam a penetração das larvas no solo, a formação o pupário e a emergência dos adultos - Período pupal médio = 21 a 35 dias • BOVINOS: - Regiões do costado e paleta - Animais com pelagem escura ou com manchas escuras - Temperatura cutânea maior -> maior atratividade aos dípteros hematófagos (que podem ser foréticos) - Ausência de resistência adquirida às sucessivas reinfestações - Raças taurinas são mais suscetíveis • - Larvas provocam processo doloroso -> animais irrequietos, nervosos e alimentam-se mal - Mais de 80% dos nódulos parasitários formam abscessos - Secreção + porta de entrada = predisposição às ‘’bicheiras’’ - No homem: mais comum nas extremidades dos membros e couro cabeludo 8 • - Redução do ganho de peso e da produção leiteira - Comprometimento e diminuição da qualidade dos couros • - Controle dos foréticos - Pulverização, pour-on (organofosforados, piretróides, Fipronil,...) - Avermectinas (Ivermectin, Doramectin) MIÍASES DOS TECIDOS DÉRMICOS OU SUBDÉRMICOS COCHLIOMYIA HOMINIVORAX (‘’MOSCA- DA-BICHEIRA’’) • : mamíferos, inclusive o homem• : América Central e regiões tropicais e subtropicais da América do Sul • : Adultos -> até 1 cm, com olhos castanhos – alaranjados, corpo verde azulado metálico • (duração = 21 a 60d) ADULTOS - Alimentam-se do néctar das flores e substâncias das plantas - Fêmeas realizam uma única cópula no início do 1º ciclo ovariano -> aumento das necessidades proteicas para maturação dos ovos -> atraída para feridas pelo odor -> alimentam-se de tecidos vivos (sangue, exsudatos, etc.) OVOS - Postura preferencial em lesões recentes e em substratos secos, próximos às margens da lesão e/ou sobre superfícies úmidas LARVAS - Eclosão larval -> 14 a 18 horas após a oviposição - 3 ínstares larvais = L1, L2 e L3 - Período larval = 5 a 9 dias PUPAS - Período pupal = 6 a 7 dias • : - Fatores predisponentes -> lesões diversas (cerca de arame, castração, descorna, marcação a fogo, tosquia, umbigo de bezerros neonatos, etc.) - Miíases sempre sobre lesões recentes - Larvas se alimentam do tecido muscular - Reação dolorosa intensa -> inquietude, lambimento e mordedura das lesões - Animais de temperamento passivo -> alteração do comportamento, emagrecimento - Sangramento e aumento contínuo das lesões - Infecções bacterianas secundárias -> formação de abscessos - Lesões de odor pútrido e desagradável - Redução do ganho de peso e da produção leiteira - Comprometimento e diminuição da qualidade dos couros • - Mesmo que para a Musca domestica - Nos E.U.A. -> como a cópula é única, esterilização dos machos por irradiação 9 MIÍASES CAVITÁRIAS • Gasterophilus spp. (gaster = estômago; philus = amigo) -> gasterofilídeos de equinos • : equídeos • : - Gasterophilus intestinalis - G. nasalis ♂ ♀ • ADULTOS - Moscas robustas, escuras de 1 a 2 cm de comprimento - Longevidade média = 2 a 3 dias OVOS - Locais da ovipostura: G. nasalis -> nos pelos da região peribucal e ganacha G. intestinalis -> pelos da região escapular e da face interna dos membros anteriores LARVAS - Eclosão espontânea em 5 a 10 dias -> G. nasalis - Eclosão através de estímulos (temperatura e CO2 + auto-limpeza ou mútua limpeza) -> G. intestinalis - L1 possui cerca de 1 mm de comprimento realiza locomoção para a língua durante a auto ou mútua limpeza -> G. intestinalis - Fase migratória oral de L1 -> dura cerca de 30 dias: Fase 1 = lingual Fase 2 = gengival Fase 3 = raiz lingual - Fase gastrintestinal L2 fixam-se L3 surgem após fixação das L2 Dura de 10 a 12 meses, quando as L3 (com ~2 cm) desprendem-se da mucosa e são eliminadas nas fezes PUPAS - Período médio pupal = 3 a 4 semanas • - Ação mecânica ulcerativa sobre a mucosa e/ou submucosa gástrica - Perfuração da parede gástrica, podendo levar à peritonite - Invasão bacteriana da mucosa lesada - Abscessos na subserosa 10 • - Uso de drogas que atinjam as larvas no estômago -> ivermectin, tiabendazole + trichlorfon OESTRUS OVIS ‘’BERNES NASAIS’’ • ovinos e caprinos • : cosmopolita • ADULTOS - Medem ~1 cm e são revestidos de pelos castanhos curtos - Fêmeas são larvíparas (eliminam L1) - Longevidade média = até 2 semanas LARVAS - Eliminadas por fêmeas adultas que durante o voo soltam jatos de líquido contendo até 25 L1 direcionados para as narinas dos HDs - Tamanho médio das L1 = 1,0 mm - Produção média total de L1 = 500 larvas - Realizam 2 mudas (3 ínstares larvais) - Após a fixação na membrana mucosa dos condutos nasais (2 semanas) -> surgem as L2 -> invadem os seios frontais -> mudam para L3 (com 2,5 a 3,0 cm) -> voltam para os condutos nasais -> são expelidas através da descarga nasal e/ou espirros do hospedeiro - Período larval = 25 dias a 12 meses PUPAS - Período médio pupal = 3 a 6 semanas • - Animais apresentam excitação, espirros, mudanças comportamentais -> esfregam o focinho em objetos fixos - Ação mecânica dos ganchos orais e dos espinhos larvais causam processo inflamatório das membranas nasais, com secreção mucosa a mucopurulenta e sangramentos - Decréscimo na produção de carne (cerca de 1,1 a 4,6 kg) e de lã (200 a 500g) • Tratamentos são feitos em casos de infestações maciças (Ivermectin, trichlorfon,...) SUB-ORDEM BRACHYCERA TABANUS SPP e CHRYSOPS SPP. TABANÍDEOS – ‘’Moscas dos cavalos’’ ou ‘’Mutucas’’ • animais domésticos, homem • : mais de 3.000 • : cosmopolita • - Adultos podem chegar a 2,5 cm - Apenas as fêmeas são hematófagas - Possuem 1 par de antenas projetadas para frente (ao contrário das moscas cyclorraphas, que possuem as antenas direcionadas ventralmente), tri- segmentada, curtas e grossas • : duração = 5 meses ou mais OVOS - Depositados na vegetação ou pedras, em áreas úmidas, barrentas ou pantanosas LARVAS - Eclodem em 1 a 2 semanas - Caem na água e se alimentam de matéria orgânica - Período larval = 3 meses a 3 anos 11 PUPAS - Ficam parcialmente enterradas na lama ou no solo - Período pupal = 1 a 3 semanas São mais ativos durante os dias quentes • : - Cada mosca adulta suga ~0,36ml de sangue/repasto; - Picadas são profundas e dolorosas; - Causam inquietação e desconforto; - Vetores mecânicos de vírus, bactérias, protozoários e nematoides • : dificultado pelos hábitos das moscas -> inseticidas, telas de proteção SUB-ORDEM NEMATOCERA • Apenas as fêmeas sugam sangue, os machos se alimentam de seiva Culicoides spp. ou “mosquito pólvora” Simulium spp. ou “borrachudos” Lutzomyia spp., Nyssomyia spp. (Flebotomíneos) “mosquito palha”, “birigui”, “cangalhinha” Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. ou “pernilongos” CULICOIDES SPP. OU ‘’MOSQUITO PÓLVORA’’ • : animais domésticos, homem • : mais de 800 • : cosmopolita • : antenas proeminentes, patas curtas, peças bucais pequenas LUTZOMYIA SPP. NYSSOMYIA SPP. E outros gêneros chamados Flebotomíneos • : ‘’Mosquito palha’’ ou ‘’Birigui’’ ou ‘’cangalhinha’’ • : mamíferos, répteis, aves, homem • : semelhante aos outros Nematocera, com 30 a 100 dias de duração - ADULTOS – medem até 5 mm, com patas longas - OVOS – não são colocados na água, mas necessitam de umidade • : são vetores de Leishmania spp. • : inseticidas, telas protetoras, repelentes FAMÍLIA CULICIDAE Gêneros Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. • : mamíferos, répteis, aves, homem • semelhante aos outros Nematocera, com 30 a 100 dias de duração ADULTOS – medem até 5 mm, com patas longas OVOS – colocados na superfície da água • : - Possuem hábitos alimentares diurnos e noturnos; - São vetores biológicos de diferentes agentes: Anopheles spp. -> malária Aedes spp. -> dengue, febre amarela, zica... Anopheles spp., Culex spp. e Aedes spp. -> Dirofilaria immitis 12 • : - Inseticidas, telas de proteção, repelentes; - Controle das larvas (inseticidas, controle biológico, retirada dos criatórios aquáticos).
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