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Matriz SWOT e Diagrama de Ishikawa

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Ambiente econômico
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Relaciona-se a fatores financeiros que influenciam no negócio: qual a renda média do público que frequenta a região?
Ambiente social
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Vinculado à forma de viver, crenças, valores e interesses do grupo social. As pessoas da região têm interesse em comidas típicas?
Ambiente político
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São fatores voltados a políticas, regras e regulamentos: quais as regras necessárias para manter o funcionamento de um restaurante segundo a vigilância sanitária e órgãos regulamentadores?
Ambiente natural
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Refere-se à possibilidade de o ambiente fornecer o produto. O ambiente permite a compra ou o cultivo próprio deste tipo de alimentação?
Ambiente tecnológico
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Implica em condições de aquisição e operação de tecnologias. O que é necessário para se diferenciar em relação a tecnologia utilizada?
Ambiente competitivo
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Confere o atual mercado e a facilidade de novos entrantes. Quem são os concorrentes? Quantos existem? Caso surjam outros restaurantes, como será possível se diferenciar?
A matriz SWOT nasceu como uma ferramenta estratégica importantíssima para o mundo empresarial. Para compreendermos a sua aplicabilidade, se faz necessário entendermos melhor o conceito de estratégia. 
Muitos autores estudaram esse tema tão importante, mas de uma forma geral, podemos entender estratégia como uma atividade relacionada à importantes caminhos de uma organização ou de um grupo social e até mesmo a vida pessoal, em que são avaliados os ambientes internos e externos para que decisões sejam tomadas e atinjam metas e objetivos esperados. Neste trajeto, são adotadas ações e aplicações para as correções necessárias. 
Embora a matriz SWOT seja muito difundida no cenário empresarial, ela vem sendo utilizada e adaptada ao estudo de cenários de grupos sociais de uma forma geral e até mesmo em análises para planejamentos pessoais quanto a vida profissional e pessoal. 
MATRIZ DE SWOT NA VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL
A adaptação da matriz de SWOT para análise da vida profissional pode trazer bons frutos para o autoconhecimento, planejamento e avaliação em tomadas de decisão. 
Uma forma de pensar a SWOT também é relacionar os dois quadrantes acima com questões relacionadas ao mundo interno. Os dois quadrantes abaixo referem-se ao mundo externo. 
Quando utilizamos a matriz para vida profissional e pessoal, nos referirmos ao mundo interno, a características individuais, envolvendo competências, qualidades e características em geral que podem ajudar na carreira. 
Uma forma de fazermos essa autoavaliação para conhecer os pontos fortes é pensarmos em situações profissionais em que se obteve sucesso e retomar características e competências que outras pessoas nos dizem que são nossos talentos. 
É importante considerar os feedbacks positivos recebidos e avaliar os que se repetem com mais frequência. Quando avaliamos as fraquezas, é possível realizar a mesma autoavaliação, mas olhando para situações onde não se obteve sucesso por conta de algo que não conseguiu desenvolver da melhor forma e de feedbacks fornecidos por outras pessoas sobre pontos a desenvolver. 
Quando avaliamos os dois quadrantes inferiores, verifica-se questões externas em relação ao ambiente profissional em que se está inserido, que podem influenciar positivamente (oportunidades) ou negativamente (ameaças) na vida profissional. 
Neste caso, é analisado quais os fatores do ambiente, seja da empresa que se atua ou do mercado de trabalho de uma forma mais geral. Para realizar uma análise de SWOT, é necessário considerar o objetivo da análise em relação a vida profissional. Por exemplo, caso a proposta seja avaliar o cenário para crescer na carreira dentro de uma determinada empresa, o principal cenário externo a ser considerado será a empresa, porém, se o foco da análise de SWOT for o desenvolvimento da trabalhabilidade no mercado, o cenário poderá considerar possíveis clientes ou tomadores de serviços. 
As ferramentas metodológicas são recursos interessantes para desenvolver, principalmente, projetos profissionais, compreender processos, resolver problemas e estruturar planos de ação. Elas permitem atuar de forma mais planejada e enxergar possíveis soluções para situações que, se não parássemos para analisar e detalhar, provavelmente não conseguiríamos enxergar como oportunidades de melhoria ou como ponto de precaução e atenção. 
O diagrama de Ishikawa, também denominado “diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe” devido à sua forma, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, no Japão, na década de 50.
Por meio de sua forma gráfica, é possível avaliar um determinado processo e interpretá-lo. Para desenvolver esse tipo de diagrama, é necessário que haja um problema a ser resolvido e, a partir disso, um grupo de pessoas levanta hipóteses sobre suas possíveis causas.
O diagrama é definido a partir de seis categorias, denominadas 6M: mão de obra, equipamentos, materiais, meio ambiente, medições e métodos. As causas levantadas são encaixadas de acordo com as seis categorias e suas respectivas investigações devem remeter às causas originais. As 6M funcionam como um guia para orientar a análise de problemas.
O diagrama de Ishikawa tem base em uma conversa denominada brainstorming (chuva de ideias), na qual as possibilidades são consideradas e organizadas conforme as seis categorias.
Uma forma interessante de desenvolver essas metodologias é pensar e discutir causas por cada categoria. Por exemplo: imagine que o problema seja insatisfação do cliente. Serão levantadas hipóteses para todas as seis categorias. A partir das causas levantadas, outras ferramentas podem devem ser utilizadas, como a ferramenta 5W2H e/ou a regra de Pareto, para se chegar à causa raiz.
DICA
As causas levantadas a partir do diagrama de Ishikawa são muito importantes, mas devem ser consideradas como hipóteses. A exploração das causas a partir de seus desdobramentos é fundamental para uma compreensão mais precisa.
A ferramenta 5W2H compreende uma forma de estruturar o pensamento, tornando-o mais organizado e definido antes de implementar uma solução. Ela propicia uma análise sob diversas circunstâncias. Os 5W do nome correspondem às seguintes palavras inglesas:
What (o quê?);
When (quando?);
Why (por quê?);
Where (onde?);
Who (quem?).
E os 2H, por sua vez, correspondem às seguintes palavras:
How (como?);
How much (quanto?).
O diagrama ou gráfico de Pareto foi introduzido pelo economista italiano Vilfredo Pareto. A ferramenta permite definir um número pequeno de situações que produzem grandes melhorias em processos. Ela parte do princípio de Pareto, ou seja, 80% dos problemas são ocasionados por 20% das causas. Isso quer dizer que poucas situações causam muitos problemas. Sendo assim, esse princípio busca focar nos reais problemas e atuar de forma simplificada. Embora o número sugerido (80/20) não seja uma verdade absoluta, é importante considerá-lo como um princípio no qual muitos problemas têm poucas causas. 
Podemos dizer que um dos fundamentais objetivos do gráfico de Pareto é priorizar, determinando quais são os principais problemas a serem resolvidos e quais causas são mais relevantes.
A ferramenta utiliza princípios quantitativos para ordenar os problemas de qualidade. Dessa forma, para construir um gráfico de Pareto, é necessário realizar um levantamento dos problemas em alguma área, setor ou produto da empresa. Algumas ferramentas de levantamento são: pesquisa de satisfação, questionários ou documentos contendo observações coletadas etc. A partir disso, deve-se construir o gráfico com os dados coletados. 
Um fato fundamental é que a regra de Pareto necessita de dados para que os problemas possam ser identificados. Desse modo, o gráfico implica em quantificar os problemas por tipos e, a partir deles, identificar o percentual de cada um, colocá-los em ordem decrescente e apresentar um gráfico no qual seja possível verificar os problemas individualmente e de forma acumulada.
DICA
A utilização do Pareto após o levantamento das possíveis causas podeser uma solução muito produtiva. Por exemplo: em um restaurante, são definidas as principais hipóteses de reclamações de clientes a partir do diagrama de causa e efeito para, em seguida, ser realizada uma pesquisa na qual o cliente assinala o motivo da insatisfação de acordo com as categorias levantadas. Com isso, pode-se desenvolver um plano de ação.
O gráfico de Gantt, ou diagrama de Gantt, é uma ferramenta desenvolvida por Henry Gantt, engenheiro americano e consultor. Ela tem como finalidade planejar e controlar atividades ou tarefas.
Embora seja uma ferramenta antiga, é um importante recurso para gestão de projetos, permitindo a visualização dos avanços das etapas do projeto e todo seu andamento. O gráfico de Gantt pode ser utilizado de forma muito simples, como em folhas de papel quadriculado, no Excel ou por meio de sistemas de gestão. 
Atualmente, muitos softwares de mercado se baseiam no gráfico de Gantt para oferecer uma solução tecnológica e otimizada de gestão de projetos. 
Por meio dele, é possível identificar e acompanhar o início e o término de cada atividade, inclusive os atrasos, os progressos e as tarefas. Isso permite que o responsável pelo projeto aja e decida a partir de informações mais precisas. Além disso, em um projeto que envolve muitas pessoas, é possível verificar os responsáveis pelas tarefas e a sua ordenação. 
Diferentemente do Pareto e da espinha de peixe, que levantam possíveis problemas e exploram causas, o Gantt auxilia no acompanhamento de projetos e atividades de um projeto em andamento. Sendo assim, controle e acompanhamento são os motivos pelos quais a ferramenta existe. Dessa forma, alguns fatores são importantes para que ele cumpra com as necessidades esperadas, tais como: tempo (cronograma), tarefas, responsáveis, sinalizações (que indicam quais tarefas dependem do término de outras), objetivos e metas.
Os projetos estão relacionados ao desenvolvimento ou à construção de algo. Nesse sentido, quando pensamos em construir uma casa, criar um produto, construir um trabalho específico para atender melhor os clientes ou desenvolver algo novo em nossas vidas pessoais, podemos desenvolver um projeto. 
Os projetos possuem características e modelos específicos e um dos mais importantes fundamentos é que um projeto tem início, meio e fim. Caso alguma construção ou desenvolvimento sejam contínuos, não os caracterizamos como projeto. Esses casos são caracterizados por rotinas ou por processos estabelecidos. Alguns exemplos de projetos são: projetos pessoais, corporativos, operacionais, de pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento de um software e aplicativos, dentre outros. 
Além das fases estruturadas, existem algumas premissas básicas que caracterizam um projeto:
Todo projeto tem um objetivo claro;
Os projetos são temporais, ou seja, possuem início, meio e fim;
Eles são específicos e únicos, embora haja semelhanças entre dois ou mais projetos, cada projeto tem seus requisitos e especificidades;
As limitações relacionadas a recursos como tempo, custos e pessoas necessitam ser consideradas;
Cada projeto possui estrutura própria, embora possa compartilhar recursos e pessoas com outros projetos. 
Um projeto visa desenvolver um trabalho que não é rotineiro e isso envolve uma forma de trabalho diferente, menos burocrática e hierárquica, em que todos estejam voltados a um objetivo comum. Um projeto corporativo envolve pessoas de diferentes áreas e com diferentes visões que contribuem para o mesmo fim. Um projeto pessoal, por sua vez, diz respeito a uma pessoa que tem como objetivo coordenar os planos e ações para atingir um resultado esperado.
Na finalização de um projeto, seja pessoal ou de uma organização, é importante verificar as lições aprendidas. Embora os projetos sejam específicos, é possível empregar aprendizados anteriores em projetos diversos, fazendo algumas adaptações às necessidades. 
/ Processo inicial
Neste momento, são definidos e refinados os objetivos do projeto, obtendo-se a aprovação para realizá-lo junto aos envolvidos. Também é necessário reunir informações imprescindíveis sobre o projeto, como as restrições do escopo, tempo e custo. 
O escopo do projeto é algo muito importante e diz respeito à expectativa do cliente final em relação ao projeto. Envolve o mapeamento do trabalho necessário para que se consiga atingir o resultado. 
A partir do início do projeto, são registradas todas as outras etapas, sendo necessário coletar informações sobre as equipes, definir metas e responsabilidades. 
O foco é a compreensão macro do projeto, como o que pode influenciar as etapas, os riscos e as definições iniciais. 
As principais atividades dessa fase envolvem: definir o objetivo e refiná-lo; identificar e entender os problemas a serem resolvidos; identificar quem são as pessoas que sofrerão o impacto do projeto e que áreas/pessoas estão envolvidas na sua execução; determinar o escopo e equilibrar o tempo, o custo e a qualidade. 
O Diagrama 3 apresenta uma das principais responsabilidades da etapa inicial do projeto, que deve ser monitorada nas etapas seguintes, referindo-se às restrições do projeto relativas a tempo, custo e recursos (humanos e materiais). 
/ Processo de planejamento
Esta fase se refere a toda organização e preparação necessária para o projeto. Neste momento, são verificadas e especificadas as necessidades das pessoas, as ferramentas e medidas, e os indicadores para que os objetivos sejam atingidos. 
Podemos resumir que as principais atividades dessa fase envolvem: montar a equipe de projeto; nivelar as informações de uma forma que todos estejam alinhados; definir os indicadores e as medidas do projeto; definir o cronograma de trabalho; detalhar e direcionar os gastos, conforme orçamento; realizar a reunião de Kick-off. 
O Kick-off é uma reunião de abertura de projeto, que marca a finalização do planejamento e o início da execução. Nessa reunião, a equipe participa colocando os pontos críticos e os desafios do projeto, que devem fazer parte do controle do gestor do projeto. 
// Processo de execução
Neste momento, os entregáveis (tudo que deve ser apresentado no final do projeto) estarão em desenvolvimento para que sejam apresentados ao cliente. Esse processo envolve a construção da solução a partir do desenvolvimento das tarefas definidas, conforme o cronograma e a metodologia instituída. A execução é a essência do projeto, e se refere à realização em si. 
As principais atividades desta fase dizem respeito a reuniões frequentes sobre o status e andamento do projeto; reporte ao cliente; resolução de possíveis problemas e necessidades de ajustes; resolução de crises. 
// Controle do projeto
Refere-se a uma fase que ocorre concomitantemente às fases de planejamento e execução, principalmente execução. 
Além de averiguar o cumprimento das atividades propostas, dos prazos e custos que garantirão a assertividade do projeto, essa etapa envolve o monitoramento do clima, buscando projetar um ambiente agradável, humano e favorável para as pessoas executarem as atividades. Nesse sentido, atualmente, as responsabilidades têm sido cada vez mais depositadas aos membros do time, sendo que, erros e correções de desvios fazem parte de um projeto e necessitam ser encarados pelos próprios executores. 
As principais atividades desta etapa envolvem: monitorar o progresso; corrigir desvios; garantir o bom ambiente de trabalho. 
// Encerramento
Esta é a fase da entrega ao cliente, incluindo a documentação do projeto e o encerramento do contrato ou acordo. É neste momento que são levantados, junto à equipe, as lições aprendidas a partir dos marcos relevantes do projeto. 
As principias tarefas desta etapa referem-se a: análise e performance do projeto; retorno de clientes e equipes; fechamento e documentação do projeto.
Além da metodologia tradicional de projetos, muitos projetos são geridos a partir de modelos ágeis de projetos. Os modelos ágeis envolvem etapas semelhantes ao modelo tradicional, citados acima, porém, uma das característicasque se diferencia é que, em projetos tradicionais, entende-se que o produto deva ser entregue ao cliente totalmente finalizado, após todo o cumprimento de todo projeto, enquanto os métodos ágeis podem ser usados em projetos que permitem entregas que envolvam o mínimo de funcionalidade dos produtos, solucionando uma parte do problema do cliente e, as etapas subsequentes são entregues após feedbacks, para que melhorias sejam realizadas. Um exemplo é o desenvolvimento de produtos a partir de versões, que evoluem de acordo com as necessidades detectadas. 
Quando desenvolvemos projetos pessoais, é importante seguirmos as mesmas etapas propostas como em casos de projetos corporativos, realizando adaptação quanto ao tema definido, e considerando que, normalmente, não há clientes e equipes, porém, podem haver outros integrantes que contribuem para atingir os resultados. 
É comum, em projetos pessoais, querermos ir logo à execução, mas é importante pensar na fase inicial e no planejamento para que a execução seja coordenada, e assim, os resultados tenham mais possibilidades de serem atingidos.

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