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Patologia II Deygiane Xavier Resumo Sistema Reprodutor Feminino Agenesia: não há formação dos ovários, podendo ocorrer de forma uni ou plurilateral. Quando é unilateral não traz alteração e costuma ser um achado incidental de necrose. Ovário acessório e supranumerário: o ovário acessório é unido, enquanto o supranumerário é separado. Raramente ocorre em vacas. Hipoplasia ovariana: pode ser uni ou bilateral, total ou parcial. São importantes e é a mais comum. Esta relacionada com a subfertilidade. Unilateral esquerda (87%), direita (4%) e bilateral (9%). Se for bilateral pode haver também a hipoplásia genitália e o animal se tornar infértil. É hereditária e muito importante, principalmente em animais de produção. Hemorragia: É a alteração circulatória mais importante. Pode ocorrer após a ovulação ou por enucleação do corpo lúteo. Na pó-s-ovulação é normal e na égua é mais evidente. Por enucleação do corpo lúteo – se fazia retirada do corpo lúteo por um efeito traumático, mas atualmente se usa a prostaglandina. Cisto folicular: São comuns. Ocorre na vaca, porca, cadela e na égua, com maior importância em animais de produção. Ocorre após o primeiro ciclo pós-parto. É caracterizado por ser uma estrutura folicular anovulatória persistente por mais de 10 dias, não tem corpo lúteo e há interrupção da atividade ovariana, mas há a produção de vários hormônios esteroides sexuais, o que leva a alterações nos animais. Patogenia pode ocorrer por três mecanismos, todos associados ao LH. Ocorre por exposição inadequada do folículo maduro pré- ovulatório ao hormônio luteinizante (LH), ocorrendo uma falha na ovulação. No final do processo de maturação do folículo ovariano, o mesmo será exposto ao LH, se houver falha o cisto permanece, não ovula e continua a produção de hormônios sexuais. Cisto luteínico ou luteinizado: Ocorre luteinização das células da teca interna, os quais produzem progesterona levando ao anestro. Ocorre em vacas e porcas. Patogenia é semelhante cisto folicular, porém há LH suficiente para a luteinização. Tumor de células da granulosa: Ocorrem em vacas (Guernsey e Holandesas), éguas e cadelas. Tende a ser unilateral e benigno. Animais apresentam quadro de anestro e hiperestrogenismo (comportamento de macho). Macro: superfície nodular ou lisa e esbranquiçado ou amarelado ao corte. Pode ter áreas císticas. Teratoma: Originário de células germinativas, possui composição celular múltipla. Ocorrem em cadelas, gatas e vacas. Pode ocorrem em galos. Patologia II Deygiane Xavier Salpingite: Mais frequente em vacas e éguas e normalmente ocorre secundário a metrite. Endometrite: É o processo inflamatório mais frequente do útero. Interfere negativamente na eficiência reprodutiva do rebanho. Pois, aumenta a repetição de cio, maior intervalo entre partos e menor produção de leite. Encontra-se o útero intumescido (hiperemia e edema), com exsudato principalmente purulento. No estro o útero também estará vermelho e edemaciado, porém sem exsudato. Metrite puerperal séptica: Streptocoocus sp ou Staphylococcus sp. são os principais agentes. Instala-se logo após o parto. Muito relacionado com parto distórcico ou retenção de placenta. Pode ser aguda, levando a peritonite, septicemia e toxemia ou pode ser crônica levando a infertilidade. Piometra ou complexo hiperplasia endometrial cística: ocorre em cadelas. É observada durante o diestro (corpo lúteo). Ocorrem em animais velhos que nunca pariram. Relacionado a anticoncepcional à base de progestágenos, ou por desequilíbrio hormonal (produz mais progesterona do que deveria). Inicialmente a lesão é por hiperplasia endometrial, ocorre invasão de bactérias, como a E. coli e evolui para piometra. Adenomiose (cadela): proliferação de glândulas endometriais entre feixes musculares. Pode ocorrer de forma congênita ou adquirida (hiperplasia de endométrio); Endometriose (primatas) – imagem: proliferação de glândulas endometriais em serosas (perimétrio, ovário e outras estruturas). Vai haver produção de sangue que cai para a cavidade inflamação e extremamente doloroso. Tumores epiteliais: Adenoma (pouco frequente), Adenocarcinoma (vacas e muito frequente em coelhas); Tumores mesenquimais: Lipoma, Fibroma /fibrossarcoma, Leiomioma - imagem (comum em vaca e cadela)/ leiomiossarcoma. Útero Gestante Gestação prolongada: Acomete mais comumente em bovinos e ovinos (quando leva 2 ou mais meses do período gestacional daquela espécie). Pode ocorrer por anomalias anatômicas ou funcionais do feto (normalmente hereditárias), associado com hipotireoidismo e hipoplasia de adrenal. Veratrum californicum – fetos ovinos ciclópicos. Mumificação fetal: Mais frequente em multíparas (porcas). Ausência de contaminação bacteriana. A fertilidade em animais recuperados. Causa pode ser hereditária ou viral – mais comum. Patologia II Deygiane Xavier Maceração fetal: há contaminação bacteriana, há morte do feto. Ocorre destruição de tecidos moles, odor fétido. Pode haver corpo lúteo persistente. Retenção de placenta: muito importante. Expulsão normal 3-8 horas após parto. Retenção até 12 horas é considerada retenção de placenta. Na égua 30min-3h após o parto deve fazer a expulsão. Nesses animais a retenção ocorre entre 2-10%. Fatores predisponentes: Vacas velhas, parto distócico, gestação gemelar e período de gestação curto ou prolongado. Outras doenças associadas: cisto folicular, mastite pós-parto, metrite puerperal, aborto (fase final da gestação), deslocamento de abomaso e cetose. Prolapso de anel cervical: Ocorre em vacas após vários partos. Fator predisponente: partos distócicos. Metaplasia escamosa: pela deficiência de vitamina A. Pode estar associada também com cistos foliculares. Cervicite: pode estar associada com Vaginite e endometrite. Fatores predisponentes: distocias e inseminação. Exantema coital equino: associada com Herpesvírus equino 3. Encontra-se pápulas avermelhadas na vulva e região perivulvar. Masculino Hermafrodita verdadeiro é muito raro. São fenotipicamente fêmeas masculinizadas. Características anatomopatológicas: gônadas masculina e feminina – combinação de ovário, testículo e ovotestes. Pode ser uni ou bilateral. E trato genital ambíguo. Pseudo-hermafrodita há diferenciação entre fenótipo e gônada. É classificada como gônada. Pseudo-hermafrodita masculino possui testículo e genitália feminina. Pseudo- hermafrodita feminino (raro) ovário e genitália masculina. Freemartismo: Anastomose coriolantóide em gestação gemelar. Os vasos sanguíneos das placentas de dois fetos diferentes se fundem e trocam sangue entre os fetos. O feto macho troca células e hormônios com o feto fêmea. Em bovinos 92% das fêmeas gêmeas de machos são freemartins. A frequência de parto gemelar em bovinos é de 1-2%. Ocorre com menor frequência em ovinos, caprinos e suínos. Em bovinos a anastomose ocorre com 39 dias pós- fecundação, o desenvolvimento testicular ocorre com 60 dias e o ovariano com 90 dias. Hidrocele: é o acumulo de líquido dentro do escroto. Raro em animais domésticos. Hematocele: é o sangramento dentro do escroto. Pode ocorrer devido a traumatismo ou hemoperitônio. Dermatite escrotal: é frequente e normalmente inespecífica. Neoplasias: Mastocitoma, melanoma, hemangioma. Patologia II Deygiane Xavier Monorquidismo e anorquidismo: é a ausência congênita de um ou ambos os testículos, respectivamente. É extremamenterara. Criptorquidismo: o unilateral é mais comum. Ocorre em equinos e caninos. Mecanismos: 1. Ausência de gubernáculo; 2. Gubernáculo anormal (posição alterada) e 3. Crescimento excessivo e ausência ou retardo na regressão do gubernáculo. Como consequências pode haver hipoplasia, degeneração, subfertilidade ou infertilidade e neoplasias (cão -10x > sertolioma). Hipoplasia testicular: ocorrem no testículo esquerdo de touros, cavalos e varrão. Relacionado com gen autossômico recessivo. Importância clínica: queda na concentração, motilidade e atividade metabólica (feminização em cães). Degeneração testicular: é a principal causa de infertilidade (processos patológicos generalizados). Pode ser uni (locais) ou bilateral (sistêmicas). Pode ser reversível e possui importância clinica por diminuir a concentração espermática e haver o aumento de defeitos morfológicos e azospermia (ausência de espermatozoide no ejaculado). Orquite: a via hematógena é a mais comum. Há também a via por extensão (ducto deferente) – uretrite, prostatite ou vesiculite seminal. Epididimite: ocorre em cães com cinomose e orquite. Ovinos: brucelose. Equinos: Salmonella abortus equi e Bovinos em casos de tuberculose. Fimose e parafimose: ocorre diminuição que pode ser congênita ou adquirida (inflamação ou neoplasias) do óstio prepucial. Hipospadia e epispadia: localização anômala do óstio uretral. Balanopostite: glande: balanite; prepúcio: postite. Pode ocorrer por: Tritrichomonas foetus e campilpbacter fetus, Herpesvírus bovino 1 (vulvovaginite pustular), Herpesvírus equino 3 (exantema coital) e em Caninos e suínos (outros herpesvírus). Acrobustite (postite crônica): é o processo inflamatório crônico do prepúcio. Ocorre em raças zebuínas.
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