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1 LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES 1 Sumário Sumário ........................................................................................................... 1 NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 Liderança e Gestão de Equipes....................................................................... 3 Tendências do Ambiente Organizacional ........................................................ 4 ......................................................................................................................... 4 Algumas características de cenário desejáveis .............................................. 6 Diferença entre gerenciar e liderar uma equipe? ............................................. 6 Conceito de liderança? .................................................................................... 7 O papel da Liderança na Eficácia de Equipes de Trabalho ............................. 7 Liderança de Equipes ...................................................................................... 8 O papel da liderança na formação e manutenção de equipes ....................... 10 Equipe x Grupo de Trabalho ...................................................................... 10 Formando Equipes ..................................................................................... 12 Motivando uma Equipe de Trabalho .............................................................. 15 Liderança e Motivação - Gestão de Equipes ................................................. 16 ESTILOS DE LIDERANÇA ............................................................................ 17 Habilidades para se Gerenciar Equipes de Alta Performance ..................... 18 Liderando Equipes de Alta Performance ....................................................... 18 Elementos que Determinam o Surgimento de Equipes com Alta Performance ................................................................................................................................. 20 Referências ................................................................................................... 22 O papel da Liderança na Eficácia de Equipes de Trabalho -Luciane Wolff, Patricia Martins Fagundes Cabral, Paulo Renato Martins Ribeiro da Silva Lourenço, http://revistagt.fpl.edu.br/get/article/view/469,acessado em 14 de dezembro de 2019,as 10horas 07 minutos; ...................................................... 23 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Liderança e Gestão de Equipes O que mudou no mundo empresarial nos últimos anos ? Será que estas mudanças influenciam no comportamento das pessoas no ambiente de trabalho? Qual a importância e o papel do Gestor ? 4 Tendências do Ambiente Organizacional Mais Mais relacionais Maior Ambientes Diversidade Organizacionais Mais flexíveis Maior intensidade 5 Novas Oportunidades Novo Uma nova Ambiente perspectiva Novas Organizacional para as Competências Pessoas Mais Compromisso com Resultados 6 Algumas características de cenário desejáveis 72% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho, aponta pesquisa da ISMA - Brasil ( Internacional Stress Management Association - 2015 ) Principais causas: Falta de Reconhecimento; Excesso de Tarefas e Problemas de Relacionamento Interpessoal. Esta insatisfação gera : Falta de Concentração e de foco, Produtividade Reduzida / Baixo desempenho e Aumento de Afastamentos (Absenteísmo). Diferença entre gerenciar e liderar uma equipe? .A diferença: Chefiar, ocupar algum cargo, é uma situação, liderar e administrar são habilidades. Alguém pode ocupar um cargo de chefia sem ser um bom líder ou sem ter a capacidade de administrar. Liderar é a habilidade de lidar com gente. É ser capaz de influenciar pessoas a agirem de uma determinada forma. 7 Conceito de liderança? Liderança é a condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar, e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. O papel da Liderança na Eficácia de Equipes de Trabalho Gerir os negócios tornou-se um permanente processo de adaptação em resposta às rápidas e mutantes transformações do mercado global. Ambientes dinâmicos, incertos e complexos demandam das organizações constante (re)invenção, inovação e mudança na sua maneira de liderar e gerir o trabalho. Nas organizações, essas exigências se refletem na estrutura, cultura e comportamento organizacional. Percebe-se que os desenhos organizacionais têm se alterado de estruturas piramidais e verticais para estruturas em redes, horizontais, organizadas em núcleos de competências específicas, interligadas e interdependentes (Fundação Nacional da Qualidade, 2006). Na gestão contemporânea de pessoas, a nova configuração das relações de trabalho produz temas emergentes relacionados à gestão da diversidade, das gerações, dos talentos, da internacionalização de pessoas, das carreiras multidirecionais e das modalidades de trabalho flexível (Barreto et al., 2011; Kilimnik, 2011). Especificamente no contexto da Tecnologia da Informação e Comunicação, são percebidos desafios para gerir as equipes virtuais e distribuídas globalmente, há escassez de talentos e os sistemas de gestão de pessoas ainda são pouco apropriados à indústria da tecnologia (Agrawal et al., 2012). As consequências da rápida expansão e crescimento no mercado de software são percebidas pelas lideranças nos desafios de gerir uma grande demanda por novos funcionários e questões relacionadas à atração, criação, retenção e gestão global de talentos. Diante desse cenário, as empresas de software investem na captação e seleção de talentos, na gestão das expectativas das equipes multigeracionais, no desenvolvimento de 8 lideranças jovens e na gestão das diversas modalidades de contratos de trabalho. Liderança de Equipes Num cenário de alta complexidade, em que a interdependência e diversidade são característicasessenciais e marcantes, as políticas de gestão de pessoas devem enfatizar a importância de encorajar a autonomia dos trabalhadores, desenvolvendo competências para a inovação e capacidades para assumir responsabilidades de tomadas de decisão. Essa tendência, no mundo do trabalho, re-significa fortemente papéis de líderes e de liderados e estes remetem a uma tensão dialógica (Morin, 2005), entre tantas que estão presentes na contemporaneidade: se, por um lado, os gestores se vêem mais pressionados por resultados, de outro lado, as mudanças nas estruturas organizacionais demandam outra lógica, outra compreensão da liderança no processo de gerir pessoas para a obtenção de resultados (Fagundes, 2007). O quadro a seguir sintetiza as principais abordagens de estudo sobre liderança: 9 Figura 1 - Quadro síntese das principais abordagens no estudo sobre liderança ABORDAGENS TEÓRICAS FOCADAS NOS TRAÇOS - Também conhecida como “a teoria do grande homem”, pois os primeiros exemplos dentro da abordagem dos traços eram exclusivamente masculinos. - Buscaram atributos de personalidade, sociais, físicos e intelectuais que descrevessem líderes e os diferenciassem dos não-líderes. - Kirkpatrick (1991), identificou seis traços pelos quais líderes tendem a diferenciar-se de não- líderes:ambição e energia: desejo de liderar; honestidade e integridade; autoconfiança; inteligência;conhecimento relevante ao cargo. - Limitações das teorias dos traços: não considera as necessidades dos seguidores; geralmente falha em esclarecer a importância relativa de vários traços; não distingue a causa do efeito e ignora fatores situacionais. ABORDAGENS TEÓRICAS COMPORTAMENTAIS - Buscaram explicar a liderança em termos de comportamento exibido pelo líder, identificando com isto relações consistentes entre padrões de comportamento de liderança e desempenho do grupo. - Os estudos comportamentais, que datam do final da década de 40, como os da State University e da Michigan University identificaram duas dimensões no comportamento dos líderes: a) foco nas tarefas e capacidade para definir e estruturar o seu papel como líder e dos subordinados na busca para a realização de metas; b) foco nas pessoas e capacidade para estabelecer relações de trabalho baseadas em confiança mútua, respeito pelas idéias dos subordinados e interesse por seus sentimentos). - Principal limitação das Teorias Comportamentais: não consideram fatores situacionais, tão pouco a complexidade que perpassa o exercício da liderança. ABORDAGENS TEÓRICAS CONTINGENCIAIS - A Teoria dos Recursos Cognitivos, de Fiedler (1967), foi a precursora e apontou em seu modelo de contingência três variáveis básicas da situação: as relações interpessoais entre os membros da equipe e o líder (relações membros-líder); o grau de estrutura da tarefa a executar (estrutura da tarefa); o poder e a autoridade inerentes à posição do líder (poder de posição). - Tais abordagens são mais adaptáveis, identificando fatores situacionais que influenciam no exercício da liderança. - Algumas variáveis contingenciais apontadas: o grau da estrutura da tarefa desempenhada; a qualidade das relações líder-membro; o poder da posição do líder; a clareza dos papéis dos subordinados; as normas do grupo; aceitação pelos subordinados das decisões do líder; a maturidade dos subordinados; a maturidade do líder. - Algumas teorias contigenciais de liderança: Teoria Situacional, de Hersey e Blanchard (1974; 1986; 1993); Teoria da Troca Líder-Membro (Graen, 1975; Graen & Scandura, 1987); Teoria Caminho- Meta (House, 1971; House & Mitchell, 1974); Modelo Participação-Líder (Vroom & Yetton, 1973; 1987) - Principal limitação das Teorias Contigenciais: rompem com uma perspectiva linear na compreensão da liderança, mas o foco ainda é o micro-sistema líder-liderados-tarefa, não sendo considerada a liderança na complexidade (imprevisibilidade, incerteza e auto-organização) do contexto. ABORDAGENS TEÓRICAS NEO-CARISMÁTICAS 10 - Enfatizam o carisma, magnetismo, confiança e capacidade do líder de mobilizar os seguidores na busca de uma visão inspiradora. Compreendem que a liderança é um construto percebido subjetivamente, não sendo definida apenas pela sua dimensão objetiva, de poder outorgado. - São exemplos: a) Teoria da Liderança Transformacional que entende a liderança em termos do “efeito do líder sobre os seguidores”, sendo o processo de inspirar um grupo a lutar pelos objetivos e obter resultados, fazendo com que os seguidores prossigam além de seus próprios interesses. Destaca o fato de que líderes transformacionais são aqueles capazes de prestar atenção às preocupações e necessidades de desenvolvimento de cada um de seus liderados. Fundamenta-se em quatro aspectos: carisma; inspiração; estímulo intelectual; consideração individualizada; b) Teoria da Liderança Visionária, que vai além do carisma; é a capacidade de criar e articular uma visão realista e atraente do futuro para uma organização que cresce e melhora a partir do presente. - Principal limitação das Teorias Neo-carismáticas: embora redimensionem o lugar dos liderados, valorizando-os e conferindo-lhes mais poder, tendem a reeditar a máxima de que os liderados precisam de um líder-herói, diferenciado por seu carisma e capacidade de influenciar para obter os melhores resultados. Nota. Fonte: adaptado de Fagundes (2007). O papel da liderança na formação e manutenção de equipes Equipe x Grupo de Trabalho A sociedade humana começou com grupos, de caça, de plantio, de guerra, a onde a força e a astúcia vencia o fraco, hoje vivemos a era da informação, produzimos mais dados, e temos acesso mais rápido do que nunca na história da humanidade, a difusão do conhecimento é a verdadeira moeda de troca, na década de 1990, o volume de informação no mundo dobrava a cada quatro anos. No ano dois mil, a cada vinte meses. Desde 2010, a quantidade de informação disponível para as pessoas dobra a cada oitenta dias Para Chiavenato: Na Era da Informação, o velho modelo burocrático não tem muita serventia. A organização hierárquica composta por departamentos e cargos está em extinção. Ela se caracteriza pela manutenção do status quo quando o mundo dos negócios exige mudança e inovação das organizações. Estas estão migrando rapidamente para um novo conceito de trabalho, em vez de separar as pessoas em cargos individuais e fragmentados; o segredo agora está em juntar as pessoas em equipes ou células de produção, em grupos integrados de trabalho e atividades conjuntas. O resultado é totalmente diferente e melhor. As equipes são mais do que simples grupos humanos, pois elas têm características 11 ímpares que os grupos não têm. (CHIAVENATO, 2014, p.199). Figura 6: Grupos X Equipes Fonte: Chiavenato, 2014. A base fundamental do trabalho de cada Líder está na sua equipe. Na figura 6 temos uma correlação no que caracteriza um grupo de pessoas, e uma equipe. Grupos não são equipes, mas podem se tornar com um trabalho especifico de formação de equipes, já as equipes são grupos que compreendem seus objetivos, que se envolvem e tornam-se engajados em alcançar suas metas unidos. Visões diferentes fazem parte da equipe e são estimulados para o melhor aproveitamento da equipe. A comunicação nas equipes funciona de forma clara e objetiva. 12 Formando Equipes Um grupo para se tornar uma equipe passa por alguns estágios. Foi na década de 1960 que o Dr. Bruce W. Tuckman, professor da Universidade do Estado de Ohio criou o que iria se tornar um dos mais importantes modelos para descrever os estágios de desenvolvimento de uma equipe. O processo básico envolvia 4 estágios (Formação, Conflito, Acordo e Desempenho), no fim da década de 1970 ele acrescentouum quinto estagio (Dispersão), como verificaremos a seguir. Figura 7: Os estágios do desenvolvimento das equipes Fonte: https://blogdanielalmeida.wordpress.com/2015/06/18/desenvolvimento-equipe/ Na figura 7 conseguimos visualizar os estágios de formação de uma equipe. É no estágio da formação, no início do processo de criação da equipe, que todos são educados, procuram conhecer a seus colegas, é uma fase introdutória, comparável ao início de um namoro ou o começo de um curso de faculdade. Durante esta fase é comum abordar: Habilidades dos membros, histórico e interesses, Objetivos da equipe, Cronograma, Regras básicas, Papéis individuais, ocorrem discursos abstratas, uma vez que ainda não se entrou em ação as tarefas, geram muito pouco para alcançar o objetivo final da equipe. 13 1º Estágio: Formação Características do 1º Estágio: Formação Entusiasmo, expectativas voltadas para resultados positivos e otimistas Visão de futuro Orgulho por ter sido selecionado para formar a equipe Empatia inicial, imediata e exploratória Desconfiança, e até medo em relação ao futuro trabalho Tentativas de definir as tarefas, tomando decisões sem a experiência Criações de regras de como a equipe irá lidar com seus problemas Decisões sobre quais informações precisam ser coletadas. Altas e abstratas discussões sobre conceitos ainda em aberto Impaciência com essas discussões abstratas por alguns Discussões sobre indícios de problemas, ou problemas, não pertinentes à tarefa Dificuldades em identificar os problemas pertinentes Reclamações contra a organização e contra os obstáculos à tarefa. Fonte: Adaptado de ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO, 2014. 2º Estágio: Conflito Características do 2º Estágio: Conflito Cada indivíduo Discussão o tempo todo entre membros, mesmo quando concordam Formação de facções e “escolha de Contestação sobre as escolas de quem formou a equipe e sua Fonte: Adaptado de ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO, 2014. 14 3º Estágio: Acordo ou Normatização Características do 3º Estágio: Acordo ou Normatização Diminuição da ansiedade, um alívio, já que tudo parece que vai Os membros começam a evitar os conflitos, na tentativa de alcançar Formação de um senso de coesão de equipe, um espírito e metas Estabelecimento e manutenção das regras básicas e fronteiras da equipe (as “normas”), agora com clareza e conhecimento mutuo da Fonte: Adaptado de ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO, 2014. 4 º Estágio: Desempenho ou Atuação em Equipe Características do 4 º Estágio: Desempenho ou Atuação em Equipe Percepção dos membros quanto aos processos de trabalho individual Satisfação Fonte: Adaptado de ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO, 2014. 5 º Estágio: Dispersão ou Adiamento Foi em 1977 que Tuckman adicionou o quinto estágio ao desenvolvimento de equipes. Uma vez que um projeto termina, ou um ciclo de trabalho, a equipe pode ser desfeita, ou desmobilizada. Esta fase é às vezes conhecida como luto porque os membros se aproximaram e sentem uma perda agora que a experiência acabou.Esta fase ocorre mais em Equipes de Projetos, que tem sua formação para atividades com início, meio e fim, diferente de Equipes funcionais, que atuam dentro de um departamento, ou setor de uma organização. 15 Motivando uma Equipe de Trabalho O Processo de motivação de motivação de Equipes deve ser algo rotineiro no dia a dia do líder. As atuais lideranças chegam a esta função compreendendo motivar é compreender as necessidades dos colaboradores, reconhecendo-os como pessoas, e não somente como recursos, peças de uma engrenagem. Este modelo de Gestão de Recursos, foi e ainda é um obstáculo na motivação das equipes. Devemos hoje trabalhar com o conceito de Gestão de Pessoas. Na motivação de equipes. Mucchielli (1980), apresenta alguns método, como por exemplo; permitir que o grupo encontre a saída de uma situação desagradável, e apresente a liderança essa necessidade, seguindo também as teorias motivacionais que apresentamos neste trabalho, oferecer recompensas as metas alcançadas, pela equipe e indivíduos, possibilitar a competição saudável entre equipes, com valorização do desempenho e permitir que a própria equipe trace estratégia para alcançar as metas estabelecidas. Quando tratamos o colaborador pela visão de Gestão de Pessoas, e não como Gestão de Recursos, encontramos suas necessidades e o que o motiva,conforme apresentado na Figura 8. Figura 8: Pessoas recursos X Pessoas Colaboradoras Fonte: Chiavenato,2014. 16 Liderança e Motivação - Gestão de Equipes A formação de grupos de trabalho com visão estratégica vem sendo apontada como uma das estratégias organizacionais mais importantes para as empresas modernas. A valorização da pessoa como capital humano da empresa, constituindo-se num dos mais preciosos elementos de obtenção de sucesso frente a um ambiente marcado pela competitividade, ganha destaque cada vez maior. Além da visão tradicional do trabalho em equipe, é necessário com- preender que a diversidade humana nas empresas possui grande potencial estratégico, sendo necessária a formação de pessoal capacitado para gerir grupos de trabalho. Para isso, é preciso analisar as diferenças entre o gestor como líder e o chefe de pessoal, salientando o impacto que suas atitudes exercem sobre a equipe. DIFERENÇA ENTRE LÍDER E CHEFE Para entendermos a dimensão do papel do líder dentro de uma organização, devemos compreender e dimensionar o impacto que o mesmo tem sobre as pessoas sob sua responsabilidade. É comum afirmar que a figura do gestor como chefe está em desacordo com a visão moderna de organização,sendo substituída pela pessoa do líder. Entretanto, a atuação de ambos os perfis é necessária para uma organização, devendo se complementar. Para melhor compreensão das diferenças entre os dois tipos de gestores, segue o Quadro 1: 17 Líder Chefe Lidera se conectando às pessoas Coloca as pessoas para trabalhar Exerce a liderança influenciando as pessoas, fazendo-as pensarem agirem como proprietários da empresa Gerencia e mantém as pessoas trabalhando como recursos da organização Convence e influencia as pessoas a fazer o que precisa ser feito. Enxerga as atividades e metas a serem como algo que precisa ser feito Liderar é mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas Gerenciar é a arte de mobilizar os outros para Trabalhar Liderar é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados de acordados e esperados de pessoas engajadas e comprometidas Gerenciar é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através das pessoas Quadro 1: diferenças entre líder e chefe Fonte: elaborado pelo autor Podemos concluir que a diferença entre o líder e o chefe é uma tênue linha conceitual. Objetivando analisar a atuação do gestor como líder dentro da organização, é interessante defini-lo. Peter Drucker afirma que a única definição para líder é a de alguém que possui seguidores. Já Lacombe (2004) apresenta o líder como aquele que conduz um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e suas ações, buscando atingir objetivos e metas de interesse comum para o grupo, em concordância com uma visão de futuro baseada num conjunto coerente de princípios e ideias. ESTILOS DE LIDERANÇA Ao considerarmos a importância do papel do líder para a Organização, torna-se necessário entender quais as características que o mesmo deve possuir para que sua equipe alcance resultados positivos. É interessante a análi- se dos estilos de liderança elencados por Limongi-França(2002), que considera três modelos que são desejados por organizações modernas: Liderança carismática: associada ao carisma do líder, sua autoridade é baseada na confiança de seus liderados. O sentimento de crenças e objetivos comuns contribui para um alto nível de desempenho e sintonia com a visão e a missão da organização; Liderança transacional: O líder direciona as tarefas na direção de metas, esclarecendo as exigências e responsabilidades de cada papel a ser desempenhado. 18 O processo de liderar é visto como a ocorrência de transações mutuamente gratificantes entre líderes e liderados em determinado contexto situacional. Liderança transformacional: Este tipo de liderança também é baseado no carisma do líder; entretanto, aqui a liderança é exercida com base nas emoções dos liderados e os valores são compartilhados dentro do contexto cultu- ral da organização. Tantos os líderes quanto os liderados são levados para um nível mais alto de motivação e moralidade, resultando uma maior conscientização dos papéis de cada participante no processo de busca de resultados e realizações, resultando um envolvimento ativo na busca de realizações. Habilidades para se Gerenciar Equipes de Alta Performance De acordo com Marras (2011), o trabalho em equipe é diferente do trabalho em grupo. Ao contrário do que se observa no trabalho em grupo, onde cada integrante executa as tarefas de forma isolada, responsabilizando-se individualmente pela sua própria tarefa, o trabalho em equipe é marcado pela sinergia dos envolvidos, que trabalham em conjunto tendo em vistas o comprometimento com os resultados gerais. Liderando Equipes de Alta Performance Sobre este modelo, Gramigna (2007, p. 210) esclarece que o líder deve observar alguns pontos que podem auxiliar na adoção do modelo em questão: - Todos são responsáveis pelo sucesso do grupo, estimule a cooperação e exija das pessoas. - Proponha regras de cooperação para a equipe e estimule a análise crítica para superação dos conflitos. - Trabalhar a máxima: participar é ser responsável, desempenhando bem seu papel no grupo. - Abra espaços para o novo, modificar-se e deixar-se modificar nos enriquece. - Utilize a empatia, coloque-se no lugar da perspectiva do outro, isto facilita as relações. - Dê e receba feedback, a consciência crítica de todos melhora com o uso responsável e respeitoso do feedback. - O papel da Gestão de Pessoas na formação de equipes de alta performance 19 Dutra (2004) apresenta o conceito de “ideias-forças”, que pode ser usado como um modelo de gestão de pessoas, conceituado na Figura 1: Figura 1: Diagrama do conceito de ideias-forças Fonte: adaptado pelo autor de Dutra (2004, p. 42) Além disso, Dutra (2008) propõe que, para que o conceito de ideias-forças alcance sua total eficácia dentro da organização, alguns valores devem ser observados. Tais valores podem ser melhor visualizados na Figura 2. Figura 2: Valores de gestão de pessoas Fonte: adaptado pelo autor de Dutra (2008) 20 Os processos de Gestão de pessoas, vistos sob a ótica dos modelos apresentados, são tratados como um todo capaz de garantir a conciliação dos interesses tanto dos indivíduos quanto da organização, elaborados de forma transparente e flexível. Elementos que Determinam o Surgimento de Equipes com Alta Performance Para que os objetivos definidos pela organização sejam alcançados, é necessário que haja um conjunto de pessoas que contribuam com competências e habilidades para formar equipes de trabalho produtivas e eficazes. Visto que o indivíduo isolado não pode possuir todo o conjunto de habilidades e competências necessárias para atingir as metas organizacionais, é necessário constituir equipes formadas de pessoas possuidoras de diversas habilidades e competências, formando um ambiente onde a diversidade é um fator de grande impacto na resolução de problemas e na geração de mudança, pois seu conjunto de visões é capaz de visualizar o contexto organizacional sob ângulos distintos. Entretanto, é necessário saber trabalhar os conflitos gerados por essa diversidade, de forma que a equipe transforme as competências pessoais em elemento positivo na conquista de realizações. Analisando os elementos que levam à geração de equipes de alta performance, Margerison e McCann (2000) identificaram nove fatores nas equipes de alta performance, que podem ser observadas no Quadro 2: 21 1. Assessoria: os membros de uma equipe devem assegurar que todos estejam recebendo informações adequadas para agilizar as tomadas de decisões. Um membro da equipe assegura que todos os demais estejam utilizando as melhores práticas para realizar as tarefas rotineiras da organização. 2. Inovação: este é um aspecto chave do trabalho em equipe e envolve como as coisas são realizadas e como podem ficar ainda melhores. Quando as pessoas não inovam nas suas práticas, os custos operacionais aumentam e não há experimentação de novas ideias. 3. Promoção: para realizar suas tarefas as pessoas precisam obter recursos como equipamentos, verbas, etc. Boas equipes de trabalho conseguem persuadir e influenciar pessoas que decidem e alocam verba para que seus projetos sejam concretizados. 4. Desenvolvimento: as ideias devem ser moldadas de acordo com a necessidade dos usuários, envolvendo as etapas de ouvir quais são as necessidades e a partir daí incorporá-las aos planos, fazendo o possível para executá-las. 5. Organização: aqui cada membro da equipe deve saber o que fazer, como, onde e como. Os objetivos e ideias são definidos e implementados. 6. Produção: etapa de entrega de produtos e serviços dentro de padrões de eficiência e eficácia de maneira ordenada e controlada por cada membro da equipe. 7. Inspeção: aqui são englobados o controle e a auditoria dos sistemas de trabalho das equipes, tais como: qualidade dos produtos e serviços ofertados, análise dos processos, análises financeiras, avaliação dos custos envolvidos, níveis de segurança, produtividade da equipe, tudo isto visando à melhoria contínua dos membros e dos serviços prestados. 8. Manutenção: aqui os processos de trabalho são averiguados e submetidos a padrões de qualidade para garantir que a eficiência da equipe não diminua e contribua para aumentar o padrão de excelência. 9. Ligação: são as ações ligadas à coordenação, integração e ligação entre os membros da equipe para que haja um trabalho em conjunto, respeitando as diferenças e especificidades técnicas de cada membro, ampliando a atuação eficiente e eficaz de todos os envolvidos. 22 Referências ___________.. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4 ª ed. Barueri, SP: Manole, 2014. A Liderança e a Gestão de Equipes de Alto Desempenho na Gestão Estratégica de Pessoas CLAUDIA PATRICIA GARCIA PAMPOLINI (Centro Universitário Uninter) claudiapampolini@hotmail.com,CELSO GIANCARLO DUARTE DE MAZO (Centro Universitário Uninter) giancarlo.mazo@gmail.com e DANIELE ASSAD GONÇALVES (Centro Universitário Uninter) daniassad@gmail.com Agrawal, Narendra M. et al. (2012). Managing growth: human resource management challenges facing the Indian software industry. Journal of World Business, v.47, n.2, April.pp.159-166.Recuperado em <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1090951611000289>. Acesso em: 14 de dezembro de 2019 Apostila Liderança e Gestão de Equipes,Prof. Valter M. Eugênio,Expansão Eventos e Educação Corporativa,s/d, Barreto, Leilianne M.T.S. et al. (2011). Temas emergentes em gestão de pessoas: uma análise da produção acadêmica. Revista de Administração UFSM, Santa Maria, v.4, n.1, pp. 215-232, maio/ago Recuperado em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reaufsm/article/view/2401/2067>. Acesso em: 14 de dezembro de 2019 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: O Passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1994. Recursos humanos: Gestão : Administração de pessoal Disponivel em https://www.google.com/search?sxsrf=ACYBGNS5XS5Qs3A5lILVowvw64xODg_9v w%3A1576325878346&source=hp&ei=9tL0XaXeEri45OUP99edkAw&q=Lideran%C 3%A7a+e+Gest%C3%A3o+de+Equipes+conceitos&oq=Lideran%C3%A7a+e+Gest %C3%A3o+de+Equipes+conceitos&gs_l=psy- ab.3..0i333.733.3947..4078...1.0..0.173.1593.0j11....3..0....2j1..gws- wiz.......35i39j0j0i22i30j33i22i29i30.87J6REMhvAw&ved=0ahUKEwilsZvAj7XmAhU4 HLkGHfdrB8IQ4dUDCAY&uact=5,acessado em 14 de dezembro de 2019,às 09h47minutos; 23 Fagundes, Patrícia M. (2007). Desenvolvimento de competências coletivas de liderança e gestão: uma compreensão sistêmico-complexa sobre o processo e organização grupal. 146 f. Dissertação (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.(2006).Conceitos fundamentais da excelência em gestão. São Paulo. Kilimnik, Zélia M. (2011).Transformações nas carreiras: de trajetórias lineares para multidirecionais. Perspectivas organizacionais e individuais. In: Kilimnik, Zélia M. (Org.). Transformações e transições nas carreiras: estudos nacionais e internacionais sobre o tema. Rio de Janeiro: Qualitymark. pp. 3-27. LACOMBE, F. J. M. Dicionário de Administração. São Paulo: Saraiva, 2004 LIMONGI-FRANÇA, A.C e vários autores. As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Saraiva, 2011. MARGERISON, C. J; MCCANN, D. J. Team management: pra- tical new approaches. Londres: Management Books, 2000. Morin, Edgar. (2005). Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. MUCCHIELLI, Roger. O Trabalho em equipe. São Paulo: Martins Fontes, 1980. O papel da Liderança na Eficácia de Equipes de Trabalho -Luciane Wolff, Patricia Martins Fagundes Cabral, Paulo Renato Martins Ribeiro da Silva Lourenço, http://revistagt.fpl.edu.br/get/article/view/469,acessado em 14 de dezembro de 2019,as 10horas 07 minutos; O PAPEL DA LIDERANÇA NA FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO, Elaborado por: RAFAEL MARQUES NUNES e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso de MBA em Gerenciamento de Projetos, foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do curso de pós-graduação, nível de especialização do Programa FGV Management. Rio de Janeiro, 30 de julho de 2018.
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