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Grafologia (Colecao Autoconhecimento) - Grafologia

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Prévia do material em texto

Coleção Autoconhecimento
 
GRAFOLOGIA
Guia Prático
 
Ana Cecília Amado Sette
 
 
São Paulo SP
ISBN 978-85-66833-03-4
BLUE EDITORA E LIVRARIA LTDA
 
Prefácio
 
 
Prezado leitor
 
 
Você acaba de adquirir mais um ebook com o selo de
qualidade LeBooks. A partir de agora você irá desvendar e aprender a
utilizar uma ferramenta muito útil para o autoconhecimento, bem
como para um melhor conhecimento de outras pessoas: a grafologia.
 
Em sua trajetória, você encontrará diversas pessoas que têm
preconceitos contra a grafologia, mesmo sem conhecê-la. Outros não
conseguem entender os princípios, porque não são tão simples assim
e negam sua veracidade. No final do estudo desse manual, você
poderá dar sua opinião definitiva.
 
Imagine...você pode pensar que está escrevendo uma lista de
compras, uma carta para um amigo ou um bilhete de agradecimento,
mas cada traço da sua caneta está revelando o que você está
sentindo sobre você mesmo e sobre os outros; seus talentos e
habilidades; como são suas reações quando está nervoso,
estressado ou ansioso; mesmo os fatos que você não tem
consciência estão sendo expostos.
 
A grafia é o espelho da alma. Através deste manual, você
aprenderá passo a passo como analisar um manuscrito, como se
conhecer e aos demais, como aconselhar os outros e como fazer
suas escolhas. Os céticos acusam a grafologia de não possuir bases
científicas, contudo, até o presente momento, quase cem anos depois
de Alfred Binet ter realizado testes com a grafologia na Universidade
de Sorbonne, nenhum estudo conseguiu provar o contrário em
relação à espetacular média de acertos feita por Crépieux - Jamin –
em alguns casos mais de 80%1.
 
Pode ter certeza de que, ao término da leitura, você será
capaz de realizar um pequeno resumo da personalidade do autor da
grafia, assim como conhecer as bases do estudo grafológico. O
assunto é muito extenso, de tal maneira que, após este título
introdutório, você terá, em breve, novos ebooks que irão ajudá-lo a
aprofundar ainda mais seu conhecimento.
 
Boa leitura, e muito sucesso!
 
Ana Cecília Amado Sette
 
Sumário
 
INTRODUÇÃO
O “Método Graphosette”
Respostas a perguntas mais frequentes
PRIMEIRO PASSO
O perfil grafológico
Dados sobre o autor da grafia
Questionário para o perfil grafológico - exemplo
Como deve ser o texto para o perfil grafológico
O papel a ser utilizado
A caneta
O local de apoio das folhas
Assinatura
SEGUNDO PASSO
Defina o “Nível de Forma” da escrita: positivo ou negativo
Originalidade, ou seja, personalidade própria na grafia
Bom ritmo e rapidez
Legibilidade
Ordem e limpeza
Força e cor da tinta
Simplicidade
Interpretação do texto
TERCEIRO PASSO
Predomínio da forma – grafia regular
Predomínio do movimento – grafia irregular
Características da personalidade com predomínio da forma
Características da personalidade com predomínio do movimento
Simbologia do espaço gráfico
O significado de cada uma das zonas
Zona superior ou hastes
Zona inferior ou laçadas
Zona média
QUARTO PASSO
Estudo dos gêneros da grafia
Como preencher a grafoplanilha
Ordem e distribuição do espaço gráfico
Espaços entre linhas, palavras e letras
Disposição da grafia na página
Margens
Tamanho das letras
A forma das letras
Direção das linhas
Continuidade das letras
A velocidade da grafia
A pressão
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Conheça outros títulos da coleção AUTOCONHECIMENTO
 
 
INTRODUÇÃO
 
O “Método Graphosette”
 
O objetivo deste ebook, além de apresentá-lo à grafologia, é de
ajudá-lo a se conhecer, bem como a conhecer melhor e avaliar
outras pessoas, pois esse é o caminho mais direto e bem delimitado
para atingir um alto nível de liberdade. Daí uma das principais
razões deste ebook, ou, mais concretamente, a razão principal que
justifica o esforço realizado em sua elaboração. Daí também o
motivo que eu desejo, venha justificar o esforço dos leitores para
assimilá-lo e, mais ainda, superá-lo. O presente ebook não foi escrito
com finalidade polêmica, nem com o intuito de apresentar, de forma
exaustiva e incontestável, uma nova teoria. É apresentado de forma
prática, simples e didática.
 
Segundo Camargo, é certo que – assim como a escrita – os
métodos de estudos e de ensino da grafologia mudaram, embora
muitos grafólogos ainda não tenham se dado conta disto. Paulo
Camargo, aquariano, expertise no assunto, nosso mestre afirma:
“Abandonei por completo as teorias ultrapassadas de grafologia.
Serviram bem ao fim que se destinaram; descansem em paz” 2.
 
O material que você está recebendo é fruto de anos de trabalho,
tanto em pesquisa como na prática, adaptado ao novo século. Este
ebook é uma primeira compilação e reorganização de minha
experiência didática de trinta anos de convivência com a grafologia.
 
Para a “Formação Básica” criei e atualizo constantemente o “Método
Graphosette”, com a finalidade de transmitir um ensino atual, rápido
e eficaz. Por quê?
 
Ao consultar os sites das empresas requisitando profissionais de
seleção, recrutamento e treinamento de pessoal notei que noventa
por cento dos sites exigem que esses profissionais tenham
conhecimentos grafológicos. Nesse momento correm em busca da
grafologia, de professores milagrosos, pois querem e realmente
precisam aprender num piscar de olhos.
 
Só me restava criar um método rápido e eficiente para transmitir as
bases da grafologia. É claro que o diploma recebido pelos
participantes, nesse caso, consta de vinte e oito horas de
participação, ou seja, sete aulas de quatro horas com exercícios que
permitem o aluno fazer um esboço bem básico da personalidade do
autor. Mas trata-se de um começo, pois os estudos grafológicos
demandam muito tempo, esforço e vontade.
 
O método, que estudaremos nesse ebook, consiste no
conhecimento e aplicação dos oito gêneros de Crepieux Jamin para
interpretar as características fundamentais dos seres humanos.
Ao transmitir estes ensinamentos, estou certa de conduzi-lo (a) a
uma nova dimensão do conhecimento humano e de seu próprio
autoconhecimento, proporcionando-lhe uma ferramenta
surpreendente, que irá acrescentar um diferencial em sua vida
pessoal e profissional.
 
A primeira parte é introdutória e fala sobre os fundamentos da
grafologia. Após esse estudo, você já terá uma boa noção do que é
a grafologia e poderá partir para a realização do perfil grafológico
básico. Na segunda parte você encontrará os passos detalhados,
para o estudo do ebook e para a realização do perfil grafológico.
Finalmente, nos anexos você encontrará a grafo planilha, uma
planilha que será o seu guia para a realização do Perfil do Avaliado.
Você deverá imprimi-la e ir preenchendo-a de acordo com as etapas.
 
O estudo da grafologia
 
Quando éramos bem pequeninos desenhávamos de maneira livre e
solta. Ao ingressarmos na escola aprendemos que existe um modelo
para ser aprendido, e adotado. Apesar de nos terem imposto um
modelo, muitos de nós fomos aos poucos criando nossos caracteres
ou estilos particulares, exclusivo e diferente daquele que a professora
ensinou, e sempre de acordo com nossa personalidade. Estudaremos
adiante a grafia daqueles que não criaram suas próprias formas e
continuam escrevendo igual à professora.
Mais tarde definimos nossa assinatura, onde começamos a expressar
quem somos. Uma das primeiras palavras que a criança aprende a
escrever é o seu nome. A repetição da grafia do nome cria inúmeras
vezes um desenvolvimento emocional com ele, que não se romperá
durante a vida toda. Em consequência, embora a escrita da pessoa
se altere com o desenvolvimento da personalidade, a sua assinatura
se manterá próxima à forma original. É por esse motivo que, na
escrita da maioria das pessoas, a assinatura e o texto não
correspondem estruturalmente. Desta forma, uma assinatura isolada
de pouco vale para análise e nenhum grafólogo consciencioso se
arriscaria a analisar a personalidade com base em uma assinatura
isolada do texto.
 
Como quem comanda a mão é o cérebro, e escrever é um ato
inconsciente (fora do nosso controle), o estudo da grafologia se refere
ao conhecimentoda nossa personalidade através da expressão
gráfica. A escrita é o espelho do nosso interior, caráter,
individualidade atitudes, entre outros.
 
O autoconhecimento obtido através do perfil grafológico leva-nos a
tomar as melhores decisões quanto à escolha da carreira, do
parceiro, dos amigos; nossos objetivos e relações pessoais.
Independentemente de como se pega na caneta, a escrita é
desenhada de acordo com impulsos do cérebro através do sistema
nervoso e dos músculos do braço e da mão.
Sendo assim, ela não pode ser camuflada ou disfarçada para ocultar
sua interpretação.
 
Uma das vantagens da análise de uma grafia – veremos outras
adiante – é ela que nos dá uma “informação atual” de “onde” estamos
nesse momento e que condições temos para perseguir os objetivos.
Apresenta uma visão das nossas forças e potenciais além de revelar
bloqueios interiores ao crescimento individual e à realização pessoal.
 
Quando fazemos o perfil de algumas pessoas, encontramos a
seguinte frase: “não tem nada a ver comigo” ou “está tudo errado!”. O
grafólogo experiente não deve desanimar com tais comentários, pois
poucos se conhecem ou aceitam suas deficiências.
 
Os iniciantes do estudo da grafologia devem estar cientes de que
necessitarão de intensa dedicação, pois desvendar o íntimo dos seres
humanos é uma tarefa que exige, além de muita ética, um alto grau
de treino, cultura, seriedade, discernimento, maturidade, espírito
vanguardista, atualização constante, mente aberta, humildade, estudo
firme, leituras e bom nível de conhecimentos gerais.
 
Respostas a perguntas mais frequentes
O que é grafologia?
 
Do grego: graphein = escrever; logos = discurso, tratado.
A grafologia é um instrumento de avaliação expressiva que interpreta
o caráter, a personalidade ou a índole de uma pessoa pela
representação gráfica de sua letra ou o traçado de sua escrita. Ela
revela o íntimo do ser, pois, com o nosso gesto gráfico, estamos
traduzindo vivamente o nosso psiquismo. Ela reflete o espelho da
alma, recebendo os comandos de nosso cérebro através dos
impulsos nervosos.
Nunca fiz uma análise grafológica, será que serei capaz? Não
conheço nada sobre o assunto!
 
Este ebook contém informações suficientes para se fazer um perfil
grafológico básico, mesmo que você ainda não tenha conhecimento
de grafologia. Para tanto, basta que estude com atenção todos os
itens, marcando-os na “grafo planilha”, e ao final, será capaz de traçar
o perfil básico. As pessoas raramente são constantes no modo de
escrever, portanto uma ou poucas ocorrências de algum item não
devem ser consideradas, mas somente as predominantes, ou seja, os
sinais que aparecerem com maior frequência.
Por que vou me surpreender tanto ao analisar a minha escrita e
de outras pessoas?
 
A resposta é simples: sempre queremos saber alguma coisa a mais
sobre nós e sobre os outros. A grafologia tem condições de dar a
conhecer a personalidade, o caráter e aquele “algo a mais” que
ninguém revela, pois, talvez, nem mesmo seja claro para a própria
pessoa. Assim, a grafologia pode ser usada como uma porta de
abertura para o acesso ao íntimo dos nossos amigos, sócios,
parentes, companheiros e até de nós mesmos, sempre com o intuito
de conhecer para ajudar. É importante salientar que a função do
grafólogo não é punir o avaliado e sim recomendar melhorias para
reforçar seus pontos fortes e desenvolver os menos favoráveis, pois
assim a pessoa será mais feliz, produtiva e elevará sua qualidade de
vida.
Porque minha letra muda constantemente?
Isso é natural, pela manhã você é diferente, mais descansado, mais
alerta; pela noite você está mais cansado, preocupado. Mas essas
mudanças são secundárias, pois suas características de
personalidade permanecem.
O que a grafologia investiga na escrita?
Tudo! As linhas de base, direções, inclinações, curvas, ângulos,
margens, o tipo de papel e da caneta, os rabiscos, a pontuação,
espaços, velocidade, arranques iniciais, acabamentos, as zonas,
conexões, as ovais, as particularidades de algumas letras, as
anomalias, as palavras reflexas, força e grossura das letras,
assinatura entre outros.
Tudo isto vai ser analisado neste ebook?
 
A resposta é: calma! Este é apenas o primeiro de uma série. Você irá
começar por uma análise mais simples; os outros aspectos serão
abordados em momento oportuno. Não podemos tratar um assunto
tão profundo com imprudência ou utilizá-lo de forma inadequada, por
isso, cada especialidade da grafologia será tratada em produtos
distintos.
E se a pessoa se negar a fazer um texto para ser analisado?
 
Se a pessoa se negar peremptoriamente, não a force, pois esse já é
um forte sinal de que está querendo preservar seu íntimo seja, por
insegurança, medo de ser descoberta em alguma fraqueza, de se
expor, vergonha da letra etc. Toda pessoa tem o direito de decidir
sobre a exposição de sua intimidade, mesmo que seja de sua
personalidade.
Como surgiu e qual a importância da grafologia?
 
A verdadeira origem da grafologia se perde no tempo. Alguns falam
que os chineses, há milhares de anos, já a estudavam. Outros dizem
que foi com Aristóteles, mas, o primeiro livro conhecido sobre o
assunto data de 1622, “Como reconhecer o caráter e os atributos de
uma pessoa através de um documento escrito”, de Camillo Baldo,
médico italiano, professor da Universidade de Bolonha, que
estabeleceu uma primeira normatização sobre o assunto. No final do
século XIX, o abade francês Jean Hippolyte Michon publicou o livro
“Les mystères de l’écriture”, onde surgiu o estudo científico da
grafologia. Crépieux-Jamin (1858-1940) é considerado o responsável
pela grafologia moderna, levando o rigor científico ao seu estudo.
Muitas escolas de grafologia surgiram em várias partes do mundo,
como Alemanha, Espanha, Suíça, Estados Unidos, mas o berço da
grafologia está na Itália e na França.
 
O primeiro trabalho científico sobre grafologia no Brasil é de 1900, “A
grafologia em medicina legal”, feita pelo médico baiano, Dr. José
Antonio de Gouveia Costa Pinto, como tese de doutorado aprovada
com distinção na Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia.
 
A importância da grafologia está baseada no princípio que, quem
comanda a mão é o cérebro e o estudo da escrita revela as
características e os traços da personalidade e do caráter de uma
pessoa com base em seus símbolos gráficos, ou seja, em sua escrita.
Quem utiliza a grafologia como ferramenta de análise? 
Empresas: Uma em cada três companhias instaladas no
Brasil utiliza a grafologia, segundo pesquisa realizada pela
renomada empresa “Deloitte Touche Tohmatsu”.
Escolas: A grafologia pode ser utilizada para auxiliar na
orientação vocacional, unindo-se a outras técnicas de
avaliação.
Autoconhecimento: A grafologia pode fornecer informações
importantes para o autoconhecimento e consequentemente,
para o desenvolvimento pessoal.
Grafoterapia: Médicos, terapeutas, psicólogos podem utilizar
a análise grafológica focando a terapia nos conflitos revelados
pelo laudo. Problemas atuais como depressão são facilmente
detectados e podem ser acompanhados e tratados de forma
eficaz.com o auxílio da grafologia. Também a orientação
matrimonial ou pré-matrimonial.
Na criminologia, também é muito utilizada, para o
conhecimento das tendências dos indivíduos, falsificações etc.
Como é utilizada e quais as vantagens?
 
Nas escolas
 
A grafologia pode ser utilizada para auxiliar na orientação vocacional,
unindo-se a outras técnicas de avaliação. Educadores e professores,
para reconhecerem as deficiências de seus alunos, procurando
sempre ajudá-los, também a utilizam com muito sucesso. Por
exemplo: os professores que cuidam da alfabetização devem ensinar
traços positivos para seus alunos e apontar os negativos, fazendo
com que eles não os utilizem. Veremos mais adiante quais são esses
sinais.
 
Aproveitando o momento, nunca diga a uma criança que a letra dela é
feia. Isso pode deixá-la inibida para o resto da vida. Considere a letra
feia como um pedido de socorro, de ajuda. Este assunto será
abordado com mais profundidade emoutro ebook da série.
Para a orientação vocacional, a grafologia colabora na identificação
das principais potencialidades dos avaliados, tanto crianças como
adultos, que ainda não encontraram sua verdadeira vocação.
Desvenda também os aspectos “fortes” e “fracos” da personalidade
da criança e do adolescente para estimulá-los ou tratá-los desde a
mais tenra idade. Permite também o autoconhecimento, ponto de
partida para qualquer escolha profissional. Por exemplo: um
adolescente com a grafia pequena, estreita, contida, terá dificuldades
para se adaptar em funções que precisem lidar com o público em
geral.
 
No autoconhecimento
 
O ser humano vive buscando meios para desvendar características
de sua personalidade, muitas vezes sem sucesso. A grafologia pode
fornecer informações importantíssimas para o autoconhecimento e
consequentemente, para o desenvolvimento pessoal. O quanto você
se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que
se conhece, mas, na verdade, se conhece muito pouco.
 
E se você não se conhece, como quer acreditar mais em sua própria
capacidade? Como quer ir em busca de seus sonhos se não acredita
ser capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem
você é.
Por isso, o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor
por si mesmo e fortalecer a autoestima. É muito difícil alguém se
conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo.
 
Reconhecendo nossas falhas, erros, potencialidades, qualidades, e
assim sabendo quais são os limites (bons e maus) é que poderemos
iniciar o processo de autoconhecimento. Por exemplo, se sou
orgulhoso, devo desenvolver a humildade; se sou egoísta, tenho que
ser mais generoso; se sou reflexivo, posso ser mais expansivo; se
sou sonhador, tenho que ser mais prático; se fui traído, posso
aprender a perdoar; se sofro, necessito buscar a harmonia.
 
O único caminho capaz de atingir o autoconhecimento é a profunda
reflexão das experiências obtidas na vida, pois assim podemos
analisar nosso comportamento e compreender nossas ações. Agindo
dessa forma, tendemos a evitar a repetição de erros, tais como
sempre brigarmos pela mesma coisa, termos o mesmo final em todos
os relacionamentos ou no trabalho. Somente parando, refletindo e
analisando a nós mesmos é que poderemos encontrar a paz interior.
Nunca é tarde para iniciar o autoconhecimento e a interpretação de
sua grafia ajudará a desenvolver esse processo.
 
 
Na grafoterapia
 
A grafoterapia é um método de adestramento psicomotor, que permite
modificar alguns modos de reação habitual inadaptada, geralmente
produtores de transtornos no comportamento. O tratamento, que
consiste em exercícios escritos, metodicamente dirigidos, tem
alcançado resultados surpreendentes.
 
A grafoterapia pode ser aconselhada nos seguintes casos:
 
Correção da autoimagem negativa ou do fracasso;
Correção de estados de angústia, depressão ou ansiedade;
Correção dos defeitos de atenção e memória;
Correção da vontade;
Correção de certos defeitos de conduta moral;
Correção de tendências hipocondríacas.
 
A grafoterapia é uma terapia cada vez mais procurada. Sobretudo
por pacientes que já recorreram a outros tipos de ajuda que falharam.
Os especialistas dizem não haver nenhuma complexidade no
processo. “É uma técnica que permite resolver gradualmente os
problemas das pessoas, alterando certos traços da sua letra”. Como?
“O paciente toma consciência dos seus problemas e do modo como
eles se refletem em certas letras. Ao ultrapassar aqueles problemas,
com a ajuda do grafólogo, os caracteres mudam também, assim se
estabelece o caminho da procura da cura, sempre que esta se revela
possível”. Ao longo das sessões, o paciente é convidado a falar nos
seus sonhos, os quais funcionam como complemento de análise.
 
O progresso do tratamento curativo depende da complexidade de
cada caso – se os problemas estão mais ou menos incrustados –
mas, regra geral, não é tão longo como outras terapias, defendem os
especialistas. O processo começa sempre pela análise grafológica,
para depois se partir ou não para a grafoterapia.
 
Depois do exame grafológico concluído, é função do grafólogo
explicar “que muito do que o paciente julgava serem defeitos, são
antes sofrimentos ocorridos na sua infância”. Independentemente de
tudo, o processo de cura tem de partir do paciente. Se lhe basta
simplesmente tomar conhecimento da raiz dos seus problemas ou
quer resolvê-los.
 
Flora encarou uma situação traumática da vida adulta como
resultado da sua própria incapacidade de se fazer amar, de não
reconhecer como é bonita e inteligente. Depois de ter passado por
outras terapias, esta mulher, na casa dos 40 anos, procurou a
consulta de grafologia. Verificou-se que Flora, cujo apelido começava
por um R, escrevia o seu nome próprio com um f minúsculo e evitava
o R do apelido substituindo-o por um f também minúsculo.
Rigorosamente igual ao primeiro.
 
Começar o nome próprio por uma minúscula significa
autodepreciação. No caso de Flora, a substituição do R por um f
evidenciava um problema mais profundo. O R maiúsculo representa a
inteligência, sendo que a cabeça da letra compreende os
conhecimentos e a cultura, e o traço final, a forma como
comunicamos essa inteligência. No entanto, antes da inteligência ser
comunicada, em R, temos a letra P, que é a representação do pai.
Conclusão: Flora estava de tal forma traumatizada pelo complexo de
inferioridade que o pai lhe incutira – dizia-lhe constantemente que ela
era feia e outros absurdos – que teve de encontrar um reduto
defensivo para a sua solidão, um reduto onde ninguém entrava, nem
sequer a inteligência.
Flora está reaprendendo a escrever a letra do seu nome com
maiúscula e de forma consciente. Com o tempo, resgatará a sua
inteligência e a sua autoestima perdida lá atrás na infância3.
 
Depois do exame grafológico concluído, é função do grafólogo
explicar “que muito do que o paciente julgava serem defeitos, são
antes sofrimentos ocorridos na sua infância”. Independentemente de
tudo, o processo de cura tem de partir do paciente. Se lhe basta
simplesmente tomar conhecimento da raiz dos seus problemas ou
quer resolvê-los.
 
Em falsificações
 
Quando alguém é suspeito de um crime e uma das provas é um
bilhete manuscrito, os investigadores podem chamar um especialista
em caligrafia para resolver a questão. A análise de um documento
escrito é uma das bases legais para a identificação forense de um
indivíduo. Em alguns casos, pode ser justamente a prova que faz com
que o suspeito seja acusado e até mesmo condenado. E se for uma
combinação falsa? Como os especialistas conseguem analisar a
caligrafia de alguém?
 
No mundo das análises forenses, que incluem investigação da cena
do crime, testes de DNA, análise de fibras, digitais, narcóticos e
identificação de voz, a análise de caligrafia se enquadra na área de
documentoscopia – que é a parte da criminalística que tem por
objetivo o exame de todos os elementos que compõem um
documento. Os pesquisadores de documentoscopia analisam os
documentos questionados em busca de sinais de alteração e
falsificação e, quando existem amostras, comparam a caligrafia ou
datilografia para determinar ou desconsiderar os autores. No caso de
datilografia, eles usam máquinas específicas para identificação. A
análise de caligrafia é um processo cansativo e metódico, que requer
um vasto conhecimento de como as pessoas formam as letras, de
quais características de formação de letras são únicas e do processo
psicológico por trás da escrita. É a análise de como as habilidades
motoras das pessoas podem afetar suas caligrafias e deixar pistas
sobre a identidade do autor. Mas a grafologia não é utilizada somente
em perícias criminais. Ela pode ser útil na admissão de um
funcionário ou ajudar no diagnóstico de distúrbios psíquicos.
 
 
Nas empresas
 
A grafologia é utilizada em seleção de profissionais, identificação e
desenvolvimento dos potenciais, promoções; avaliação de clima
organizacional (instrumento adicional no diagnóstico).
Para as empresas epara o profissional é imprescindível que as
pessoas que ali trabalham sejam verdadeiramente adequadas,
engajadas e que gostem do que fazem, pois isso possibilita um
desenvolvimento constante que causa impacto positivo na realização
profissional e pessoal dos colaboradores. Aqui entra a grafologia:
para dar suporte aos jovens que estão terminando o ensino médio,
época em que buscam a sua vocação profissional, e às empresas,
que estão à procura de jovens aptos, identificados com a profissão e
com potencial para serem treinados e desenvolvidos de acordo com
as necessidades da organização e com as necessidades
mercadológicas. Na verdade, é um aprimoramento e um
aperfeiçoamento constante.
 
A grafologia é uma ciência que obedece à criteriosa análise científica.
É um conhecimento que existe há mais de um século, muito utilizada
em toda a Europa, principalmente na França, no Canadá e nos
Estados Unidos. Ela consiste em analisar e interpretar a letra (grafia)
de quem escreve. A grafia de cada ser humano é ímpar; até mesmo a
grafia de dois gêmeos idênticos não são iguais – elas podem ser
apenas similares.
Com apenas um texto, em papel sem pauta e assinatura do autor, já
é possível analisar o caráter, o temperamento e a personalidade do
candidato. A grafologia analisa muitos aspectos que, às vezes, outros
testes psicotécnicos não mensuram. Ela traz vantagens como
rapidez, simplicidade e amplitude de informações. A pessoa avaliada
não necessita estar presente e o custo é compensador pelo resultado
que ela fornece tanto para a orientação vocacional quanto para as
empresas que nela confiam.
Por exemplo, a letra de um vendedor deve ser ampla, grande, bem
organizada no papel, arredondada, com iniciais amplas etc. A grafia
de um profissional da área financeira deve ser pequena, simplificada,
bem estruturada, rápida, com a assinatura igual ao texto, etc.
Veremos todas essas características mais adiante.
Quais são as vantagens da aplicação da grafologia nas
empresas?
 
1 - Alto grau de acertos das conclusões tiradas: um grafólogo
experiente, sério e com um excelente conhecimento da grafologia,
psicologia, psicopedagogia, cultura geral e específica, tem a
probabilidade de 90% de acertos, desde que a amostra (redação)
seja feita conforme as exigências.
 
2 - Comparativamente, apresenta um custo baixo e utiliza poucos
recursos, pois o material utilizado pelo grafólogo é muito simples. O
avaliado só precisa fazer um texto.
3 - A pessoa avaliada não precisa, necessariamente, estar presente
para ser analisada. É até melhor fazer a avaliação sem conhecer o
candidato, para que não haja nenhuma influência subjetiva. A
entrevista será feita depois.
 
4 - Exige pouco tempo do avaliado. O tempo necessário para a
elaboração do texto.
 
5 - Seus resultados são fidedignos, pois é impossível “preparar-se”
para fazer um bom teste.
 
6 - Permite detectar, com profundidade, alguns traços da
personalidade, não identificáveis por outros métodos, tais como:
sinais de mau caráter, mentiras, cleptomania, mitomania, tendências
suicidas, consumo de drogas, falsificações.
 
Nas empresas onde é utilizada a grafologia, os dirigentes têm maior
segurança na contratação quanto à estrutura de caráter dos seus
candidatos, pois, muitas vezes, as habilidades interpessoais
mostram-se adequadas ao perfil requerido, mas o candidato
apresenta alguns desvios de ordem ética/moral, podendo acarretar
problemas diversos para a organização. Neste sentido, a grafologia
mostra-se muito eficaz na identificação de características
imperceptíveis através de outros métodos e técnicas de seleção,
empregadas habitualmente no mercado.
Damos um sinal de alerta quando o candidato apresenta possíveis
traços reveladores de uso de drogas medicamentosas ou psicoativas
pelos candidatos.
Com o uso da grafologia, observamos também a diminuição da
rotatividade dos funcionários, em função de uma possibilidade maior
de adequação do profissional ao perfil da posição, frente ao
planejamento da empresa para a área de atuação do profissional.
 
Em que situações a grafia do autor apresenta grandes
alterações?
 
O álcool, as drogas, alguns remédios, determinadas situações pós-
operatórias traumáticas podem alterar a grafia. Se uma determinada
amostra foi escrita por uma pessoa sob a influência demasiada do
álcool, a escrita aparecerá levemente maior e mais descontrolada do
que o habitual. O álcool é um desinibidor, mas também faz perder o
controle ideal das funções vitais. A influência das drogas também
pode afetar a escrita, conforme o tipo de droga e a fase de influência
em que a amostra foi produzida. Alguns medicamentos –
nomeadamente, antidepressivos, hormônios – podem também alterar
ligeiramente a escrita, dependo da influência que eles possam ter
sobre o cérebro ou sobre a motricidade. O mesmo se aplica a
algumas situações pós-operatórias traumáticas em que o organismo
ainda não respondeu favoravelmente. As ocorrências emocionais
extremas também podem alterar a grafia. Por exemplo, após ganhar
na loteria a pessoa pode escrever de forma mais ampliada, mais
impulsiva, mais variável e aberta. Se uma pessoa está escrevendo
com um revólver na cabeça ou se está debaixo de outra situação
limite, a escrita também tem tendência a alterar-se, tornando-se mais
instável, trêmula, conforme o caso.
 
Existem grafias iguais?
 
Não! A letra é como a impressão digital, cada indivíduo é único no
universo. Nem mesmo gêmeos univitelinos possuem grafias iguais,
elas podem até ser semelhantes, porém jamais serão idênticas!
 
Quem pode usar a grafologia?
 
Aqueles que desejam avaliar a compatibilidade de gênios
(líder/liderados, sócios, parceiros, equipes), e para o
autoconhecimento: conhecer os aspectos “fortes” e “fracos” da própria
personalidade e dos outros. Todos os profissionais da área de
Recursos Humanos se beneficiam durante os processos de
avaliação, seja na seleção de pessoal, treinamento, avaliação de
potencial para promoção interna e/ou gestão de carreira; também
para suporte na estruturação das competências e habilidades. Os
psicólogos, psicoterapeutas, psicopedagogos podem usar a
grafologia para aprimorar seus diagnósticos e, consequentemente, o
processo terapêutico. Além disso, pode também ser usada na
orientação profissional/vocacional e na grafoterapia. Peritos
criminalistas analisam a grafia para entender a mente criminosa e
para identificar falsificações e assinaturas. Médicos, para auxiliar no
diagnóstico (grafopatologia) das doenças, inclusive para identificar as
intoxicações, tais como drogas e demais vícios.
 
A grafologia é mais um modismo, mais uma novidade?
 
Não. Este curso, na verdade, é um convite para que o leitor entre em
contato com esta técnica tão eficaz e antiga, que é há muito tempo
utilizada em larga escala na Europa e nos Estados Unidos. Cada vez
mais utilizada no Brasil, a grafologia constitui uma excelente
ferramenta que detecta traços das principais características das
pessoas.
 
Podemos analisar só a assinatura ou as letras isoladamente?
Nunca! É necessária a análise do conjunto, pois itens isolados não
nos levam a lugar algum. Por exemplo: não podemos analisar
somente a pontuação ou o tamanho da escrita; é necessário verificar
sempre o “todo”. É claro que um grafólogo com mais de dez anos de
estudo e prática, saberá reconhecer!
 
A partir de quantos anos de idade podemos fazer a análise?
 
Para os iniciantes, não é aconselhada a análise de amostras de letras
de crianças e pré-adolescentes, pois para cada um destes existe uma
técnica específica que será aprofundada em outro ebook.
 
Podemos analisar as letras tipográficas, de forma ou de
imprensa?
 
Sim, podemos, porém perdemos muitos aspectos que são analisados
na letra cursiva, porque o modelo tipográfico não possui as três zonas
da escrita como o modelo caligráfico. Por outro lado, é um modelo
desligado e não cursivo, e não permite tanta espontaneidade.
Contudo, se o “natural” do autor for escrever com letra tipográfica, a
redação deverá ser feita com esta letra, pois não adianta forçar algoque não é espontâneo para a pessoa. Aliás, muitos escritos anônimos
são feitos em tipográficas maiúsculas porque o falsificador tem
consciência que o resultado não se parece com sua letra cursiva,
embora, na prática, possua todos os sinais e tendências da sua
caligrafia, pelo que pode ser desmascarado.
Se for uma análise para empresa?
 
No caso da “seleção de pessoal”, além do currículo, é necessário ter
a descrição detalhada da função (competências esperadas – perfil do
cargo) e do ambiente em que irá trabalhar, inclusive, se possível, a
grafia do líder.
 
Posso ficar seguro quanto aos resultados?
 
Sim. Desde que todas as etapas sejam rigorosamente seguidas. Se o
resultado não estiver de acordo com seu julgamento, provavelmente
houve algum engano na interpretação. Devemos ressaltar que, muitas
vezes, não queremos aceitar algumas características pessoais,
negando veementemente sua existência!
 
Quer dizer que com este manual posso me tornar um grafólogo?
 
Sim e não. Sim, se você continuar se aperfeiçoando, pois a análise
grafológica é extremamente complexa, com muitos detalhes. Além
disso, a formação de um grafólogo competente e ético demanda
muitos anos de estudo, cursos, participação em congressos, pesquisa
e, principalmente, muita prática. Não, se você se limitar somente a
esta apostila e curso e nada mais, pois não seria possível analisar
com seriedade a escrita e realizar um laudo completo apenas com
estes princípios básicos.
 
Existe algum CÓDIGO BRASILEIRO DE ÉTICA DO GRAFÓLOGO?
 
Sim, este Código, que consta de 12 artigos, entrou em vigor em julho
de 2006.4 e tem como objetivo estabelecer os direitos e deveres do
Grafólogo no exercício profissional.
 
1º. - Grafologia uma ciência da área de Humanas que, ao utilizar-se
de técnicas de observação e interpretação, estuda a personalidade
através da análise de um manuscrito.
2º. - O grafólogo deve trabalhar exclusivamente com manuscritos
originais, realizando um trabalho de análise (identificação das
características da escrita) seguida de uma síntese (descrevendo as
características da personalidade do autor da escrita).
3º. - Devido à constante evolução da Grafologia como ciência, o
grafólogo deve atualizar-se continuamente quanto a seus
conhecimentos e capacitação profissional.
4º. - O grafólogo não fará diagnósticos de natureza médica.
5º. - O grafólogo não praticará a grafotécnica (estudo da autenticidade
de documentos manuscritos).
6º. - O grafólogo é responsável pela qualidade de suas conclusões
baseadas na análise de um manuscrito, fornecendo informações a
respeito de determinada personalidade, baseando-se,
exclusivamente, na análise de manuscritos. Quaisquer ações
eventualmente decorrentes destas informações são de inteira
responsabilidade do solicitante da avaliação grafológica.
7º. - O grafólogo manterá estrita confidencialidade, por qualquer que
seja o meio de comunicação, quanto às informações que obteve a
respeito das pessoas cujos manuscritos foram por ele analisados. O
segredo profissional deve ser observado tanto verbalmente quanto
pelos documentos gerados.
8º. - O grafólogo será objetivo e ético em todas as suas análises
profissionais. Não deve mencionar as características pessoais que
não estiverem diretamente ligadas com as funções definidas pelo
empregador e/ou seus representantes constituídos toda vez que
estas informações possam influenciar decisões relativas a admissões,
demissões, promoções profissionais.
9º. - O grafólogo deve manter sua integridade profissional não se
deixando influenciar, nas suas conclusões, por preferências ou
desejos específicos (velados ou claramente expostos) pelo solicitante
da avaliação, pela pessoa que está sendo avaliada ou por qualquer
outra pessoa ou entidade.
10º. - O grafólogo não pode associar-se ao ocultismo ou à
adivinhação, nem deve permitir que a grafologia e/ou a profissão do
grafólogo sejam mencionadas, por qualquer que seja o meio de
comunicação, relacionadas a tais atividades.
11º. - O grafólogo deve agir com completa isenção de qualquer tipo
de discriminação como sexual, religiosa, de cor e raça.
12º. - A Sobrag fará todo o possível, dentro das leis vigentes, para
que este Código de Ética seja praticado pelos seus associados e
aqueles que, no mercado em geral, realizam os trabalhos de um
grafólogo.
 
É verdade que aprender grafologia é difícil e complicado?
 
Até o final do século passado, aprender grafologia era tão complexo
que as pessoas, mesmo as mais interessadas, desistiam. Cada
minúcia, cada detalhe, cada vírgula, cada pormenor das letras do
alfabeto, tudo era exaustivamente interpretado, porém, muitas vezes,
perdendo a noção do conjunto. Hoje, tanto o estudo como a aplicação
estão muito mais práticos.
 
Então, como estudar grafologia no século XXI?
 
Paulo Camargo explica claramente:
 
O objetivo deste artigo não é o de analisar a evolução do
estudo da grafologia ao longo do tempo, mas, principalmente,
mostrar como a grafologia é estudada atualmente nos países
mais adiantados e por alguns grafólogos de primeira linha em
nosso país. Existem no Brasil bons grafólogos e grafólogas que
estão de acordo com as mais recentes evoluções do método
grafológico em si; outros ainda se situam no início do século
XX; quando os pequenos dicionários de sinais já eram
condenados pelos mais renomados especialistas na época5.
 
Crépieux-Jamin6 dizia que a cada trinta anos os grafólogos devem
fazer uma revisão dos conceitos e da terminologia grafológica.
Percebeu o grande mestre que a escrita como movimento cultural
possui dinâmica própria; com isto, tende a mudar e evoluir de acordo
com as novas vivências e desafios da sociedade. Além disto, existem
outros fatores que influem na mudança da escrita. Relatamos alguns:
 
Evolução dos métodos de ensino na escrita;
Novos tipos de papéis;
Infinidade de novos materiais como canetas, lápis (forma,
tamanho, peso);
Evolução tecnológica, abandono da escrita pelo uso do
computador.
 
A nova visão da sociedade e seus desafios certamente são levados
para o comportamento do indivíduo em todos os planos: sociais,
morais, intelectuais, físicos, etc. Não raro existem escolas bilíngues e
a criança aprende a escrever em dois idiomas e/ou de forma
tipográfica. A escrita se adapta e se transforma com os novos
tempos, e, como reflete a personalidade individual, certamente mostra
estas modificações. Dos anos 60 para os nossos dias, a escrita
sofreu o impacto da caneta esferográfica. Como é sabido por todos,
quase toda a grafologia clássica foi baseada nas canetas tinteiro.
Estas mudanças são acusadas nos grafismos. Assim, muitas
espécies grafológicas evoluem e outras morrem; tornam-se
“dinossauros no tempo” – tais quais os grafólogos que não se
atualizam. É necessário que o grafólogo se ajuste aos “novos” tipos e
exemplos de escritas – especialmente se for professor e ministrar
aulas de grafologia. A todos os processos de evolução se aliam novos
métodos de diagramação, novos tipos de letras em livros, programas
de computadores, telas eletrônicas etc.
 
Em resumo: o método grafológico e o método de ensino evoluíram –
e muito. Novos e interessantes autores surgiram e acrescentaram
precisão ao método grafológico. É certo que – assim como a escrita –
os métodos de estudos e de ensino da grafologia mudaram. Contudo,
muitos grafólogos ainda não se deram conta disto e outros que se
deram, não dão o braço a torcer, pois não podem se dizer
desatualizados – na realidade não estão desatualizados, estão
ultrapassados.
 
 
INVESTIGUE O TODO...
NÃO SE PRENDA NO DETALHE...
 
A GRAFOLOGIA SÓ SE APRENDE TREINANDO.
 
 
PRIMEIRO PASSO
 
O perfil grafológico
 
Antes de tudo, devemos solicitar para ao avaliado, o texto que será
analisado de acordo com as especificações abaixo. Depois, é
necessário que, ao se preparar para fazer uma análise, o grafólogo
abandone seus preconceitos e preferências, procurando manter-se
neutro e imparcial, a fim de tornar-se receptivo e poder sentir e
compreender o que a escrita está dizendo. Para se chegar a essa
compreensão énecessário que o avaliador seja uma pessoa
amadurecida, que tenha adequado grau de autoconhecimento e
equilíbrio para que seus problemas não sejam transferidos para a
interpretação do texto.
 
Não podemos esquecer que a prática da grafologia exige muita ética
e que toda análise é feita no sentido de se ajudar a pessoa.
 
Dados sobre o autor da grafia
 
Pedir para o avaliado preencher um questionário (veja modelo
abaixo),pois, como nós grafólogos não somos adivinhos, é necessário
que tenhamos algumas informações pessoais sobre o autor: tais
como: nome completo, data de nascimento, sexo, profissão, estado
civil, estado de saúde e escolaridade. Outros dados auxiliam
bastante, tais como: religião, ambiente social do autor e de sua
família, histórico escolar e profissional, hobbies ou hábitos. Para isso
solicitamos que ele preencha um questionário.
 
É necessário também conhecermos a finalidade do “perfil”: se é para
autoconhecimento, avaliação do potencial do autor, contratação para
a empresa, orientação profissional ou vocacional, grafoterapia ou
para avaliação da compatibilidade de gênios – entre cônjuges,
chefias, sócios etc.
 
Questionário para o perfil grafológico - exemplo
 
Estou sugerindo esse modelo, mas você poderá montar seu próprio
questionário de acordo com a finalidade do perfil.
Nome:
_______________________________________________________
Data de Nascimento _______/_______/_______
Estado Civil: _________________________
Religião: __________________________
 Profissão: _______________________________
Escolaridade: ________________
Mão que escreve: ________________________________
A qual o cargo ou função que está se candidatando?
_________________________________
Está com algum probleminha de saúde. Qual ou quais?
______________________________
Quantos cigarros fuma por dia?
_________________________________________________
Ingeriu alguma bebida alcoólica nas últimas 12 horas?
________________________________
Passou por algum trauma nos últimos 15 dias? Qual?
_________________________________
Está se submetendo, no momento, a algum acompanhamento
psicológico ou médico? _______ Qual?
__________________________________________
Está tomando algum medicamento?______
Qual?
________________________________________________________
Como está se sentindo agora física e psicologicamente?
_____________________________________________________________
 
Como deve ser o texto para o perfil grafológico
 
O ideal seria que tivéssemos várias folhas de escrita do avaliado,
umas quatro, por exemplo, pois quanto mais rico o material maior
possibilidade de pesquisas. Não sendo possível de obter tal
quantidade de material, pedimos que o autor escreva, no mínimo,
vinte linhas.
 
Quando for pedir para o candidato escrever, não chame de redação,
pois a memória pode retroceder aos bancos escolares junto com toda
carga emocional consequente. Chame de texto.
 
Devemos solicitar que o autor escreva um texto de, no mínimo, vinte
linhas, pois a maioria não gosta de escrever, mas quanto maior o
texto, melhor será o resultado final. O texto não deve ser cópia, nem
poesia, nem canção, pois tanto um quanto o outro são textos
estreitos, formais e que não chegam até o final da página. Nesse
caso, o grafólogo perde a chance de avaliar as margens etc. O tema
é livre, mas recomendo que a pessoa escreva sobre ela mesma. Por
exemplo: quem sou eu, as coisas que mais gosto, o que mais aprecio
em mim e nos outros etc.
 
O papel a ser utilizado
 
Use papel sulfite branco e sem pauta. Se for papel reciclado, observe
bem a gramatura, pois quanto mais grosso menor a pressão. Utilize
seis folhas. A de cima para escrever, e as demais para apoio e
conforto na escrita. Peça para o autor não escrever no verso da folha;
caso precise, avise que utilize as outras folhas.
 
A caneta
 
Dê preferência para uma caneta que o autor esteja acostumado a
escrever (usar uma BIC é recomendável, pois nossa geração
desenvolveu memória psicomotora com este tipo de caneta; estamos
acostumados com o peso, calibre e fluidez da caneta BIC). O
importante é que seja caneta esferográfica em bom estado (não pode
ser hidrográfica, ponta porosa, nanquim, tinteiro etc.).
 
O local de apoio das folhas
 
Escrever numa superfície lisa (fórmica, madeira, vidro etc.) e de apoio
firme (mesa ou cadeira com braço). O conceito é ter conforto e
firmeza ao escrever.
 
Assinatura
 
Peça para o autor assinar, mas não diga onde, pois o local também
será avaliado. A maioria dos que aplicam o teste grafológico falam
“assine no final”, mas está errado. Peça também a rubrica se o autor
tiver.
 
 
Observação: Deixe claro ao autor para não se preocupe em
“caprichar”, as letras “feias” e/ou “ilegíveis”, não necessariamente são
ruins. Existe um preconceito do senso comum que associa a letra
“bonita” com uma letra “boa”. E grafologicamente não é assim que
acontece. Quanto mais espontânea for a escrita melhor será a
avaliação. Caso o avaliado tenha consumido bebida alcoólica,
medicamentos fortes ou ficado sem dormir na noite anterior deixe que
ele faça a redação no dia seguinte, pois isto pode alterar o resultado
do teste. Se ele fizer rascunho recolha-o, pois esse é o mais
espontâneo. O teste não tem limite de tempo: portanto deixe o autor à
vontade.
 
 
 
 
SEGUNDO PASSO
 
Leia o texto, tente interpretar o que autor está transmitindo. No início,
ele é, em geral, mais contido, mais consciente do que está
escrevendo; na metade do texto, a tendência é ser mais espontâneo,
e, no final, pode apresentar sinais de cansaço. Bem, lembre-se
também de que muitas pessoas “detestam” escrever e o fazem com a
máxima má vontade, resultando em um texto pesado, enfadonho e
indigesto. Outras são prolixas demais, outras infantis etc. Aqui é
sempre importante saber a escolaridade do autor e “dar um
desconto”, caso o nível de educação formal se mostre precário. Em
seguida estabeleça o “Nível de Forma”. Aqui você precisa
compreender muito bem, pois sem dominar esse item terá dificuldade
para ir adiante,mas não é difícil.
 
Defina o “Nível de Forma” da escrita: positivo ou negativo
 
Para facilitar a realização do “perfil”, criei a “grafoplanilha”. Nada mais
é do que uma planilha aonde você vai marcando, nos respectivos
quadrados, todos os itens da grafia, ao mesmo tempo em que vai
estudando todos os elementos que compõem o estudo básico da
grafologia. Ao terminar a marcação, você terá terminado o estudo
básico e estará pronto para redigir o “perfil”. Uma grafia pode ser
considerada positiva ou negativa. Para defini-la, existem inúmeros
fatores que influenciam na sua qualidade, tais como: agilidade e
habilidade manual do autor; treinamento e hábito de escrever
constantemente; maneira correta ou incorreta de como foi
alfabetizado. Para facilitar, apresentarei os princípios básicos que
determinam o nível da qualidade da grafia. Não fique procurando
minúcias, pois a grande parte das pessoas possui nível positivo.
Controle a tendência (comum em principiantes) de achar que tudo é
negativo.
 
O nível de forma da escrita
 
O nível de forma, segundo o filósofo alemão Klages, é a
qualidade da grafia do indivíduo. Esta “qualidade da grafia” pode ser
positiva ou negativa. Quais são os parâmetros para definir:
 
Originalidade, ou seja, personalidade própria na grafia
 
Existem grafias que não possuem originalidade, pois permanecem
idênticas ao modelo que a professora ensinou na escola primária;
mantêm-se iguais ao padrão escolar aprendido, e nada ou muito
pouco foi modificado ou criado. Os possuidores desse tipo de grafia
nada ou muito pouco modificaram ou criaram em sua vida pessoal,
profissional ou emocional, pois permanecem na dependência total do
seu modelo primário. Pode-se dizer que essas pessoas não criaram
sua própria personalidade, pois são indivíduos geralmente corretos,
submissos, dependentes, sem autonomia ou capacidade criadora.
São geralmente bondosos, companheiros, complacentes e que
seguem e aceitam as normas impostas, sem discuti-las. Aceitam as
diversidades sem contestarpara não precisar tomar partido.
Essas grafias são consideradas positivas para pessoas que
necessitam seguir as regras, atuar com tarefas repetitivas e rotineiras.
O universo necessita de pessoas com essas características. Imagine
se todos fossem criativos, emotivos, independentes e rebeldes. Quem
faria as tarefas básicas? Concluindo, quando for determinar se a
grafia é positiva ou negativa, no quesito originalidade, pergunte
sempre: Positiva ou negativa para quê? Para quem? Para que
circunstância? – pois, em muitas situações, para que a grafia seja
considerada positiva, necessita ter seu próprio estilo, sua própria
individualidade, sua identidade, portanto bem distinta do modelo
aprendido.
 
 
Exemplo de grafia positiva
 
Paulo Betti – Grafia positiva, rápida, legível. Na palavra “temos”
vemos um corte duplo da letra “t” sinal de pessoa empreendedora que
não teme as dificuldades, aliás, essas o motivam. O m (ao contrário)
em guirlanda revela capacidade de comunicação, receptividade.
Palavras que diminuem (gladiolada) falam que ele gosta de ir a fundo
às questões. O til da palavra paixão revela rapidez, esperteza,
inteligência ativa. Assinatura ascendente: ambição, corte dos “t”
agilidade de raciocínio, sabe aproveitar as oportunidades, prático e
objetivo. Assinatura legível mostra-se como é.
 
Bom ritmo e rapidez
 
Para ser considerada positiva, a escrita precisa ser ágil, rápida, como
a do Paulo Betti, com movimentos espontâneos, naturais, firmes e
sem hesitação; com sinais de rapidez, que são percebidos nos pingos
dos “i” à direita, nas barras dos “t” também à direita e pelas ligações
inteligentes dos “t” e dos “ão”. Escritas moles, monótonas, travadas,
sempre iguais, geralmente são consideradas negativas.
 
Legibilidade
 
Para que a grafia seja considerada legível e positiva, ela necessita
“transmitir” na sua totalidade o que está escrito, tanto para crianças
alfabetizadas como para pessoas com pouca cultura. As letras e
palavras devem ser claras e bem formadas. Veja abaixo um exemplo
da importância da escrita legível7.
 
Ordem e limpeza
 
Um texto é considerado positivo quando é bem organizado, respeita
as margens, espaços brancos e as direções das linhas. A pontuação,
cortes e acentos são bem posicionados. A correção de erros pode ser
bem feita, mas sem dar ao texto um aspecto de sujeira.
 
Força e cor da tinta
 
Para considerar este item como positivo, a grafia deve ser calcada,
firme, com a cor da tinta aparecendo e não desbotada, apagada ou
fraquinha; mas também se for muito calcada, quase furando o papel,
pode revelar muita agressividade. Concluindo: muito fraca ou muito
forte são consideradas negativas.
 
Simplicidade
 
Uma grafia repleta de adornos e floreios não é considerada positiva.
Quanto mais simples mais positiva.
 
Interpretação do texto
 
Leia o texto sempre levando em conta a formação escolar do autor e
a finalidade da avaliação grafológica. Antigamente os grafólogos não
liam o texto, pois não se importavam com o conteúdo. Com a
evolução dos estudos ligados à corrente emocional8, pode-se afirmar
que a grafologia emocional penetra no inconsciente (onde não temos
controle) do indivíduo. Sendo assim, quando escrevemos, podemos
fazer (inconscientemente) algumas modificações no grafismo ou em
determinadas palavras; ou seja, algumas deformações revelam as
emoções produzidas no momento da escrita. Explicando melhor:
quando escrevemos o nome de uma pessoa que apreciamos, não o
escrevemos da mesma maneira que o de uma pessoa que nos
aborrece; se estamos com algum conflito no casamento, por exemplo,
as palavras que lembram matrimônio, tais como marido, estável,
união, casamento entre outras muitas, aparecerão alteradas em
relação ao restante do texto. Sendo assim, através do estudo
grafológico, podemos conhecer aspetos de uma pessoa, que nem
mesmo ela percebe, tais como: mentiras, emoções que deseja
esconder, medos, anseios, doenças, debilidades, etc. Quanto à
assinatura, para ser considerada positiva, ela deve ser legível, não na
sua totalidade, mas de forma que se possa identificar quem assinou.
Uma assinatura ilegível revela que o autor pode estar camuflando, de
forma inconsciente, sua verdadeira identidade, pois não quer mostrar-
se como realmente é.
 
Para a interpretação do texto, leve em consideração os seguintes
aspectos:
 
 Clareza
O texto deve ser redigido de maneira que o leitor compreenda
facilmente o que está sendo abordado. Até mesmo uma pessoa de
pouca cultura deve manter uma certa clareza de ideias ao apresentar
o texto.
 Elegância
O texto deve ser agradável aos olhos do leitor, o que também se
consegue por meio do desenvolvimento criativo do texto. A elegância
inicialmente é obtida pela estética (limpeza) do texto, ou seja, ele
deve estar limpo (sem rasuras) e legível.
 Concisão
Um texto breve é aquele que transmite sua ideia com o mínimo de
palavras possível, ou seja, não tem rodeios e nem enrolação. É
escrito de maneira direta sem a utilização de palavras
desnecessárias, esnobes e sem sentido.
Concluindo, toda vez que for determinar o “nível de forma”, lembre-se
de se perguntar: “é positivo para quê? ou “para quem? ”ou “é negativo
para quê?” ou “para quem?”“.
 
Exemplos:
Grafia positiva: legível, espontânea, movimentada, espaçada, rápida.
 
 
Grafia negativa: complicada, enrolada, ilegível, afetada.
 
TERCEIRO PASSO
 
DEFINIR SE NA GRAFIA PREDOMINA A “FORMA OU O
MOVIMENTO” E QUAL A ZONA DA LETRA QUE PREDOMINA:
 
Em uma escrita pode predominar a forma ou movimento. Esta
predominância determina de que maneira o autor transita na vida, no
trabalho, nas relações profissionais, sociais, familiares; no
casamento, na educação dos filhos, enfim no universo.
 
Predomínio da forma – grafia regular
 
Quando predomina a forma, a grafia é rígida, idêntica, nada varia. As
letras são do mesmo tamanho e a inclinação é sempre igual.
 
Predomínio do movimento – grafia irregular
 
Quando a pessoa escreve de maneira variável, com desigualdades,
tais como o tamanho das letras, direção das linhas, inclinação das
letras, enfim, predomina a diversidade.
 
 
Exemplos:
 
Predomínio da forma.
 
 
Predomínio do movimento.
 
 
Características da personalidade com predomínio da forma
 
Quando existe o predomínio da forma, a pessoa não modifica sua
atitude perante o mundo, mantendo um rígido padrão
comportamental, bem definido, previsível e revelando grande força de
vontade. Pode apresentar comportamentos defensivos e dificilmente
aceita mudar; sendo assim, insiste num mesmo procedimento ou
ideia, mesmo que não esteja dando certo, por receio de modificar.
 
Trata-se de uma pessoa que, inconscientemente, isto é, sem
perceber, “veste” uma máscara (disfarce) e atua de acordo com o que
a sociedade e com o que os outros esperam dela. Rígida,
convencional, perfeccionista, metódica ou repetitiva. Devido a esta
rigidez pode também ter dificuldade de adaptação.
 
Geralmente é “a perfeitinha” que era uma das primeiras alunas na
escola, que sempre se cobrou e se cobra muito até hoje. Pode até ser
que tenha tido uma educação muito rígida, até traumática e não muda
para não se arriscar. Os elogios que recebeu se manifestaram como
estímulo para que se mostrasse perfeita. Como resultado, passou a
ser muito exigente para consigo própria e a viver dependente de
aprovações.
 
É bastante autocontida (o que pode atrapalhar seu desenvolvimento),
reprime seus instintos e desejos e comporta-se de acordo com os
princípios lógicos e reflexivos que a sociedade, o meio ambiente e a
educação lhe impuseram (superego muito rígido).
 
Características da personalidade com predomínio do
movimento
 
Quando uma pessoa me fala: “minha letra muda muito”, pode-se
saber que se trata de um indivíduo emotivo, sensível, sentimental e
com predomínio do movimento.
 
Do ponto de vista positivo, sua forma de pensar é livre, a
sensibilidade não permanece travada pelos formalismos nem pelas
exigências externas a que a sociedade obriga. Pensa e age com
vivacidade, intensidade e mais de acordoconsigo mesma e com sua
liberdade criativa. Geralmente é espontânea, pouco preocupada com
as regras e convenções, imediatista, criativa e ativa. Pode ter
sensibilidade artística e intelectual. Essa mobilidade faz com que
fique atenta aos sinais e perceba as oportunidades.
 
Procura fazer as coisas de diferentes maneiras, pois é flexível e
quase sempre saberá resistir ou ceder de acordo com a situação,
mas se houver muitas alterações no movimento, pode revelar falta de
freios, fraqueza de vontade, inconstância, irritabilidade ou
susceptibilidade. Pode apresentar insatisfação, desgosto consigo
mesmo, impaciência, indisciplina ou desorientação.
 
Pense, analise e interprete: Em sua grafia há o predomínio da forma
ou do movimento? Confere com sua maneira de ser?
 
Simbologia do espaço gráfico
 
SIMBOLOGIA DO ESPAÇO GRAFICO E AS ZONAS: SUPERIOR -
INFERIOR - MEDIA nas letras temos que distinguir as diferentes
zonas da mesma
 
Em uma grafia pode haver o equilíbrio entre as três zonas: Zona
Superior, Zona Média, Zona Inferior ou a predominância de uma ou
duas sobre as demais.
A. Zona Superior. B. Zona Inferior. C. Zona Inicial (traço
inicial). D. Zona Final (traço final). E. Zona Média.
 
Zona Inicial: é o movimento que inicia uma letra. É o ponto onde
nascem os impulsos representativos de cada estímulo, necessidades
ou de cada objetivo desejado.
Zona Final: é o traço que prolonga ou termina uma letra. É o reflexo
simbólico do nosso modo de contato com o mundo exterior.
Zona Superior: é o ponto mais alto, onde ficam as hastes das letras
b, d, f, h, i, k, l, t; acentos, barras dos “t”.
Zona Média: é a parte central, ocupada por todas as vogais
minúsculas e pelas letras c, g, h, m, n, p, q, r, s, v, x, z.
Zona Inferior: é a zona ocupada pelas laçadas inferiores das letras: f,
g, j, p, q, z.
 
O significado de cada uma das zonas
Zona superior ou hastes
 
A zona superior refere-se às questões intelectuais ou espirituais. Numa
escrita onde há predominância desta zona, em detrimento das outras,
denota pessoa com forte atividade intelectual, imaginação, fantasia,
vida espiritual. As letras da zona superior indicam em que extensão
uma pessoa persegue suas ambições, sonhos e ideais. Elas
demonstram o quanto ela pensa, se possui ou não uma grande
imaginação, ou quão idealistas ou ambiciosas são os seus objetivos.
É também a zona do superego, da crítica.
 
Hastes executadas de maneira normal indicam que os desejos,
objetivos, ambições, esperanças e vontades são normais, isto é, que
suas ambições e ideais estão de acordo com as normas aceitas; seus
pontos de vista são, em geral, sensíveis e equilibrados.
 
Hastes superiores mais acentuadas do que a zona média
denotam uma personalidade inteiramente preocupada com a busca
intelectual. São pessoas idealistas, sonhadoras, pouco práticas e às
vezes se mantêm tão fora da realidade que se tornam orgulhosas e
supersensíveis à crítica. Porém são imaginativas e criativas.
 
 
Hastes com ângulos indicam pessoas que gostam de mandar, às
vezes de maneira despótica. Possuem sentimentos de inferioridade,
super compensados pelo orgulho.
 
 
Zona inferior ou laçadas
 
A zona inferior significa os desejos mais instintivos da pessoa:
disposição sexual e biológica. Aqui se descobre também a avidez
pelo dinheiro, pelo conforto e comodidade, assim como os interesses
econômicos e práticos, o apego ao clã da família, aos filhos e à terra.
Ênfase na zona inferior denota um caráter basicamente terra a terra.
Essas pessoas geralmente acumulam realizações materiais ou
posses, mas podem ser perfeitamente preparadas para trabalhar duro
a fim de conquistar suas ambições.
 
Quanto maiores forem estas laçadas maiores serão os desejos
básicos do autor; são predominantemente interessados em atividades
físicas ou externas. Sua disposição sexual é potente e tendem a ser
bastante materialistas, ávidos ou insaciáveis. 
 
 
Às vezes estas laçadas são tão compridas que chegam a invadir a
linha de baixo. É um sinal de falta de ordem, de ponderação ou de
discernimento. A pessoa tende a ser desorganizada na sua vida
diária, não consegue respeitar o espaço dos outros sendo intrometida
e até desagradável. Pode ter uma libido acentuada, incontrolada ou
insatisfeita.
 
 
Laçadas curtas e sem firmeza refletem pouca energia física, sexual,
inibição ou desinteresse por assuntos de ordem material.
 
Laçadas incomuns frequentemente significam desvios ou
excentricidade, particularmente nos assuntos sexuais.
 
 
Laçadas com linhas simples e retas revelam pessoas com bom
julgamento, um caráter lacônico, conciso e ligeiramente taciturno.
Frequentemente têm marcante habilidade musical ou matemática.
 
 
 
 
Laçadas com bases largas e angulares revelam uma pessoa
implicante, temperamental, irrefletida ou arrogante. Tem capacidade
de mandar e se impor de forma agressiva, sobre os outros, não gosta
de críticas; apresenta tendências autodestrutivas, ciúmes, violência,
conflitos internos ou repressão.
Zona média
 
Demonstram as reações e atitudes do autor em relação às questões
cotidianas, relacionamentos e seus padrões gerais de
comportamento.
Quando as letras dessa zona são acentuadamente grandes,
demonstram o desejo do autor de impressionar os outros, de chamar
a atenção, de ser notado, de ser o centro. Essas características são
enfatizadas quando o tamanho das letras da zona média domina as
outras duas. Essas pessoas tendem a viver para o presente; são
sociáveis e gostam de companhia e atenção dos outro. Contudo, são
pouco materialistas; são basicamente desinteressadas em ganhar ou
reter dinheiro, estão mais interessadas em impressionar os outros
com a força de sua personalidade do que com suas posses.
 
 
 
 
Em sua grafia existe predominância de alguma zona? Estude e
interprete suas características.
 
 
 
 
QUARTO PASSO
 
Estudo dos gêneros da grafia
 
Depois de ter lido o texto, estabelecido o nível de forma – positivo ou
negativo; a predominância da forma ou do movimento e da zona que
prevalece aprenderemos a fazer uma análise mais detalhada dos
diversos aspectos – todos de suma importância – para determinar os
componentes da personalidade que intervém no modo decisivo de
“ser” do avaliado.
 
Observe na grafia que você está interpretando cada um dos gêneros
e subgêneros e anote-os na “grafoplanilha”. Cada elemento gráfico
deverá ser anotado, analisado, checado com outros e feito um
levantamento da frequência. Faça toda a classificação, passo a
passo. Todo traço é importante. Não elimine, mesmo que a
frequência seja baixa, não tire conclusões apressadas e lembre-se de
que é preciso considerar sempre o conjunto. Não avalie sinais
isolados.
 
Para isso, usaremos os fundamentos embasados nos estudos de
Crepieux-Jamin que determinou oito gêneros a serem interpretados
na grafia e criou Método Jamaniano9.
 
Gêneros: Observe e anote o significado de cada gênero e suas
espécies, marcando na “grafoplanilha” (anexo1) de acordo com o
título. Todos os itens gráficos deverão ser observados, anotados e
comparados com outros, fazendo levantamento da frequência.
 
1. Ordem do texto
2. Dimensão ou tamanho das letras
3. Forma das letras
4. Forma de ligação ou conexão entre as letras
5. Inclinação das letras
6. Direção das linhas
7. Continuidade das letras
8. Velocidade das letras
9. Pressão ou força do texto
 
Como preencher a grafoplanilha
 
(imprima a grafoplanilha - anexo1)
 
Pegue o texto manuscrito e, enquanto você estuda o Manual, vá
preenchendo a planilha. Por exemplo: se na grafia predominar o
positivo, toda a avaliação deverá ser feita só no aspecto positivo; se
for negativa, será analisada pelo lado negativo.
 
Em seguida verifique se predomina a forma ou o movimento e
marque um x no quadrado correspondente. E assim por diante.
 
Quando você terminar de estudar este e book, a planilha estará
preenchida e você terá a personalidade do autor, aí poderá redigir um
perfil grafológico básico.
 
Ordem e distribuição do espaço gráfico
 
Neste tópico, vamos estudar a maneira como a pessoa organizasua
escrita na página. Um manuscrito bem apresentado tem a ver com a
clareza na organização da página, dos parágrafos, da pontuação, na
presença ou não de manchas de tinta e, ainda, com a disposição do
texto na folha, o espaçamento entre linhas, entre palavras e entre
letras, com as margens direita, esquerda, superior e inferior.
 
De um modo geral, a ordem e a distribuição do espaço gráfico de um
texto fornecem informações sobre a organização e a nitidez do
pensamento do autor, sobre o seu sentido de ordem interna, a
capacidade de organização e de planejamento e do seu
relacionamento com os outros.
 
Os subgêneros da ordem, assim como os demais subgêneros,
devem ser sempre interpretados dentro de um determinado contexto:
positivo ou negativo e nunca isoladamente.
 
Espaços: entre linhas, palavras e letras.
Disposição: clara, confusa, concentrada, espaçada, ilegível,
invasiva.
Margens.
 
Espaços entre linhas, palavras e letras
 
Os espaços em branco deixados entre as linhas, palavras e letras
estão relacionados com a maneira como o autor se comporta em
relação aos outros e aos objetos reais: se permanece constantemente
próximo ou se sua atitude é a de se manter distante.
 
O espaço normal entre linhas é equivalente a três vezes a altura do
“m” da grafia em questão. As laçadas das letras nunca devem se
cruzar ou entrelaçar com as hastes.
 
O espaço normal de uma letra à outra é equivalente à largura média
das ovais das letras “a”, “o”, “d”, “g” e “q”.
 
O espaço normal que deve separar uma palavra de outra é igual à
largura de um “m” do tipo da escrita da pessoa que está sendo
analisada.
 
Espaços entre linhas
 
Espaço normal: quem deixa espaços normais entre as linhas, ou
seja, equivalente a altura de três “m” revela ser uma pessoa
moderada, objetiva, eficiente, pragmática e normalmente com bom
senso. Geralmente elabora bons julgamentos para suas decisões.
Tem facilidade para planejar a curto, médio e longo prazo; apresenta
ordem nas ideias e tarefas. Na esfera social tem facilidade para
selecionar seus amigos, pares profissionais, companheiros em geral e
sabe trabalhar em equipe.
 
Até três “m” entre uma linha e outra = espaço normal
 
Quem deixa grande espaço entre as linhas, ou seja, maior do que
a altura de três “m” é uma pessoa que sabe administrar bem o
tempo e seu raciocínio é predominantemente abstrato – plano das
ideias – e espacial. Possui boa capacidade de planejar, inclusive de
forma estratégica. É bastante crítica. Tem necessidade de se isolar
para refletir e pensar em suas decisões. Isto a leva a ser seletiva e
trabalhar de forma independente, sem demasiada interferência dos
demais. Geralmente adota uma atitude formal nos relacionamentos
interpessoais. Pode sentir-se aborrecida no meio de multidão.
 
 
 
Quem deixa pouco espaço entre as linhas, ou seja, menor do que
a altura de três “m”, é uma pessoa que tende a tomar decisões
apressadas, gosta de realizar várias tarefas ao mesmo tempo; e tem
dificuldade para planejar a longo prazo. Gosta de participar de
atividades coletivas e prefere trabalhos em grupo. Pode reagir de
forma impulsiva aos estímulos. Como tem pouca capacidade de
avaliação e discernimento pode culpar os outros pelos seus
insucessos. Procura reconhecimento, elogios e aprovação. Pode
apresentar dificuldades para funções que exijam contatos com o
público. Necessita do apoio do grupo para realizar suas tarefas,
inclusive pode sentir-se “abatida” com a solidão
 
 
.
 
 
 
Quem deixa espaços irregulares entre as linhas apresenta
insegurança e hesitação em tomar decisões, pois tem medo de se
arrepender. Tem dificuldade para falar na hora certa, não sabe
discutir com serenidade, podendo causar divergências em seus
contatos sociais e profissionais. Não sabe administrar de forma eficaz
o seu tempo e suas tarefas. Falta-lhe uma eficiente orientação
espacial, assim como uma rotina constante e metódica para se
organizar. Pode apresentar variações de humor.
 
 
Espaço entre palavras
 
Espaço entre palavras equivalente a um “m” = espaço
normal
 
 
Quem deixa espaço normal entre as palavras é uma pessoa
espontânea, sente-se bem tanto quando está em grupo ou sozinha,
pois predomina o equilíbrio nas relações com os demais. Aceita as
regras e as normas do convívio social, e isto a ajuda a enfrentar bem
os conflitos que surgem. Suas ideias e seus trabalhos são
organizados, feitos com discernimento, não se perdendo em
minúcias. Tem visão de conjunto e boa disposição para o trabalho.
Tem diplomacia ao expor seus pontos de vista. Está aberta às
novidades sem, no entanto, arriscar-se muito. Não é muita adepta aos
contatos por telefone, preferindo o calor humano do contato.
 
 
 
Quem deixa espaço grande, ou seja, mais de um “m” entre as
palavras, é uma pessoa seletiva em seus contatos interpessoais.
Escolhe rigidamente seus contatos pessoais e profissionais. Analisa
bastante antes de tomar as suas decisões, porém, quando as toma, é
de forma segura, eficiente e com suas implicações bem estudadas.
Na área profissional e pessoal é prática, lógica e objetiva, com boa
capacidade de percepção, enxerga longe e tem uma visão mais
estratégica do que tática. Tem diplomacia ao expor seus pontos de
vista, tem ciência das suas obrigações. É uma pessoa
demasiadamente crítica. Não gosta de expor sua privacidade.
 
 
 
 
 
 
Quem deixa espaço pequeno entre as palavras, menos de um
“m”, necessita com intensidade envolver-se com as pessoas. Denota
ser insegura e com medo de julgamentos e rejeições, sendo assim
força o contato com os outros sendo pouco seletiva. Consome seu
tempo em relacionamentos infrutíferos, perdendo energia e
diminuindo a produtividade. O importante para ela é ter sempre
alguém, não importa quem, ao seu lado. Pode até mudar de opinião
só para agradar e fazer parte da equipe. Tem dificuldade para
planejar a longo prazo, perde-se em detalhes e, muitas vezes,
escolhe a primeira opção sem visualizar outras, sendo pouco crítico
em suas análises.
 
 
 
Quem deixa espaço irregular entre as palavras é uma pessoa com
muita susceptibilidade, insegurança e sensibilidade. Pode mudar de
conduta sem motivos. Pode ter (junto com outros sinais) falta de tato
e educação.
 
 
 
Espaço entre letras de uma mesma palavra (letras que estão no
meio da palavra)
 
O espaço normal de uma letra à outra é equivalente à
largura média das ovais das letras “a”, “o”, “d”, “g” e
“q”.
 
 
Quem deixa espaço muito grande entre as letras de uma palavra
demonstra uma personalidade expansiva; atua com generosidade e
franqueza; sua espontaneidade pode levá-lo ao altruísmo, cedendo
demasiado espaço aos demais, permitindo que invadam seu íntimo.
 
 
 
 
Quem deixa espaço insuficiente, apertado entre as letras, é
reservado e não gosta de interferências em sua intimidade. É difícil de
aceitar ideias ou métodos novos. Perante os problemas e os
obstáculos fica ansioso e amedrontado. Tem dificuldade para decidir
ou julgar a intensidade dos obstáculos, transformando os pequenos
problemas em grandes dificuldades. Pela sua insegurança e
sensibilidade normalmente não reage bem às críticas.
 
 
Pense, analise e interprete os espaços entre as linhas, palavras e
letras de sua grafia e leia as descrições de sua personalidade.
 
A GRAFOLOGIA SÓ SE APRENDE TREINANDO!
 
Disposição da grafia na página
 
CLARA E HARMONIOSA
Quando as letras não se misturam, são proporcionais, bem
distribuídas no papel, com boa separação entre letras, linhas e
palavras, a forma é clara e organizada. Existe bom ajuste do texto,
boa execução e organização; é simples e espontânea. Ausência de
retoques, borrões, emendas.
 
- Se a grafia for positiva, o autor é organizado e sabe distinguir o
espaço dele com o do outro. A razão dirige a imaginação. Suas
tarefas são realizadas com ordem, precisão e, geralmente sabe
planejar e estruturar sua vida de forma lógica e coerente. Demonstra
clareza de espírito, simplicidade e transparência comportamental.
 
- Se a grafia for negativa, pode denotar que o autor é detentor de
inteligência medíocreou convencional, está acostumado a seguir com
disciplina os hábitos de ordem e organização aprendidos sem nada
criar ou modificar. Prefere seguir o experimentado a se arriscar,
sendo assim, pouco acrescenta ao que já existe. Visão estreita e
simplista.
 
 
Ex: Grafia clara e harmoniosa, legível e com bons espaços entre linhas, letras
e palavras
 
 
CONFUSA
 
A distribuição das palavras, linhas e espaços são bastante
deficientes, se chocam, entrelaçam e se misturam. A escrita avança
no papel de modo descontínuo e desordenado. A confusão espacial
mostra que podemos ocupar espaços indevidos, desconhecemos a
hora ou avançamos de maneira imprópria os “espaços psicológicos e
territoriais” dos demais.
- Em sentido geral, o autor tende a ser ingênuo, temperamental ou
sugestionável. Pode ser confuso, com tendência a dissimular, ou com
falta de cautela e pudor. Suas tarefas são realizadas sem método ou
organização, além disso, tem dificuldade para distribuir o tempo e a
energia.
 
 
 
CONCENTRADA
 
Os espaços entre as linhas são bem apertados.
 
- Em sentido positivo, o autor tem boa capacidade para se
concentrar e adequado ao aproveitamento do tempo. Tem
necessidade de estar sempre unido com as pessoas e objetos que se
relaciona cotidianamente. Pode revelar também prudência,
introversão, economia, seriedade ou discrição.
 
- Em sentido negativo, tem necessidade de economizar, o que pode
levar à avareza, tendência a acumular, guardar e colecionar coisas.
Pessoa pouco generosa e pode ser mesquinha.
 
 
 
ESPAÇADA
 
Os espaços em branco predominam no texto, especialmente entre as
palavras e as linhas têm mais de três “m”.
 
- Em sentido positivo, o autor tem necessidade de liberdade e de
espaço. Visão ampla das coisas. Prefere ambientes amplos, arejados,
alegres, animados. Boa capacidade para elaborar projetos em longo
prazo. Bondade natural, mas com precaução, grandeza de ideias e de
sentimentos e necessidade de se isolar. Gosto pela vida folgada
 
- Em sentido negativo, o autor carece de bom senso e reflexão.
Reflete pessoa ingênua, sugestionável, com tendência a gastar tempo
e dinheiro de forma inconveniente e com tendência a se isolar dos
outros. Fala e opina sem prudência.
 
Ex. Grafia espaçada e ascendente
 
INVASIVA
 
Quando o traçado tende a invadir todos os limites do campo gráfico e
as palavras de uma linha invadem as debaixo.
 
- Em sentido geral, o autor denota uma forte necessidade de falar e
ocupar o tempo dos outros, com exclusividade. É uma pessoa
invasiva e dominante, com dificuldade para respeitar os espaços
alheios.
 
 
 
Pense, analise e interprete de que maneira você distribui sua grafia
no papel.
 
Margens
 
Como estamos falando sobre a grafologia do século XXI, o estudo
das margens também precisa acompanhar as mudanças. Uma
criança que se utiliza do computador desde os quatro anos de idade
terá uma visão da disposição estética do texto na folha bem diferente
da de outras gerações. Outras aprendem a margem dos “dois
dedinhos” e assim permanecem. Portanto, podemos chamar de
margens caligráficas aquelas que conservam o modelo aprendido. A
pessoa segue os padrões e normas impostas e dificilmente as altera.
 
Tem receio do novo, do inusitado, e por isso pode ser pouco criativa.
As margens superiores e inferiores são mais difíceis de serem
estudadas, pois vai depender da quantidade do texto, de como foi
aplicado o teste, etc. Se você não conseguir analisá-las siga em
frente.
 
As margens indicam de que maneira o autor se posiciona em relação
ao mundo circundante, como seus contatos começam e acabam. Fala
como é sua espontaneidade, organização, habilidade para planejar,
noção de economia, habilidade de trabalhar com o tempo e as
necessidades de contatos com o mundo.
 
Margens recheadas ou ausentes
 
Aquele que não deixa nenhum espaço nas margens ocupa o papel
todo, tende a ser invasivo, quer aproveitar tudo, o tempo todo e o
espaço em sua totalidade. Pretende chamar a atenção, quer ser
atendido na hora, não sabe esperar e procura dominar a todos em
todas as etapas das tarefas que executa. É um sinal de defesa
psicológica prévia, poupança que pode ser levada até a avareza,
necessidade imperativa de ocupar os ambientes sem deixar
resquícios para os demais. Fala demais, não respeita nem ouve os
demais. Apresenta tendências exibicionistas, egocentrismo e
incapacidade de ceder mesmo quando observa que está errado e não
tem razão.
 
 
 
 
MARGEM SUPERIOR
 
Normal, equivale a três linhas do texto, é um sinal de delicadeza e
bons modos.
 
Ampla, equivale a mais de três linhas do texto. O autor demonstra
atenção, elegância e respeito para com os outros e para com as
regras sociais. Esta modalidade de margem é própria de pessoas que
possuem adequada cultura social ou educação elevada. Se coincidir
com uma escrita pequena, revela timidez e inadaptação.
 
 
 
Pequena ou ausente, equivale a menos de três linhas do texto.
 
O autor prefere atuar de maneira independente, não costuma se
subordinar aos poderes nem aos superiores. Sendo assim, pode
apresentar dificuldades nos relacionamentos, falta de tato e de
modos. No começo, até pode ser delicado, mas depois que adquire
certa intimidade pode ultrapassar as regras da hierarquia e do
respeito. É próprio de pessoas inoportunas ou desrespeitosas.
 
 
MARGEM INFERIOR
 
Pequena, equivale a menos de três linhas do texto. Parece que o
autor deseja ocupar todos os espaços possíveis, não quer ser
interrompido em suas ocupações, assim como não sabe o momento
de parar. Ocupa-se demais com fatos corriqueiros. Geralmente é
prolixo, pois tem dificuldade para resumir os acontecimentos ou
ideias, mas sabe aproveitar bem o tempo.
 
 
 
MARGEM DIREITA
 
Sem margem: Aquele que se precipita para a extremidade direita do
papel sem deixar nenhum espaço é provavelmente uma pessoa
desinibida e que se interessa por tudo e por todos. Não teme o futuro
e o encara de frente.
 
 
Quando a margem direita é exageradamente grande, o autor,
inconscientemente, tem necessidade do apoio da mãe. Pode
apresentar medo de correr riscos e de tomar iniciativas. Tende a ser
hesitante, inseguro, pessimista ou introvertido. A maioria das pessoas
que possuem esse tipo de margem não aceita essas definições.
 
 
 
 
Quando a margem direita é irregular, representa falta de segurança
para enfrentar as pessoas e as situações. O autor tem dificuldade
para adotar um método de trabalho, pois é apreensivo, agitado e
ambíguo. Emocionalmente instável e pode variar de atitude; pode
também apresentar dificuldade para se adaptar pela sua insegurança,
pois tende a adotar atitudes contraditórias e sua sensibilidade é
exagerada.
 
 
MARGEM ESQUERDA
 
O normal é deixar um pequeno espaço para começar a escrever. A
margem esquerda faz referência ao lado familiar. Quem deixa
margem normal à esquerda, dá o devido valor ao seu passado, à sua
origem, à sua família e à sua mãe de uma forma positiva e assumida.
 
Apertada ou ausente
 
A pessoa que não deixa nenhum espaço do lado esquerdo é como o
nadador que se agarra à borda da piscina em busca de apoio. Falta-
lhe autoconfiança e talvez esteja ainda agarrado ao passado,
apresentando conflitos ou medos. Tem dificuldade para lidar com
dinheiro, podendo apresentar dificuldades econômicas temporárias.
Quando é totalmente inexistente, pode indicar traumas, pessoas que
ficaram marcadas com lembranças tristes da infância e ainda não
conseguiram superar ou ainda recalques relacionados ao passado.
 
 
Margem esquerda regular ou rígida e com distância normal
 
O autor tende a demonstrar equilíbrio, bom gosto estético,
autocontrole e consciência de suas ações. Pode apresentar certo
aprimoramento e simplicidade. Geralmente começa suas relações de
maneira clara, consciente e correta. Sabe se controlar e se dominar.
Quando muito rígida mostra perfeccionismo, afetação e
meticulosidade escrupulosa. É uma pessoa mais fria e calculista. Sua
cortesia pode ser forçada e seus atos premeditados nas relações
socioprofissionais. Rotina e automatismo são suas

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