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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
1 
 
PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS NO P.A. 
 Adrenalina 1 ampola (1ml = 1mg = 1:1000) 
 Anafilaxia com cianose: 1 ampola 
padrão (1mg/ml ou 1:1000)  fazer 0,3-
0,5ml IM (no M. vasto lateral), 
preferencialmente OU 1 ampola + SF 9 
ml (1:10000)  Fazer 1 a 3 mL da 
solução via EV, podendo repetir de 5 em 
5 minutos. 
 Parada cardiorrespiratória com ritmo 
não responsivo ao choque: 1 ampola 
(1:1000) + SF 0,9% 20 mL EV em flush 
(elevar o membro após administração 
por 10 segundos). 
 Buscopan® composto: 1 ampola (20mg/ml e 
20mg/5ml) + Água destilada 10ml EV lento. 
 Buscopan® simples: 1 ampola + Água destilada 
10ml EV lento (para alérgicos à dipirona). 
 Captopril 25mg: 1 comprimido VO, a cada 30min. 
 Cimetidina: 1 ampola (300mg/2ml) + Água 
destilada 10ml EV. 
 Complexo B: 1 ampola + Água destilada 10ml EV 
(evitar fazer no soro). 
 Dexametasona (Decadron®): 1 ampola (2mg/ml e 
4mg/ml) IM ou + Água destilada 10ml EV. 
 Diazepam: 1 ampola (10mg/2ml) IM (para crises 
nervosas) ou + Água destilada 10ml EV lento 
(para crises convulsivas). 
 Diclofenaco de potássio/sódio (Voltaren®): 1 
ampola (75mg/3ml) IM. 
 Dipirona: 1 ampola (1000mg/2ml) IM ou + Água 
destilada 8 ml EV. 
 Dobutamina: 1 ampola (de 250mg/20ml) + 230ml 
SF (concentração: 1mg/ml) ou 2 ampolas (de 
250mg/20ml) + 210ml SF (concentração: 
2mg/ml), 6 a 25ml/hora em BIC (iniciar com 
10ml/hora). 
 Enoxaparina (Clexane®): 1 ampola (60mg/ml) SC. 
 Furosemida: 1 a 2 ampolas (20mg/2ml) + Água 
destilada 10ml EV. 
 Glicose 50%: 1 a 6 ampolas no soro administrado 
EV, para casos de hipoglicemia. 
 Hidrocortisona: 1 frasco-ampola (100mg e 
500mg/ml) + Água destilada EV. 
 Metoclopramida (Plasil®): 1 ampola (10mg/2ml) 
+ Água destilada EV lento. 
 Morfina: 1 ampola (10mg/ml) + Água destilada 9 
ml  fazer 3 a 5ml da solução, de 5 em 5 
minutos, até analgesia plena (evitar em suspeitas 
de infarto de ventrículo direito ou parede 
inferior). 
 Nebulização (NBZ) com: 
 SF0,9% 3 a 4 ml. + 
 Fenoterol (Berotec®): para crianças, 1 gota 
para cada 3kg de peso; para adultos, 10 a 
20 gotas (evitar em casos de 
taquiarritmias). + 
 Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 10 
gotas para menores de 1 ano; 20 gotas 
entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas para 
maiores de 6 anos e adultos. 
 Repetir de 20/20 minutos. 
 Nifedipina (Adalat®) 10 e 20mg: 1 comprimido 
VO. 
 Nitroprussiato (Nipride®): 1 ampola (de 
50mg/2ml) + 248ml SF (concentração: 
200µg/ml). 
 Noradrenalina: 4 ampolas (de 8mg/4ml) + 234ml 
SF, 6 a 25ml/hora em BIC (iniciar com 
10ml/hora). 
 Omeprazol: 1 frasco-ampola (40mg/ml) + 
Diluente 10ml EV. 
 Penicilina G Benzatina (Benzetacil®): 600.000 UI 
ou 1.200.000 UI + Água destilada 4 a 6ml IM, na 
região glútea (não administrar EV ou SC). 
 Prometazina (Fenergan®): 1 ampola (50mg/2ml) 
IM. 
 Ranitidina: 1 ampola (50mg/2ml) + Água 
destilada 10ml EV. 
 Tenoxicam (Tilatil®): 1 ampola (20 ou 40mg) IM 
ou + Água destilada 10ml EV. 
 Transamin: 1 ampola + Água destilada EV. 
 Tramadol (Tramal®): 1 ampola (100mg/2ml) + 
Soro fisiológico 100mL EV: fazer em 1h (32 
gotas/min) a 2h (16 gotas/min). 
 Vitamina C: 1 ampola (500mg/5ml) + Água 
destilada 10ml EV. 
 Vitamina K: 1 ampola (10mg/ml) IM (evitar) ou 
EV (100ml de SF lento, em 30 a 60min). 
 
ANEXO: 
 1 mg = 1000 µg 
 1 gota = 3 microgotas 
 1 ml = 20 gotas = 60 microgotas 
 1 ml/hora = 1 microgota/min 
 Cálculo do gotejamento em gotas/min: 
Volume desejado do soro 
Quantidade de horas x 3 
 Cálculo do gotejamento em microgotas/min: 
Volume desejado do soro 
Quantidade de horas 
 
 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
2 
 
A 
 
ABSCESSO SUBCUTÂNEO [L02] 
 Calor úmido. 
 Drenagem com assepsia e anestesia 
local com Lidocaína 2% 
 Tratamento da dor e da febre: 
o Dipirona 1g/2ml + AD 8ml EV; 
o Diclofenaco (Voltaren®) 
75mg/3ml: 1 ampola IM. 
 Antibioticoterapia ambulatorial: 
o Cefalexina: 500mg VO de 6/6h 
por 7 dias. 
o Cefadroxil: 500mg VO de 
12/12h por 7 dias. 
 
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA [F10.3] / DELIRIUM TREMENS 
[F05.9] 
1. Excluir outras causas (IH, TCE, HDA, 
infecções, etc.). 
2. SG 5% 1000ml EV; 
3. Complexo B: 1 ampola + AD EV; 
4. Diazepam: 5 a 10mg EV lento, até 8/8h, 
de horário ou se agitação motora. Pode 
ser feito Valium® 10mg, 1 comprimido 
VO, 1-3x ao dia. OBS: O álcool causa 
resistência aumentada aos 
benzodiazepínicos, o que pode exigir 
doses mais altas de Diazepam. 
5. Haloperidol (Haldol®) 5mg/ml: ½ a 1 
ampola IM de 4/4h, se necessário (em 
caso de delírios e alucinações). 
 
ACIDENTES OFÍDICOS [X20 E W59] 
1. Monitorar paciente: cabeceira elevada; ECG 
contínuo; oxímetro de pulso; diurese (sonda 
vesical de demora); eletrólitos; 
coagulograma; 
2. Hidratação venosa abundante: SF 0,9% 50-
100ml/kg EV; 
3. Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 1 
ampola + AD EV; 
4. Dipirona 1g/2ml: 1 a 2 ampolas EV; 
5. Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 
ampola + AD EV, se necessário; 
6. Lidocaina 2%: aplicar no local da picada; 
7. Em caso de acidente elapídico (cobra coral), 
utilizar anticolinesterásico (Neostigmina - 
dose de ataque: por via venosa, 0,25mg, nos 
adultos ou 0,05mg/kg, nas crianças; 
manutenção: 0,05 a 01mg/kg, via 
intravenosa, a cada 4 horas, precedido de 
Atropina via intravenosa 0,5mg/kg adultos ou 
0,05mg/kg nas crianças). 
8. Soro específico: apenas para pacientes com 
quadro clínico exuberante e alterações 
laboratoriais. 
 
AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
 Ansiedade generalizada / Crise aguda de 
ansiedade [F41.1]: apresentam juízo 
preservado (não têm delírios), embora muitas 
vezes possam acreditar que haja risco de vida 
iminente na vigência deum ataque de pânico 
ou logo depois. Queixas comuns são falta de 
ar, medo de morrer, dor ou aperto no peito, 
palpitações, cefaleia, tontura e formigamento 
no corpo. Nem sempre há um desencadeante 
claro para as crises. Tratamento: preferir 
ansiolíticos (benzodiazepínicos) na forma de 
sintomáticos. 
o Sintomáticos: Diazepam 10mg VO ou 
10mg/2ml IM ou EV; Alprazolam 
1mg VO; Clonazepam 1-2mg VO; 
Lorazepam 2mg VO. 
o Evitar a prescrição estendida de 
benzodiazepínicos no pronto-
socorro, por se tratar apenas de um 
sintomático e com risco de 
dependência. 
o Encaminhar o paciente para o 
psiquiatra, fornecendo comprimidos 
suficientes apenas até a sua 
consulta. 
 
 Distúrbio neurovegetativo (DNV) / Crise 
conversiva-dissociativa/ Crise nervosa 
[F45.3]: trata-se de um diagnóstico de 
exclusão, que pode se apresentar com 
agitação psicomotora. O diferencial é feito 
com quadros neurológicos motores ou 
cognitivos, como paralisias, anestesias, 
amnésias ou crises epilépticas. Geralmente, 
há um desencadeante para a crise (estresse, 
luto, etc.). Tratamento: preferir ansiolíticos 
(benzodiazepínicos) na forma de 
sintomáticos. 
o Sintomáticos: Diazepam 10mg VO 
ou 10mg/2ml IM ou EV; Alprazolam 
1mg VO; Clonazepam 1-2mg VO; 
Lorazepam 2mg VO. 
 
 Surto psicótico e mania / Psicose aguda 
[F29]: ocorre alteração do juízo (delírios) e/ou 
da sensopercepção (alucinações), que pode 
motivar comportamento bizarro e agressivo. 
Comum em pacientes com esquizofrenia e 
outros transtornos psicóticos ou transtorno 
bipolar; até mesmo em pacientes 
depressivos. Tratamento: dá-se preferência 
por antipsicóticos. 
o Contenção física, somente se muito 
necessária. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
3 
 
o Contenção química: Haloperidol 
(Haldol®) 5mg/ml: 1 a 2 ampolas IM 
(mais prático) ouEV (com água 
destilada; evitar). Repetir a cada 1 
hora, se necessário. Dose máxima: 
50 – 80 mg/dia. Pode ser associado 
a uma das seguintes medicações: 
 Prometazina (Fenergan®) 
50mg/2ml: 1 ampola IM 
(para evitar impregnação e 
potencializar a sedação), de 
12/12h; ou 
 Clorpromazina (Amplictil®) 
25mg/5ml: ½ a 1 ampola 
IM ou EV (efeito mais 
rápido), de 8/8h + 
Biperideno (Akineton®) ½ a 
1 ampola IM, 1x/dia. 
o Dormonid® (Midazolam, ampolas 
10ml com 5mg/ml), na dose de 
0,2mg/kg, EV ou IM – opção de 
associação ideal para casos em que 
a agitação psicomotora é muito 
violenta, oferecendo risco de lesões 
no próprio paciente, em 
acompanhantes ou em profissionais 
do pronto-socorro. Há risco de 
depressão respiratória. 
o Assim que possível, iniciar 
medicação antipsicótica oral: 
 Haloperidol 5mg: 1 a 4x ao 
dia (até 40mg/dia). Efeitos 
colaterais: acatisia, 
distonia aguda. 
 Clorpromazina 100mg: 1 a 
4x ao dia (até 600mg/dia). 
Efeitos colaterais: 
hipotensão, sedação 
excessiva. 
 Risperidona 2mg: 1 a 3x ao 
dia (até 8mg/dia). Efeitos 
colaterais: acatisia. 
 Onlazapina 10mg: 1 a 3x ao 
dia (até 30mg/dia). Efeitos 
colaterais: sedação 
excessiva. 
 
OBS: Importante diferenciar a agitação de 
uma crise convulsiva, pois o Haloperidol 
diminui o limiar convulsivo e predispõe as 
crises. 
OBS: O uso do Haloperidol está associado 
também à incidência de síndrome 
neuroléptica maligna (SNM: alteração da 
consciência, febre alta, rigidez muscular 
severa e instabilidade autonômica) e 
distonia aguda (medicar com Biperideno 
5mg ou Prometazina 25mg IM). 
 
 Tratamento ambulatorial: 
o Haloperidol (Haldol®) 1 e 5mg: 
tomar 1 comprimido ao dia (ajustar 
a dose até menor dose eficaz); 
o Lorazepam (Lorax®) 1 e 2mg: iniciar 
com 2-3mg/dia, dividido em 2 a 3 
doses diárias; dose usual: 2-
6mg/dia, administrados em 2 a 3 
tomadas. A retirada deve ser feita 
de maneira gradual. 
o Encaminhar ao psiquiatra para 
tratamento definitivo ou controle 
dos sintomas. 
 
ALERGIA [T78.4] / REAÇÃO ALÉRGICA 
 Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 1 
ampola IM (12/12h). Criança: 0,5mg/kg IM. 
 Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola EV (12/12h). 
 Cimetidina: 01 ampola + AD 10 ml EV lento; 
 Adrenalina: 0,3 ml IM (em caso de anafilaxia 
ou cianose central). 
 
AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA [J03.0] 
 Pronto-atendimento 
 Penicilina benzatina (Benzetacil®): 1 
ampola (1200000 UI) IM, em dose 
única. 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg, 1amp 
IM. 
 Dipirona 1g/2ml + AD (8ml) EV. 
 
 Tratamento ambulatorial 
 Antibioticoterapia: Amoxicilina 
500mg VO, de 8/8h; Azitromicina 
500mg VO, 1x/dia; etc. 
 Anti-inflamatórios: Diclofenaco de 
sódio 50mg VO, de 8/8h; Nimesulida 
100mg VO, 12/12h a 8/8h. 
 Paracetamol 500mg de 8/8h, se 
febre. 
 
AMIGDALITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA [J03.9] 
 Dipirona 1g/2ml: 1 ampola + AD EV; 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola 
IM; 
 Ambulatorial: Nimesulida (Optaflan®, 
Nisufar®) 100mg, 12/12h a 8/8h. 
 Avaliar a necessidade de antibioticoterapia. 
 
ANAFILAXIA / CHOQUE ANAFILÁTICO [T78.2] 
1. Avaliação inicial; verificar permeabilidade de 
vias aérea; Monitorização (oximetria de 
pulso, pressão arterial, etc.); proceder com 
cricotireoidostomia se necessário. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
4 
 
2. Soro fisiológico 0,9% ou Ringer Lactato 1 – 2 
litros EV, em jelco calibroso (para crianças, 
20ml/kg em bolus). 
3. Anti-histamínicos: 
 Bloqueador H1: Prometazina 
(Fenergan®) 1 ampola IM; 
 Bloqueador H2: Ranitidina 1 ampola 
+ AD EV. 
4. Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola IM. Os corticoides não tem efeito 
imediato na anafilaxia e, portanto, não 
devem ser utilizados em monoterapia. A 
administração precoce tenta prevenir a fase 
tardia. Portadores de asma podem se 
beneficiar. 
5. Em caso de colapso respiratório ou cianose: 
Adrenalina, lentamente, podendo ser 
repetido de 5 em 5 minutos, utilizando as 
seguintes vias: 
 SC (em desuso): se cianose 
periférica; 
 IM (principal via): se cianose central; 
 EV: se administração IM não for 
eficaz ou se sinais de choque. 
Via Adultos Crianças 
SC 
IM 
Concentração: 
1:1000 (ampola 
padrão de 1ml) 
Dose: 0,3 a 0,5ml 
(0,3 a 0,5mg) 
Concentração: 
1:1000 
Dose: 
0,01ml/kg/dose 
(máximo: 0,3ml) 
EV Concentração: 
1:10000 (1 ampola 
em 9 ml de SF) 
Dose: 1 a 3ml da 
solução em 
infusão lenta (5 
minutos) 
Concentração: 
1:10000 
Dose: 
0,01ml/kg/dose 
(máximo: 0,3ml) 
 
OBS: Em caso de PCR, injetar 1 a 3mg (+ SF 
20ml EV em flush) inicialmente, podendo 
repetir a cada 3 minutos (levantando o 
membro após a administração). 
 
 
ANGINA ESTÁVEL / SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA [I20.9] 
1. Acido Acetilsalicílico (AAS), 85 a 325mg/dia 
VO; ou Clopidogrel, 75mg VO 1x ao dia. 
2. Nitrato de isossorbida (Isordil®) 5mg VO ou 
SL. Contraindicações: hipotensão e uso de 
medicamentos contra impotência sexual a 
base de sildefanila. 
3. Nifedipino (Adalat®) 1 cápsula VO (evitar o 
uso sublingual), se PA elevada. 
4. Propranolol 40mg: 1 comprimido VO. 
Contraindicações: DPOC, Asma. 
5. Morfina 1 ampola + 8ml AD – fazer 3ml da 
solução. 
6. Diazepam 1 ampola IM ou + AD EV. 
 
ASCITE [R18] 
 Restrição de sódio: 2g/dia, equivalente a 4-6g 
de sal (NaCl) ou 2 colheres de chá rasa. 
 Realizar restrição hídrica (1 a 1,5 litros/dia) 
somente se o paciente tiver hiponatremia (Na 
< 125). 
 Diuréticos via oral: Espironolactona e 
Furosemida na proporção de 100mg:40mg. 
Aumentar as doses (dos dois diuréticos 
concomitantemente e na mesma proporção), 
a cada 3 a 5 dias, até alcançar um dos alvos: 
Redução de 0,5kg/dia OU Redução de 1kg/dia 
com edema. Evitar o uso de diuréticos se 
ocorrer alteração importante da função renal. 
 
OBS: Em casos de paracenteses de grande volume 
(definição: retirada > 5 litros de líquido ascítico), 
devemos repor 6 a 10g de albumina a cada litro de 
líquido ascítico retirado (incluir na conta os 5 litros 
retirados inicialmente). 
Litros de ascite retirados x 0,8 = número de 
frascos de albumina (apresentações: 
Albumina frascos de 10g/50ml) 
 
OBS: Em caso de peritonite bacteriana espontânea 
(PBE), bacterascite (sintomáticos) ou ascite 
neutrocítica: 
 Cefotaxima: 2g, 2x/dia por 5 dias. 
 Ofloxacina: 400mg, 2x/dia por 5 dias. 
 Amoxacilina + Ac. Clavulânico: 1,5g, 
3x/dia. 
 
ASTENIA / INAPETÊNCIA [R53] 
 Soro Ringer Lactato 500 ml IV ou Soro 
Glicosado 50% + 2 a 3 ampolas de glicose 
50%. 
 Vitamina C: 1 ampola no soro. 
 Complexo B: 1 ampola + AD EV. 
xxxxxxx 
AVC HEMORRÁGICO / HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA 
[I61.9] 
1. Solicitar tomografia computadorizada de 
crânio pra confirmar o sangramento. 
2. Garantir vaga em UTI. 
3. O2 inalatório sob cateter nasal (3 
litros/minuto), se paciente consciente. 
4. Garantir acesso venoso. 
5. Garantir PAS entre 140-160 mmHg (PA média 
deve ser mantida abaixo de 130 mmHg). Se 
pico hipertensivo, iniciar Nitroglicerina 
(Tridil®) 5mg/ml: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% 
100ml EV em BIC, 5 a 10 ml/hora, 
inicialmente (ajustar de acordo com medidas 
seriadas da pressão). 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
5 
 
6. Evitar hipertensão intracraniana. Manter a 
pressão de perfusão cerebral (PPC) > 70 
mmHg e a pressão intracraniana (PIC) < 20 
mmHg. Pode-se optar por medidas anti-
edema: 
 Utilizar Manitol 20%: dose de 0,5 a 
1g/kg de peso (dose máxima de 
2g/kg) EV em bolus de 30min, a cada 
6 ou 8h. Sugestão de prescrição: 
Manitol 20% (250ml) – fazer 1 bolsa 
EV rápida e 1 bolsa EV lenta (correr 
em 30 a 60 minutos). 
 Elevar a cabeceira do leito até 45º. 
7. Hiperventilação: o objetivo é reduzir a PaCO2 
para níveis entre 30 e 35 mmHg, 
determinando vasoconstricçãocerebral 
quase imediata. 
8. Sedação e/ou bloqueio neuromuscular, se 
necessário. Optar por Benzodiazepínicos, 
Barbitúricos ou Propofol. 
9. Anticonvulsivantes: alguns autores 
recomendam profilaticamente em 
hemorragias lobares e profundas com 
inundação ventricular. Opta-se pela Fenitoína 
(Hidantal®) 2 a 3ml (100 a 150mg) + AD EV, 
de 8/8h. 
10. Corticosteroides: atualmente, não têm sido 
recomendados pelos seus efeitos colaterais e 
pela falta de benefício clínico. 
11. Encaminhar para serviço de neurocirurgia se: 
 Hemorragia cerebelar > 3cm de 
diâmetro (especialmente se há 
deterioração neurológica ou 
compressão do tronco encefálico e 
hidrocefalia secundária à obstrução 
ventricular); 
 Hemorragia lobar com deterioração 
neurológica, principalmente em 
pacientes jovens. 
OBS: Pacientes com pequenas hemorragias (< 
10 cm
3
), déficits neurológicos discretos, bem 
como pacientes com hemorragias extensas e 
quadro neurológico muito grave (escala de 
coma de Glasgow ≤ 4), em geral, não têm 
indicação cirúrgica. 
12. Medidas de suporte: 
 Recorrer a protetor gástrico: 
Omeprazol EV ou VO, em jejum. 
 Entubação orotraqueal em todo 
paciente com comprometimento de 
vias aéreas ou Glasgow < 8 pontos. 
 Passar sonda nasoentérica em todos 
os pacientes que apresentem 
disfunção da deglutição e risco de 
aspiração. 
 Medidas para evitar escaras de 
decúbito: colchão caixa de ovos, 
mudança de decúbito a cada 2h. 
 Fisioterapia motora e respiratória 
iniciada ainda no pronto-socorro. 
 
AVC HEMORRÁGICO / HEMORRAGIA SUBARACNOIDE (HSA) 
[I60.9] 
1. Solicitar tomografia computadorizada de 
crânio pra confirmar o sangramento. 
2. Garantir vaga em UTI. 
3. O2 inalatório sob cateter nasal (3 
litros/minuto), se paciente consciente. 
4. Garantir acesso venoso. 
5. Tratamento das complicações neurológicas: 
 Ressangramento (1º – 7º dias): 
medidas gerais (repouso absoluto, 
ansiolíticos, analgesia, laxantes), 
tratamento de pressão arterial 
muito elevada, além do tratamento 
do próprio aneurisma roto 
(cirúrgico ou endovascular). 
 Vasoespasmo (3º – 14 dias): 
hipertensão arterial 
farmacologicamente induzida, 
hipervolemia e hemodiluição. O uso 
de Nimodipina 60mg 4/4h (por 21 
dias), segundo alguns estudos, 
parece melhorar o prognóstico do 
vasoespasmo. 
 Hidrocefalia: ocorre devido à 
formação de coágulos, que 
bloqueiam a drenagem liquórica. 
Tratamento: derivação ventrículo-
externa (DVE), para os casos graves. 
 Convulsões: podem ocorrer em 25% 
dos casos nas primeiras 24h. 
Preferir outros anticonvulsivantes 
que não a Fenitoína (estudos 
mostraram piora do prognóstico). 
6. Tratamento do aneurisma roto propriamente 
dito (neurocirúrgico x vascular): a escolha do 
método terapêutico depende de vários 
aspectos, como o estado clínico do paciente, 
a localização e as características anatômicas d 
aneurisma roto, bem como a experiência do 
médico e do assistente. 
 
AVC ISQUÊMICO [I64] 
1. Descartar AVC hemorrágico fazendo uso de 
tomografia, se disponível; uma vez 
descartada (ausência de imagens hiperdensas 
sugerindo sangramentos), proceder com as 
seguintes condutas: 
2. Garantir vaga em UTI. 
3. O2 inalatório sob cateter nasal (3 
litros/minuto), se paciente consciente. 
4. Hidratação com SF 0,9%, de acordo com o 
grau de desidratação do paciente. Não utilizar 
soluções contendo glicose. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
6 
 
5. Terapia trombolítica: 
 Se o paciente tiver menos de 4,5 
horas de evolução, for descartado o 
AVC hemorrágico e todas as 
contraindicações: rtPA/Alteplase 
(Actylise®) 0,9 mg/kg de peso (dose 
máxima: 90 mg) – fazer 10% EV em 
bolus, durante 2 minutos, e o 
restante, infundido EV em 1 hora. 
 Se o paciente tiver mais de 4,5 horas 
de evolução ou se o serviço não tiver 
rtPA disponível, optar por: AAS 3 
comprimidos (300mg) VO ou via 
SNE, 24/24h, em todo pacientes com 
AVCi na entrada ou nas 24h após a 
trombólise. 
6. Terapia anticoagulante: utilizar heparina em 
dose plena (Heparina não-fracionada 
4000UI+SF 0,9% 100ml a cada 4h em bomba 
de infusão contínua ou Enoxaparina 1mg/kg 
a cada 12h) em casos de AVCi cardioembólico 
sem transformação hemorrágica. 
Relativamente, indica-se em casos de AVCi 
em progressão, trombose de artéria basilar e 
ataques isquêmicos transitórios de repetição. 
7. Controle da PA: em caso de trombólise, 
reduzir PA para nível abaixo de 
185x110mmHg; na ausência de indicação de 
trombólise, reduzir PA para valores abaixo de 
220x120mmHg. Nunca reduzir bruscamente. 
Optar por betabloqueadores (Metoprolol). 
8. Medidas antiedema: utilizar em casos de AVCi 
extensos e território de artéria cerebral 
média. 
 Utilizar Manitol 20%: dose de 0,5 a 
1g/kg de peso (dose máxima de 
2g/kg) EV em bolus de 30min, a cada 
6 ou 8h. Sugestão de prescrição: 
Manitol 20% (250ml) – fazer 1 bolsa 
EV rápida e 1 bolsa EV lenta (correr 
em 30 a 60 minutos). 
 Elevar a cabeceira do leito até 30º 
(elevações maiores podem 
prejudicar o fluxo sanguíneo 
cerebral). 
9. Controle de crises convulsivas: medidas de 
suporte respiratório, obtenção imediata de 
acesso venoso e oximetria de pulso. 
 Em caso de crise única, interromper 
com Diazepam 10mg EV lentamente, 
até controle da crise. 
 Controlada a crise, pode-se iniciar 
Fenitoína (Hidantal®) 18 a 25mg/kg 
em SF0,9% 250ml, em 40 a 50 
minutos (ampola de fenitonína: 
250mg/5ml). 
 Manutenção: Fenitoína 2 a 3ml (100 
a 150mg) + AD EV, de 8/8h, por 3 a 4 
dias (seguido de manutenção: 
Fenitoína 100mg 12/12h VO). 
10. Medidas de suporte: 
 Recorrer a protetor gástrico: 
Omeprazol EV ou VO, em jejum. 
 Entubação orotraqueal em todo 
paciente com comprometimento de 
vias aéreas ou Glasgow < 8 pontos. 
 Passar sonda nasoentérica em todos 
os pacientes que apresentem 
disfunção da deglutição e risco de 
aspiração. 
 Medidas para evitar escaras de 
decúbito: colchão caixa de ovos, 
mudança de decúbito a cada 2h. 
 Fisioterapia motora e respiratória 
iniciada ainda no pronto-socorro. 
 
B 
 
BRADICARDIAS 
 
 
OBS: Prescrição sugerida: 
 Atropina (ampolas de 0,25mg ou 0,5mg): 0,5 a 
1,0 mg EV, a cada 3-5 minutos. Manutenção: 0,5 
a 1,0mg EV, de 2/2h, 4/4 ou 6/6h, a depender 
da manutenção da bradicardia. BAV maligno 
costuma não responder ou responde 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
7 
 
transitoriamente à atropina. 
 Marca-passo transcutâneo: pode ser necessária 
sedação para diminuir o desconforto do 
paciente. 
 Dopamina: dose usual de 2-20 µg/kg/min. 
 Adrenalina: 0,2-1,0 µg/kg/min. 
 Marca-passo transvenoso: após estabilização e 
correção dos fatores contribuintes. 
 
 
C 
 
CEFALEIAS PRIMÁRIAS [R51] 
 Em caso de cefaleia migrânea /enxaqueca 
(G43.9): 
o Analgésicos comuns: Dipirona 
1g/2ml + Glicose a 50% 1 ampola EV 
lento. 
o Corticoides: Dexametasona 
(Decadron®) 4 a 10mg EV. 
o Anti-inflamatórios não hormonais: 
 Diclofenaco (Voltaren®) 1 
ampola (75mg/3ml) IM; 
 Tenoxicam 20 a 40mg EV ou IM. 
o Se ausência de resposta às medidas 
anteriores: Cetoprofeno 100mg + SF 
100ml EV lento. 
o Antieméticos: em caso de 
gastroparesia associada à 
enxaqueca. 
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg 
EV; 
 Domperidona (Motilium®) 
10mg IM ou VO. 
 
 Se cefaleia em salvas: 
o Oxigênio em máscara de Venturi a 
100%, 12 l/min por 30 min com o 
paciente sentado (não deitado) e 
com cabeça baixa; 
o Se ausência de resposta à 
oxigenioterapia: Cetoprofeno 100mg 
+ SF 100ml EV lento. 
 
 Tratamento ambulatorial: 
 Cefaliv® (dihidroergotamina + 
dipirona + cafeína) ou Cefalium® 
(dihidroergotamina + paracetamol + 
cafeína): 1 comprimido VO, 6/6h. Na 
crise repetir a cada 1/1h (máximo6 
comprido). 
 Ergotamina (Migrane®, Ormigrein®): 
1 comprimido VO, 6/6h. Na crise 
repetir a cada 1/1h (máximo 6 
comprido). Contraindicação: 
histórico de insuficiência 
coronariana. 
 Acetaminofeno 750 a 1000mg, VO. 
 Sumatriptano (Imigran®) 25mg: 
tomar 1 comprimido VO, de 2/2h, 
até melhora (dose máxima: 
300mg/dia). 
 
CELULITE [L03] 
 Higienização c/ SF a 0,9% + Repouso + 
Elevação do Membro. 
 Compressas mornas de Permanganato 
de potássio (1:10.000). 
 Antibioticoterapia: 
 Penicilina G Procaína (1ª escolha): 
400.000UI IM de 12/12h por 10 
dias. 
 Dicloxacilina: 500mg VO de 6/6h 
por 10 dias. 
 Cefalosporina de 1ª geração: 
Cefalexina 500mg VO de 6/6h por 
10 dias. 
 Oxacilina: 2g IV de 4/4h por 10 
dias. 
 Vancomicina: 1g IV de 12/12h por 10 
dias. 
 
CELULITE FACIAL [L03.2] 
 Dipirona 1g/2ml + Água destilada 8 ml 
EV lento; 
 Cefalexina 500mg – 1g VO, 6/6h, por 14 
dias. 
 
CETOACIDOSE DIABÉTICA [E14.1] 
1. Solicitar: glicemia capilar (HGT), 
ionograma (Na, K, Cl, HCO3), ureia, 
creatinina, cetonúria (pode persistir 
após a correção, não sendo usada para 
acompanhamento) gasometria arterial 
e ânion Gap. 
 
2. Hidratação venosa (medida mais 
importante e de maior impacto no 
tratamento): Soro Fisiológico 0,9% 
1000ml EV na 1ª hora (333 gotas/min). 
Depois, avaliar Sódio sérico: 
 Se Na+ baixo (<135mEq/L): 
manter SF 0,9% EV 250-
500ml/hora, conforme a 
necessidade do paciente. 
 Se Na+ normal ou alto 
(>145mEq/L): iniciar SF 0,45% 
(250ml de SF 0,9% + 250ml de 
água destilada) EV 250-
500ml/hora. 
 
3. Insulinoterapia (após 1 hora de 
reposição volêmica): resolve a acidose e 
a cetogênese. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
8 
 
 Deve ser feito Insulina Regular 
0,1 U/kg (10 a 20UI) EV em 
bolus (rápida). Posteriormente, 
fazer 0,1UI/kg/hora de Insulina 
Regular em BIC. Pode-se diluir 
25 unidades (0,25ml) em 
250ml de soro fisiológico 
(montando uma solução com 
0,1 U/ml) e calcular 
1ml/kg/hora em infusão 
contínua (se o paciente estiver 
muito edemaciado, pode-se 
reduzir a infusão hídrica pela 
metade aumentando a 
insulina: 50 U + 250ml  
0,5ml/kg/hora). 
 Medir glicemia capilar (HGT) a 
cada hora. Objetivo: reduzir 
glicemia 50-75mg/dl/hora 
(não pode reduzir muito 
bruscamente devido à 
possibilidade de edema 
cerebral). Se glicose não baixar 
na faixa desejada, dobrar a 
dose (infusão) de insulina na 
próxima hora. 
 Quando glicemia estiver em 
200-250mg/dl  iniciar SG 5% 
5-10ml/kg/hora (máximo: 
250ml/hora) e reduzir a 
infusão de insulina pela 
metade (fase de manutenção). 
Pode-se manter o SG 5% até 
que o paciente seja capaz de 
se alimentar por contra 
própria. 
 
4. Após a hidratação venosa, realizar o controle 
do Potássio (simultaneamente à 
Insulinoterapia): 
 Se K+ alto (> 5,2): não repor potássio 
e fazer apenas a insulinoterapia. 
Checar potássio de 2/2 horas. 
 Se K+ de 3,3 – 5,2: adicionar 20-30 
mEq de Potássio por soro. 
 Se K+ baixo (<3,3): repor K+ (40 
mEq/hora) e adiar a insulinoterapia. 
 
5. Se pH arterial < 6,9 (acidose grave): repor 
HCO3 (100 mEq). 
 
6. Após estabilização (pH > 7,3; Bicarbonato > 18 
mEq/L; Glicemia < 200mg/dl), liberar a dieta e 
iniciar esquema de insulinização subcutânea 
(insulina regular 0,5 a 0,8 U/kg). Suspender 
insulina venosa somente após 1-2 horas da 
dose de insulina SC. Após estabilização 
completa, controlar glicemia com Insulina 
Regular conforme protocolo: 
Glicemia (mg/dl) UI de Insulina Regular 
≤ 150 
de 151 a 200 
de 201 a 250 
de 251 a 300 
de 301 a 350 
> 351 
0 Unidade 
04 Unidades 
06 Unidades 
08 Unidades 
10 Unidades 
12 Unidades 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
1. Garantir vaga em UTI; 
2. Medidas iniciais gerais e de suporte 
hemodinâmico; 
3. Drogas vasoativas: 
 Soro glicosado 5% 250ml + 
Dobutamina 250mg/20ml (2 
ampolas) + Noradrenalina 
8mg/4ml (1 ampola): correr 
em 2 horas (gotejamento: 50 
gotas/min); OU 
 Dopamina (50mg/10ml) 5 
ampolas + SF ou SG 200ml 
(concentraçãoo: 1mg = 
1000µg/1ml = 20 gotas ou seja: 
50µg/gota): fazer 10µg/kg/min 
(gotejamento: 0,2 gotas x 
peso/min). 
4. AAS 100mg: 3 comprimidos VO; 
5. Clopidogrel 75mg: 2 a 4 comprimidos 
VO; 
6. Clexane 60mg: 1 ampola SC; 
7. Proceder com exames laboratoriais 
(solicitar enzimas cardíacas) e 
eletrocardiograma de 12 derivações; 
8. Medir diurese. 
 
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD) 
[D65] 
 Tratar causa de base (septicemia, politrauma, 
TCE, grandes cirurgias, pró-coagulação 
relacionada a câncer, leucemia aguda, 
complicação da gravidez, overdose de 
anfetamina, aneurisma de aorta abdominal, 
reação hemolítica transfusional, 
hemoglobinúria paroxística, venenos de 
cobra, queimaduras, púrpura fulmonante, 
etc.); 
 Transfundir concentrado de plaquetas (1 
unidade para cada 10 kg de peso) se houver 
nível de plaquetas abaixo de 50.000/μl 
associado a sangramento ou se o nível das 
plaquetas estiver abaixo de 10.000/μl, 
mesmo na ausência de sangramento; 
 Plasma fresco congelado (1200ml EV – 
aproximadamente 5 unidades); 
 Suporte clínico. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
9 
 
 
CÓLICAS / DOR ABDOMINAL TIPO CÓLICA [R10.4] 
 Buscopan® composto (Hioscina + 
Dipirona) 1 ampola (2ml) + AD 10ml EV 
lento. OBS: Alérgicos à dipirona: 
Buscopan simples (Hioscina) 1 ampola + 
AD EV lento. 
 
CÓLICA NEFRÉTICA [N23] / CÁLCULO RENAL OU 
UROLITÍASE [N20.9] 
 Dipirona 1g/2ml + Plasil® 10mg/2ml + Água 
destilada EV lento (estudos recomendam 
evitar a Hioscina); e/ou Diclofenaco 
(Voltaren®) 75mg/3ml – 1 ampola IM (em 
caso de dúvida diagnóstica com 
lombociatalgia). 
 Se necessário, administrar opioides mais 
potentes: 
 Tramadol (Tramal®) 1 ampola + SF 
0,9% 100ml EV lento; ou 
 Morfina 1 ampola (1 ml = 10mg) + 
AD 9 ml  fazer 3 a 5ml da solução. 
 Prescrição para alta: 
 Tamsulosin (OMNIC®, Secotex®) 
0,4mg/dia, por até 4 semanas. 
 Se dor: 
 Tropinal® (Dipirona 300mg 
+ Escopolamina 6,5mcg + 
Hioscina 104mcg + 
Homatropina 1mg) VO, até 
de 6/6h; ou 
 Paco® (Codeína) VO, até 
6/6h. 
 Encaminhamento ao urologista: 
 Cálculo < 5mm: conduta expectante. 
 Cálculo de 6 mm: expectante por até 
48h. 
 Cálculo > 7 mm: intervenção 
urológica. 
 
COMA ALCOÓLICO [F10.0] 
 SG 5% 500 a 1000ml + Glicose 50% 6 
ampolas; 
 Complexo B 1 a 2 ampolas EV (evitar sua 
injeção no soro). 
 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL [K59.0] 
1. Lançar mão dos seguintes passos em caso de 
distensão e/ou dor abdominal: 
2. Buscopan® 1 ampola + AD EV; 
3. Cimetidina 1 ampola + AD EV; 
4. Luftal® 40 a 60 gotas VO; 
5. Óleo mineral 30 ml VO; 
6. Fleet enema: 1 unidade via retal. 
 
CRISE ASMÁTICA [J45.9] 
 Hidrocortisona 500mg: 1 ampola + AD 5 a 10 
ml EV lento; ou Dexametasona (Decadron®) 
4mg/ml: 1 ampola IM. 
 Terbutalina (Terbutil®) ½ ampola SC. 
 Nebulização (NBZ) com: 
 SF0,9% 3 a 5 ml. + 
 Fenoterol (Berotec®): para crianças, 
1 gota para cada 3kg de peso; para 
adultos, 10 a 20 gotas (evitar em 
casos de taquiarritmias). + 
 Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 
10 gotas para menores de 1 ano; 20 
gotas entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas 
para maiores de 6 anos e adultos. 
 Repetir de 20/20 minutos na 
primeira hora, e depois, de hora em 
hora, até melhora clínica. 
 Última escolha, se não houver melhora: 
 Aminofilina 1 a 2 ampolas (240 a 
480mg) + 300ml SF 0,9% EV lento (5 
a 10 minutos); e/ou 
 Adrenalina como broncodilatador na 
asma grave: 1 ampola + AD 9ml  
Fazer 1 a 3 ml cada 20 minutos a 4 
horas, conforme necessidade. 
 
CRISE CONVULSIVA / CONVULSÕES [R56] 
1. Primeiro minuto: Garantir e proteger vias 
aéreas do paciente (aspirar secreções, 
retificar pescoço, etc.), monitorar e garantir 
acesso venoso.2. Ataque inicial: 
 Diazepam 1 ampola (10mg) + AD EV  
injetar a solução lentamente, até cessar 
a crise ou 1 ampola pura por via retal, 
caso o acesso venoso não esteja 
disponível; ou 
 Fenobarbital (Gardenal®) 1 ampola 
(200mg/ml) IM; ou 
 Midazolam 15mg IM. 
3. “Hidantalizar” o paciente: Fenitoína 
(Hidantal®) 250mg/5ml: fazer 4 a 5 ampolas + 
250ml de SF 0,9% EV em 30 minutos (200 
gotas/min). 
4. Manutenção: Hidantal® 3ml + AD EV, 8/8h. Se 
repetir a crise, pode-se repetir o Diazepam. 
5. Se o paciente continuar em crise, considerar 
estado de mal epiléptico e avaliar a 
necessidade de sedação (Fentanil 2ml + 
Midazolam 3ml EV) + intubação orotraqueal. 
6. Investigar e tratar causa de base. Realizar 
manutenção com Midazolam (0,75 a 
10mcg/kg/min), se necessário. 
7. Prescrição para tratamento ambulatorial: 
 Valproato de sódio 250 ou 500mg: 1 a 2 
comprimidos VO, 2x ao dia; ou 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
10 
 
 Fenitoína (Hidantal®) 100mg: tomar 1 a 
2 comprimidos VO, 2 a 3x ao dia; ou 
 Fenobarbital (Gardenal®) 100mg: tomar 
1 a 2 comprimidos, 1x ao dia. 
8. Encaminhar para o neurologista. 
 
CRISE HIPERTENSIVA [I10 / I15.9] 
 De um modo geral, tratar apenas se PAD ≥ 
120 e/ou PAS ≥ 140 em pacientes 
sintomáticos. 
 Captopril 25 e 50mg: 1 comprimido VO ou SL 
(em desuso). Repetir após 30min até 100mg. 
 Para pacientes que já usam Captopril, 
preferir: 
o Bloqueadores dos canais de cálcio: 
Nifedipina (Adalat®) 20mg: 1 
comprimido VO (evitar o uso 
sublingual), 12/12h (dose máxima: 
40mg); ou 
o Diuréticos (drogas de 3ª escolha): 
Furosemida (Lasix®): 1 a 2 ampolas 
EV direto ou com água destilada EV 
lento (dose máxima: 60mg). Pode-se 
repetir de 30 em 30 minutos. Seu 
uso prolongado pode causar 
hipopotassemia (se possível, associar 
um diurético poupador de potássio, 
como a Espironolactona). OBS: 
Devido ao fato de induzir 
hipopotassemia, devemos evitar a 
Furosemida em casos de arritmias 
cardíacas. 
 Em caso de taquicardias, optar por 
Propranolol 40mg: 1 comprimido VO. OBS: 
Evitar Furosemida nestes casos. 
 Em última instância, adotar: 
o Dinitrato de isossorbida (Isordil®) 
5mg SL, sobretudo em casos de 
síndrome coronariana aguda; ou 
o Minoxidil 10mg VO (evitar na fase 
aguda o IAM; seu uso deve ser 
associado a um diurético e a um 
betabloqueador); ou 
o Hidralazina 10-20mg EV, 6/6. 
Indicações: eclampsia. 
o Metoprolol 5mg EV (repetir 10/10 
min, se necessário até 20mg). 
Indicações: insuficiência 
coronariana, dissecação aguda da 
aorta (em associação ao 
nitroprussiato de sódio). 
o Nitroglicerina (Tridil®) 5mg/ml: 
5µg/min; amentar a cada 5-10 
minutos (se não houver resposta até 
20 µg/min, aumentar 10 µg/min até 
obter o efeito desejado em 
intervalos de 3-5 minutos). Dose 
máxima: 200 µg/min. Sugestão de 
prescrição: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% 
100ml EV em BIC, 5 a 10 ml/hora, 
inicialmente (ajustar de acordo com 
medidas seriadas da pressão). 
o Nitroprussiato de sódio (Nipride®): 
0,25 a 10mg/kg/min EV, em bomba 
de infusão com equipo fotossensível 
(tal medicação pode causar 
hipotensão severa). A dose usual é 
de 3mg/kg/dia. Sugestão de 
prescrição: 1 ampola + SF 0,9% 
250ml em BIC – iniciar com 
5ml/hora, ajustando de acordo com 
a resposta do paciente. Indicações: 
maioria das emergências 
hipertensivas. 
 Em caso de agitação psicomotora ou 
ansiedade: Diazepam (Valium®) – ½ a 1 
comprimido VO ou 1 ampola EV. 
 Para gestantes: optar por Hidralazina (cada 
ampola tem 20mg/ml; então, adiciona-se 9 
ml de AD e faz-se 2,5ml EV, podendo-se 
repetir 3 a 4 vezes, em intervalos de 20 a 30 
minutos). 
 
CORPO ESTRANHO NO OLHO / QUEIMADURA OCULAR 
 Se visível, lavar com água limpa (evitar soro 
fisiológico); 
 Utilizar Regencel® ou Epitezan® (Retinol + 
Aminoácidos + Metionina + Cloranfenicol): 
após a retirada do corpo estranho, aplicar na 
pálpebra inferior (tracionar a pálpebra 
inferior e aplicar a pomada na região interna 
da pálpebra, fechando o olho logo em 
seguida para espalhar o conteúdo), e manter 
o olho fechado com gaze ou tampão, por 24h 
ou até avaliação do especialista; 
 Lágrima artificial (Lacrifilm®): aplicar 01 gota 
no olho acometido, de 2/2 a 4/4 horas. 
 Encaminhamento ao Oftalmologista. 
 
D 
 
DESIDRATAÇÃO 
Em caso de desidratação na vigência da febre (ou 
devido à infecção), optar por realizar hidratação 
venosa em duas etapas. 
 1ª Fase - Fase rápida (2 – 4 horas): SF 0,9% 
ou RL: 20 - 30 ml/kg/hora. OBS: Pode fazer 
esta dosagem, repetir 2 a 3x o esquema. Após 
a diurese franca, inicia-se a fase de 
manutenção. 
 2ª Fase - Fase de Manutenção: Regra de 
Holliday, fazendo uso de Soro Glicosado a 5%: 
 Se até 10kg: Peso x 100ml 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
11 
 
 De 10 à 20kg: 1000ml + 50ml para 
cada kg acima de 10kg 
 Mais que 20Kg: 1500ml + 20ml para 
cada kg acima de 20 
Para cada 100 ml de SG 5%, faz-se 1,0 ml 
destes: 
 NaCl 20%; 
 KCl 19,1%; 
 Gluconato de Ca 10%. 
Administrar o volume total dividindo o soro 
em fases de até 500ml, a cada 12 horas. 
 
Exemplo: Peso= 8kg 
SG 5%________ 400ml 
Nacl 20%______ 4ml Correr em 12h 
KCl 19.1%______ 4ml 
Gluc. Ca 10%___ 4ml 
 
DESNUTRIÇÃO [E43] 
 Soro fisiológico 0,9% 1000ml ou Soro 
Glicosado 5% (em caso de hipoglicemia) 
1000ml EV; 
 Glicose 50%: fazer 3 ampolas em cada fase do 
soro; 
 Complexo B: 3 ampolas EV; 
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 
ampola + AD EV; 
 Cimetidina/Ranitidina 1 ampola + AD EV. 
 
DIARREIA AGUDA [A09 OU K59.1] 
 Tratamento na urgência: 
1. SF 0,9% ou Soro Ringer Lactato - 1000ml; 
2. KCl 19,1%: 1 ampola no soro + NaCl 20%: 
1 ampola no soro; de 8/8h 
3. Metoclopramida (Plasil®) 10g/2ml + 8 ml 
de AD EV ou Ondasentrona 
(Nausedron®) 4mg/2ml + AD EV; 
4. Luftal® 40 gotas VO; 
5. Dipirona 1g/2ml + AD EV, a critério; 
evitar o uso de Buscopan® ou opioides. 
6. Cimetidina 1 ampolas + AD EV 
7. Se disenteria, ataque com: 
o Gentamicina 80mg: 1 a 3 
ampolas + AD EV; e 
o Metronidazol 500mg: 1 bolsa 
EV. 
 
 Tratamento ambulatorial após alta: 
o Soro de reidratação oral (SRO) – 3 
envelopes: misturar o conteúdo de cada 
envelope com 1 litro de água previamente 
fervida e oferecer várias vezes ao dia, via 
oral, por 3 dias. 
o Loperamida 2mg: 2 comprimidos de dose 
inicial, seguidas de 2mg a cada evacuação 
líquida, não ultrapassando 16mg/dia. 
Contraindicações: evacuações com 
sangue, diarreias infecciosas invasivas ou 
inflamatórias, colite pseudomembranosa. 
o Agentes probióticos: adjuvantes em 
diarreias funcionais, com a função de 
restaurar a flora bacteriana intestinal. 
Podem ser utilizados ainda no caso de 
diarreias persistentes após o uso de 
antibióticos. 
 Florax®: tomar 1 flaconete VO, 
12/12h, por 5 dias. 
 Floratil®: tomar 1 comprimido VO, 
12/12h, por 5 dias. 
 Proliv®: tomar 1 comprimido VO, 
12/12h, por 5 dias. 
 
 Antibioticoterapia: os critérios de uso de 
antibioticoterapia empírica para diarreia são: 
Mais de 7 dias de doença; Mais de 8 
evacuações por dia; Temperatura axilar > 
38,5
o
C; Presença de sangue, muco ou pus nas 
fezes (disenteria); Pacientes 
imunodeprimidos: idosos, alcoolistas, 
portadores de neoplasias, etc. 
Optar por um dos seguintes antibióticos: 
 Ciprofloxacina 500mg VO, 12/12h, 
durante 3 a 5 dias. 
 Norfloxacina 400mg VO, 12/12h, por 
3 a 5 dias. 
 Cefalexina 500mg VO, 6/6h 
(alternativa para gestantes). 
 Sulfametoxazol 400mg + 
Trimetropina 80mg VO, 12/12h, por 
7 dias. 
 Metronidazol 500mg VO, 8/8h, por 
10 a 14 dias (se suspeita de 
parasitoses intestinais). 
 
DISPNEIA / FALTA DE AR [F45] 
 Nebulização (NBZ) com: 
 SF0,9% 3a 5 ml. + 
 Fenoterol (Berotec®): para crianças, 
1 gota para cada 3kg de peso; para 
adultos, 10 a 20 gotas. + 
 Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 
10 gotas para menores de 1 ano; 20 
gotas entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas 
para maiores de 6 anos e adultos. 
 Repetir de 20/20 minutos. 
 
DISPEPSIA [K30] 
 Dimeticona (Luftal®) 1 gota/kg de peso 
(máximo de 40 gotas) VO 
 Omeprazol: 01 ampola + AD EV 
 Cimetidina: 01 ampola + AD 10ml EV 
 Se dor: Buscopan composto – 01 ampola IV + 
SF 0,9% 100ml 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
12 
 
DISCALEMIAS / DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO 
 Hipocalemias / Hipopotassemia [E87.6]: para 
cada 1 mEq/L, estima-se um déficit corporal 
total de 150 a 400 mEq/L. A principal via de 
reposição de potássio é a oral, utilizando-se 
as preparações descritas a seguir. A via 
endovenosa fica restrita para casos mais 
graves (K
+
 sérico < 3 mEq/L). 
o Apresentações: 
 KCl xarope a 6%: 
12mEq/15ml. 
 KCl comprimidos (Slow-K®): 
1 comprimido = 6 mEq. 
 Ampola de KCl 19,1% 
(10ml): 2,5mEq/ml. 
o Concentração máxima de potássio 
em veia periférica: 40mEq/L. 
o Concentração máxima em veia 
central: 60mEq/L. 
o Velocidade ideal para reposição de 
potássio: 5 a 10mEq/hora (máximo 
de 20 a 30mEq/hora). 
 
 Hipercalemias / Hiperpotassemia [E87.5]: 
o Tratar a causa de base 
(hiperglicemias, acidoses, drogas 
como beta-bloqueadores, etc.). 
o Cardioproteção: Gluconato de Cálcio 
a 10%, 20 ml EV, sempre na 
presença de alterações 
eletrocardiográficas relacionadas à 
hipercalemia. 
o Medidas de shift celular (tirar 
potássio do meio extra para o 
intracelular): 
 Solução despolarizante – 
Glicoinsulinoterapia: SG 5% 
250ml EV + Insulina Regular 
25 UI: desprezar os 
primeiros 50ml da solução 
pelo equipo (para evitar 
impregnação do soluto) e 
iniciar, logo depois, a 
infusão de 0,1 UI/kg/hora; 
fazer HGT e gasometria 
arterial de 1/1 hora. 
 Bicarbonato de sódio: 
1ml/kg em bolus (somente 
se houver diurese). 
 β2-Agonistas: inalação com 
SF 3ml + Fenoterol 
(Berotec®) 10 gotas. 
o Medidas de expoliação: 
 Diuréticos de alça: SF 500ml 
+ Furosemida 1 a 2 ampolas 
EV. 
 Resinas de trocas iônicas, 
como o Sorcal®, por via oral 
ou retal. 
 Hemodiálise: medida mais 
eficaz e restrita para casos 
graves. 
 
DISNATREMIAS / DISTÚRBIOS DO SÓDIO 
 Hiponatremias não-hipotônicas: correção da 
causa de base (hiperglicemia, insuficiência 
renal, etc.). Pode-se lançar mão de diuréticos 
tiazídicos (Hidroclorotiazida) para induzir a 
eliminação de sódio e água. 
 Hiponatremias hipotônicas hipovolêmicas: 
reposição de sódio e corrigir outros distúrbios 
associados (corrigir diarreias, vômitos, 
pancreatite aguda grave, grandes queimados, 
etc.). 
 Hiponatremias hipotônicas assintomáticas: 
corrigir cerca de 0,5mEq/L/hora lançando 
mão das seguintes medidas, a depender da 
causa: 
o Hipervolemia: Restrição hídrica (< 
800ml/dia); Furosemida 1 a 2 
ampolas EV, 12/12h (para eliminar 
água livre, sem perder sódio). 
o Síndrome da secreção inapropriada 
de ADH (SIADH): Soro fisiológico 
0,9% 500 a 1000ml + Furosemida 1 a 
2 ampolas EV (para eliminar água 
livre com pouca perda de 
eletrólitos). 
 Hiponatremias hipotônicas assintomáticas: 
geralmente quando Na < 120mEq/L 
o Aumentar Na em 1 mEq/L/hora nas 
3 primeiras horas; após isso, 
aumentar 0,5 mEq/L/hora até 
completar 24 horas (máximo de 12 
mEq/L em 24 horas). 
o Utilizar solução salina hipertônica 
3% (513mEq de Na/L). Pode-se 
associar Furosemida (0,5 a 1mg/kg 
EV) em caso de SIADH. Utilizar a 
seguinte fórmula para calcular a 
variação de mEq de sódio 
plasmático para cada litro de salina 
hipertônica infundida. Faz-se então 
uma regra de três simples para 
determinar a quantidade necessária 
de salina hipertônica para aumentar 
o sódio plasmático na proporção 
segura. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
13 
 
 
 
 Hipernatremias: 
o Doente hipovolêmico: corrigir a 
causa de base e ofertar soro 
fisiológico, até conseguir 
estabilização hemodinâmica 
(pressão arterial e pulso adequados). 
o Após estabilização, deve-se trocar a 
reposição volêmica para soro 
hipotônico ou salina hipotônica (SF 
0,45%, com 77mEq/L, produzido a 
partir da mistura de soro fisiológico 
e soro βsado, meio a meio). 
o Taxa máxima de redução de sódio 
para evitar edema cerebral: máximo 
de 0,5 a 1 mEq/L por hora ou 12 mEq 
em 24 horas. 
o Deve-se sempre calcular a variação 
estimada do sódio com 1 litro de 
qualquer solução a ser infundida da 
mesma forma que para as 
hiponatremias. O valor encontrado, 
obviamente, será negativo; 
entretanto, trata-se de uma fórmula 
modular, e que determina a 
quantidade de mEq de sódio a ser 
reduzida no plasma do paciente. Faz-
se então uma regra de três simples 
para determinar a quantidade 
necessária de salina hipotônica para 
diminuir o sódio plasmático na 
proporção segura. 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) [N73.9] 
 Buscopan®: 01 ampola + SF 0,9% 100ml EV 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola 
IM. 
 
TIRAR “DISTÚRBIO NEUROVEGETATIVO (DNV)” 
 
DOR ABDOMINAL A ESCLARECER [R10.4] 
 Buscopan® composto (Hioscina+Dipirona) 01 
ampola + 10ml AD EV lento. 
OBS: Alérgicos à dipirona: Buscopan® 
simples (Hioscina) 1 ampola + AD EV 
lento. 
 Cimetidina: 1 ampola + AD 10ml EV. 
 Cimeticona (Luftal®): 1 gota/kg de peso 
(máximo de 40 hotas) VO. 
 
DOR ABDOMINAL HIPOGÁSTRICA A ESCLARECER [R10.3] 
 Buscopan® composto (Hioscina+Dipirona) 01 
ampola + AD EV em 5 min. 
OBS: Alérgicos à dipirona: Buscopan® simples 
(Hioscina) 1 ampola + AD EV lento. 
 Diclofenaco de sódio (Voltaren®) 75mg/3ml: 
1 ampola IM. 
 SF 0,9% 500ml EV. 
 
DOR OSTEOARTICULAR / DOR LOMBAR [M54.9] 
 Diclofenaco de sódio/potássio (Voltaren®) 
75mg/3ml: 1 ampola IM; ou 
 Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola IM ou + AD EV. 
 
DOR TORÁCICA / PRECORDIAL (PROTOCOLO) [R07.4] 
1. AAS 100mg: 2 a 3 comprimidos VO 
(mastigar e engolir); 
2. Clopidogrel 300mg (4 comprimidos de 
75mg) VO; 
3. Ticagrelol 180mg VO; 
4. Clexane 1mg/kg SC; 
5. Atenolol 50mg VO ou Propranolol 40mg 
VO; 
6. Captopril 50mg VO (se PA elevada); 
7. Proteção gástrica: 
o Omeprazol 40mg: 1 ampola + 
diluente EV; e/ou 
o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV. 
8. Considerar (se descartados hipotensão, 
IAM de VD ou de parede inferior): 
o Nitrato de isossorbida (Isordil®) 5mg 
SL a cada 5 minutos (por no máximo 
3 vezes); 
o Morfina: 1 ampola + 9ml de AD; fazer 
3ml de 15/15, se necessário. 
9. Insulina regular (se glicemia elevada); 
10. Monitoração, oximetria e O2 inalatório 3 
litros/minuto. 
 
DPOC DESCOMPENSADO [J44.9] 
1. NBZ com 5,0ml de SF 0,9% + Berotec® 10 
gotas + Atrovent® 20 a 40 gotas; 
2. Hidrocortisona 500mg: 1 ampola + AD 
10ml EV lento; 
3. Aminofilina: 1 ampola diluída em 300ml 
de SF 0,9% EV lento. 
4. Tratamento ambulatorial ou internação 
em enfermaria clínica para 
antibioticoterapia e controle clínico. 
 
 
E 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
14 
 
EDEMA AGUDO DE PULMÃO [J81] 
1. O2 inalatório: 3 litros/min por cateter nasal; 
2. Oximetria de pulso (entubar em caso de 
saturação < 88% persistente); 
3. Decúbito elevado e pernas suspensas; 
4. Terapia anti-hipertensiva e anti-anginosa: 
o Nitrato de isossorbida (Isordil®): 1 
comprimido de 5mg SL, bem 
indicado nos pacientes com EAP de 
origem cardiogênica, pois reduz a 
pré-carga (contraindicação: 
hipotensão e/ou suspeita de infarto 
de ventrículo direito); 
o Se deglutição prejudicada ou PA 
refratária: Nitroprussiatode sódio 
50mg/2ml (1 ampola) + SG 5% 
248ml: EV em BIC (iniciar a 
10ml/hora e, a seguir, ACM). Se o 
paciente for coronariano ou a 
provável etiologia do EAP for 
isquêmica, substituir por 
Nitroglicerina (Tridil®) 50mg/10ml + 
SG 5% 240ml: EV em BIC (iniciar a 
10ml/hora e, a seguir, ACM). 
5. Furosemida (Lasix®) 2 a 4 ampolas (20mg) + 
AD EV (direto) ou no Soro Glicosado/Ringer 
500ml lento (dose máxima: 80 – 120mg); 
6. Hidrocortisona 500mg: 01 ampola + AD EV; 
7. Morfina 1 ampola (10mg/ml) + AD 9 ml  
fazer 3 a 5ml da solução, de 10/10min, se 
necessário. Evitar em casos de asma 
brônquica, doença pulmonar obstrutiva 
crônica, hipoventilação, hipotensão ou 
suspeita de infarto de ventrículo direito. 
8. Digitálico: Deslanosídeo (Cedilanide®) ½ a 2 
ampolas + AD EV, 12/12h: medicação com 
efeito inotrópico positivo e cronotrópico 
negativo útil para casos de taquicardia 
associada ao EAP (contraindicações: 
bloqueios AV e bradicardia sinusal); 
9. Terbutalina (Terbutil®) 0,5mg/ml: ½ a 1 
ampola SC, até 4x ao dia; 
10. Aminofilina: 1 ampola diluída em 300ml de SF 
EV lento; 
11. Pacientes com dispneia intensa: NBZ com 5-
10ml de SF 0.9% + Fenoterol (Berotec®) 5-10 
gotas + Brometo de Ipratrópio (Atrovent®) 
30-40 gotas. 
12. Para pacientes com EAP associado a 
hipotensão arterial grave ou choque, 
considerar uma provável e grave disfunção 
cardíaca: Dopamina (50mg/10ml) 5 ampolas + 
SF ou SG 200ml (concentração: 1mg = 
1000µg/1ml = 20 gotas ou seja: 50µg/gota): 
fazer 10µg/kg/min (gotejamento: 0,2 gotas x 
peso/min). 
 
OBS: Em pacientes dialíticos, realizar as medidas 
citadas anteriormente tentando restringir líquidos e 
infusões ao máximo. Encaminhar a serviços de diálise 
de emergência. 
 
ERISIPELA [A46] 
 Dipirona 1g/2ml + AD 8ml EV 
 Leve: 
o Penicilina V: 250 - 500mg VO de 6/6h 
por 10 dias. 
 Grave: 
o Penicilina G Cristalina: 600.000 - 
2.000.000UI IV 4x ao dia por 10 dias. 
o Penicilina G Procaína: 400.000UI IM 
2x ao dia por 10 dias. 
 Tratamento domiciliar: 
o Cefalexina: 500mg VO de 6/6h por 7 
dias; ou Cefaclor 500mg VO 2x ao 
dia. 
o Cetoconazol pomada (em caso de 
micose interdigital) 
 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) [J26.9] 
 Suporte respiratório e vaga em UTI; 
 Oxigenioterapia 2 – 4 litros/minuto; 
 AINEs e Analgésicos: se dor. 
o Dipirona 1g/2ml: 1 ampola + AD EV; 
o Tramal (Tilatyl®) 1 frasco AD/EV ou 
aplicado no soro de 100ml (correr 
em 2 horas); 
o Morfina: 1 ampola + 9 ml AD – fazer 
3ml da solução se pontuação maior 
que 7 na escala de dor. 
 Heparina não-fracionada em dose plena 
(5.000 UI EV, em bolus) + 1000 UI EV/hora 
em BIC; fazer TTPa de 6/6h; ou Heparina de 
baixo peso molecular (Enoxaparina - 
Clexane®) 1 a 1,5mg/kg SC, 1x/dia; 
 Após INR entre 2 e 3, iniciar Warfarin 
(Marevan®) 5mg/dia VO, por 6 meses. 
 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) [I82.9] 
 Suspeitar em caso de edema assimétrico de 
membro inferior, dor desproporcional ao 
exame físico, dor súbita e intensa. Fazer 
diagnóstico diferencial com ruptura muscular 
(síndrome da pedrada). 
 Internação, repouso e membro elevado; 
 Compressa quente no local; 
 Hidratação venosa: SRL ou SF 0,9% 1500ml 
para 24h. 
 Analgesia: 
o Dipirona 1 ampola AD/EV; 
o Tramadol (Tramal®) 100mg/2ml + SF 
98ml EV lento, de 8/8h a 6/6h, se 
dor não ceder com analgésicos 
comuns; 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
15 
 
o Morfina: 1 ampola + 9 ml AD – fazer 
3ml da solução se pontuação maior 
que 7 na escala de dor. 
 Solicitar Doppler venoso de membro inferior: 
o Se negativo: investigar outras 
causas. 
o Se positivo: heparina em dose plena 
por 5 a 7 dias: 
 Heparina não-fracionada 
(Liquemine®) em dose 
plena (5.000 UI EV, em 
bolus) + 15 a 25 UI/kg/h 
(1000 UI EV/hora) em BIC; 
ou 
 Heparina de baixo peso 
molecular (Enoxaparina - 
Clexane®) 1 a 1,5mg/kg SC, 
1x/dia. 
OBS: Medir TTPa de 6/6h (é 
indispensável manter seu valor a 1,5-
2x o valor normal médio – 
geralmente de 50-80s). 
o A partir do 5º ou 7º dia de 
tratamento, solicitar coagulograma e 
INR e iniciar Varfarina (Marevan®, 
Warfarin®) 5mg: 1 comprimido VO, 
1x ao dia. Manter, por 6 meses, 
ajustando de acordo com o INR: 
 INR entre 2 e 3: suspender 
heparina; 
 INR < 2: aumentar em 50% 
a dose da Varfarina (7,5mg 
VO ao dia). 
 INR > 3: diminuir a dose da 
Varfarina pela metade. 
 Em caso de tromboembolismo pulmonar, 
promover suporte ventilatório e garantir vaga 
em UTI. 
 Solicitar avaliação do cirurgião vascular. 
 
OBS: Como opção mais vantajosa (pois exclui a 
necessidade do uso da heparina, da varfarina e do 
controle do INR), porém de alto custo, pode-se optar 
pelo uso do Rivaroxaban (Xarelto®): 
 15mg VO, 12/12h, por 21 dias; 
 Depois, 20mg VO, 1x ao dia. 
 
 
EPISTAXE [R04.0] 
 Sangramento anterior: 
o Fazer compressão bidigital nas 
narinas por 5 a 10 minutos, 
inclinando a cabeça para frente. 
o Colocar uma compressa no local 
embebida com vasoconstrictor 
(cloridrato de oximetazolina ou 
fenilefrina) 
o Anestésico local (Xilocaína 1%). 
o Succinato de estriol (hemostático de 
rápido início de ação): 01 ampola EV 
de 12/12 horas. 
o Vitamina K (Kanakion®): 1 ampola 
(10mg) IM ou + SF 100ml EV lento 
(em 30 a 60 minutos), 12/12h, se 
necessário. 
 
 Sangramento posterior: tamponamento 
posterior usando sonda Foley, introduzindo 
pela narina até a faringe, insuflar o cuff com 
10 ml de soro ou 20cc de ar e tracionar para 
obstruir as coanas. 
 
ESCORPIONISMO / PICADA DE ESCORPIÃO [X22] 
 Regra geral: 
o Soro Fisiológico 0,9% 1000ml EV; 
o Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 
1 ampola + AD EV; 
o Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 
1 ampola + AD EV. 
 Forma leve: Lidocaina 2% sem vasoconstrictor 
(aplicar no local). 
 Forma Moderada: 
o Dipirona 10mg/kg EV; 
o Lidocaina 2% aplicar no local + Soro 
Antiescorpiônico 2 ampola IV. 
 Forma Grave: Soro Antiescorpiônico 4 – 6amp 
IV. 
 
 
F 
 
FARINGITE VIRAL [J00] / GRIPE [J11.8] 
 Na urgência: 
 Dipirona: 1 ampola (1g/2ml) + AD EV 
lento. 
 Soro fisiológico 0,9% 500ml + Complexo 
B 1 ampola EV (ou no soro, para “efeito 
psicológico”). 
 
 Tratamento ambulatorial: 
 Dipirona 500mg: tomar 2 
comprimidos (1g), VO, de 8/8h a 
6/6h, por 3 a 5 dias; ou 40 gotas (ou 
mais) V.O. de 8/8h; Crianças: 1 
gota/kg de peso corporal, V.O., de 
8/8h. 
 Paracetamol 750mg + Cafeína 
(Tylex®): 01 comprimido V.O. de 
8/8h a 6/6h. 
 
 Se apresentar tosse importante: 
 Dexclorfeniramina (Polaramine®): 
Comprimido 2 – 6mg: tomar 1 
comprimido V.O., 1 – 4x ao dia; Xarope 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
16 
 
2mg/5ml: tomar 10ml V.O., 1 – 2x ao 
dia. 
 Loratadina (Claritin®): 10mg V.O., 1x/dia; 
Xarope 5mg/5ml: tomar 10ml V.O., 1x ao 
dia (à noite). 
 
FIBRILAÇÃO ATRIAL [I48] 
 
 Fibrilação com sinais de instabilidade 
hemodinâmica (alteração do nível de 
consciência, creptos pulmonares, dor 
torácica e/ou hipotensão com sinais de 
choque), independente da duração da FA e 
aos refratários ao uso de antiarrítmicos: 
realizar cardioversão elétrica, podendo-se 
iniciar com onda monofásica de 100 a 200J ou 
onda bifásica de 120 a 200J; elevações de 
100J na energia são adicionadas aos choques 
subsequentes até a reversão da arritmia e/ou 
carga de 360J em onda monofásica ou 200J 
em onda bifásica. 
 Fibrilação sem sinais de instabilidade 
hemodinâmica: considerar a real 
possibilidade de eventos embólicos arteriais, 
comum devido à formação de trombos atriais 
neste tipo de arritmia. É necessário avaliar, 
então, a cronicidade da arritmia e o risco de 
embolia arterial: 
o Controle da frequência: primeira 
opção na prática, sobretudo para 
pacientes mais idosos e poucosintomáticos. Promover também 
anticoagulação de acordo com sua 
categoria de risco. 
 Deslanosídeo (Cedilanide®): 
½ a 2 ampolas EV lento, 
12/12h (a posologia deve 
ser reduzida na insuficiência 
coronariana, hepática e em 
idosos). 
 Propranolol: ataque: 1mg 
EV lento (início de ação: 5 
min); pode repetir a dose 
de 5/5min até máximo de 
5mg; Manutenção VO: 80-
240mg/dia (3 tomadas – 
8/8h). 
 Metoprolol: 2,5 - 5mg EV 
(Seloken®) em 2 minutos 
(início de ação: 5 min); pode 
repetir a dose após 2min, 
até 3 vezes; Manutenção 
VO (Selozok®): 50-
200mg/dia (2 tomadas – 
12/12h). 
 
o Controle do ritmo: para pacientes 
sintomáticos e/ou refratários às 
medida de controle da frequência. 
- FA < 48h de duração (paciente 
queixando-se de palpitação de 
aparecimento recente, sem quadros 
semelhantes anteriores) nos 
pacientes sem risco alto: 
Heparinização plena (Enoxaparina - 
Clexane® 1mg/kg/dia, SC) por 6 a 12 
horas, seguida da reversão elétrica 
(cardioversão) ou farmacológica 
(Amiodarona, principalmente); não é 
necessário fazer ecocardiograma 
transesofágico. 
 
Prescrição proposta: Cardioversão 
com Amiodarona: 
1. Monitorização cardíaca e 
oximetria de pulso; 
2. Amiodarona 150mg/3ml: 1 
ampola + SF 0,9% 100ml EV em 10 
minutos (100ml/hora em BIC ou 200 
gotas/min); Depois, Amiodarona 
150mg/3ml: 2 a 2 ampolas e meia + 
SF 0,9% 250ml EV em 6 horas (42 
ml/hora em BIC ou 14 gotas/min); 
Por fim, Amiodarona 150mg/3ml: 3 a 
3 ampolas e meia + SF 0,9% 500ml 
EV em 18 horas (28 ml/hora em BIC 
ou 9 a 10 gotas/min). 
Prescrição alternativa e mais prática: 
Amiodarona 150mg/3ml: 2 ampolas 
+ SF 0,9% 200 a 250ml para 1 a 2 
horas; se não reverter, repetir de 
2/2h, até dose máxima de 900mg; se 
não reverter, encaminhar para 
serviço de cardiologia para estudo 
eletrofisiológico; Manutenção: 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
17 
 
Amiodarona: 4 ampolas + SF 0,9% 
500ml para 23 horas. 
3. Internação ou alta: Amiodarona 
200mg: 1 a 2 comprimidos VO, 
24/24h, por cinco dias seguidos, com 
pausa de dois dias. 
4. Considerar Síndrome Coronariana 
Aguda e tratar (AAS, Clopidogrel, 
etc.; solicitar: CK-MB Massa, CPK, 
Troponina). 
5. Solicitar eletrólitos (sobretudo Na
+
 
e K
+
); se necessário, repor potássio 
(de forma empírica, fazer SF 0,9% 
500ml + KCl 19% 2 ampolas no soro, 
correr em 6 horas). 
 
- FA > 48h (ou de duração 
indeterminada) ou < 48h + Risco alto 
(prótese valvar mecânica, estenose 
mitral, tromboembolismo prévio – 
sistêmico, AVE, AIT): proceder com 
ecocardiograma transesofágico. 
 Se eco-transesofágico 
positivo ou indisponível: 
proceder à anticoagulação 
ou antiagregação (a 
depender de fatores de 
riscos) e ao controle da 
frequência cardíaca; após 3 
a 4 semanas com INR entre 
2 e 3, proceder à 
cardioversão e manter a 
anticoagulação por mais 3 a 
4 semanas. 
 Se eco-transesofágico 
negativo para trombo atrial: 
pode-se iniciar com 
heparinização plena 
(Enoxaparina - Clexane® 
1mg/kg/dia, SC) por 12h 
apenas, proceder com 
cardioversão elétrica e 
manter anticoagulação ou 
antiagregação por 3 a 4 
semanas. 
 
Classificação de risco da indicada pela Diretriz 
Brasileira de FA para decisão de anticoagulação ou 
antiagregação 
Categorias de risco Terapias recomendadas 
Sem fatores de risco AAS 81 a 325mg 
1 fator de risco moderado AAS 81 a 325mg ou 
Varfarina (INR 2 a 3) 
Qualquer fator de risco 
elevado ou mais de 1 
fator de risco moderado 
Varfarina (INR 2 a 3) 
Fatores de risco 
Fracos: 
- Sexo feminino; 
- Idade: 65 a 74 
anos; 
- Doença 
coronariana; 
- Tireotoxicose. 
Moderados: 
- Idade > 75 
anos; 
- HAS; 
- IC; 
- FE < 35%; 
- Diabetes. 
Elevados: 
- AVCi ou AIT; 
- Embolia prévia; 
- Estenose mitral; 
- Prótese valvar. 
 
 
FERIDA POR PÉRFURO-CORTANTE 
 Realizar analgesia e sutura: Colocação das 
luvas estéreis, máscara e gorro  Lavagem 
da ferida com soro fisiológico com ajuda do 
auxiliar  Antissepsia da lesão com solução 
antisséptica  Colocação do campo cirúrgico 
próprio para síntese  Anestesia da lesão 
com lidocaína 2%  Exploração da ferida e 
desbridamento, se necessário; Realização da 
sutura; Lavagem + Curativo. 
 
 Analgesia no pronto atendimento: 
 Dipirona 1g/2ml: 1 ampola IM; ou 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 
ampola IM. 
 
 Analgesia ambulatorial: 
 Dipirona 500mg VO, de 6/6h, por 5 
dias; ou 
 Diclofenaco de sódio/potássio 
100mg VO, de 8/8h, por 5 dias. 
 
 Profilaxia para tétano: 
o Vacinado: 3 doses de VAT nos últimos 10 
anos; ou esquema de vacinação 
completa na infância e com reforço nos 
últimos 10 anos. 
Conduta: Para os que têm histórico de 
VAT nos últimos 5 anos  não se faz 
nada, apenas observa; Para os que têm 
histórico de VAT há mais de 5 anos (e 
menos de 10 anos)  reforço da vacina 
(VAT 1amp IM). 
o Não vacinado: 3 doses de VAT há mais 
de 10 anos; ou 1 ou 2 doses nos últimos 
10 anos*; ou Esquema de vacinação 
completa na infância, mas não tomou 
reforço nos últimos 10 anos; ou Não 
lembra ou não sabe; ou Não tomou a 
vacina. 
Conduta: 
Soro antitetânico (SAT) + 3 doses de VAT 
-SF 0,9% - 500ml 
-SAT – 1amp 
(5000UI) IM 
- Observar por 2 
horas 
Não são necessárias 
as 3 doses para os 
pacientes que se 
enquadram nos 
casos marcado com 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
18 
 
asterisco (*). 
 
História 
vacinal 
Risco Mínimo Alto Risco 
Vacina* 
IgHAT 
ou 
SAT** 
Vacina* 
IgHAT 
ou 
SAT** 
Incerta ou < 
3 doses 
SIM NÃO SIM SIM 
3 ou mais 
doses 
(última há 
menos de 5 
anos) 
NÃO NÃO NÃO NÃO 
3 ou mais 
doses 
(última há 
mais de 5 e 
menos de 
10 anos) 
NÃO NÃO SIM NÃO 
3 ou mais 
doses 
(última há 
mais de 10 
anos) 
SIM NÃO SIM SIM 
Risco mínimo: ferimento limpo e superficial. 
Alto risco: ferimentos contaminados, resultantes de 
projéteis, esmagamento, queimaduras, mordeduras, 
etc. 
Outras condutas para o ferimento: limpeza, 
desinfecção e desbridamento (quando houver 
indicação) 
*para crianças menores de 7 anos: DTP ou tetra (DTP + 
HIB) ou DT; maiores de 7 anos: dT ou TT; 
**Soro antitetânico (SAT): 5.000 UI, IM; IgHAT: 250 UI, 
IM. 
 
FRATURAS EXPOSTAS 
 Imobilizar e proteger a solução de 
continuidade com gazes estéreis; 
 Lavar abundantemente a lesão com soro; 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola 
IM; 
 Antibioticoterapia de amplo espectro: 
Ceftriaxona 2g + AD EV; 
 Referenciar ou orientar para profilaxia contra 
o tétano; 
 Encaminhar para serviço de tratamento 
definitivo. 
 
 
G 
 
GASTRITE AGUDA [K29.7] 
 Buscopan® composto: 1 ampola + AD EV 
lento; 
 Omeprazol: 1 ampola + AD EV; 
 Ranitidina ou Cimetidina: 01 ampola + AD 
10ml EV lento; 
 Hidróxido de alumínio: 15 ml VO; 
 SF 0,9% 250ml + Metoclopramida (Plasil®) 
10mg/2ml: 1 ampola EV. 
 
GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO [H40.0 / H40.2] 
 Acetazolamida (Diamox®): tomar 2 
comprimidos na emergência, e depois tomar 
1 comprimido VO, de 6/6h. 
 Agentes hiperosmóticos: Manitol 20%, EV – 
2g/kg ou em 250 ml de SF 0,9% na velocidade 
de 80 gotas/min. 
 Dipirona 1g/2ml + 8ml AD EV lento. 
 Encaminhamento ao Oftalmologista. 
 
 
H 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA 
1. Dieta zero até segunda ordem; 
2. Soro Ringer Lactato: 1000ml EV; 
3. Omeprazol 40mg/10ml: 2 ampolas (80mg) EV 
direto ou com SF 0,9% 100ml EV lento; 
4. Ranitidina 50mg/2ml: 2 ampolas (100mg) + 
AD EV; 
5. Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml ou 
Ondansetrona (Nausedron®) 4mg/ml: 1 
ampola + AD EV; 
6. Transamin (Hemoblock®): 1 ampola + AD 
20ml EV; 
7. Vitamina K (Kanakion®): 1 ampola (10mg) IM 
ou + SF 100ml EV lento (em 30 a 60 minutos), 
12/12h, se necessário. 
8. Anti-hemorrágico (hemostático; 
angioprotetor): Etansilato(Dicinone®): 1 a 2 
ampolas EV de 6/6h; 
9. Solicitar hematócrito de urgência e tipagem 
sanguínea; 
10. Fazer Concentrado de Hemácias (300ml/2U 
EV lento) para manter hematócrito > 25% 
(em doenças pulmonares, manter 
hematócrito > 30%); 
11. Em caso de coagulopatia, fazer Plasma Fresco 
Congelado, 4 unidades. 
 
HIPOGLICEMIA AGUDA [E16.2] 
 Glicose 50%: 5 a 10 ampolas (25 a 50g) EV em 
bolus. 
 Se houver associação com etilismo crônico ou 
desnutrição: Tiamina 100mg IM ou EV lenta 
OU Complexo B 5 a 10 ampolas + AD EV 
(evitar fazer no soro). 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
19 
 
 Manutenção: Soro Glicosado 10% EV: SG 5% 
500ml + Glicose 50% 5 ampolas EV, de 1/1h, 
se necessário, até obter discreta 
hiperglicemia (em torno de 200mg/dl). 
 Realizar HGT 1/1h. 
 Na ausência da possibilidade de obter acesso 
venoso, pode-se tentar oferecer alimentos ou 
bebidas açucaradas por via oral, se o paciente 
estiver alerta. Na presença de rebaixamento 
do nível de consciência, pode-se fazer 
Glucagon 1-2mg IM, SC ou EV. 
 Se o paciente evoluir com ataxia, nistagmo, 
diplopia e/ou amnésia, considerar 
encefalopatia de Wernicke-Korsakoff. Tratar 
com: 
 Soro Glicosado 5% 500ml + Glicose 
50% 4 a 6 ampolas EV, de 1/1h, se 
necessário. 
 Tiamina 100mg IM ou EV, de 8/8h; 
ou Complexo B: 3 ampolas + AD EV, 
de 8/8h; 
 Diazepam 10mg: 1 ampola + AD 
10ml  Fazer 3 a 5ml EV, de hora 
em hora, se agitação motora. 
 
HIPERGLICEMIA [R73.9] 
 Se assintomático, orientar e reajustar 
esquema de insulina. 
 Se sintomático: 
 Soro fisiológico ou ringer lactato 1000 a 
1500ml EV em 1 hora; 
 Na 2ª ou 3ª fase do soro, administrar 
Insulina Regular – 10 UI em bolus EV, IM 
ou SC; 
 HGT 1/1h; 
 Manter controle com Insulina Regular 
baseando-se na tabela abaixo: 
 
Glicemia (mg/dl) UI de Insulina Regular 
≤ 150 
de 151 a 200 
de 201 a 250 
de 251 a 300 
de 301 a 350 
> 351 
0 Unidade 
04 Unidades 
06 Unidades 
08 Unidades 
10 Unidades 
12 Unidades 
OBS: Este esquema deve ser utilizado apenas para 
pacientes diabéticos ou apenas em casos justificáveis 
para outros pacientes. 
 
 Se hiperglicemia persistir, lançar mão do 
seguinte esquema, por 6 horas (este esquema 
é sugerido para serviços que não dispõem 
gasômetro e nem de bomba de infusão; para 
um tratamento mais adequado, vide 
“Cetoacidose diabética”): 
 Soro fisiológico ou ringer lactato 
1000ml EV em 1 hora; 
 KCl 19,1%: 1 ampola em cada fase do 
soro (se possível, dosar Potássio 
sérico e ajustar conforme 
necessário); 
 Insulina regular EV, de 1/1h: 
unidades conforme o protocolo; 
 Medir HGT de 1/1h e observar: 
 Se glicemia reduzir menos 
que 70mg/dl em 1 hora, 
aumentar 2 unidades de 
insulina à quantidade feita 
anteriormente (e fazer EV); 
 Se glicemia reduzir mais 
que 100mg/dl em 1 hora, 
reduzir 2 unidades de 
insulina à quantidade feita 
anteriormente (e fazer EV). 
 Considerar alta assim que o paciente 
estiver assintomático, reajustando as 
doses dos antidiabéticos orais ou 
adicionando insulina NPH, a 
depender das metas (glicemia de 
jejum > 300mg/dl ou hemoglobina 
glicada > 10%). 
 
OBS: A Insulina Regular tem ação mais rápida, e deve 
ser a escolha para o pronto-atendimento. A Insulina 
NPH, por sua vez, tem uma ação intermediária, e pode 
ser utilizada para a internação, lançando-se mão do 
seguinte esquema: 
 Insulina NPH (UI) = 0,5 x Peso corporal 
 70% da dose total: 2/3 de Insulina 
NPH e 1/3 de Insulina Regular  
fazer antes do café (ou se preferir: 
apenas Insulina NPH, 70% da dose 
total calculada antes do café); 
 30% da dose total: metade de 
Insulina NPH e metade de Insulina 
Regular  fazer antes do jantar (ou 
se preferir: apenas Insulina NPH, 
30% da dose total calculada antes 
do jantar). 
 
OBS: Em caso de hipoglicemia, administrar Soro 
Glicosado 5% 500ml + Glicose 50% 4 a 6 ampolas EV. 
 
HERPES ZOSTER / COBREIRO [B02.9] 
 Dipirona 1 ampola (1g/2ml) + AD EV ou 
Diclofenaco (Voltaren® 75mg/3ml) 1 ampola 
IM. 
 Tratamento ambulatorial: 
 Antiviral: Aciclovir 400mg: 800mg/dose 
VO, de 6/6h a 4/4h, por 5 - 7 dias. 
 Tratamento da dor: 
Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola IM, dose única ou repetir por 3 
dias, aplicando em dias alternados; 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
20 
 
Codeína 30mg (Paco®; Tylex®): 1 
comprimido VO, 8/8h, se a dor persistir 
 Uso externo: água boricada (aplicar nas 
lesões 3x ao dia). 
 
HIPOTENSÃO GRAVE / CHOQUE NÃO-ESPECIFICADO [R57.9] 
 Identificar e tratar causa (hipovolemia, 
choque, sepse, etc.); 
 Prova volumétrica: SF 0,9% 500-1000ml EV 
rápido e observar (sondar e avaliar diurese de 
forma concomitante); 
 Se necessário: 
 Etilefrina (Efortil®): 1 ampola (1ml) + 
AD 9ml – fazer 2ml de 30/30 
minutos e medir PA; ou 
 Dobutamina 2 ampolas + 250ml de 
SG 5% (15ml/h em BIC ou 
15microgotas/min). 
 Se necessário, puncionar acesso venoso 
central (de preferência) e administrar: 
 Noradrenalina 8mg/4ml: 4 ampolas 
(16ml) + 234ml de soro EV (a 
noradrenalina causa menos arritmias 
que a Dopamina) em BIC (iniciar com 
10ml/hora); e/ou 
 Dobutamina: 1 ampola (de 
250mg/20ml) + 230ml SF 
(concentração: 1mg/ml) ou 2 
ampolas (de 250mg/20ml) + 210ml 
SF (concentração: 2mg/ml), 6 a 
25ml/hora em BIC (iniciar com 
10ml/hora). 
 
OBS: Drogas vasopressoras: 
 Dopamina: geralmente, é usada diluindo-se 
uma ampola de 50mg/10ml em 240 ml, 
resultando em uma solução de 250 ml. Com 
essa diluição, a infusão corre numa 
velocidade correspondente ao peso do 
paciente em gotas por minuto (exemplo, 60 
gotas/minuto em um paciente de 60 kg), o 
que garante uma infusão de 10 
microgramas/kg/minuto. A dopamina é útil 
no choque em três níveis: 
o Dose alta (10 a 20 
microgramas/kg/min): Tem efeito 
vasopressor, sustentando a pressão 
arterial nos casos de choque grave 
e descompensado. É alfa-agonista. 
o Dose intermediária (5 a 10 
microgramas/kg/min): A droga tem 
efeitos inotrópicos semelhantes à 
dobutamina. Aumenta o débito 
cardíaco no choque cardiogênico ou 
séptico leve a moderado. É beta e 
alfa-agonista. 
o Dose baixa (2 a 5 
microgramas/kg/min): Melhora a 
perfusão renal e a diurese (efeito 
dopaminérgico, com vasodilatação 
esplâncnica e aumento do fluxo 
renal em 50%). Na prática, a função 
renal praticamente não melhora 
com a utilização de dopamina em 
tal dose e, portanto, não deve ser 
utilizada (sobretudo na sepse). 
 Noradrenalina: a noradrenalina 
(norepinefrina) em infusão contínua deve 
ser usada nos casos de choque com 
hipotensão persistente, mesmo após uma 
adequada ressuscitação volumétrica, 
sobretudo quando persiste hipotensão (PAM 
< 60 mmHg) mas o débito cardíaco é normal 
(IC acima de 4 a 4,5 L/minuto/m
2
), não 
requerendo o suporte inotrópico. A infusão 
entre 0,05 e 1 mcg/kg/min para manter uma 
PAM acima de 65 mmHg deve ser realizada. 
No choque anafilático, a adrenalina é a 
droga de escolha. 
 Dobutamina: é indicada quando a disfunção 
miocárdica é a causa primária do choque 
cardiogênico ou em estados de baixo débito 
cardíaco, como miocardite, miocardiopatia e 
infarto do miocárdio. Caso a PA esteja 
adequada, pode ser combinada com 
vasodilatador para reduzir a pós-carga. A 
dose de 10 a 15 mcg/kg/minuto é usada nos 
casos em que apesar da reposição volêmica, 
persistem os sinais de hipoperfusão 
periférica. O uso de dobutamina em casos de 
hipotensão refratária está proscrito. 
 
 
 
I 
 
INFECÇÃO INTESTINAL / ENTEROINFECÇÃO / 
GASTROENTEROCOLITE (GECA) [A04.9 / A09] 
 Tratamento na urgência: 
 SF 0,9% 500 - 1000ml EV (rápido); 
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 
ampola + AD EV (ou aplicar no soro), se 
vômito. 
 Buscopan®composto: 1 amp + AD 10ml 
EV, se dor abdominal. OBS: Alérgicos à 
dipirona: Buscopan® simples (Hioscina) 1 
ampola + AD EV lento. 
 Se disenteria (sangue ou “catarro” na 
fezes), realizar ataque com: 
 Gentamicina 80mg: 1 a 3 
ampolas + AD EV; e 
 Metronidazol 500mg: 1 bolsa 
EV. 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
21 
 
 Tratamento ambulatorial: vide Diarreia 
Aguda. 
 
INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA [T51] 
 Solicitar HGT; 
 SG 5% 500ml + Glicose 50% 3-5 ampolas EV; 
 Complexo B: 1 ampola + AD 10ml EV (evitar 
aplicar no soro); 
 Cimetidina 01 ampola + AD 10ml EV 
 O2 inalatório 3l/min. 
 
INTOXICAÇÃO EXÓGENA / OVERDOSE POR DROGAS 
 Medidas de suporte: 
 Acesso venoso calibroso (jelco no14). 
 SF 0,9% 1000ml para 4 horas (80 
gotas/min) + SG 5% 500ml para 2 
horas (80 gotas/min). 
 Sonda nasogástrica + lavagem 
gástrica (SF 500ml via SNG: fazer e 
esperar o retorno – repetir até 
clareamento do conteúdo) e/ou 
carvão ativado (50g via SNG; repetir 
com 25g, após 4 horas da 1ª dose). 
 Complexo B: 1 ampola + AD EV. 
 Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 
1 ampola IM e/ou Dexametasona 
(Decadron®) 4mg/ml: 1 ampola + AD 
EV. 
 Ondasentrona (Nausedron®) 
4mg/2ml: 1 ampola + AD EV. 
 Cimeticona (Luftal®) 40 gotas VO. 
 Omeprazol 40mg/ml: 1 ampola + AD 
EV (12/12h). 
 Cimetidina/Ranitidina 50mg/2ml: 1 
ampola + AD EV (8/8h). 
 Avaliar: frequência respiratória; 
frequência cardíaca; diurese 
deglutição; simetria pupilar. 
 
 Lavagem gástrica 
o Realizar com, no máximo, 1 hora da 
ingestão; Não indicar no caso de 
substâncias corrosivas, hidrocarbonetos 
ou suspeita de perfuração ou 
sangramento no TGI. 
o Prescrição na urgência: Lavagem gástrica 
com SF 0,9% 1000ml. 
o Como proceder: 
 Sonda nasogástrica de grosso calibre 
com SF 0,9%, podendo chegar a um 
volume total de 8 a 10L no adulto, 
fazendo 250ml por vez. 
 Colocar o paciente em decúbito 
lateral esquerdo, com a cabeça mais 
baixa evitando aspirações. 
o Contraindicações: ingestão de ácidos 
fortes e sangramento digestivo alto 
significativo. 
 
 Carvão ativado 
o Realizar com, no máximo, 2 – 6 horas após 
a ingestão; Não indicar em caso de 
ingestão de substâncias corrosivas, 
hidrocarbonetos ou suspeita de 
perfuração ou sangramento no TGI, álcool, 
metanol, cianeto, lítio, flúor, etilenoglicol. 
o Apresentações: embalagens de 1kg. 
o Como proceder: 
 Dose recomendada: 1g/kg (dose 
total de 25 a 50g em crianças de 1 a 
12 anos; dose total de 50 a 100g em 
adolescentes e adultos). 
 Em adultos fazer 50g (2 colheres de 
sopa) por dose diluído em 100 a 
200ml de água, administrado por via 
oral ou SNG, após esvaziamento 
gástrico. 
 Quando se sabe a quantidade de 
substância ingerida, pode-se fazer 
10g de carvão/1g da substância. 
 
 Procurar antídoto específico e tratamento 
sintomático. 
o Ácido acetilsalicílico (salicilatos): 
 Lavagem gástrica mesmo até 12 
horas / Carvão ativado 4/4h; 
 Alcalinizar a urina (com 
bicarbonato de sódio e soro 
Ringer Lactato ou o diurético 
acetazolamida): Bicarbonato de 
Sódio a 8,4% (1mEq/ml – 
frascos com 250ml): fazer 
1ml/kg EV, em 24h; 
 Atropina (1 ampola = 1ml = 
0,25mg): 1 a 4mg EV, repetir a 
cada 15 a 30 minutos, até 
melhora da sintomatologia. 
 Pralidoxina (Contration®, 1 
ampola=200mg), reativador da 
colinesterase, 25 a 50mg/kg em 
concentração de 5% em infusão 
de 5min. Em adultos, fazer 1 a 
2g repetido a cada 4 a 6h, 
durante 24 a 48h. 
o Anticoagulantes / Cumarínicos: 
 Solicitar provas de coagulação; 
 Lavagem gástrica; 
 Plasma fresco EV; 
 Vitamina K (Kanakion®, 1 
ampola = 1ml = 10mg): 10 a 
20mg EV (SF 100ml lento) ou 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
22 
 
IM, repetir a cada 8 a 12 horas, 
dependendo da clínica. 
o Anticolinérgicos: Fisostigmina. 
o Antidepressivos tricíclicos: alcalinizar 
urina com Bicarbonato de Sódio a 8,4% 
(1mEq/ml – frascos com 250ml): fazer 
1ml/kg EV, em 24h. 
o Barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental): 
 Xarope de Ipeca (indutor de 
vômito) dar 30ml no adulto e 
10ml na criança. 
 Após isso administrar água, e 
aguardar vômito em até 15 
minutos; 
 Lavagem gástrica / Carvão 
ativado; 
 Flumazenil (10mg/mL – bolus 
em 30s); 
 Alcalinizar urina com 
Bicarbonato de Sódio a 8,4% 
(1mEq/ml – frascos com 
250ml): fazer 1ml/kg EV, em 
24h. 
o Benzodiazepínico (Diazepam, 
Lorazepam): 
 Xarope de Ipeca (indutor de 
vômito) dar 30ml no adulto e 
10ml na criança. 
 Após isso administrar água; 
 Lavagem gástrica / Carvão 
ativado; 
 Antídoto: Flumazenil 0,2mg EV 
em 15seg, repetidos (máximo 
1mg). 
o Betabloqueadores (Propranolol): 
Glucagon. 
o Bloqueadores dos canais de cálcio: 
Gluconato de cálcio e glucagon. 
o Cocaína: 
 Benzodiazepínicos (Diazepam 
5mg EV de 5/5min ou 
Clordiazapóxido 25 a 100mg, 
podendo chegar a 300mg) e/ou 
Clorpromazina 25 a 100mg, 
podendo chegar a 300 mg. 
 Em caso de taquicardia 
ventricular: Lidocaína 20mg/ml 
(bolus de 1mg/kg EV; 
manutenção: 2-4mg/min EV ou 
1 ampola + SG 200ml, 
80ml/hora em BIC). Evitar o uso 
de betabloqueadores. 
o Digoxina: Em taquicardias, pode-se usar 
fenitoína, lidocaína ou amiodarona. 
Anticorpo antidigoxina: 1-4 frascos 
(crônica) ou 5-15 frascos (aguda). 
o Fenotiazídicos (Prometazina - 
Fenergan®, Clorpromazina - Amplictil®), 
Butirofenonas (Haloperidol - Hadol®)e 
Metoclopramida (Plasil®): 
 Xarope de Ipeca (indutor de 
vômito) dar 30ml no adulto e 
10ml na criança; 
 Lavagem gástrica / Carvão 
ativado; 
 Corrigir hipotensão com 
volume; 
 Antídoto: Biperideno 
(Akineton®) 2 a 5mg/kg IM ou 
EV em caso de distonia. 
o Hidróxido de sódio (Soda cáustica): 
proceder com endoscopia de urgência; 
não realizar lavagem gástrica. 
o Hipoclorito de Sódio (Água sanitária) e 
ingestão de planta Comigo-ninguém-
pode: demulcentes (leite, gelatina 
líquida) e sintomáticos. 
o Monóxido de Carbono (CO): Intubação e 
ventilação mecânica; Reanimação em 
caso de PCR; Oxigênio a 100% por 
máscara. 
o Opioides (Morfina, Codeína, Cocaína): 
 Antídoto: Naloxone (Narcan®) 
fazer 2mg EV, se não houver 
resposta a cada 3 min até o 
máximo de 10mg; 
 Lavagem gástrica/Carvão 
ativado. 
o Organofosforados e carbamatos 
(agrotóxicos): 
 Carvão ativado na dose de 
1mg/kg e 50mg em adultos, 
repetindo a cada 4 u 6 horas, 
durante pelo menos 48h; 
 Droga de escolha: Atropina (1 
ampola = 1ml = 0,25mg) dar 1 a 
4mg, EV, repetir a cada 15 a 30 
min, até a melhora do paciente; 
 Droga exclusiva para 
intoxicações graves por 
organofosforados: Pralidoxina 
(1 ampola=200mg), reativador 
da colinesterase, 25 a 50mg/kg 
em concentração de 5% em 
infusão de 5min. 
o Paracetamol: 
 Lavagem gástrica; 
 Poupador de lesão hepática 
(não é antídoto, mas funciona 
como tal): N-acetilcisteína 
(Aires®, Fluimucil®) 140 mg/kg 
diluído em SG 5% em 1 hora 
(bolus). Horas seguintes: N-
acetilcisteína 70mg/kg de 4/4h, 
num total de cerca de 17 doses 
(na ausência da medicação, 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
23 
 
pode-se pedir a família para 
comprar Aires® 600mg na 
forma de envelopes 
granulados: fazer 2 envelopes + 
SF 100ml pela SNG). 
OBS: Apresentações da N-
acetilcisteína: envelopes orais 
com 100 a 200mg, ampolas 
com 10% (3ml = 300mg) e 20% 
(2ml = 400ml). 
OBS: Deve ser usada apenas 
para pacientes que ingeriram a 
dosagem de 150mg/kg de 
paracetamol. 
o Raticidas cumarínicos: 
 Carvão ativado na dose de 
1mg/kg em crianças e 100g em 
adultos; 
 Vitamina K, EV, 0,3 a 0,6mg/kg 
na criança e 10a 20mg/dose. 
Repetir a dose a cada 8 a 12 
horas. 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA [I50.9] 
 Classificar perfil hemodinâmico: 
 CONGESTÃO 
 NÃO SIM 
BAIXA 
PERFUSÃO 
NÃO A 
Quente/seco 
B 
Quente/Úmido 
SIM L 
Frio/Seco 
C 
Frio/Úmido 
 
 Tratamento na urgência: 
Perfil A 
(quente e 
seco) 
- Boa perfusão periférica; necessita de 
ajuste do estado volêmico. 
- Provavelmente, não é 
descompensação de IC; Avaliar outras 
causas de dispneia. 
- Conduta: Hidratação. 
Perfil B 
(quente e 
úmido) 
- Boa perfusão periférica e congestão. 
- Mais comum (“paciente congesto”) / 
Ex: Edema agudo hipertensivo. 
- Conduta: Furosemida EV; Nos casos 
mais graves: Vasodilatadores (NTG, 
NPS). 
Perfil C (frio 
e úmido) 
- Má perfusão periférica; suspensão de 
betabloqueadores; elevada resistência 
vascular periférica. 
- Quadro mais grave / Congesto e 
chocado (perfusão periférica ruim, 
redução do débito urinário) / Ex: 
Choque cardiogênico. 
- Conduta: Inotrópicos venosos 
vasodilatadores: Dobutamina, 
Dopamina (baixas doses). 
Perfil L (frio 
e seco) 
- Má perfusão periférica e 
desidratação. 
- Paciente chocado, mas não está 
congesto / Quadro mais incomum. 
- Conduta: Hidratação venosa cautelosa 
+ Monitorar PCP (< 12 mmHg). 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA / INTUBAÇÃO 
OROTRAQUEAL (SEQUÊNCIA RÁPIDA) 
1. Organizar e checar material: laringoscópio e 
lâminas (testar se sua luz está branca, pois se 
estiver amarela, significa que a pilha está 
fraca), tubo (checar balão), fio guia, 
aspirador, seringa de 20ml com ar, etc. 
 
 
2. Posicionamento: apoiar o occipício do 
paciente no coxim e hiperestender a cabeça. 
 
3. Pré-oxigenação: ofertar oxigênio a 100% ao 
paciente, sem realizar ventilação (para evitar 
maior risco de distensão abdominal e maior 
predisposição à broncoaspiração), com 
objetivo de estabelecer uma reserva de 
oxigênio. 
 
4. Pré-indução: realizar analgesia com opioide. 
 Fentanil (ampolas de 10ml com 
50µg/ml): fazer 3µg/kg de peso. 
Início de ação: 2-3min; duração: 30-
60min. 
 
5. Indução anestésica: promover hipnose. 
 Etomidato (ampolas de 10ml com 
2mg/ml): fazer 0,3mg/kg de peso. 
Início de ação: 15-45 segundos; 
duração: 3-12 minutos. 
Ou 
 Propofol (ampolas de 20ml com 
10mg/ml): fazer 1 a 2mg/kg de peso. 
Início de ação: 15-45 segundos; 
duração: 5-10 minutos. 
Ou 
 Midazolam (ampolas de 5mg/5ml, 
15mg/3ml e 50mg/10ml): fazer 
0,3mg/kg de peso. Início de ação: 60-
90 segundos; duração: 15-30 
minutos. É o menos indicado dos 
hipnóticos aqui apresentados. 
 
OBS: Como regra geral para os opioides e 
hipnóticos utilizados na sequência rápida de 
intubação, pode-se lançar mão da regra de “1 
ampola para cada 100kg de peso corporal” 
(isto é: ½ ampola para pacientes com 50kg, 
2/3 da ampola para pacientes com 70kg, etc.). 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
24 
 
 
Sugestão para indução e manutenção da 
sedação durante intubação (para um paciente 
de 60 - 80kg, aproximadamente): 
 Indução: 
 Fentanil (500µg/10ml): 3 a 
5ml EV, 3 minutos antes do 
procedimento. 
 Midazolam (Dormonid® 
15mg/3ml) + AD 7ml  fazer 
5ml EV lento, 1 a 2 minutos 
antes do procedimento; caso 
o efeito desejado não seja 
alcançado, pode-se repetir 
doses adicionais de 1ml da 
diluição a cada minuto. 
 Propofol (200mg/20ml): fazer 
4ml EV (evitar diluir) após a 
primeira ou a segunda dose 
de Midazolam, se necessário. 
Se for a opção única como 
sedativo, fazer 12 a 16ml EV. 
 Manutenção: Midazolam 5 ampolas 
(75mg) + Fentanil 2 ampolas (1000µg) 
+ SF 0,9% 215ml em BIC 20ml/hora (7 
gotas/min), para 12 horas. A infusão 
deve ser “tateada” de acordo com a 
resposta do paciente. 
 
6. Bloqueio neuromuscular: fazer só se 
necessário. 
 Rocurônio (ampolas de 5ml com 
10mg/ml): fazer 1mg/kg de peso (1 
ampola para pacientes com 70kg). 
Início de ação: 60 segundos; 
duração: 40-60 minutos. É a droga 
de escolha para bloqueio muscular, 
inclusive quando houver 
contraindicação à succinilcolina. 
 Succinilcolina (diluir 100mg em 10ml 
de água destilada para formar 
concentrações de 10mg/ml): fazer 1 
– 2mg/kg de peso (de 5 a 7ml EV 
para pacientes com 70kg). Início de 
ação: 45 segundos; duração: 6-10 
minutos. Contraindicações: história 
familiar de hipertensão maligna, 
hipercalemia documentada, história 
de miopatia, esclerose múltipla ou 
esclerose lateral amiotrófica; evitar 
no traumatismo raquimedular e 
grandes queimados. 
 
7. Proceder com a intubação orotraqueal 
propriamente dita, realizando a técnica 
correta e, se necessário, lançar mão da 
manobra de Sellick (comprimindo a 
cartilagem cricoide com uma força de 40N, 
que corresponde a mesma necessária para 
causar dor à compressão da glabela). 
 
8. Insuflar o cuff e checar posicionamento do 
tubo (auscultar epigástrio, bases e ápices 
pulmonares). 
 
9. Ajustar parâmetros do ventilador: de uma 
forma genérica, tem-se: 
 Modo de volume-controlado (mais 
utilizado nas urgências). OBS: Ao se 
optar pelo modo pressão-
controlado, colocar um Pmax 24-26 
(ideal de 16 – 20) cmH2O. 
 Volume corrente: 6-8ml/kg de peso 
(ideal de 500ml/min, 
aproximadamente). 
 Frequência respiratória: 10 a 16 
irpm. 
 FiO2: recomenda-se iniciar com 100% 
(valor máximo de concentração de 
oxigênio), que posteriormente 
deverá ser ajustado de acordo com o 
quadro do paciente, reduzindo à 
FiO2 mais segura (10 a 20% a cada 15 
a 30 minutos), que gira em torno de 
50 a 60%, no intuito de conseguir 
uma SatO2 arterial > 90%. 
 Fluxo inspiratório de 40-60ml/min 
ou manter relação I:E (normal: 1:1,5 
a 1:2, com tempo inspiratório de 0,8 
a 1,2 segundo). Pacientes com DPOC, 
recomenda-se relação I:E < 1:3 (isto 
é, 1:4, 1:5, etc.). Em quadros de 
hipoxemia grave, pode-se utilizar 
esta relação invertida (I:E de 3:1, por 
exemplo). 
 PEEP: 5 cmH2O ou 5 mbar (iniciando 
a ventilação com PEEP de 5cmH2O, 
recomenda-se aumenta-la 
progressivamente, objetivando 
manter uma SpO2 satisfatória 
(>90%). A monitorização 
hemodinâmica é recomendada após 
15cmH2O. Para pacientes com DPOC, 
recomenda-se valores próximos ao 
autoPEEP. 
 Sensibilidade de disparo: 1cmH2O (o 
consenso recomenda valores de 0,5 
a 2cmH2O, podendo alcançar até 
10cmH2O em alguns aparelhos). 
 
10. Extubação: realizar quando o paciente 
apresentar os seguintes parâmetros: 
 Volume corrente: 7 a 10ml/kg em 
respiração espontânea; 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
25 
 
 Frequência respiratória de 16 a 
20irpm; 
 Nível de consciência capaz de 
proteger via aérea; 
 Abertura ocular preservada (o 
controle da musculatura orbicular do 
olho e levantadora da pálpebra 
indica o início da descurarização). 
 
 
L 
 
LOMBOCIATALGIA [M54.5] 
 Diclofenaco de sódio (Voltaren®) 75mg/3ml: 
1 ampola IM; e ou Buscopan® composto: 1 
ampola + AD EV. 
 Meperidina (Dolosal®): 1ml + SF 0,9% 100ml 
EV em 30min. 
 Tramal®: 1 ampola + SF 0,9% 100ml EV em 
30min. 
 
LUXAÇÃO [T14.3] 
 Utilizar a manobra de redução mais adequada 
para a articulação acometida e lançar mão do 
uso de analgésicos e relaxantes musculares se 
necessário. 
 Analgesia: Dipirona 1g/2ml EV ou Diclofenaco 
(Voltaren®) 75mg/3ml IM; se necessário, 
associar um opioide mais forte: Tramadol 
(Tramal®) + 18ml EV lento ou Morfina + 9ml 
EV lento. 
 Relaxantes musculares e sedativos: Diazepam 
10mg/2ml EV lento; se necessário, 
Midazolam 5mg (1 ml da ampola de 
15mg/3ml) EV ou IM. 
 Se luxação do ombro: sugerir o uso de Tipoia 
Americana por 3 a 4 semanas no primeiro 
episódio; em caso de recorrente, usar 
somente por 1 a 2 semanas. Se a recorrência 
for frequente, considerar avaliação do 
ortopedista para cirurgia. 
 
M 
 
MENINGITE[G00.9] 
 Internar em ala de isolamento; 
 Medicações de base: 
o Ceftriaxona 2g (ou 100mg/kg de 
peso) EV, 12/12h. 
o Dexametasona (Decadron®) 2mg/ml: 
1 a 2 ampolas (ou 0,1mg/kg de peso) 
EV, 12/12h. 
o Fenitoína (Hidantal®) 250mg/5ml: ½ 
a 2 ampolas (ou 20mg/kg de peso) 
via IM ou EV (preferencialmente), de 
8/8h. 
o Sintomáticos. 
 Referenciar para serviço com neurologista de 
plantão para avaliação, coleta e análise do 
líquor. 
 Profilaxia para contactantes. Indicações: 
 Meningite meningocócica e por 
Haemophilus (não se faz 
quimioprofilaxia na pneumonia por 
pneumococo); 
 Para todos os contatos familiares e 
íntimos: 
 Escolas, creches, orfanatos  
colegas de sala do paciente, 
professores, etc. 
 Contactuantes por mais de 4 
horas, por 5 a 7 dias 
 Profissionais de saúde: que teve 
risco de ter entrado em contato com 
a gotícula respiratória do paciente 
(IOT/Aspiração de VAS sem 
máscara). 
 
1ª Escolha 
Rifampicina Adultos: 600mg, de 12/12h, 
por 2 dias (4 doses). 
1 mês a 12 anos: 
10mg/kg/dose, de 12/12h 
(máx.: 600mg), por 2 dias (4 
doses). 
< 1 mês: 5mg/kg/dose, 
12/12h, por 2 dias (4 doses). 
Opções 
Ciprofloxacina 500mg, dose única. 
Ceftriaxona 250mg IM, dose única. 
< 12 anos: 125mg IM, dose 
única. 
 
OBS: Fazer vacina anti-meningocócica e anti-
pneumocócica para os contactuantes e 
familiares que entraram em contato por mais 
de 4 horas, por pelo menos 4 dias 
consecutivos. 
 
 
N 
 
NÁUSEAS / VÔMITOS [R11] 
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 
ampola IM (preferível) ou 01 ampola + 100ml 
SF 0,9% EV; ou 
 Ondasentrona (Nausedron®) 4mg/2ml: 1 
ampola + AD EV. 
 
 
P 
 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA [I46.9] 
 Sempre seguir a ordem: 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
26 
 
1. Checar Ritmo / Pulso; 
2. Choque, se fibrilação ventricular (FV) ou 
taquicardia ventricular (TV) sem pulso; 
3. 2 minutos de massagem + ventilação 
(RCP); 
4. Droga (primeira opção em caso de AESP 
ou assistolia); 
5. Repetir o Ciclo. 
 
 No uso de drogas, sempre alternar a 
Adrenalina (1 mg + SF 20ml em flush) com as 
outras drogas (Vasopressina ou Amiodarona). 
O importante é utilizar a Adrenalina em ciclos 
alternados, se realmente necessário. 
 Adrenalina 1mg a cada 3 a 5 minutos 
(utilizar, portanto, em ciclos alternados). 
Considere-a como a única opção em caso 
de AESP ou assistolia. 
 Amiodarona 300mg em bolus na primeira 
dose e 150mg em bolus na segunda dose. 
 Vasopressina 40 UI (pode substituir a 
primeira ou a segunda dose de 
Adrenalina). 
 Lidocaína 2% (20mg/ml) pode ser uma 
opção em caso de FV e TV refratária à 
choques e demais drogas. 
 Atropina 1mg (em desuso). 
 Sempre fazer SF0,9% 20ml em bolus após 
administrar as drogas. 
 
 Medidas gerais: 
 Evitar, ao máximo, a interrupção da RCP 
por mais de 10 segundos entre os ciclos; 
 Energia do choque: 
 Desfibrilador bifásico: seguir as 
recomendações do fabricante 
(ex: carga inicial de 120 a 200J). 
Se desconhecida, usar máximo 
possível. A segunda carga e as 
subsequentes devem ser 
equivalentes, podendo ser 
consideradas cargas maiores. 
 Desfibrilador monofásico: 360J. 
 Oferecer oxigênio suplementar sempre 
que disponível. A via aérea avançada 
deve ser sempre uma opção após 3 
tentativas de choque sem sucesso ou 
logo no início do quadro de AESP ou 
assistolia. Após a intubação, a 
frequência de ventilação deve ser de 8 a 
10 ventilações por minuto, com 
compressões torácicas contínuas. 
 Checar sempre as causas reversíveis de 
PCR: Hipovolemia; Hipóxia; Hidrogênio 
(acidose); Hipo ou Hipercalemia; 
Hipotermia; Pneumotórax; 
Tamponamento cardíaco; Toxinas; 
Trombose pulmonar ou coronariana. 
 
 PCR com ritmo chocável: fibrilação ventricular 
ou taquicardia ventricular. 
 
Checar Ritmo (se FV / TV)  Choque (360j 
Monofásico / 200j Bifásico)  RCP (1º ciclo) 
 Droga: Adrenalina 1amp + SF 0,9% 20ml IV 
(Elevar Membro)  (Checar Ritmo/Pulso - 
Choque - RCP); Droga: Amiodarona 300mg 
(2amp) + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro) 
(Checar Ritmo/Pulso - Choque - RCP)  
Droga: Adrenalina 1amp / SF 0,9% 20ml IV 
(Elevar Membro)  (Checar Ritmo/Pulso - 
Choque - RCP)  Droga: Adrenalina 1amp + 
SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro) ou 
Vasopressina 40 UI  (Checar Ritmo/Pulso - 
Choque - RCP)  Droga: Amiodarona 150mg 
(1amp) + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro)  
(Checar Pulso - Choque - RCP)  Droga: se a 
Vasopressina foi feita no ciclo anterior, 
utilizar Adrenalina 1amp + SF 0,9% 20ml IV 
(Elevar Membro)  (Checar Pulso - Choque - 
Massagem)  Não utilizar adrenalina em 
ciclos subsequentes  (Checar Ritmo/Pulso - 
Choque - RCP). 
 
 PCR com ritmo não-chocável: atividade 
elétrica sem pulso (AESP) ou assistolia. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
27 
 
 
Checar Ritmo/Pulso (se AESP / Assistolia)  
RCP (1 ciclo)  Droga: Adrenalina 1amp + SF 
0,9% 20ml IV (Elevar Membro)  Considerar 
intubação endotraqueal  (Checar Ritmo - se 
FV/TV, protocolo de ritmo chocável; se AESP 
ou Assistolia - RCP)  Droga: Não utilizar 
Adrenalina em ciclos subsequentes; a 
Atropina (1mg + SF 0,9% 20ml IV) pode ser 
uma opção  (Checar Ritmo/Pulso - se 
FV/TV, protocolo de ritmo chocável; se AESP 
ou Assistolia - RCP)  Droga: Adrenalina 
1amp + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro) 
(Checar Ritmo/Pulso - se FV/TV, protocolo de 
ritmo chocável; se AESP ou Assistolia - RCP). 
OBS: Em caso de assitolia, sempre verificar os 
cabos do monitor cardíaco, as derivações e o 
a função “ganho” do monitor. 
 
 Cuidados pós-PCR a serem realizados após o 
retorno da circulação espontânea: 
1. Checar pressão arterial: se PAS < 
90mmHg, considerar a infusão de volume 
ou uso de drogas vasopressoras, a 
depender da presença de crepitações 
pulmonares; 
2. Pulmão: realizar ausculta pulmonar (se 
houver a presença de creptos, 
contraindicar a infusão de volumes), 
oximetria de pulso e capnografia em 
forma de onda. Manter saturação de 
oxigênio ≥ 94%. 
3. Coração: solicitar ECG de 12 derivações, 
radiografia de tórax e solicitar bioquímica 
completa de sangue (incluindo 
eletrólitos). Tratar hipotensão (se PAS < 
90 mmHg) com: 
 SF 0,9% ou RL 1 a 2 litros, se não 
houver sinais de insuficiência 
cardíaca aguda (creptações em 
base pulmonar); 
 Na presença de crepitações, 
optar por vasopressores: 
 Epinefrina ou Norepinefrina: 
0,1 a 0,5 mcg/kg por minuto. 
Sugestão para solução 
(paciente com 70kg): Diluir 
2mg (2 ampolas de 
adrenalina) com SG 5% até 
completar 250ml de solução 
(0,008mg/ml ou 8mcg/ml), e 
administrar 20 a 100 
gotas/min ou 60 a 300 
microgotas/min (em cateter 
venoso central). 
 Dopamina 5 a 10mcg/kg por 
minuto. Sugestão para 
solução (paciente com 70kg): 
Dopamina 5 ampolas (cada 
ampola: 50mg/10ml) em 
200ml de SF 0,9% (solução de 
dopamina a 1mg/ml), e fazer 
20 – 100ml/hora (6 – 33 
gotas/min ou 20 a 100 
microgotas/min). OBS: 
Extravasamento de dopamina 
para tecidos moles pode 
causar sua necrose (preferir 
infusão por cateter venoso 
central). 
4. Consciência: se o paciente não seguir 
comandos verbais (estiver comatoso), 
solicitar glicemia capilar (HGT): se estiver 
alterada, tratar. Se estiver normal, 
considerar hipotermia terapêutica 
induzida. 
5. Pesquisar por causas reversíveis de PCR e 
trata-las: Hipovolemia; Hipóxia; 
Hidrogênio (acidose); Hipo ou 
Hipercalemia; Hipotermia; Pneumotórax; 
Tamponamento cardíaco; Toxinas; 
Trombose pulmonar ou coronariana. 
 
 
PARALISIA FACIAL DE BELL [G51.0] 
 Soro Glicosado 5% 500ml + Complexo B 1 
ampola no soro; 
 Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml IM. 
 Ambulatorial: 
 Prednisona (Metcorten®) 20mg ou 
Prednisolona (Prelone®) 20mg: tomar 2 
comprimidos pela manhã, por5 a 7 dias. 
 Tiamina (Vitamina B1) 100 ou 300mg: 
tomar 2 comprimidos ao dia. 
 Claril ou Lacrima: pingar 1 gota no olho 
paralisado, de 2 em 2 horas. 
 Epitegel ou Epitesan (pomada): aplicar no 
olho antes de dormir e cobrir com gaze 
esterilizada. 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
28 
 
PERICARDITE [I30.9] 
 AAS adulto (500mg): 1 comprimido VO, 6/6h; 
 Solicitar Ecocardiograma; 
 Encaminhar para serviço de referência 
cardiológica. 
 
PICADA DE ABELHA [X23.9] 
 Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 1 
ampola IM; 
 Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola + AD EV; 
 Ranitidina 50mg/2ml: 1 ampola + AD EV; 
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml ou 
Ondasentrona (Nausedron®) 4mg/2ml: 1 
ampola + AD EV, se vômito ou náusea; 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola 
IM, se dor; 
 Em caso de hipotensão: SF 0,9% 1000 ml EV 
(correr aberto). 
 
PICADA DE INSETO [W57.9] 
 Pronto-atendimento 
 Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 
1 ampola IM; 
 Dipirona 1g/2ml + AD 10ml EV. 
 
 Ambulatorial: 
 Prometazina (Fenergan®) creme: 
aplicar na região da lesão, 3x ao dia. 
 Hidroxizine (Hixizine® 25mg: tomar 1 
comprimido VO, 12/12h a 8/8h, por 
5 dias) Loratadina (Claritin® 10mg: 
tomar 1 comprimido VO, 1x ao dia, 
por 5 dias). 
 Nimesulida 100mg: tomar 1 
comprimido 12/12h por 6 dias. 
 
 
Q 
 
QUEIMADURAS / GRANDE QUEIMADOS 
 Proceder com os passos do “ABCDE” do 
ATLS® e retirar as vestes cuidadosamente. 
 
 Classificar rapidamente a lesão: 
 
 
 Hidratação venosa vigorosa baseada na 
formula de Parkland: 
 
 
4ml x kg de peso x %SCQ 
 
Correr o total calculado em 24h da seguinte 
forma: fazer metade do volume nas primeiras 
8h a contar a partir do momento da 
queimadura (e não da admissão à 
emergência); O restante do volume (a outra 
metade) deve ser feito nas 16h seguintes. 
Não usar Soro fisiológico devido ao risco 
acidose hiperclorêmica – optar por Ringer 
Lactato. 
Monitorizar o débito urinário a partir da 
primeira hora, e controlar a hidratação para 
que se obtenha 0,5 ml/kg/h ou 30-50ml em 
adultos e 1ml/kg/h em crianças. No trauma 
elétrico, manter diurese em torno de 
1,5ml/hora ou até clareamento. 
Regra geral para iniciar hidratação venosa: 
iniciar 2.000 ml de RL para correr rápido 
(menos de 30 minutos). 
 
 Reposição Calórica segundo regra de Curreri e 
Luterman (1978): 
o Adultos: (25Kcal x Peso) + (50Kcal x 
%SCQ) 
o Crianças: Peso x (40 a 60Kcal) 
 
 Analgesia: evitar o uso de AINES para 
analgesia pelo risco de úlceras de Curling 
nestes pacientes. 
o Dipirona: 500mg a 1g + AD EV; ou 
o Morfina 1 ampola 10mg/ml + AD 9ml 
 Fazer 1mg (1ml da solução 
diluída) para cada 10kg de pesos, 
inicialmente, e aumentar conforme 
resposta 6/6 ou 4/4h. Estes 
pacientes necessitam de altas doses 
e dificilmente tem uma depressão 
respiratória; ou 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
29 
 
o Meperidina (Dolantina) 1 ampola de 
2ml EV lento (sem diluir); ou 
o Diazepam 1 ampola de 10mg + 1 
ampola de AD EV lento, se 
necessário. 
 
 Medidas gerais: 
 Lavar área com SF 0,9%, retirar pele 
exposta com vaselina líquida. 
 Utilizar curativo com gaze e 
antibiótico tópico (sulfadiazina de 
prata 1%). Trocar a cada 2 dias. 
 Evitar o uso profilático de 
antibióticos e corticoides. Na 
suspeita de infecção associada 
(edema de bordas da ferida, 
aprofundamento das lesões, 
mudança de cor, coloração 
hemorrágica da escara, celulite ao 
redor da lesão, aumento ou 
modificação da queixa dolorosa), 
optar por: 
 Cefalexina 500mg, VO, 1 
comprimido, 6/6h; ou 
 Cefalotina 1g + 4ml de AD 
EV 6/6h. 
 Proceder com profilaxia para o 
tétano. 
 Queimaduras circunferenciais em 
tórax podem necessitar escarotomia 
para melhorar expansão. 
 
Critérios de transferência para Unidade de 
Tratamento de Queimaduras (UTQ) 
 Queimaduras de 2º grau em áreas maiores 
que 20% SCQ em adultos 
 Queimaduras de 2º grau maiores de 10% SCQ, 
em crianças ou maiores de 50 anos; 
 Queimaduras 3º grau em qualquer extensão; 
 Lesões em face, olho, períneo, mão, pé e 
grande articulação; 
 Queimadura elétrica; 
 Queimadura química; 
 Lesão inalatória, ou lesão circunferencial de 
tórax ou de membros; 
 Doenças associadas, auto-extermínio, 
politrauma, maus tratos ou situações sociais 
adversas. 
 
A transferência do paciente deve ser solicitada à UTQ 
de referência, após a estabilização hemodinâmica e 
medidas iniciais. 
Enviar sempre relatório contendo todas as 
informações colhidas, anotações de condutas e 
exames realizados. 
Pacientes graves somente deverão ser transferidos 
acompanhados de médico em ambulância UTI, com 
possibilidade de assistência ventilatória. Transporte 
aéreo para pacientes com trauma, pneumotórax ou 
alterações pulmonares deve ser realizado com 
extremo cuidado pelo risco de expansão de gases e 
piora clínica. 
 
QUEIMADURAS OCULARES 
 Lavagem com SF 0,9% por pelo menos 30 
minutos; 
 Dexametasona a 0,1% ou Prednisona a 1%: 
aplicar 1 gota, de 2/2h, suspendendo após 2 
semanas. 
 Encaminhar ao oftalmologista. 
 
R 
 
RABDOMIÓLISE 
 Monitorização cardíaca, pulmonar e 
sondagem vesical. 
 
 Terapia inicial: ressuscitação volêmica 
agressiva e precoce com salina isotônica: Soro 
fisiológico 0,9% 1-2 litros/hora (ou 
3ml/kg/hora), a fim de se obter diurese em 
torno de 200-300ml/hora. 
 
 Manutenção: após estabelecer diurese 
satisfatória, proceder de medidas para 
reduzir e toxicidade renal por meio da 
alcalinização da urina. Após a correção da 
oligúria, trocar o SF 0,9% pela seguinte 
solução: 
 410ml de Salina hipotônica 0,45% 
(misturar SF 0.9% com água 
destilada ou SG 5% na proporção 
1:1, derramando metade do soro e 
misturando a estas outras soluções) 
+ 
 10ml de Manitol 10g + 
 40ml de Bicarbonato de sódio 
40mEq/l. 
Objetivos da manutenção: 
 Manter o débito urinário de 
200ml/hora até o desaparecimento 
da mioglobinúria; 
 Manter o pH urinário entre 6 e 7 
(associar Acetazolamida, se 
necessário). 
 
 Corrigir os distúrbios eletrolíticos: 
o Hipercalemia: glicoinsulina EV + 
bicarbonato de sódio EV + resina de 
troca VO ± furosemida EV. 
o Acidose metabólica: se HCO3 < 
15mEq/L, fazer bicarbonato de sódio 
EV (50mEq). 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
30 
 
o Hiperfosfatemia: atualmente, a 
droga de escolha é o quelante oral 
cloridrato de Sevelamer, mas 
também se pode utilizar hidróxido 
de alumínio. O carbonato de cálcio 
deve ser evitado. 
o Hipocalcemia: a princípio, não tratar, 
a não ser em caso de hipocalemia 
sintomática (tetania, convulsões) ou 
na presença de hipercalemia grave 
(a combinação de hipercalemia com 
hipocalcemia aumenta a chance de 
arritmias malignas). 
 
RAIVA [A82.9] / MORDIDA DE ANIMAIS / TERAPIA ANTI-
RÁBICA 
 Medidas gerais: Levar a vítima a um centro de 
urgência; Avaliar local da lesão; Relatar como 
ocorreu a agressão; Observação do animal 
por um tempo não superior a 10 dias; Avaliar 
condições do animal agressor e de vacinação. 
Não se faz necessária a profilaxia da raiva em 
caso de mordedura por roedores. 
 
Classificação do ferimento 
Ferimento 
leve 
Arranhadura ou mordedura superficial 
em tronco e/ou membros. 
Ferimento 
grave 
Mordedura superficial ou profunda em 
face, cabeça, mãos ou pés; lambedura 
de ferimentos abertos em face ou 
mucosas; mordedura profunda em 
qualquer lugar do corpo; ferimentos 
puntiformes em face ou mucosas. 
Conduta para ocasiões específicas 
Animal 
agressor 
Acidente Conduta 
Hamster, 
ratos,cobaias, 
coelhos e 
demais 
roedores 
Leve ou 
grave 
Normalmente, não é 
necessária vacinação anti-
rábica nestes casos. 
Cão ou gato 
sadio 
Leve Observação do animal por 
10 dias após exposição: 
- Se permanecer sadio, 
encerrar o caso; 
- Se adoecer, morrer ou 
fugir: completar vacinação 
com 5 doses (D0, D3, D7, 
D14 e D28). 
Cão ou gato 
sadio 
Grave Iniciar vacinação: 3 doses 
(D0, D3 e D7); 
- Se permanecer sadio, 
encerrar o caso; 
- Se adoecer, morrer ou 
fugir: completar vacinação 
com mais 2 doses (D14 e 
D28). 
Cão ou gato 
suspeito (de 
áreas de 
raiva sem 
controle) 
Leve Iniciar vacinação (5 
doses): interromper 
tratamento se o animal 
estiver sadio após 10 dias. 
Cão ou gato 
suspeito 
Grave Iniciar vacinação (5 doses) 
+ Imunoglobulina (soro). 
Interromper o tratamento 
se o animal estiver sadio 
após 10 dias. 
Cavalo, boi, 
cabra, porco 
Leve Iniciar vacinação (5 doses) 
Cavalo, boi, 
cabra, porco 
Grave Iniciar vacinação (5 doses) 
+ Imunoglobulina (soro) 
Animais 
silvestres ou 
morcego 
Leve ou 
grave 
Iniciar vacinação (5 doses) 
+ Imunoglobulina (soro) 
 
 Em caso de acidentes leves (ferimentos 
superficiais, geralmente pouco extensos, em 
troncos e membros, com animal suspeito ou 
não de raiva), realizar esquema de vacinação 
antirrábica conforme protocolo da 
enfermagem (V.A.R.: D0, D3, D7, D14 e D28, 
até descartar a suspeita). 
 
 Em caso de acidentes graves (ferimentos na 
cabeça, face, pescoço, mãos, polpa digital, 
planta do pé; ferimentos profundos, 
múltiplos ou extensos) e/ou em caso de cão 
ou gato raivoso, desaparecido, morto ou 
animais silvestres (inclusive os domiciliados), 
realizar esquema de vacinação antirrábica 
conforme protocolo da enfermagem (V.A.R.: 
D0, D3, D7, D14 e D28, completo) e 
soroterapia (soro antirrábico). 
OBS: Em caso de mordedura de rato, não se 
faz profilaxia antirrábica, mas sim, 
antitetânica. 
 
 Não suturar a lesão. Se necessário, apenas 
aproximar as bordas. Na suspeita de infecção, 
fazer Amoxicilina-Clavulanato 875+125mg 
VO, de 8/8h, por 7 dias. 
 
 Tratamento dos infectados: 
o Coma induzido: 
 Midazolam: bolo inicial de 
0,01-0,05mg/kg (0,5 a 4mg) 
EV, seguido de infusão 
contínua de 0,02 a 0,1 
mg/kg/hora, ajustados até 
obter a resposta desejada. 
 Propofol: dose inicial de 2 a 
5mg/kg completado se 
necessário com doses de 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
31 
 
1mg/kg a cada 30 segundos 
até efeito desejado. 
o Terapia antiviral: Ribavirina e 
Amantadina, drogas utilizadas para o 
tratamento da hepatite C. 
o Suplementação metabólica: 
Biopterina e L-arginina 
o Soroterapia: fazer sempre na 
suspeita de acidentes graves 
(ferimentos extensos ou não na 
cabeça, face, pescoço, mãos, polpa 
digital, planta do pé) e/ou mordida 
por cão ou gato raivoso, 
desaparecido ou morto, ou animais 
silvestres, inclusive os domiciliados. 
 Antes do soro, fazer 
Ranitidina + Dexametasona + 
Hidrocortisona + AD EV. Cerca 
de 30 a 40 minutos depois, 
administrar o soro. 
 Aplicar soro homólogo 
antirrábico (imunoglobulina 
hiperimune antirrábica 
humana) nos casos positivos 
da dessensibilização. Dose: 20 
- 40 UI/kg, metade IM (nas 
coxas, nos glúteos e deltoides) 
e metade nas bordas da 
ferida. 
 
RETIRAR “REAÇÃO ALÉRGICA” 
 
RETENÇÃO URINÁRIA 
 Hidratar: Soro Fisiológico 0,9% 1000ml EV; 
 Furosemida: 1 ampola + AD EV (após o soro); 
 Se necessário, passar sonda de alívio; 
 Pesquisar causa. 
 
S 
 
SANGRAMENTO VAGINAL ANORMAL [N93.9] 
 SG 5% 500ml IV (30 gotas/min); 
 Buscopan® composto: 1 ampola + AD EV; 
 Transamin®: 03 ampolas no SG. 
 Solicitar controles laboratoriais, USG pélvica 
transabdominal + transvaginal e 
encaminhamento para ginecologista. 
 
SEPSE / CHOQUE SÉPTICO 
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS): 
presença de algum fator que predisponha o paciente 
ao desenvolvimento de uma síndrome inflamatória 
sistêmica (internação em UTI, histórico de grande 
cirurgia recente, infecção grave, grandes 
queimaduras, etc.) que dois ou mais dos seguintes 
sinais: 
 Temperatura >38oC ou <36oC; 
 Frequência cardíaca > 90bpm (ou 2 desvios-
padrão acima do valor normal para a idade); 
 Taquipnéia (frequência respiratória > 20irpm) 
ou hiperventilação (PaCO2 < 32mmHg); 
 Alteração do nível de consciência; 
 Edema significativo ou balanço hídrico positivo 
(> 20ml/kg em 24 horas); 
 Leucócitos > 12000 ou <4000 ou >10% de 
formas imaturas (bastões). 
Sepse: SRIS + infecção confirmada ou suspeita 
(principais focos: respiratório, abdominal, cutâneo, 
renal, SNC, hemocultura positiva, etc.). OBS: 
Pacientes portadores de pancreatite aguda ou 
grandes queimaduras, por exemplo, não apresentam 
sepse, a não ser que possuam algum foco infeccioso 
presumível. 
Sepse/SRIS grave: presença de sepse ou SRIS 
associados à alguma disfunção importante: 
 Sistema nervoso central: rebaixamento do 
nível de consciência, agitação, confusão 
mental ou coma. 
 Aparelho respiratório: dispnéia e necessidade 
de ventilação mecânica. 
 Sistema cardiovascular: hipotensão com 
necessidade eminente de drogas vasoativas. 
 Sistema hepato-esplâncnico: elevação de 
bilirrubinas, diminuição do nível de fatores de 
coagulação, elevação de transaminases, etc. 
 Sistema renal: oligúria, elevação de creatinina. 
 Sangue: distúrbios da coagulação 
(plaquetopenia, aumento do tempo de 
ativação de protrombina, sangramentos 
espontâneos). 
Choque séptico: hipotensão induzida pela sepse/SIRS 
(PAS < 90mmHg ou queda acima de 40mmHg em 
relação aos níveis basais), apesar da realização da 
reposição volêmica (trata-se, portanto, de um 
diagnóstico retrospectivo). Nestes casos, o paciente 
apresentará, geralmente. 
 
 Medidas gerais: 
 Solicitar vaga em UTI. 
 Garantir acesso venoso central. 
 Monitorização hemodinâmica: medir 
pressão arterial, pressão venosa 
central, oximetria de pulso, etc. 
 Sondagem vesical e anotar diurese. 
 Radiografia de tórax em PA e perfil. 
 Solicitar: hemograma completo, 
coagulograma, TGO, TGP, 
bilirrubinas, albumina, creatinina, 
ureia, etc. 
 Solicitar lactato arterial. 
 Coletar duas ou mais hemoculturas 
(antes do início da 
antibioticoterapia, contudo, sem 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
32 
 
atrasá-la) e culturas de sítios 
específicos de acordo com indicação. 
 
 Proposta terapêutica: 
1. Ressuscitação inicial: fazer uso em bolus 
de 1000 ml de cristaloide (soro fisiológico 
ou ringer lactato) em 30 minutos, 
visando atingir nas primeiras 6 horas os 
seguintes objetivos terapêuticos: 
 Pressão venosa central (PVC): 8-
12mmHg. 
 Pressão arterial média: ≥65mmHg. 
 Débito urinário: ≥0,5 ml/kg.h; 
 Saturação venosa de oxigênio (SvO2) 
central (na veia cava superior) ≥70% 
ou SvO2 mista (na artéria pulmonar, 
obtida apenas se o paciente 
apresentar cateter de Swan-Ganz) 
≥65%. 
 Se a SvO2 não for atingida, deve-se: 
 Considerar nova infusão de 
fluidos; 
 Transfusão de concentrado de 
hemácias para um hematócrito 
≥30%; e/ou 
 Infusão de Dobutamina (droga 
inotrópica) até 20 μg/kg/min. 
2. Terapia vasopressora: a pressão arterial 
média (PAM) deve ser mantida em 
valores ≥65 mmHg. Os vasopressores 
devem ser empregados quando houver 
um grau de hipotensão que coloque a 
vida em risco. A Norepinefrina ou 
Dopamina são os vasopressores iniciais 
de escolha (administradas em um cateter 
central tão cedo esteja disponível). 
Quando a hipotensão persistir apesar do 
uso desses medicamentos, deve-se 
recorrer a fármacos mais potentes como 
adrenalina, fenilefrina ou vasopressina. 
 Dopamina: geralmente, é usada 
diluindo-se uma ampola de 
50mg/10ml em 240 ml, 
resultandoem uma solução de 
250 ml. Com essa diluição, a 
infusão corre numa velocidade 
correspondente ao peso do 
paciente em gotas por minuto 
(exemplo, 60 gotas/minuto em 
um paciente de 60 kg), o que 
garante uma infusão de 10 
microgramas/kg/minuto. A 
dopamina é útil no choque em 
três níveis: 
 Norepinefrina/Noradrenalina: 
deve ser usada em infusão 
contínua nos casos de choque 
com hipotensão persistente, 
mesmo após uma adequada 
ressuscitação volumétrica, 
sobretudo quando persiste 
hipotensão (PAM < 60 mmHg) 
mas o débito cardíaco é normal 
(IC acima de 4 a 4,5 
L/minuto/m
2
), não requerendo 
o suporte inotrópico. Posologia: 
0,05 e 1 mcg/kg/min. 
3. Terapia inotrópica: como a disfunção 
miocárdica pode estar presente na sepse 
grave e no choque séptico, a Dobutamina 
está indicada nos casos de elevadas 
pressões de enchimento e baixo débito 
cardíaco. Por outro lado, o uso de 
dobutamina para manter o débito 
cardíaco em níveis supranormais não é 
recomendado nesses pacientes. 
4. Antibioticoterapia: iniciar esquemas 
intravenosos tão cedo quanto possível, 
utilizando antibióticos de espectro 
estendido (um ou mais agentes ativos 
contra bactérias ou fungos com boa 
penetração na fonte presumida) e 
reavaliar o regime antibiótico 
diariamente. 
Sugestões antibióticas 
Faixa 
etária 
1ª escolha 2ª escolha Dur
açã
o 
RN (1 a 4 
semanas) 
Ampicilina
+amicacina 
 
Vancomicina
+cefotaxima 
 
10 a 
14 
dias 
 
Criança 
 
Cefotaxim
a ou 
ceftriaxona 
 
Amoxicilina+
clavulanato 
ou 
Ampicilina+s
ulbactam 
10 a 
14 
dias 
 
Adultos 
 
 
 
Oxacilina + 
gentamicin
a + 
metronida
zol 
 
 
 
Amoxicilina+
clavulanato 
ou 
Ampicilina+s
ulbactam ou 
Vancomicina
+amicacina 
(ou 
ciprofloxacin
a ou 
ceftriaxona) 
10 a 
14 
dias 
 
 
 
 
Esplenect
omizados 
Cefotaxim
a ou 
ceftriaxona 
Amoxicilina+
clavulanato 
10 a 
14 
dias 
 
5. Controle do sítio infeccioso: sempre que 
possível, a remoção do foco infeccioso 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
33 
 
deve ser realizada precocemente. Essa 
conduta inclui drenagem de abscessos e 
debridamento de tecido necrótico 
infectado, entre outras. Acessos 
vasculares potencialmente infectados 
devem ser prontamente substituídos. 
Exceção: necrose pancreática infectada 
(neste caso, estudos comprovam que o 
adiamento da cirurgia, por pelo menos 2 
semanas, melhora a sobrevida do 
paciente). 
6. Corticoterapia: o emprego de 
corticosteroides está justificado somente 
nos pacientes que já foram ressuscitados 
com fluídos e apresentaram pobre 
resposta ao uso de vasopressor, 
permanecendo em choque, pois o 
cortisol auxilia a ação da drogas 
vasopressoras. A dose recomendada de 
Hidrocortisona é até 300 mg/dia, 
divididos em quatro doses. Pacientes 
com sepse, sem choque, não devem 
receber corticoides. 
7. Outras medidas: 
 Proteína C ativada: considerar PCRh 
em paciente com disfunções 
orgânicas induzidas pela sepse com 
avaliação alto risco de morte 
(APACHE II ≥ 25 ou falência de 
múltiplos órgãos). Paciente adulto 
com sepse grave e baixo risco de 
morte não deve receber PCRh. 
 Controle glicêmico: devemos fazer 
uso de insulina EV para controlar 
hipoglicemia em pacientes com 
sepse grave após estabilização na 
UTI. O objetivo é manter a glicemia < 
150mg/dl por meio de um protocolo 
validado para ajuste de dose de 
insulina. 
 Transfusão de sangue: não havendo 
evidências de hipoperfusão tecidual, 
nem situações de alta demanda de 
oxigênio, como isquemia miocárdica, 
hipoxemia grave, hemorragia aguda, 
cardiopatia cianótica ou acidose 
láctica, a transfusão de concentrado 
de hemácias deve ser feita quando a 
taxa de hemoglobina for inferior a 
7g/dl. 
 Ventilação mecânica: recomenda-se 
o emprego de volume corrente de 6 
ml/kg de peso predito nos pacientes 
com sepse e que apresentem lesão 
pulmonar aguda ou síndrome da 
angústia respiratória aguda. Outra 
medida de extrema importância é a 
manutenção da pressão de platô 
abaixo de 30 cmH2O. 
 Profilaxia de trombose venosa 
profunda: os pacientes com sepse 
grave devem receber profilaxia para 
trombose venosa profunda, tanto 
com heparina não fracionada em 
baixas doses como com heparina de 
baixo peso molecular. Havendo 
contraindicações para o uso de 
heparina, os pacientes devem utilizar 
dispositivos de compressão 
pneumática dos membros. 
 Terapia de substituição renal: 
quando necessária, a terapia de 
substituição renal pode ser feita 
tanto de modo intermitente como 
contínuo, pois são equivalentes. A 
terapia contínua pode facilitar o 
manejo do balanço de líquidos nos 
pacientes com sepse grave e 
instabilidade hemodinâmica. 
 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 
 Condutas gerais: 
 Realizar eletrocardiograma (ECG); 
 Chegar pulsos carotídeos, braquiais e 
femorais; 
 Realizar radiografia de tórax assim 
que possível; 
 Solicitar marcadores de lesão 
miocárdica: 
 Mioglobina: seus níveis 
sobem mais precocemente, 
mas é inespecífica. Caso 
positiva, atentar para as 
demais enzimas. 
 Troponina: é a mais 
específica, mas demora 
cerca de 4 a 6 horas para se 
tornar positiva. Resultados 
alterados devem ser 
correlacionados com a 
clínica de isquemia 
cardíaca. Indivíduos 
apresentando lesões 
cardíacas não-coronarianas, 
lesões músculo-
esqueléticas, TEP e 
insuficiência renal crônica 
podem apresentar 
elevações da troponina. 
 CK-MB Massa: é menos 
específica que a troponina, 
mas é mais disponível na 
rede pública. Demora cerca 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
34 
 
de 6 a 8 horas para se 
elevar. 
 Solicitar também: CPK, PCR, 
VHS. 
 Solicitar vaga em UTI; 
 Abordagem inicial geral: MONABCH 
(Morfina, Oxigênio, Nitrato, AAS, 
Betabloqueador, Clopidogrel, 
Heparina). 
 
 Angina instável e infarto agudo do miocárdio 
(IAM) sem supra-desnivelamento de ST: 
1. Conseguir vaga em UTI. 
2. Oxigênio inalatório: 2 – 5 litros/min via 
cateter nasal 
3. AAS 100mg: 3 comprimidos VO 
(mastigados), exceto se alergia grave. 
4. Clopidogrel 75mg: 4 comprimidos 
(300mg) VO. 
5. Inibidores de receptores IIb-IIIa da 
superfície plaquetária, em bomba de 
infusão, para pacientes em estratégias 
intervencionistas que incluem a 
realização de cateterismo em até 48h. 
o Abciximab 10mg/5ml: somente 
no procedimento de implante de 
stent. Fazer 0,25mg/kg, 10 a 60 
minutos antes da intervenção 
(angioplastia) seguida 
imediatamente por infusão 
intravenosa contínua de 
0,125mcg/kg/min até uma taxa 
máxima de 10mcg/minuto, por 
12h. 
o Tirofiban: associados a heparina 
fracionada com segurança. 
6. Heparina de baixo peso molecular 
(Enoxaparina 1mg/kg SC, 2x ao dia). 
7. Nitratos: Ditrato de isossorbida (Isordil® 
5mg SL – repetir de 5 em 5min até um 
máximo de 3x se necessário) ou 
Mononitrato de isossorbida 
(Monocordil® 1 ampola EV), em caso de 
dor. Contraindicações: PAS < 100mmHg, 
uso de medicamento para impotência 
sexual a base de sildenafila (Viagra®) nas 
últimas 24h ou sinais de 
comprometimento de ventrículo direito 
(como no infarto de parede inferior). 
8. Morfina: 1 ampola (10mg) + 9ml de AD 
(da solução, fazer 2 a 3ml), até de 15 em 
15 minutos, em pacientes com dor 
refratária ao nitrato e sem hipotensão. 
Pode-se fazer também: Morfina 1 ampola 
+ SF 0,9% 100ml EV. 
9. Usar beta-bloqueadores: não deve ser 
utilizado na ICC, FC < 60bpm, PAS < 
90mmHg, bloqueio AV e doença 
pulmonar broncoespasmática. Na 
ausência de contraindicações, fazer: 
Metoprolol 5mg EV, a cada 5 minutos, 
com 3 doses no máximo, monitorando os 
efeitos. Manter com Propranolol 40mg 3x 
ao dia. 
10. Estatinas: dosar perfil lipídico na 
admissão ou em até 24h. Prescrever 
Sinvastatina (Sinvax®) 20mg, 1 
comprimido VO ao dia, se LDL >70mg/dl. 
11. Proteção gástrica: 
o Omeprazol 40mg: 1 ampola + 
diluente EV; e/ou 
o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV. 
12. Proceder com estudo hemodinâmico 
precoce, associando inibidores dos 
receptores IIb-IIIa. Indicações: 
 Emergência (até 6 horas): isquemia 
persistente ou instabilidade 
hemodinâmica. 
 Urgência (até 24 horas): isquemia 
recorrente ou extensa em área de 
risco. 
 
 Infarto agudo do miocárdio (IAM) com 
supra-desnivelamento de ST: 
1. Oxigênio 3 litros/min via cateter nasal, 
sempre que SatO2 < 94%. 
2. Terapia antiplaquetária: 
a) AAS 100mg: 3 comprimidos VO 
(mastigados), exceto se alergia 
grave. 
b) Clopidogrel 75mg: 4 comprimidos de 
ataque em pacientes <75 anos; caso 
o paciente seja encaminhado para 
estudo hemodinâmico, essa dose 
pode ser feita após angioplastia. 
3. Anticoagulação: 
 Heparina de baixo peso molecular – 
Enoxaparina (Clexane®): 
 Pacientes < 75 anos: fazer 
30mg EV em bolus e 
1mg/kg SC 12/12h, até alta. 
 Pacientes > 75 anos: fazer 
apenas 0,75mg/kg SC 
12/12h. 
 Heparina não-fracionada (5.000 UI 
em bolus; 1000 UI/hora em BIC), em 
caso de contraindicação à 
Enoxaparina. 
4. Vasodilatação: Dinitrato de isossorbida 
(Isordil® 5mg VO ou SL) ou Mononitrato 
de isossobrida (Monocordil® 10mg VO ou 
EV) – repetir de 5 em 5min até um 
máximo de 3x se necessário (em caso de 
dor). Contraindicações: PAS < 100mmHg, 
uso de medicamento para impotência 
sexual a base de sildenafila (Viagra®) nas 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
35 
 
últimas 24h ou sinais de 
comprometimento de ventrículo direito 
(como no infarto de parede inferior). 
5. Analgesia: em pacientes com dor 
refratária ao nitrato e sem hipotensão: 
 Morfina (Dimorf®) 2mg + 8ml de AD 
– EV lento a cada 10 minutos até o 
alívio da dor ou aparecimento de 
efeitos colaterais (hipotensão, 
depressão respiratória, infarto de 
ventrículo direito, etc.). OBS: 
Antídoto: Atropina 0,5mg EV (1 amp 
+ 9ml AD, utilizando apenas 2ml 
desta solução); ou, caso 
contraindicada: 
 Meperidina (Dolantina®) 1 ampola 
(2ml=100mg) – diluir em 8ml de AD e 
infundir EV, 2ml a cada 10min. 
6. Usar beta-bloqueadores: não deve ser 
utilizado na ICC, FC < 60bpm, PAS < 
90mmHg, bloqueio AV e doença 
pulmonar broncoespasmática. Na 
ausência de contraindicações, fazer: 
 Metoprolol (Seloken®) 5mg EV, a 
cada 5 minutos, com 3 doses no 
máximo, monitorando os efeitos. 
Manter com Propranolol 40mg 3x 
ao dia. 
7. Utilizar inibidores da ECA ou antagonistas 
dos receptores da angiotensina (ARA-II): 
recomenda-se que seja iniciado dentro 
das primeiras 24h de evolução, 
principalmente se houver ICC classe 
funcional IV. Contraindicações: estenose 
bilateral da artéria renal, gravidez e 
antecedente de angioedema. 
8. Trombólise química ou percutânea: 
 Até 90 minutos de evolução (ou até 
6 horas com dor persistente): estudo 
hemodinâmico e angioplastia 
primária por cateterismo. 
 Mais de 90 minutos de evolução ou 
angioplastia indisponível: fazer 
trombólise química com 
Estreptoquinase (Streptase®, 
Kabikinase®: 1 ampola de 1500000U, 
diluído em 100ml de SG 5% em 
30min), Tenecteplase (Metalyse®: 
<60kg: 6000U ou 30mg/6ml; >60 a 
<70kg: 7000U ou 35mg/7ml; >70 a 
<80kg: 8000U ou 40mg/8ml; >80 a 
<90kg: 9000U ou 45/9ml; >90 a 
<100kg: 10000U ou 50mg/10ml – 
dose máxima) ou rtPA/Alteplase (, 
sob regime de UTI. Contraindicações: 
história de coagulopatia; AVCh em 
qualquer período; AVCi nos últimos 
3 meses; sangramento digestivo, 
urinário ou genital; cirurgia recente; 
gravidez; úlcera ativa; entre outros. 
 
Prescrição sugerida (peso ≥ 65 kg): 
1. Alteplase 50 mg: 2 ampolas. Diluir cada 
ampola com os respectivos diluentes 
(50mg + 50 ml = 1mg/ml) e fazer: 
- 15 mg (15 ml) EV em bolus (1 a 2 
minutos de infusão); 
- 50 mg (50 ml) EV em 30 minutos; 
- 35 mg (os 35 ml restantes da 1ª ampola 
utilizada) EV em 1 hora. 
2. Clexane® 30mg EV em bolus, 
juntamente da primeira dose do Alteplase 
(15mg), de preferência, em outro acesso 
venoso. 
 
9. Em caso de arritmia ventricular (TV ou 
FV), faz-se uso de: Amiodarona: Droga 
antiarrítmica de 1ª escolha atualmente 
em TV monomórficas / FV (300 mg IV em 
bolus, podendo ser repetida mais uma 
dose de 150 mg). Se instabilidade 
hemodinâmica: cardioversão. 
13. Proteção gástrica: 
o Omeprazol 40mg: 1 ampola + AD EV; 
e/ou 
o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV. 
10. Se vômito: Metoclopramida (Plasil®) 1 
ampola EV 
11. Ansiedade: Diazepam 10mg VO, IM ou 
EV. 
 
SINUSITE E OTITE [J01.9 + H92.0] 
 Se dor intensa (otite, principalmente): 
 Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 
ampola IM; ou 
 Dipirona 1g/2ml: 1 ampola + AD 
10ml EV lento. 
 Ambulatorial: 
 Nimesulida 100mg: tomar 1 
comprimido 12/12h por 6 dias. 
 Amoxacilina-Clavulanato (Sigma-Clav 
BD): tomar 1 comprimido de 12/12h 
por 14 dias. 
 
SOLUÇO [R06.6] 
 Tratar causa subjacente (a principal causa é a 
doença do refluxo gastroesofágico); prender 
a respiração e aumentar a pressão no 
diafragma (manobra de Valsalva); respirar 
dentro de um saco de papel. 
 
 Na urgência: 
 Metoclopramida (Plasil®) 5 a 10mg, VO 
ou EV, 6/6h; ou 
 Amitriptilina 10mg, VO, 8/8h; 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
36 
 
 Casos graves: Clorpromazina (Amplictil®) 
25 a 50mg + AD EV lentamente ou 
Haloperidol 2 a 12mg IM. 
 
 Ambulatorial: 
 Hidróxido de alumínio: 40ml VO, de 1 
em 1 hora, até alívio do soluço; ou 
 Simecoplus®: 1 colher de sopa VO, de 1 
em 1 hora, até alívio do soluço. 
 
 
T 
 
TAQUICARDIA SINUSAL NO PRONTO-ATENDIMENTO 
 Tentar encontrar causa de base: a taquicardia 
sinusal é a única que não necessita de 
cardioversão, mesmo quando apresenta 
sinais de instabilidade. Só se deve corrigir o 
ritmo se o mesmo piorar o quadro do 
paciente. 
 Se PA elevada: Atenolol 50mg VO ou 
Propranolol 40mg VO. 
 Se PA reduzida: 
 Amiodarona (150mg/3ml): 2 
ampolas + SF 0,9% 100 a 250ml EV, 
em 1 a 2 horas; depois, Amiodarona: 
1 ampola e meia + SF 0,9% 100 a 
250ml EV, em 8 horas. 
 Se função renal e diurese 
preservados, fazer: Deslanosídeo 
(Cedilanide® 0,4mg/2ml) 1 a 2 
ampolas + AD EV; manutenção com 
½ a 1 ampola EV, 12/12h (doe 
máxima de 2mg/dia). 
 
TAQUICARDIAS NÃO-SINUSAIS 
 Algoritmo das taquiarritmias (observar em D2 
longo): 
1. Existe taquicardia? Olhar a distância 
entre as duas ondas R: a distância é 
menor que 3 quadrados grandes? 
2. É sinusal? Se existe onda P (positiva em 
D2) antes do complexo QRS. 
3. Existe onda F de flutter atrial? 
4. O complexo QRS está alargado? 
5. O intervalo R-R é regular ou irregular? 
6. Existe sinais de instabilidade? 
 Rebaixamento do nível de 
consciência / confusão mental 
 Angina instável 
 Fase aguda do IAM 
 Hipotensão sintomática 
 Congestão pulmonar não 
responsiva as medida 
convencionais 
 
 
 
 
 Taquicardia ventricular monomórfica 
sustentada: 
o Paciente instável: cardioversão 
elétrica (começando com energia de 
100J) + antiarrítmicos (Amiodarona, 
Procainamida ou Sotalol) para 
prevenir recidiva precoce. 
o Paciente estável: cardioversão 
química (Amiodarona, 
Procainamida, Lidocaína, Sotalol); se 
complexo regular e monomórfica, 
pode-se optar por Adenosina. 
o Tratamento da TV na intoxicação por 
cocaína: bicarbonato de sódio, 
mantendo o pH plasmático > 7,55 e 
nos casos refratários acrescentar 
lidocaína. Os betabloqueadores são 
contraindicados, pelo risco de 
vasoespasmo coronariano. 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
37 
 
 
 Taquicardia ventricular polimórficasustentada com intervalo QT normal: 
o Desfibrilação elétrica (não 
sincronizada), começando com 200J 
+ Amiodarona (único antiarrítmico 
efetivo) para evitar a recidiva. 
o Revascularização miocárdica é a 
única medida segura e totalmente 
eficaz na prevenção da taquicardia. 
 
 
 Torsades des pointes: 
o Por estar geralmente associada à 
instabilidade hemodinâmica: 
Desfibrilação elétrica 
(dessincronizada), começando com 
200J. 
o Em seguida, deve-se receber uma 
reposição generosa de Sulfato de 
Magnésio (2g EV, em 2minutos; 
repetir dose após 15 minutos), 
mesmo na ausência de 
hipomagnesemia. 
 
 
 Fibrilação atrial: 
o Paciente instável: realizar choque 
terapêutico, independente da 
cronologia do quadro. 
o Paciente estável: 
 Controle da frequência 
(bom bloqueadores do 
nodo AV: 
betabloqueadores, 
diltiazem, digitais) + 
Anticoagulação. 
 Controle do ritmo com 
reversão: 
 FA < 48h nos pacientes 
sem risco alto: 
Heparinização plena 
(Clexane® 1mg/kg/dia, 
SC) por 6 a 12 horas 
seguida da reversão. 
 FA > 48h com eco-
transesofágico 
negativo: 
Heparinização plena 
(Clexane® 1mg/kg/dia, 
SC) por 12h + Reversão 
+ 4 semanas de 
anticoagulação oral 
nos pacientes de baixo 
risco e 
indefinidamente nos 
pacientes de alto risco. 
 FA > 48h, sem eco 
disponível ou com eco 
positivo: 
anticoagulação (com 
Warfarim) por 3-4 
semanas antes e 4 
semanas após a 
cardioversão ou 
indefinidamente após 
a cardioversão. 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
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 Flutter atrial: 
o Paciente instável: cardioversão 
elétrica emergencial. O flutter é uma 
arritmia facilmente revertida com 
cardioversão elétrica – um choque 
sincronizado de 50J é bem sucedido 
em 90% dos casos; um segundo 
choque de 100J deve ser aplicado 
nos 10% que não reverteram. OBS: 
Realizar anticoagulação pré-reversão 
assim como na FA. 
o Paciente estável: nos pacientes 
sintomáticos, pode-se iniciar o 
tratamento com inibidores do NAV 
(digital, betabloqueadores, 
verapamil, diltiazem). Nos demais, 
deve-se tentar cardioversão 
farmacológica ou elétrica eletiva. 
o Manutenção: pode-se tentar 
controlar com Amiodarona VO; 
entretanto, a melhor conduta é 
encaminhar o paciente para estudo 
eletrofisiológico e realizar ablação 
do foco da reentrada, levando à 
cura. 
 
 
 Taquicardia supra-ventricular: 
o Paciente instável: cardioversão 
elétrica sincronizada, com energia 
inicial de 150J. 
o Estável: 
 Tentar manobra vagal: 
massagem do seio 
carotídeo (auscultar a 
carótida antes), valsalva, 
compressão do globo 
ocular, etc. 
 Reversão com drogas: 
Adenosina (melhor opção), 
Verapamil (2ª escolha) ou 
Betabloqueadores (3ª 
escolha). 
 
 
Cardioversão sincronizada 
- Fibrilação atrial: 120 a 200J 
- Todo o restante: 100J 
 
Adenosina: não fazer em casos de TV polimórfica, 
flutter ou fibrilação atrial, asma ou DPOC. 
- Primeira dose: 6mg em bolus rápido com 
flush de SF 20ml; 
- Segunda dose: 12mg, se necessária. 
 
Amiodarona: 
- Primeira dose: 150mg por 10min; 
- Manutenção: 1mg/min nas primeiras 6 
horas, seguido de 0,5mg/min nas demais 
18h. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2018 Arlindo Ugulino Netto 
PRONTO-ANTEDIMENTO 
 
39 
 
- Prescrição proposta: 
 Amiodarona 150mg/3ml: 1 ampola 
+ SF 0,9% 100ml EV em 10 minutos 
(100ml/hora em BIC ou 200 
gotas/min); 
 Depois, Amiodarona 150mg/3ml: 2 
a 2 ampolas e meia + SF 0,9% 250ml 
EV em 6 horas (42 ml/hora em BIC 
ou 14 gotas/min); 
 Por fim, Amiodarona 150mg/3ml: 3 
a 3 ampolas e meia + SF 0,9% 500ml 
EV em 18 horas (28 ml/hora em BIC 
ou 9 a 10 gotas/min). 
 
TONTURA / VERTIGEM / SÍNDROME VERTIGINOSA 
 Repouso no leito e mínima movimentação; 
 Glicose 50% 01 ampola + Dimedrinato 
(Dramin® B6) 01 ampola ou Metoclopramida 
(Plasil®) 01 ampola; 
 Tratamento para casa: 
o Dramin® B6 50mg: 1 comprimido 
VO, de 8/8 horas; ou Plasil® 10mg: 1 
comprimido VO, de 8/8h, se 
necessário. 
o Se labirintite: Flumarizina (Vertix®): 
tomar 1 comprimido VO, 12/12h. 
 
TOSSE SECA PERSISTENTE [R05] 
 NBZ com SF 0,9% 5ml + Fenoterol (Berotec®) 
5 gotas + Ipratrópio (Atrovent®) 10 a 20 
gotas. 
 Dexametasona xarope: 10 ml VO. 
 Tratamento ambulatorial: 
o Antitussígenos: Levodropropizina xarope 
(Antux® ou Percof®) 10ml 3x ao dia, por 7 
dias. 
o Anti-histamínicos: 
 Loratadina (Claritin®): 10mg VO, 
1x/dia; ou Xarope 5mg/5ml: 
tomar 10ml VO, 1x ao dia (à 
noite). 
 Dexclorfeniramina (Polaramine®): 
Comprimido 2 – 6mg: tomar 1 
comprimido VO, 1 – 4x ao dia; ou 
Xarope 2mg/5ml: tomar 10ml VO, 
1 – 2x ao dia. 
 Desloratadina (Desalex®): 5mg, 
VO, 1x/dia. 
o Protetores gástricos: Omeprazol 40mg (1 
cápsula VO, em jejum, por 30 dias) e/ou 
Ranitidina 150mg (1 comprimido VO, 
12/12h, por 30 dias). 
 
 
U 
 
URTICÁRIA [L50] 
 Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: ½ a 1 
ampola IM. OBS: Derivados fenotiazinicos 
como a prometazina devem ser evitados em 
menores de 2 anos por estarem associados a 
risco de depressão respiratória. 
 Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 
ampola IM ou + AD EV. 
 Tratamento ambulatorial: Hidroxizina 
(Hixizine®) 25mg VO, 8/8h.

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