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ACESSOS VASCULARES - indicações e técnicas de acesso venoso central

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Cássia Mendes Ataide - UFMS 
ACESSOS VASCULARES 
Aula Dr. Aldo Passalacqua 
INTRODUÇÃO e HISTÓRICO 
Os acessos experimentais 
em animais ocorrem 
desde os séculos XVII e 
XVIII, sendo 1663 a 1ª 
transfusão de sangue 
animal em humanos 
1951 - 1ª documentação de 
punção de veia subclávia 
por um cirurgião militar 
francês 
1953 - Seldinger e fio guia 
1975 PICC (acesso 
periférico de inserção 
central) 
O médico é quem deve 
determinar a necessidade 
e o tipo de acesso a ser 
indicado 
Importância em traumas, 
cirurgia de emergência e 
CTI (pacientes críticos) 
FUNÇÕES 
Transfusão de nutrientes, hemoderivados, medicações e fluidos 
Nutrição parenteral 
Quimioterapia e hemodiálise 
Monitoração hemodinâmica 
➢ Ex. Cateter de Swan-Ganz (artéria pulmonar) - hoje já 
não é mais tão utilizado (muito invasivo) 
TIPOS DE ACESSOS 
Arterial x Venoso 
Central x Periférico 
Curta x Longa permanência 
Implantado x Semi implantado 
ACESSO NO CONTEXTO DO TRAUMA 
Preferência: periférico! 
O central também é uma opção, mas complicações podem ser 
fatais 
Rápida ressuscitação (após controle de VA e 
ventilação adequada) e tratamento das lesões 
Acessos calibrosos: 16G ou maior, de preferência 
na fossa antecubital → pode já colher tipagem 
Fluxo: 300-500 ml/min (corre hemoderivados) 
Caso não consiga opções, fazer acesso pela veia 
femoral (preferência para técnica de Seldinger) ou intraósseo 
 
TCE: monitoramento da pressão venosa central e pressão arterial 
invasiva 
Sobre técnica de Seldinger: entra com agulha que possui um fio 
guia no seu interior (fio metálico com ponta protegida em J) 
ACESSO E CONTEXTO DOS CUIDADOS INTENSIVOS 
Monitorização (gasometria arterial, PVC) 
Hemodiálise 
Nutrição parenteral (se feito no periférico, destrói as veias) 
Ressuscitação → drogas vasoativas, fluidos, sangue 
ACESSO VENOSO CENTRAL 
Indicações 
✓ Monitorização (PVC e PAP) 
✓ Infusão de drogas: drogas vasoativas (noradrenalina, 
vasopressina), reposição de K+ 
✓ Hemodiálise 
✓ Nutrição parenteral 
✓ Quimioterapia 
✓ Marcapasso provisório 
✓ Falência periférica 
 
Contraindicações 
 Vícios posturais 
 Discrasias sanguíneas (coagulograma) 
 Pescoço hostil 
Complicações: osteomielite de clavícula; fístula arteriovenosa; 
perfuração traqueal ou esofágica; pseudoaneurisma; enfisema 
subcutâneo; infarto pulmonar; punção aórtica 
Na imagem: coração e mediastino deslocados para o lado D, área 
escura no hemotórax esquerdo → pneumotórax hipertensivo 
 
Embolização do fio guia (é muito importante ficar segurando para 
não perder) 
 
ANATOMIA E VASOS DA SUPERFÍCIE 
A referência anatômica da veia jugular interna é com o músculo 
esternocleidomastoideo 
VJI tende a ser mais anterior e lateral à artéria carótida 
Cássia Mendes Ataide - UFMS 
 
 
MATERIAIS 
Tipos de cateter (vários) 
Cateteres de curta permanência 
Cateteres de longa permanência 
➢ Semi implantados 
➢ Totalmente 
implantados 
TÉCNICA 
Posição do paciente 
Pontos anatômicos de 
referência 
Incisão 
Planos de dissecção 
Acesso 
✓ Veia jugular interna 
✓ Veia subclávia 
✓ Veia femoral comum 
✓ Dissecções 
Preferência para o lado direito (“via direta para veia cava”) 
➢ Cúpula pleural 
➢ Trajeto 
➢ Ducto torácico 
Ordem 
1. Trendelemburg 
 
2. Coxim no ombro 
3. Lateralização da cabeça para o lado contralateral 
4. Localizar o local de punção 
 
Triângulo de Sedillot → a seta aponta o local de referência para a 
punção da veia jugular interna. 
 
5. Paramentação, antissepsia e campo estéril 
6. Bloqueio com xylocaina 2% sem vasoconstritor 
7. Direção → efetuar aspiração contínua e leve 
8. Refluxo → sangue de coloração vermelho escuro 
9. Desconectar a seringa e obstruir com o polegar → passar fio 
guia (Técnica de Seldinger) 
10. Conectar SF 0,9% e fazer teste → abaixar o SF abaixo do nível 
do paciente para ver o sangue refluir 
As vezes o SF pode estar fluindo e não ter refluxo (cateter na 
pleura) 
11. Fixar cateter com fio 3.0 na pele e fazer curativo 
12. Auscultar pulmão 
13. Solicitar RX de tórax 
TÉCNICA COM PUNÇÃO ECOGUIADA 
 
 
ACESSO ARTERIAL 
Punção radial é o acesso preferencial 
Monitoramento contínuo da PA e gasometrias seriadas 
Cássia Mendes Ataide - UFMS 
A integridade desta artéria está relacionada à perfusão da mão. É 
ideal testar a perviedade da artéria ulnar (US, teste de Allen ou 
palpação) 
Artéria femoral e pediosa podem ser usadas como alternativa

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