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Acidentes ofídicos - parte 1 AULA nº IX segunda unidade Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos PROFESSOR AQUI Acidentes ofídicos em animais Serpentes peçonhentas do Brasil • Fotomacrografias cedidas gentilmente pelo MV Guilherme Cabral Morais Fotomacrografias cedidas gentilmente pelo MV Guilherme Cabral Morais Serpentes peçonhentas do Brasil Serpentes peçonhentas do Brasil Fotomacrografias cedidas gentilmente pelo MV Guilherme Cabral Morais Ilha da Queimada Grande Fosseta loreal Fotomacrografia do videocurso tópicos em toxinologia: Aula Ecologia e classificação das serpentes peçonhetas. Dentições e glândulas Kardong (1983) Poisoning due to Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) attended at Restauração Hospital in Recife, State of Pernambuco, Brazil: case report CORREIA, Juliana Mendes et al . Poisoning due to Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) attended at Restauração Hospital in Recife, State of Pernambuco, Brazil: case report. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 43, n. 3, p. 336-338, June 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822010000300025&lng=en&nrm=iso>. access on 27 May 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000300025. Dentição áglifa Fotomacrografia do videocurso tópicos em toxinologia: Aula Ecologia e classificação das serpentes peçonhetas. Dentição opistóglifa (Oxyrhopus guibe) Fotomacrografia do videocurso tópicos em toxinologia: Aula Ecologia e classificação das serpentes peçonhetas. Falsa coral Erythrolamprus e Oxyrhopus Dentição proteróglifa Micrurus spp Fotomacrografia do videocurso tópicos em toxinologia: Aula Ecologia e classificação das serpentes peçonhetas. Fotomacrografias cedidas gentilmente pelo MV Guilherme Cabral Morais Dentição solenóglifa (Melgarejo 2003) Distribuição das principais serpentes peçonhentas (Melgarejo 2003). Distribuição das principais serpentes peçonhentas (Melgarejo 2003). Distribuição das principais serpentes peçonhentas (Melgarejo 2003). Distribuição das principais serpentes peçonhentas Curiosidade • [Mito.]-Láquesis era uma personagem da mitologia grega,uma das três moiras. Lachesis em grego significa ¨sortear¨ e ela tinha a obrigação de puxar e enrolar o fio da vida dos indivíduos. Nova classificação das serpentes Elapidae – 27 espécies Viperidae – 28 espécies Bothrops Bothriopsis Bothropoides Botrhocophias Rhinocerophis Caudisona Lachesis Micrurus (CARRASCO et al., 2012). Bothrops Crotalus Veneno de Serpentes • Substancias biologicamente ativas • Imobilização e digestão das presas • Defesa • Balanço entre componentes tóxicos e digestivos • Alteração de vários sistemas orgânicos vitais Proteínas DM43 e DM64 MAKINO, D.LEstudos estruturais de DM43 um inibidor de metaloprotease de veneno de serpente extraído do soro do gambá Didelphis marsupialis. Instituto de física de São Carlos, USP, dissertação...2000. Curiosidades Créditos: Imagem feita a partir de trecho de vídeo disponível no youtube do “Rei das Serpentes” Haroldo Bauer Créditos: Imagem feita a partir de trecho de vídeo disponível no youtube do “Rei das Serpentes” Haroldo Bauer Curiosidades Curiosidades Créditos: Imagem feita a partir de trecho de vídeo disponível no youtube do “Rei das Serpentes” Haroldo Bauer Acidentes ofídicos - parte 2 AULA nº X segunda unidade Prof. Dr. Warley Gomes dos Santos PROFESSOR AQUI ➢ 90% do peso do veneno é constituído por proteínas, grande variedade de enzimas, toxinas não enzimáticas e proteínas não tóxicas. ➢ Fração não protéica (carboidratos, lipídeos, metais na forma de glicoproteínas e enzimas metaloproteicas, aminas biogênicas, nucleotídeos e aminoácidos livres) Característica do veneno (QUEIROZ et al., 2008). •METALOPROTEINASES •LECTINAS TIPO C e desintegrinas (anticoagulantes) •SERINOPROTEASES (Atividade tipo trombina proteinas coagulantes e/ou fibrinolíticas) •FOSFOLIPASES A2 Característica do veneno botrópico Fluxo sanguíneo Anormalidade da parede Vascular (sem injúria tecidual) Injúria vascular Via intrínseca Via extrínseca Via Comum Formação do coágulo de fibrina Fibrinólise Locais: •Edema •Dor •Mionecrose •Hemorragia no local da inoculação do veneno •Isquemia devido ao dano vascular Quadro clínico Sistêmicos: •Defecar e urinar •Aumento das frequências cardíaca e respiratória •Choque hipovolêmico •Hipotensão •Edema pulmonar Quadro clínico •CID (devido à fração thrombin like) •IRA (decorrente de efeitos diretos do veneno ou secundário à hipovolemia, choque, lesões vasculares, microtrombos e isquemia). •Trombocitopenia •Prolongamento de TP, TTPa •Diminuição do fibrinogênio. Quadro clínico Acidente por serpentes tem ocorrido inclusive dentro das grandes metrópoles. De quem é a culpa? Por que as serpentes estão mais próximas de nós dentro das cidades? Infelizmente este cão foi uma vítima e evoluiu ao óbito. Poderia ter sido um morador da casa a vítima. Pelos sinais clínicos provavelmente foi uma serpente do gênero Bothrops spp. (família das Jararacas) setas azuis indicam a área de edema intenso e local da picada. Fotomacrografias cedidas por Professora Marília Martins Mello, EV, DCCV, UFMG Quadro clínico Fotomacrografias cedidas por Professora Marília Martins Mello, EV, DCCV, UFMG Quadro clínico Fotomacrografias cedidas por Professora Marília Martins Mello, EV, DCCV, UFMG Quadro clínico Fotomacrografias cedidas por Professora Marília Martins Mello, EV, DCCV, UFMG Quadro clínico Necrose na altura da escápula, após envenenamento botrópico. Fotomacrografia demonstrando áreas hemorrágicas pulmonares devido o veneno de Bothrops alternatus inoculado experimentalmente em coelhos. Arquivo pessoal. FERREIRA JUNIOR, R.S.; BARRAVIEIRA, B.. Management of venomous snakebites in dogs and cats in Brazil. J. Venom. Anim. Toxins incl. Trop. Dis, v. 10, n. 2, 2004 . COLLING et al. Uma presumível picada de cobra venenosa num cão pastor em juiz de fora, minas gerais, brasil - relato de caso. Rev. Bras. Med. Vet. v. 33, n.1, p.2-17, 2011. SILVA, N.S et al . Fatal bothropic snakebite in a horse: a case report. J. Venom. Anim. Toxins incl. Trop. Dis, v. 17, n. 4, 2011. Efeitos do veneno de serpentes do gênero Bothrops em equídeo BARRAVIERA, B. Acidentes por animais peçonhentos. CEVAP, Unesp. Efeitos locais do veneno de serpentes do gênero Bothrops em humanos Arquivo pessoal: fotomacrografia do membro torácico esquerdo demonstrando edema intenso devido aos efeitos locais do veneno de serpente Bothrops. Tratamento Acidente botrópico FC 48134 Nego: • Hemorragia no local da picada (boca). Taquipnéia, EAP? TP > 40”; TTPa > 120”. • 4h após o soro antiveneno TP e TTPa 23”. • Não teve IRA Edema provocado por Lachesis? ACIDENTE CROTÁLICO Hospital Veterinário UFMG 90% CASOS Crotalus durissus – Caudisona durissa Fotomacrografias cedidas gentilmente pelo MV Guilherme Cabral Morais Crotoxina Fosfolipase A2 e Crotapotina •Principal componente tóxico NEUROTÓXICO, MIOTÓXICO, INFLAMATÓRIO, COAGULANTE/ANTICOAGULANTE. •Vital-Brazil, em 1966, demonstrou que a crotoxina interrompe a transmissão neuromuscular em preparações de músculo anterior ciático-tibialis, de cães e gatos. Efeito Miotóxico Fosfolipase A2 •Efeito Miotóxico Local •Efeito Miotóxico Sistêmico NECROSE DO TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO DEVIDO O AUMENTO DA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CÉLULA MUSCULAR AO CÁLCIO Atividade enzimática trombina símile, atuando sobre o fibrinogênio clivando o fibrinopeptídeo A da cadeia a próximo ao N-terminal (RAW eí al., 1986). Os monômeros de fibrina resultantes polimerizam-se em uma rede anormal que difere da produzida pela trombina. Esta rede anormal é instável e mais susceptível à ação de agentes fibrinolíticos (MARKLAND, 1998; KOH eí al., 2001). GIROXINA •Oftalmoplegia •Paralisia flácida (especialmente dos membros pélvicos) •Ataxia•Perda dos reflexos superficiais e profundos •Sialorreia, boca aberta e disfagia devido paralisia flácida dos músculos mandibulares •Ptose palpebral (de difícil visualização nos cães) e midríase bilateral Quadro clínico •Sedação em graus variados •Redução das frequências cardíaca e respiratória •Diminuição da pressão arterial •Dispnéia, taquipnéia, e IRA •Vômitos (alguns animais podem vomitar) •Prolongamento TP, TTPa •Diminuição do fibrinogênio ou afibrinogenemia secundária. Quadro clínico • Injúria renal aguda. •Edema no local de inoculação é discreto. •Geralmente, não se consegue identificar o local da picada e o animal não apresenta sinais nociceptivos. •24h após dor intensa devido a rabdomiólise. Quadro clínico Arquivo pessoal: Fotomacrografia realizada no Setor de emergência e cuidados críticos, Hospital Veterinário, UFMG. • Mioglobinúria: pigmentos de mioglobina na urina devido a rabdomiólise generalizada em acidente por cascavel. • A presença da mioglobina pode ser mais um fator agravante e que predispõe à Injúria Renal Aguda no envenenamento crotálico. Quais as causas da IRA? • Demora para a administração do soro antiofídico; • Rabdomiólise e Mioglobinúria • Concentração veneno nos rins; • Hipotensão/Hipovolemia e demais alterações hemodinâmicas; • Inflamação; • Danos tubulares e glomerulares devido fosfolipases A2 • Lesões diretas às estruturas renais pelo veneno. TRATAMENTO • A quantidade de soro deve ser no mínimo 50 mL por animal, sendo que 1 mL neutraliza 1 mg de veneno Crotalus. • hemograma, bioq. sérica, TP, TTPa, eletrólitos e hemogasometria à admissão, 12h após a administração do soro e pelo menos a cada 24h até a alta. • Monitorização dos sinais vitais TRATAMENTO • Monitorização do débito urinário • Alcalinização urinária (se mioglobinúria) • Oxigênioterapia e ventilação mecânica se necessário • Expansão volêmica (diurético somente se oligúrico mesmo após expansão volêmica) • Analgesia CONDUTAS CLÍNICAS • Micrurus ibiboboca áreas de caatinga do Nordeste • Micrurus leminiscatus faixa litorânea, região amazônica e cerrado • Micrurus spixii e Micrurus surinamensis região amazônica Micrurus spp Tratamento ✓ Tratamento Específico: Não há soro veterinário. ✓ Tratamento geral • Tratamento de suporte (oxigenação, intubação traqueal ou até mesmo ventilação mecânica). • Neostigmina (anticolinesterásico) - 0,05 mg/kg, sempre precedida da administração de atropina • Monitoração Cardiorrespiratória • Todos os casos de acidente por coral com manifestações clínicas devem ser considerados como potencialmente graves. REAÇÕES PRECOCES: Urticária, tremores, tosse, náuseas, dor abdominal, prurido e, raramente reações semelhantes as reações anafiláticas REAÇÕES TARDIAS: Doença do soro, (lesões urticariformes generalizadas) ocorrem de cinco a 24 dias após o uso. FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DAS REAÇÕES: Dose, concentração de proteínas e imunoglobulinas, velocidade de infusão, sensibilização à proteína de soro de cavalo (por utilização prévia de algum tipo de soro heterólogo), tipo de antiveneno, via de administração. POSSÍVEIS REAÇÕES DOS SOROS HETERÓLOGOS drwarleysantos@hotmail.com mailto:drwarleysantos@hotmail.com
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