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Rinite Alérgica

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Rinite Alérgica
Inflamação eosinofílica da mucosa nasal e
dos seios paranasais resultante de uma
reação mediada por IgE;
Definida clinicamente pela somatória dos
seguintes sintomas:
❖ Rinorreia;
❖ Obstrução nasal;
❖ Prurido;
❖ Espirros.
Sintomas ocorrem por mais de 2 dias
consecutivos e por mais de 1 hora na
maior parte dos dias.
Classificação da Rinite Alérgica
Segundo o ARIA:
Quanto a duração dos sintomas:
❖ Intermitente: sintomas estão
presentes por menos de 4 dias por
semana ou menos de 4 semanas
por ano;
❖ Persistente: sintomas estão
presentes por mais de 4 dias por
semana e mais de 4 semanas por
ano.
Quanto a intensidade dos sintomas:
❖ Leve: nenhum dos itens abaixo
está presente;
❖ Moderada / grave: um ou mais
dos seguintes itens:
❖ Distúrbio do sono;
❖ Impacto em atividades diárias,
lazer ou esporte;
❖ Impacto na escola ou no
trabalho;
❖ Sintomas presentes
incomodam.
Fatores Desencadeantes:
Alérgenos de maior relevância clínica
provenientes de:
❖ Ácaros;
❖ Animais domésticos;
❖ Insetos;
❖ Fungos;
❖ Pólens.
Quadro Clínico:
Histórico familiar de alergia;
Idade de início precoce - dos 4 aos 20
anos;
Presença de rinite em pacientes asmáticos
pode chegar a 100%;
Existe, também, associação com:
❖ Dermatite atópica;
❖ Urticária;
❖ Alergias do sistema digestivo.
Sintomas Clínicos:
Espirros paroxísticos;
Prurido nasal e do palato, olhos, faringe,
laringe e ouvidos;
Rinorreia clara sendo anterior, posterior
ou ambas;
Obstrução nasal bilateral ou intermitente,
alternando as cavidades nasais;
Anosmia ou hiposmia e perda de paladar
quando a congestão nasal é intensa;
Sintomas oculares: prurido,
lacrimejamento e hiperemia conjuntival;
Disfunção tubária;
Sintomas sistêmicos: mal-estar geral,
cansaço, irritabilidade e insônia.
Exame Físico:
Exame da face:
❖ Edema de pálpebras e cianose
periorbitária (estase venosa
secundária a obstrução nasal
crônica);
❖ Linhas de Dennie-Morgan (pregas
nas pálpebras inferiores são
características dos atópicos);
❖ Saudação do alérgico - prega acima
da ponta nasal;
❖ Anormalidades do crescimento
craniofacial associadas à obstrução
nasal crônica (fácies adenoideana).
❖ Faces alongadas;
❖ Boca sem fechamento dos
lábios;
❖ Eminências malares planas;
❖ Narinas estreitas;
❖ Mandíbulas retraídas.
Diagnóstico:
Essencialmente clínico;
Testes alérgicos: a pesquisa de IgE
específica complementa o diagnóstico e
direciona a prevenção contra os alérgenos
específicos a farmacoterapia e a
imunoterapia quando necessária;
Testes cutâneos: são os testes in vivo
realizados com a estimulação direta do
antígeno sobre a pele do paciente;
❖ Intracutâneo (intradérmico):
❖ Maior sensibilidade, no
entanto, mais doloroso;
❖ Apresenta maior possibilidade
de reação adversa.
❖ Epicutâneo (puntura ou
prick-test):
❖ Fácil realização e leitura;
❖ Pequeno índice de reação
adversa;
❖ Pouco doloroso;
❖ Possibilita o teste de diversas
substâncias simultaneamente.
OBS: os anti-histamínicos bloqueiam os
testes cutâneos e, assim, devem ser
suspensos por um período de 5 a 15 dias
antes do teste.
Determinação sérica da IgE específica:
❖ Testes in vitro realizados de:
❖ Ensaios imunoenzimáticos
(ImmunoCAP);
❖ Radioimunoensaios (RAST).
❖ Resultados mais específicos,
entretanto, menos sensíveis e de
maior custo;
❖ Indicação:
❖ Presença de doença
dermatológica como
dermografismo;
❖ Impossibilidade de suspender
uso de medicações que
influenciam na resposta
cutânea;
❖ Risco de reação adversa grave.
Exames Laboratoriais:
Eosinófilos séricos:
❖ Comum nas doenças alérgicas,
incluindo a rinite;
❖ Seu aumento pode estar associado
às parasitoses intestinais.
Dosagem de IgE sérica total: método
bastante sensível, porém, pouco
específico.
Tratamento:
Tratamento não medicamentoso:
❖ Higiene ambiental:
❖ Medidas primárias: reduzem
chance de sensibilização do
paciente;
❖ Evitar o tabagismo durante
gravidez e infância;
❖ Aleitamento materno
exclusivo até os 6 meses de
idade;
❖ Evitar ambientes úmidos e
com poluentes internos;
❖ Eliminar substâncias
irritantes do meio
ambiente.
❖ Medidas secundárias:
previnem ou minimizam as
crises.
❖ Reduzir poeira doméstica e
ácaros;
❖ Lavar a roupa de cama
semanalmente;
❖ Encapar travesseiros e
colchões;
❖ Utilizar aspiradores de pó
com filtro HEPA;
❖ Usar pano úmido para a
limpeza;
❖ Remover carpetes e bichos
de pelúcia;
❖ Não permitir a entrada de
animais domésticos em
casa;
❖ Evitar contato com bolor;
❖ Utilizar desumidificadores,
fazer manutenção e limpeza
frequentes de aparelhos de
ar-condicionado e consertar
vazamentos de água.
❖ Lavagem nasal com solução salina
para limpar e diluir o muco nasal
(soluções isotônicas e
hipertônicas).
Tratamento medicamentoso:
❖ Anti-histamínicos: apresentam
rápido início de ação, indicados
para aliviar prurido, espirros e
rinorréia, porém, possuem pouco
efeito sobre a obstrução nasal;
❖ Clássicos / primeira geração:
❖ Cetotifeno,
Dexclorfeniramina,
Hidroxizina, Prometazina;
❖ Moléculas pequenas que
atravessam a barreira
hematoencefalica,
caracterizando-se efeito
sedativo;
❖ Causam fadiga, sonolência e
diminuem a capacidade de
realizar tarefas que exigem
atividade motora.
❖ Não clássicos / segunda
geração:
❖ Cetirizina, Desloratadina,
Ebstina, Fexofenadina,
Levocetirizina, Loratadina,
Rupatadina, Bilastina;
❖ Moléculas grandes e
poucos lipofílicas;
❖ Bastante seguros;
❖ Não causam sedação em
doses habituais.
❖ Descongestionantes: provocam
alívio da congestão nasal e
apresentam efeitos sistêmicos;
❖ Uso tópico:
❖ Efedrina, Fenilefrina,
Nafazolina, Oximetazolina;
❖ Efeito rápido;
❖ Não podem ser utilizados
por mais de 7 a ao dias, sob
pena de desencadeamento
de rinite medicamentosa
(efeito rebote).
❖ Orais:
❖ Pseudoefedrina e
Fenilefrina;
❖ Início de ação em torno de
30 min;
❖ Efeitos colaterais mais
comuns:
❖ Nervosismo;
❖ Tremores;
❖ Cefaleia;
❖ Insônia;
❖ Aumento da pressão
sanguínea;
❖ Retenção urinária em
pacientes com
hipertrofia prostática.
❖ Corticosteróides:
❖ Tópico intranasal:
❖ Utilizado como
medicamento preventivo;
❖ Ação plena demora alguns
dias para ser alcançada;
❖ Diminui espirros, rinorreia,
edema das conchas nasais
e, assim, obstrução nasal;
❖ Beclometasona,
budesonida, ciclesonida,
propionato de fluticasona,
furoato de fluticasona,
furoato de mometasona e
triancinolona;
❖ Vantagem: menor
probabilidade de efeitos
adversos sistêmicos;
❖ Efeitos colaterais: mucosa
seca, sabor desagradável e
epistaxe.
❖ Via sistêmica oral:
❖ Reservada para casos
graves e por curto espaço
de tempo;
❖ Injeções de depósito devem
ser evitadas, pois acarretam
efeitos colaterais graves.
❖ Antileucotrienos:
❖ Eficácia no alívio de obstrução
e secreção nasal;
❖ Montelucaste;
❖ Boa alternativa terapêutica
para pacientes com rinite
alérgica e asma concomitantes
e em pacientes com pouca
adesão aos corticosteróides
tópicos nasais.
Imunoterapia:
❖ Imunoterapia específica com
alérgenos tem como finalidade
reduzir grau de sensibilização e
reatividade aos antígenos,
diminuindo a dose ou, até mesmo,
retirando a medicação utilizada;
❖ Única terapia capaz de alterar a
história natural da doença alérgica,
reduzindo a produção de IgE
específico;
❖ Indicação:
❖ Doença mediada por IgE;
❖ Falha da higiene ambiental no
controle dos sintomas;
❖ Falha da farmacoterapia;
❖ Pacientes portadores de rinite
tipo alérgica comprovada por
testes cutâneos ou IgE sérica
específica.
❖ Orientar o paciente que essa é
uma terapia longa, de 2 a 5 anos e
que, inicialmente, continuará a
utilizar medicação.

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