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Tecnologia em Processos gerenciais OrganizaçãO, SiStemaS e métOdOS Estrutura das OrganizaçõEs OrganizaçãO, SiStemaS e métOdOS Estrutura das OrganizaçõEs ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Ao final da Unidade o aluno deverá ser capaz de com- preender a sistemática do Novo Mundo, a Globalização, a Organização Geral do Comércio e o papel do Admi- nistrador no novo cenário Mundial e as novas Estrutu- ras Organizacionais. COmpetênCias Compreender as transformações do mundo contemporâ- neo para interligá-lo às Estruturas das Organizações. Habilidades Associar informações e entender as Estruturas das Orga- nizações contemporâneas. 7 ApresentAção Nesta UA você aprenderá a sistemática de um Novo Mundo, a Globalização e a Organização Geral do Comércio para po- der compreender as transformações do Mundo Contempo- râneo e interligá-lo às Estruturas das Organizações. Bons estudos! pArA ComeçAr Você sabia que fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando o ambiente empresarial? A globalização da economia, alavancada pela tecnologia da informação e da comunicação, é uma realidade da qual você não pode ficar fora disso. Sabia que as novas tecnologias, bem como as novas for- mas de organização do trabalho, colocam os métodos tradi- cionais de gestão em conflito? A evolução das organizações em termos de modelos es- truturais e tecnológicos, tendo as mudanças e o conheci- mento como novos paradigmas, tem exigido uma realidade diferenciada e emergente. No ambiente dos negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, as pessoas estão sentindo o reflexo des- sas transformações. Vamos lá! FundAmentos 1. nOvO mUndO Em 1957, surgiu na Europa como primeira tentativa de livre Comércio o Mercado Comum Europeu (MCE), chamou-se, depois, Comunidade Econômica Europeia (CEE) e, por fim, União Europeia (EU). Entre 1986 e 1996, o mundo passou por diversas e pro- fundas transformações no âmbito político, o fim do Império Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 4 Soviético e a queda do muro de Berlim, foram os maiores acontecimentos do fim do século XX. A revolução Bolchevique, que buscou mudar os aspetos econômico e social do nosso planeta, chegava ao final, com seus principais articula- dores, Mikhail Gorbachev e Boris Yeltsin, se enfrentando, em frente às câmeras de televisão do mundo inteiro, para se manterem no poder, independentemente da própria estrutura, da qual os dois eram as su- premos guardiões, não mais existir. Com o fim do bloco sovético e do modelo socioeconômico, o que res- tou foi o modelo oposto, patrocinado pelo grande rival, os Estados Unidos da América, modelo este conhecido como Capitalismo. O mundo procurou agrupar-se para maximizar as igualdades e diminuir as diferenças entre as nações que compõem uma mesma região geográfica. Esta nova forma de interação das nações fez com que os chefes de Estado ou de Governo passassem a assumir o papel de vendedores e não mais a função clássica de Diplomatas. A esse fenômeno deu-se o nome de Globalização. Alguns autores a mencionam como Globalização Contemporânea, porque a Globalização sempre existiu ou pelo menos foi tentada muitas vezes pelos Fenícios, Romanos e outras civilizações. A Globalização Contemporânea tem por princípio o livre comércio, onde os mercados não têm mais fronteiras, barreiras alfandegárias e nem outro tipo de entrave que dificulte a integração das nações em blocos de interesse comum. A Globalização pode ser financeira, com o fluxo de capitais de todas as espécies em circulação praticamente livre entre países por redes de com- putadores de uso exclusivo do mercado de capitais, pode ser econômica e comecial. Como exemplo, na área de Tecnologia de Informação o volume estimado é de quase um trilhão de dólares anuais. ConCeito Globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em ca- ráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países (FREITAS, 2010). 1.1. EfEitos positivos da Globalização → Faz com que as novas tecnologias cheguem rapidamente aos mais distantes lugares de Mundo; Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 5 → Redução de Preços de Bens e Serviços. As empresas têm um maior mercado consumidor após a Globalização, podendo produzir mais, vendendo, portanto, mais barato; → A Internet gera uma massa de conhecimentos e informações; → Diminui tensões entre as nações em função de disputas comerciais. 1.2 EfEitos nEGativos da Globalização → Aumento do desemprego mundial, em função da maior competição entre as empresas, estas têm que produzir mais rápido e barato e as que não conseguem demitem funcionários e, ainda continuam pro- curando adaptar-se à nova ordem econômica. Ou, em outros casos, vão à falência; → Atraso tecnológico das empresas gera problemas de sobrevivência e muitas vão à falência; → Invasão de produtos de má qualidade e preços baixos, oriundos pre- dominantemente de países asiáticos que não faziam parte de orga- nismos reguladores de Comércio Internacional. Como por exemplo, a China, até antes de ser admitida na Organização Geral do Comércio. ConCeito A Organização Mundial do Comércio (OMC) é a instituição internacional responsável pelas regras do comércio interna- cional em nível mundial. Agora vamos abordar o papel do Administrador no novo cenário Mundial e as novas Estruturas das Organizações. 2. O administradOr e a glObalizaçãO COntempOrânea Na unidade anterior abordamos as transformações mundiais que nos le- varam à Globalização Contemporânea. Em função desse novo cenário os Administradores ou Gestores têm que se adaptar também às novas Estru- turas Organizacionais em aspetos que destaco: → Como Administrador ou Gestor você tem que estar informado e in- serido no contexto da Globalização Contemporânia; → Você irá trababalhar em empresas que estão inseridas na Globaliza- ção Contemporânea; Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 6 → Como Administrador ou Gestor você perceberá que as novas Estru- turas Organizacionais surgiram em função da necessidade das em- presas sobreviverem ao fenômeno da Globalização Contemporânea. ConCeito Estrutura Organizacional é o instrumento resultante da iden- tificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando o alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas (OLIVEIRA, 2006). 3. nOvas estrUtUras OrganizaCiOnais Segundo Cruz (2006) com o fenômeno da Globalização Contemporânea, ficou acirrada entre as empresas a competição, a concorrência, a guerra comercial, a busca da qualidade e a produtividade, tudo isso fez com que as empresas se flexibilizassem para adaptarem–se às diversas situações de constantes desafios. Surgiram então as novas Estruturas Organizacionais que veremos a seguir: → Modelo de Relacionamento Cíclico; → Empresa Virtual; → Empresa Virtual Eletrônica; → Estrutura orientada a Processo; → Consórcio Modular; → Empresa Terceirizada; → Fábrica sem Fábrica; → Grupos de interesse; → Consórcios; → Empresa Eletrônica. 3.1. ModElo dE RElacionaMEnto cíclico Conforme Cruz (2006) esta Estrutura Organazacional baseia-se na inte- ração de três elementos dentro das empresas: Pessoas, Processos e Tec- nologia de Informação. Os elementos citados relacionam-se ciclicamente para melhor atender às necessidades do cliente. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 7 3.2. EMpREsa viRtual Esta Estrutura Organizacional baseia-se também na interação de: Pessoas, Processos e Tecnologia da Informação, como no Modelo de Relaciona- mento Cíclico, mas na prática a empresa existe sem ter forma, estrutura e espaço físico, procedimentos, produtos, estoque, pode ter um, dezenas ou nenhum empregado. Você já imaginouisso, fazer negócios com uma empresa que nunca aparecerá fisícamente em lugar algum? As empresas virtuais surgiram pela ideia que fossem cortados radi- calmente os custos fixos e que operassem predominantemente com custos varáveis. Vamos imaginar a criação de uma empresa com o objetivo de atuar desde o ramo de Consultoria à realização de Seminários. Não tem ne- nhum empregado e no seu catálogo tem diversos especialistas com o vín- culo de autônomos que serão agregados aos diversos projetos de forma permanente ou temporária. Imagine esses especialistas autônomos se reunirem somente nas em- presas-clientes e trabalharem nos projetos em suas residências utilizando seus próprios computadores. As empresas virtuais podem existir por um tempo e espaço determi- nados, deixando de existir assim que um ou mais projetos contratados forem concluídos e entregues. 3.3. EMpREsa viRtual ElEtRônica Esta Estrutura Organizacional funciona dentro da Rede Mundial de Com- putadores (Internet). E além de virtual é uma empresa totalmente eletrônica. Como exemplo menciono uma empresa de pesquisa de mercado que vende informações contidas numa base de dados que estão enseridos num site da rede mundial de computadores (internet). O site pode ser acessado por usuários que poderão comprar as infor- mações de qualquer cidade de qualquer país do mundo. Os cliente po- dem pagar as informações por cartão de crédito ou de débito automático em sua conta corrente, outra forma de pagamento é o boleto bancário impresso na casa do cliente. A receita operacional da empresa virtual ele- trônica vai direto para a conta bancária da empresa que poderá estar sediada em qualquer agência bancária do mundo. Os produtos de bastante aceitação comercializados típicamente pelas empresas eletrônicas são: músicas, e-books, livros, CDs e DVDs. Outros produtos que têm uma boa aceitação e com expansão de negó- cios pela empresas virtuais eletrônicas são: joias, vestidos, embarcações e veículos. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 8 3.4. EstRutuRa oRiEntada a pRocEsso Esta Estrutura Organizacional é resultante de um processo de Reenge- nharia de uma empresa que apresenta ineficiência, baixa produtivida- de, constantes atrasos na produção, no cumprimento de prazos e ainda quando são identificadas ocorrências como: → Desorganização no fluxo de Materiais; → Deficiência no fluxo de informações; → Processo de Produção deficiente com raras e demoradas melhorias; → Funcionário que executa mal a sua função; → Funcionário que só conhece a sua atividade; → Funcionário que só é reponsável pela sua atividade. Após o processo de Reengenharia as vantagens para a empresa são: → Fluidez no fluxo de Materiais; → Fluidez no fluxo de informações; → Processo de Produção eficiente e com melhorias constantes; → Funcionário treinado e motivado; → Funcionário conhece o processo produtivo por inteiro. 3.5. consóRcio ModulaR Esta Estrutura Organizacional teve o seu início em função de um executivo chamado José López Arriortúa, quando este saiu da GM Americana para assumir o cargo de Diretor Mundial de Compras na Volkswagem Alemã e a GM Americana o acusou de levar segredos industriais, entre eles o projeto de uma fábrica totalmente inovadora chamada Fábrica Modular. Para o Sr. Lopez, o nome seria Consórcio Modular e sem relação com a GM Americana. A Estrutura Organizacional denominada Consórcio Modular funciona da seguinte forma; uma fábrica é gerida por um grupo de empresas res- ponsáveis. O objetivo desta Estrutura Organizacional é a redução de cus- tos e a agilidade na produção. Como exemplo, temos a fábrica da Volkswagem de Caminhões e Ôni- bus situada na cidade de Resende no Estado do Rio de Janeiro, onde os empregados na sua maioria são funcionários de empresas consorciadas e uma minoria são da Volks. Para a empresa, a experiência na fábrica de Resende deu certo e esta a expandiu para outras plantas industriais da Volks. Algumas empresas concorrentes da Volks também adotaram a ideia na implantração de novas fábricas no Brasil. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 9 3.6. EMpREsa tERcEiRizada Esta Estrutura Organizacional não é uma ideia inovadora, mas foi forte- mente adotada pelas empresas a partir dos anos 1990. Com a Terceiriza- ção as empresas esperavam resolver os problemas dos altos custos de Produção, baixa produtividade, qualidade e outros problemas que afetas- sem o desempenho. Terceirizar é o ato de transferir para outras empresas todas as ati- vidades que não o objetivo ou o foco da empresa, em inglês usa-se o termo Outsoursing. Exemplos de Terceirização mais praticados pelas empresas: → Áreas de Apoio (Portaria, Limpeza e Segurança); → Recrutamento e Seleção; → Treinamento; → Documentação; → Arquivo; → Manutenção; → Controle Ambiental. Mais recetemente, existem casos de empresas que terceirizam as áreas de Produção, algumas áreas da Administração e Processamento de Dados. 3.7. fábRica sEM fábRica Uma fábrica que não fabrica aquilo que vende? É possível? Sim. Essa Estrutura Organizacional visa a redução de Custos por meio da segmentação por especialização. Em outras palavras, vamos dar exemplos. Existem empresas que de- têm patentes de fabricação de seus produtos e os fabricam para outras marcas. É o caso da empresa Polti italiana que fabrica para as empresas Black & Decker e General Electric. Com essas ações a empresa Polti diversifica os canais de distribuição de seus produtos e mantém os concorrentes longe para criação de novos produtos sem a necessidade de grandes investimentos. Um outro exemplo de empresa a Solectron, que especializou-se em fabricar telefones celulares para diversas empresas que os criaram e desenvolveram. Atualmente, quase todas as marcas de telefone celular já não os fabri- cam e adotam essa Estrutura Organizacional. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 10 3.8. GRupos dE intEREssE As empresas que adotam como prática esta Estrutura Organizacional reu- nem com frequência pessoas de diversas áreas (Engenharia, Marketing, Vendas, CPD, Finanças e outras) com a finalidade de buscar novos produ- tos, mercados, ideias, tecnologias, aproveitando a sinergia e a força cria- tiva do grupo. Os grupos de interesse são grupos formais, constituidos sobre quatro pontos básicos: 1. Objetivos do Grupo; 2. Composição do Grupo; 3. Tempo e duração do grupo; 4. Agenda de Reuniões. O resultado esperado é que o grupo de interesse gere bons resultados porque difícilmente quando um grupo se reune é raro que não gere ideia alguma. 3.9. consóRcios Esta Estrutura Organizacional consiste no seguinte; várias empresas se re- únem para criar uma nova empresa e esta será responsável para executar uma determinada operação. Motivos para a formação de Consórcios: → Exigência legal; → Um novo negócio é maior que as empresas participantes (Estrutura e Capital), então as empresas se reúnem e formam o Consórcio; → Um novo negócio não é do ramo de atuação das empresas partici- pantes, então estas se reúnem e formam o Consórcio. Como exemplo temos, um Consórcio de empresas Europeias formou a Airbus para enfrentar a concorrência de empresas Americanas, Boeing e McDonnell-Douglas, sendo que a Airbus tinha um produto moderno e de operação econômica. 3.10. EMpREsa ElEtRônica Ainda segundo Cruz (2006) esta Estrutura Organizacional surgiu em função das facilidades encontradas na Internet (Rede Mundial de Computadores). A atividade principal de uma Empresa Eletrônica é o comércio eletrô- nico. Transações entre empresa e empresas e empresa e consumidores. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 11 Um exemplo de sucesso de Empresa Eletrônica é a empresa Amazon. com. Não possui lojas ou qualquer estrutura física para o atendimento de seus clientes, este é totalmente eletrônico. A Amazon.com tem sede nos Estados Unidos onde também possuide- pósitos de mercadorias. As Empresas Eletrônicas funcionam baseadas em três fatores: 1. Atendimento; 2. Estoque; 3. Logística. O maior desafio é com certeza a Logística e para este fator é preciso con- tar com uma ou mais empresas terceirizadas. O dia a dia dessas empresas em função dos três fatores é de desafio, ainda em função da desconfiança dos consumidores que se perguntam; vou comprar de uma empresa que não tem telefone e não sei onde fica, será que eu vou receber? antena pArAbóliCA Leia o texto1 abaixo e entenda a contribuição do Ensino a Distância para as novas Estruturas Organizacionais. A educação aberta e a distância aparece cada vez mais, no contexto das sociedades contemporâneas, como uma modalidade de educação extremamente adequada e dese- jável para atender às novas demandas educacionais decor- rentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. Nas sociedades “radicalmente modernas” (GIDDENS,1991 e 1997a), as mudanças sociais ocorrem em ritmo acelerado, sendo especialmente visíveis sobretudo no espantoso avan- ço das tecnologias de informação e comunicação (TIC), e vêm provocando, senão mudanças profundas, pelo menos desequilíbrios estruturais no campo da educação. Nesta fase de “modernidade tardia” a intensificação do processo de globalização gera mudanças em todos os níveis e esferas da sociedade (e não apenas nos mercados), criando novos estilos de vida, e de consumo, e novas maneiras de ver o mundo e de aprender. Globalização não é apenas um fenômeno econômico, de surgimento de um “sistema-mundo”, mas tem a ver com a “transformação do espaço e do tempo”. Giddens (1997a) a define como “a ação à distância” e relaciona sua intensifica- ção com o surgimento de meios de comunicação e de trans- porte em escala planetária. A interconexão global intensificada gera mudanças das relações tempo/espaço que têm consequências nos modos de operar da sociedade. O contato, ainda que mediatizado, dos indivíduos com eventos e ideias existentes em outras culturas tem um efeito de descontextualização (com relação ao mundo local vivido) e de recontextualização num mundo globalizado que, embora tecnicamente virtual, fornece-lhes novos parâmetros para compreender seu contexto local. Nesta dialética de globalização/localização, observa-se também um aumento da reflexividade, característica típica da modernidade que “diz respeito à possibilidade de a maio- ria dos aspectos da atividade social, e das relações materiais 1. Texto extraído do artigo “Educação a distância mais Aprendizagem Aberta” de Maria Luiza Belloni, Universidade Federal de Santa Catarina. Fonte: www. educacaoonline. pro.br. www.educacaoonline.pro.br www.educacaoonline.pro.br www.educacaoonline.pro.br com a natureza, serem revistos radicalmente à luz de novas informações ou conhecimentos” (GIDDENS, 1997b). Essas mesmas tecnologias que globalizam deste modo as informações estão sendo aplicadas à aprendizagem aberta e a distância, seja formalmente a partir de sistemas de educação a distância, seja de modo informal, por toda a panóplia de canais de televisão, redes telemáticas e pro- dutos multimídia. As fronteiras entre educação e entrete- nimento parecem se diluir, dando lugar ao aparecimento de uma série de novas formas de “aprender” que alguns já estão chamando de “infotenimento” (FIELD,1995). Tais mudanças — no processo econômico, na organiza- ção e gestão do trabalho, no acesso ao mercado de traba- lho, na cultura cada vez mais mediatizada e mundializada — requerem transformações nos sistemas educacionais, que cedo ou tarde vão assumindo novas funções e enfrentando novos desafios. O papel da educação na sociedade - a definição de suas finalidades maiores - está se transformando e suas estra- tégias vêm sendo modificadas de modo a responder às no- vas demandas, notadamente com a introdução de meios técnicos e de uma maior flexibilidade quanto às condições de acesso, aos currículos e metodologias (TRINDADE, 1992; LJOSA, 1992; BLANDIN, 1990; PAUL, 1990; PERRIAULT, 1996). Neste quadro de mudanças na sociedade e no campo da educação, já não se pode considerar a educação a distância (EaD) apenas como um meio de superar problemas emer- genciais (como parece ser o caso na LDB brasileira), ou para consertar alguns fracassos dos sistemas educacionais em dado momento de sua história (como foi o caso de muitas experiências em países grandes e pobres, inclusive o Brasil, nos anos 1970). A EaD tende doravante a se tornar cada vez mais um ele- mento regular e necessário dos sistemas educativos, não apenas para atender a demandas e/ou grupos específicos, mas com funções de crescente importância, especialmente no ensino pós-secundário, ou seja, na educação da popula- ção adulta, o que inclui o ensino superior regular e toda gran- de e variada demanda de formação contínua gerada pela ob- solescência acelerada da tecnologia e do conhecimento. Considerando a educação como instrumento de eman- cipação, e a partir de uma perspectiva de democratização das oportunidades educacionais, nas sociedades da “infor- mação” ou do “saber”, onde a formação inicial torna-se ra- pidamente insuficiente, as tendências mais fortes apontam para a educação ao longo da vida, (lifelong education), mais integrada aos locais de trabalho e às expectativas e neces- sidades dos indivíduos (CARMO, 1997; KEEGAN, 1983; PER- RIAULT, 1996; BATES, 1990b). e AgorA, José? Nesta Unidade abordamos a sistemática de um Novo Mun- do, a Globalização e a Organização Geral do Comércio para podermos compreender as transformações do Mundo Con- temporâneo e interligá-lo às Estruturas das Organizações. Agora você já conhece as tentativas para o livre comércio Mundial de onde evoluímos para a Globalização Contempo- rânea e o Papel do Administrador neste novo cenário Mun- dial e as novas Estruturas Organizacionais. Faça sempre novas pesquisas na internet e as atividades recomendadas na Unidade. AtividAdes Esta Unidade foi rica em informações, pois trouxe um im- portante painel dos caminhos percorridos nos últimos anos até chegar aos dias atuais, no campo político, mudanças so- ciais bem como as transformações ocorridas nas diversas searas, econômico e também as transformações no campo da informática que transformou a forma de relação não só das empresas, mas no mundo como um todo. Agora, você deve testar se esses fatos estão sedimenta- dos por você, assim, visite o ambiente virtual e realize as atividades propostas. Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 15 glossário Capitalismo: sistema econômico ou sócioeco- nômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, no lucro, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribui- ção e preços dos bens, serviços e mão de obra afetada pelas forças da oferta e da procura. Revolução Bolchevique: Revolução Russa de 1917, foi um dos acontecimentos mais im- portantes da história do século XX. Terceirizar: transferir a terceiros. Outsourcing: termo inglês que significa, trans- ferir a terceiros. Patente: documento legal que atesta o previlé- gio legal concedido a uma invenção. Consórcio: associação ou reunião de empresas. Estoque: porção de mercadorias armazenadas num depósito, numa loja. reFerênCiAs PORTAL TIO SAM.� Revolução Bolchevique. Disponí- vel em: http://www.tiosam.org/enciclopedia/ index.asp?q=Revolu%C3%A7%C3%A3o_ Bolchevique. Acesso em: mai. 2010. PORTAL BRASIL ESCOLA. �Globalização. Dispo- nível em: http://www.brasilescola.com/ geografia/globalizacao.htm Acesso em: mai. 2010. Acesso em: jun. 2012. PORTAL GPEARI.� Organização Mundial do Co- mérco. Disponível em: http://www.gpeari. min-financas.pt/relacoes-internacionais/ assuntos-europeus/vertente-externa/ relacionamento-multilateral/omc. Acesso em: mai. 2010. PORTAL COMUNITÁRIO WIKIQUOTE. �Capitalismo. Disponível em: http://pt.wikiquote.org/ wiki/CapitalismoAcesso em: mai. 2010. http://www.tiosam.com/?q=1917 http://www.tiosam.org/enciclopedia/index.asp?q=Revolu%C3%A7%C3%A3o_Bolchevique http://www.tiosam.org/enciclopedia/index.asp?q=Revolu%C3%A7%C3%A3o_Bolchevique http://www.tiosam.org/enciclopedia/index.asp?q=Revolu%C3%A7%C3%A3o_Bolchevique http://www.gpeari.min-financas.pt/relacoes-internacionais/assuntos-europeus/vertente-externa/relacionamento-multilateral/omc http://www.gpeari.min-financas.pt/relacoes-internacionais/assuntos-europeus/vertente-externa/relacionamento-multilateral/omc http://www.gpeari.min-financas.pt/relacoes-internacionais/assuntos-europeus/vertente-externa/relacionamento-multilateral/omc http://www.gpeari.min-financas.pt/relacoes-internacionais/assuntos-europeus/vertente-externa/relacionamento-multilateral/omc
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