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DIP Aliny Alves – 7ºP Tuberculose é uma doença causada por bactéria. No qual possui um tratamento específico. O agente causador da tuberculose é o Mycobacterium tuberculosis ou também chamado de bacilo de Koch. O Mycobacterium tuberculosis é um bacilo ácido-álcool resistente (BAAR). OBS: quando se trata de uma doença Mycobacterium é uma doença mais urbana. A contaminação ocorre através dos aerossóis. Contato: bacilífero X suscetível OBS: o paciente que está contaminado com o Mycobacterium é o bacilífero, já o suscetível é o paciente sem a doença. QUADRO CLÍNICO • Tosse; • Febre; • Falta de apetite; • Emagrecimento; • Sudorese noturna. FATORES DE RISCO PARA TB • DM; • Infecção pelo HIV; • Neoplasias; • Etilismo; • Usuários de corticoide; • Pobreza; • Aglomeramento. PRIMO- INFECÇÃO (primeira infecção) É a primeira infecção (o indivíduo previamente não exposto/não sensibilizado). Geralmente é autolimitada. Onde até 3 semanas ocorre a proliferação e a disseminação de bacilos. De 3 até 8 semanas ocorre a imunidade celular. OBS: a tuberculose pode ocorrer em outros locais do corpo, pois até 8 semanas a Mycobacterium circula livremente no organismo. • 90% das pessoas vão ter a infecção latente (não é a doença). • 10% das pessoas evoluem para TB, no qual pode ser TB primária: no primeiro contato, ou TB pós- primárias: anos após a infecção (reativação ou reinfecção). A tuberculose doença até 80-85% dos casos são casos pulmonares e de 20-15% extrapulmonares. Na maioria das vezes o primeiro contato ocorre em criança, com características de pneumonia arrastada, que não responde a ATB. Podemos ter adenopatia hilar, paucibacilífera, consolidação lobar e derrame pleural no raio X. OBS: criança não transmite. E para o diagnóstico é necessário valado gástrico. Em alguns casos pode ocorrer complicações, que é a TB miliar (“sepse”). Que tem mais frequência em pacientes menores de 2 anos, imunodeprimidos e não vacinados com BCG. TB SECUNDÁRIA (PÓS PRIMÁRIA) Ocorre no indivíduo previamente sensibilizado, devido a reação rápida e exacerbada. É mais comum em adultos de 15-40 anos (reativação e reinfecção). Possui a característica de ser bacilífera (transmitir), infiltrado/cavitação frequente. Tende a ser no lobo superior pois é mais oxigenado. Pode formar bola fúngica em uma complicação. O principal fungo relacionado é o Aspergilos. O diagnóstico: 2 a 3 critérios: tratamento autorizado CLÍNICA • Tosse > 3 semanas, febre e perda ponderal RX DE TÓRAX E ESCARRO. • Teste rápido: escolha 2h/ avalia resistência à R • Baciloscopia (BAAR): pelo menos 2 amostra. • Cultura: casos duvidosos, resistência. Diagnóstico < 10 anos: 1º lavado gástrico, 2º sistema de pontuação. Clínica, RX de tórax, contato com TB, prova de TB e estado nutricional. DIP Aliny Alves – 7ºP TUBERCULOSE PLEURAL É a forma mais comum de TB extrapulmonar no BR. Obs: porém em pacientes com HIV é TB ganglionar. • Característica do líquido: exsudato, glicose baixa, PMN (polimorfonucleares)> linfomonocitário. • Sem eosinófilos / sem Cels MESOTELIAIS • Enzima ADA > 40U – muito sugestiva... O DG é feito por biópsia pleural: padrão ouro e Baciloscopia < 5% / cultura <40% . TUBERCULOSE MILIAR É caracterizada por opacidade retículomicronodulares difusas decorrentes da disseminação hematogênica do M. tuberculosis pelo parênquima pulmonar e representa acometimento do interstício pulmonar, indicando doença disseminada. OBS: pode estar associada a tuberculose no SNC. É mais frequente em imunossuprimidos. Forma muito grave, porém, com baixa possibilidade dos exames de escarro. NECESSÁRIO AVALIAR INTERNAÇÃO. TUBERCULOSE MENÍNGEA Ocorre em crianças não vacinadas e imunodeprimidos. Suas características é a forma mais sequelante de TB, subaguda por craniano. Na coleta do líquor aumenta proteínas, glicose baixa, PMN > linfomonocitário. DG: baciloscopia a 15% e cultura 50-80% TB MENINGEA É A FORMA MAIS SEQUELANTE DE TB; RESPOTA IMUNE COMEÇA NA MENINGE E ATINGE NEURONIO TRAZENDO SEQUELAS IRREVERSIVEIS; AFETA A MENINGE DA BASE DO CRANIO ACOMETENDO PARES CRANIANOS. MELHORA APÓS O TRATAMENTO EMPIRICO E CONFIRMA A INFECÇÃO. PATOGÊNSE* Inicialmente ocorre a infecção e replicação em macrófagos, com isso se inicia uma resposta Th1-mediada, que tem o intuito de ter o controle da infecção e acaba promovendo agressão tecidual. ACHADOS ANATOMOPATOLÓGICOS* TB PRIMÁRIA: • Implantação do bacilo em espaços aéreos distais, em geral próximo à pleura; • Foco de Gohn → área nodular inflamatória no parênquima pulmonar, frequentemente com necrose caseosa; • Complexo de Gohn → Foco pulmonar + disseminação linfonodal. TB SECUNDÁRIA: DIP Aliny Alves – 7ºP • Focos de consolidação próximoa pleura apical que podem sofrer necorse caseosa, cavitação e fibrose. TB MILIAR: • Múltiplas lesões pequenas/microscópicas disseminadas pelo parênquima pulmonar. TB PLEURAL: • Derrame pleural, empiema, pleurite obliterativa. DISSEMINAÇÃO VASCULAR → TB MILIAR SISTÊMICA: • Acometimento vertebral → Doença de Pott; • Meningite tuberculosa; • Linfadenopatia; • Outros sítios. BUSCA ATIVA Identifica precocemente pessoas que tossem (Sintomático Respiratório – SR). • Por mais de 3 semanas; Descoberta precoce dos casos que eliminam bacilo por via respiratória → Interrupção da cadeia de transmissão da TB. DIAGNÓSTICO BAAR: • Diagnóstico de casos novos e retratamento; • Controle do tratamento da TB; • Mais barato; • Simples; • Existe há mais de 100 anos; Baciloscopia é a pesquisa de BAAR em esfregaços de amostras: escarro, lavados brônquico e broncoalveolar, urina e outros líquidos, secreções ganglionares. Identifica a maioria dos casos bacilíferos. Permite avaliar sucesso ou falência do tratamento. Execução rápida, fácil e de baixo custo. OBS: a baciloscopia é OBRIGATÓRIA na TB pulmonar pq idêntica a maioria dos casos bacilíferos, que são fontes mais importantes de transmissão da doença Teste rápido molecular – TB: • Diagnóstico de casos novos; • Mais sensível e mais específico que o BAAR; • Mais caro; • Diagnóstico de resistência a rifampicina; • Detectar DNA do M. tuberculosis – não é recomendado para segmento de controle; • Tempo de execução: 2 horas de laboratório (rápido); • Rendimento superior BAAR. OBS: PPD não é para diagnosticar TB, é para identificar se o paciente teve contato com a tuberculose, se usa para o DG de tuberculose latente. TRATAMENTO RIPE – rifampicina + isoniazda / Pirazinamida / Etambutol COXCIP 4 Esquemas: • Básico: RIPE faz por 6meses (2 meses RIPE + 4 meses de RI). Em pacientes <10 anos: não prescrever etambutol (E). • Meningite: RIPE 12 meses (2 meses RIPE + 10 meses RI). Usa corticoide de 1 a 3 meses que reduz sequelas. • Falência/multirresistência (R+I): CLEPT (18 meses) que é composto por Capreomicina / Levo / E / Terizidona O acompanhamento: • Baciloscopia mensal (idade) ou 2/ 4/ 6º mês (mínimo) Critério de falência: • BAAR (+) ao final do tratamento; • BAAR (+2/+3) até o 4º mês; • BAAR que volta a ser (+) e se mantém por 2 meses Efeitos adversos: • Todas causam: intolerância gástrica DIP Aliny Alves – 7ºP • R, I, P: hepatotoxicidade; • Rifampicina: gripe, alergia (NIA, asma) / suor laranja; • Isoniazida: neuropatia periférica: diminui piridoxina; • Pirazinamida: hiperuricemia: pode precipitar gota • Etambutol: neurite óptica; • Levofloxacino: lesão aórtica e ruptura de tendão. Intolerância: • R ou I são substituídas por Levofloxacino (L) o Se a R for retirada > 12 meses o Se a P for retirada > 9 meses Lesão hepática (R/ I/P): • Suspender RIPE por até 30 dias se: o Icterícia o TGO/TGP > 3x + sintomas o TGO / TGP > 5x • Melhorou: o Reintroduzir: RE + I + P (intervalo: 3 – 7 dias) • Não melhorou / história de cirrose: o Capreomicina por 12 meses; o Etambutol por 12 meses; o Levofloxacino por 12 meses. Situações especiais: • Gestantes: RIPE + piridoxina 50mg/dia • HIV: RIPE + TARV (2 semanas após iniciar o RIPE) Controle (avaliação dos contactantes): • Anamnese + exame físico o Sintomáticos: investigar adoecimento (RX + escarro). o Assintomáticos: investigar infecção latente prova tuberculínica (PPD..) Tratamento da infecção latente: diminui o risco de TB doença • Escolha: isoniazida 270 doses (9 a 12 meses) • Alternativa: rifampicina 120 doses (4 a 6 meses) o <10 ou > 50 anos, intolerância a I OBS: tratamento em situações especiais • profissionais de saúde: viragem (aumento de PPD > 10 mm em 1 ano) • RN contactante de bacilífero o Não vacinar com BCG ao nascer o I ou P por 3 meses + PPD { maior ou igual a 5 mm = não vacina + 3 meses de I ou 1 mês de R. < 5 mm = BCG + suspender I/R