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Apostila - Direito Financeiro - Carlos Araújo

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Apostila – Carlos Roberto Nunes De Araújo Filho 
Direito Financeiro
Sumário:
1. Introdução ao direito financeiro.............................................3.
2. Atividade financeira do estado...............................................5.
3. Direito financeiro...................................................................5.
4. Autonomia do direito financeiro.............................................6.
5. Fontes do direito financeiro....................................................7.
6. Princípios..................................................................................
Introdução ao direito financeiro
A natureza humana e o poder são dois ramos incompatíveis, tendo em vista que, quem tem poder tende a abusar dele. Desta forma, podemos destacar o poder dividido sobre duas vertentes, o poder pessoal e o poder institucional. 
O poder pessoal, como o próprio nome diz, parte do interesse privado do indivíduo, é uma vontade criada, um desejo, uma crença, um valor. E o poder institucionalizado, (instituição) parte do interesse coletivo, ou interesse de uma sociedade, logo, como de costume compete ao estado tomar conta deste poder, para julgar e defender o desejo social, este poder cabe ao estado, pois, o mesmo tem poder punitivo sobre o poder pessoal; por outra perspectiva, o estado é o poder institucional e necessita ser limitado, já que somente ele tem este poder punitivo, e como quem tem poder tende a abusar dele, o direito utiliza da própria constituição para limitar esse poder do estado.
O poder de tributar é quando alguém cobra/tira parte do seu dinheiro para que seja remetido a alguém para fazer alguma coisa. Como por exemplo o imposto de renda, nos brasileiros devemos pagar 27,5% de tudo que compramos como forma de imposto ou quando um parente morre e devemos pagar 4% de todo bem deixado por ele como forma de inventario, e nós somos obrigados a pagar, tendo em vista que o poder institucional tem controle sobre o poder pessoal, logo cabe a cada um de nós obedecer a esta taxa tributal para não sofre punições.
O poder tributário, é considerado um dos poderes mais invasivos que existem, por dizer que toda pessoa é obrigada a pagar um tributo a alguém, mesmo que este não concorde com o tributo. visto por outra ótica, o poder tributário é o poder concedido ao estado de tomar parte da propriedade do cidadão. 
Partindo desta premissa, cabe o questionamento, o que justifica alguém ter um poder desta proporção em cima de outra pessoa?
Para responder esta pergunta, devemos analisar o direito tributário por uma perspectiva horizontal e vertical. 
PERSPECTIVA HORIZONTAL
EU VOCÊ
Possuímos: CIDADÃOS Possuímos: 
Direitos = Direitos 
Interesses = Interesses
Deveres = Deveres
Poderes = Poderes 
Hierarquicamente, todos são iguais.
PERSPECTIVA VERTICAL
ESTADO
Possui:
Poder
Possui:
Direitos, Deveres, Interesses.
CIDADÃOS
Hierarquicamente, o estado tem poder sobre os cidadãos, isso porque nesta lógica é como se o interesse do estado fosse o interesse do coletivo, porque o estado sabe o que é melhor para a sociedade do que ela mesma, “assim como um pai sabe o que é melhor para um filho”, então todo o dinheiro arrecadado com os impostos, são remetidos a escolas públicas, postos de saúde, asfaltar as ruas... tudo isso é possível já que o interesse público é superior ao interesse privado.
Atividade financeira do estado
	A atividade financeira do estado (A.F.E) nos remete ao estudo do fenômeno financeiro no sentido de observar consecutivamente o ingresso de recursos nos cofres públicos, tal análise financeira, visa alcançar as atividades estatais com o propósito de suprir as necessidades públicas. Seguindo a linha de raciocínio que se por um lado o homem tem a capacidade de atender suas necessidades individuais e privadas o estado vem com a necessidade de atender os interesses coletivos públicos, através da prestação de serviços públicos, delegáveis ou não a particulares, entretanto, sem perder a natureza de essencialidade. Partindo desta ótica cabe ao estado administrar de maneira inteligente os recursos adquiridos, para a satisfação de tais necessidades, sintetizando, a AFE, é um instrumento para realização do próprio fim estatal, que através de meios de recursos financeiros deve conseguir uma forma de gerir e aplicá-los em sua atuação na sociedade.
Direito financeiro
A luz deste raciocínio de como funciona a atividade financeira do estado, sabemos que o estado precisa adquirir recursos para gastar recursos, com base nisso podemos perceber por uma linha geral e superficial de como o estado funciona, este conjunto de regras e princípios que estuda a AFE é compreendida como, receita, orçamento, despesas e crédito, estes são os 4 (quatro) elementos fundamentais que compõem o direito financeiro. Iniciando com a receita pública (obter receita), ela dever ser vista como a fonte primaria de recursos, o estado aufere seus recursos através de fonte fiscal (impostos/tributos), fonte produtiva (atividade enquanto empresário na economia, através da “produção”) e a fonte patrimonial (através da utilização de patrimônios ou direitos do estado). O orçamento (planejamento de gastos), como o próprio nome diz, ele analisa como será remetido cada dinheiro auferido e se a quantidade de recursos foi suficiente para cobrir os gastos ou se será necessário aumentar a receita ou diminuir os gastos, para cobrir o orçamento (normalmente este elemento não é citado em concurso, porém exerce sua função na tabela de gastos públicos). Indo adiante, a despesa pública (gastos do estado), vem com o intuito de o estado aplicar seus recursos para a de satisfação das necessidades públicas. O crédito público (“criar dinheiro”) vem como fonte secundaria de obter recursos, ou seja, quando a fonte primaria não é o suficiente para suprir seus gastos o crédito público entra com o intuito de normalizar a balança, o crédito público se enquadra em situações excepcionais, quando o estado gasta mais do que consegue arrecadar (crédito).
Autonomia do direito financeiro 
 O direito financeiro possui um sistema próprio de normas, e não devemos confundir direito financeiro com direito tributário, o direito financeiro é muito mais amplo do que o tributário isso porque, o direito tributário estuda as receitas públicas de um estado mais voltado para a área de tributos, enquanto o direito financeiro além de mais antigo se preocupa muito mais com a atividade financeira do estado, onde inclui as receitas públicas (direito tributário). Conforme citado no art.4 II do código tributário, “a natureza jurídica especifica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la: (...) II- a destinação do produto da sua arrecadação.”. Pago o tributo, o destino dado com o produto da sua arrecadação, tornou-se irrelevante ao direito tributário para definir a natureza jurídica do tributo. Essa espécie tributária aproxima os dois ramos do direito e traz o equilíbrio necessário para se concluir que o grande ideal de um país, são as receitas tributarias arrecadadas. Saliente frisar a importância desse paragrafo para o conhecimento do advogado, pois, é de suma importância ele conhecer como rege as normas dos gastos público, além de que, um magistrado não pode decidir levar em consideração os aspectos orçamentários ou um promotor invocar a proteção de direitos sem atenção aos seus custos, até mesmo os poderes legislativo e executivo, não podem decidir o destino dos recursos públicos desfocados da justiça social. Esses assuntossão tão delicados que se forem mal orquestrados podem levar a situações complicadas, como por exemplo o impeachment da presidenta Dilma, onde o motivo dele foi sobre o desrespeito da presidenta para com à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa. Vale ressaltar que a distinção doutrinária entre esses dois ramos não possui qualquer suporte constitucional, a constituição na realidade, criou um sistema em que eles se comunicam com fluidez, além disso, a constituição também criou um sistema de repartição de receitas de tributos entre os entes federativos. Por fim, a autonomia do direito financeiro, “compõe à união, aos estados e ao distrito federal legislar concorrentemente sobre I- direito tributário, financeiro” conforme dispõe o art. 24 da constituição, “separando” assim os ramos.
Fontes do direito financeiro
	As fontes do direito financeiro, se trata de extrair todo o comportamento financeiro que deverá ser positivado. Tais fontes podem se dividir em fontes materiais e formais, onde os materiais tratam da comunicação dos fatos financeiros, enquanto as fontes formais estudam a forma de exteriorização desses fatos, essas fontes formais ainda se divide em fonte primaria e secundaria. 
Fontes primarias:
1. Constituição federal.
É a principal fonte do Direito Financeiro, prevendo as normas mais relevantes (princípios e regras financeiras), inclusive indicando quais matérias do DF devem ser tratadas por lei complementar. É ela quem determina competência. Forma o denominado Sistema Financeiro Constitucional que é objeto de várias disposições constitucionais a partir do art. 145 da CF. 
2. Leis complementares.
A CF/88 determina que em certas hipóteses, a matéria de direito financeiro deve ser tratada através de lei complementar, ou seja, para de fato complementar a constituição, tais leis são delimitadas nos art. 161, 163 e 165, §9º, CF/88. Isso porque, ela não tem como abarcar conceitos variados, não tem como falar de todos os conceitos.
Exemplo:
O princípio da legalidade tributária não passa de duas linhas na CF, mas tem livros inteiros relacionados a esse assunto, e uma lei complementar veio para auxiliar esse princípio, que foi o CTN (código tributário nacional).
A lei complementar tem uma função de inteirar e auxiliar, se diferindo da lei ordinária, pois está precisa de aprovação simples e a lei complementar demanda um maior esforço para a sua aprovação, precisando de quórum qualificado (2/3 ou 77%), precisando de uma aprovação mais maciça da sociedade.
Em direito financeiro, os seguintes temas só podem ser veiculados por lei complementar:
Art. 161. Cabe à lei complementar:
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, 
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.
 Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;          
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.
Obs.:O art. 163 também trata de temas que só podem ser tratados por lei complementar.
Entender o conteúdo que é regido por lei complementar em matéria financeira é de suma importância, tendo em vista que têm a missão de veicular as normas gerais de direito financeiro, no sentido de completar a constituição onde e quando possível. É que a disciplina constitucional das finanças públicas não é suficiente para solver todas as dúvidas e resolver todos os conflitos. Daí competir a união a elaboração de normas, acima dos desígnios de cada ente federativo isolado, a fim de estabelecer a harmonia do sistema criado pela constituição, saliento ainda que não é toda norma geral tem q ser veiculada pela lei complementar, tal feito só acontece apenas com as normas que alcançaram o poder de legislar dos demais entes federativos, visto que normas gerais voltadas apenas à união prescindem da exteriorização por lei complementar.
Diversas questões cobram apenas conhecimento do conteúdo adstrito à lei complementar, onde os demais temas podem ser regidos por lei ordinária.
3. Leis ordinárias
 	São leis simples que irão por exemplo criar tributos, pode-se destacar as principais leis dessa categoria: lei do plano plurianual (PPA), lei de diretrizes orçamentarias (LDO), e a lei orçamentaria anual (LOA). Essas leis ordinárias são a participação da sociedade nos gastos públicos, significam que a sociedade concorda com aqueles gastos públicos. O orçamento como vemos no nome da lei é anual, ou seja, é um chamamento anual para aprovação da sociedade.
4. Leis delegadas 
Sendo essas leis aquelas delegadas pelo poder legislativo ao presidente da república, sua importância cresce na medida em que a CF proíbe a delegação de matéria orçamentaria. É uma lei que praticamente não é utilizada hoje em dia por conta da Medida Provisória, pois a lei delegada basicamente é uma forma do Poder Executivo peça permissão ao congresso para legislar sobre determinada matéria. A Medida Provisória tem força de lei e se for por motivo de relevância pode ser feito sem aprovação do estado. Ela deve ser editada em caso de relevância e urgência. A lei Delegada no D.F tem uma série de restrições previstas no art. 68, como as três leis principais relacionadas ao relacionamento, e por um tempo Harisson Leite dizia que a lei delgada não poderia tratar de D.F, mas ele voltou atras nesse pensamento, pois existem outros temas além dessas 3 leis. É correto dizer que não são fontes do direito financeiro, pois, além de não poderem versar sobre tema alusivo à lei complementar, campo fértil em matéria financeira, também não podem dispor sobre PPA LDO e LOA. Essas leis não são objeto de delegação.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votaçãoúnica, vedada qualquer emenda.
5. Medida provisória 
Instrumento normativo com força de lei que pode ser editado pelo poder executivo em caso de urgência e relevância. A medida provisória não pode tratar de temas reservados a lei complementar e, portanto, que no distrito federal essa medida tem atuação restrita. Durante muito tempo foi utilizada de maneira indevida: abriam crédito suplementar sem a presença dos requisitos do ART. 167 § 3 da CF.
Art. 167. São vedados:
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Obs.: O professor Bruno Nou ainda diz que o durante muito tempo o judiciário entendia que não poderia julgar a inconstitucionalidade em relação ao orçamento público. Em regra geral, o orçamento é autorizativo, mas pode vir a ser impositivo, determinado que o dinheiro público seja gasto em determinado ponto e se não gastar pode ter problemas fiscais.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO:
Legalidade: ele tem um aspecto diferente quando falamos do particular, e um aspecto diferente quando falamos de direito público. Pelo princípio da legalidade eu posso fazer tudo que eu quiser, desde que... Já pelo poder público não é assim, eu só posso fazer o que o ordenamento permitir. 
Separação de poderes: muitos autores nem falam mais assim, mas sim em separação de funções. Inclusive o professor concorda com essa mudança de nomenclatura.
Federativo: Muitas vezes dizem que há uma crise no federalismo, pois, os outros entes tem uma escassez de recurso se comparado com a federação. 
Autonomia financeira: Relacionado ao pacto federativo. A autoestima financeira é, cada ente público realizando seus gastos e obtendo suas receitas.
Democracia: Participação da população, está relacionado ao princípio da legalidade.
PRINCÍPIOS ALÉM DOS PRINCÍPIOS GERAIS:
Princípio da eficiência: Busca dar maior economicidade do gasto público com retorno possível.
Princípio da impessoalidade:
Princípio da redistribuição de renda:
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO:
	Legalidade: Já foi comentado anteriormente, pois ele tem um aspecto diferente ao se falar do particular e totalmente diferente ao se falar de direito público. Para o particular seria possível fazer tudo que não fosse proibido por lei e para o poder público é justamente o inverso, só é possível fazer o que a lei permitir. Falando de Direito Financeiro estamos falando principalmente de receitas e despesas. A principal fonte de receita do DF é o tributo, e esse só pode ser instituído por lei. Quando falamos de DF também tem o aspecto do gasto é preciso de autorização legislativa para autorizar os gastos do governo, e isso é relacionado com o fato da sociedade está concordando com a autorização, pois somos nós que elegemos legisladores. O orçamento público é uma lei ordinária.
	Separação de poderes: muitos autores nem falam mais assim, mas sim em separação de funções. Inclusive o professor concorda com essa mudança de nomenclatura. Sobre esse princípio, isso passa pelas decisões judiciais, pois um problema que o judiciário começou a ter com as decisões de gastos públicos foi a intervenção em uma decisão política que não é sua. O PE e PL principalmente o PL é quem realiza e executa os gastos, com o PL estabelecendo aquilo que o PE pode realizar, no final das contas quem diz o que estado pode fazer é a sociedade, pois o PE só pode fazer o que o Poder legislativo autoriza. Hoje em dia tem a discussão do ativismo judicial, pois o judiciário começou a intervir em outros poderes, mas efetivamente esse princípio é fundamental em nosso estado, pois o pode já tende a ser abusado, e com o acumulo de poderes teríamos uma ditadura. A separação de poderes traz aquela ideia de freios e contrapesos.
	Federativo: princípio relativo, pois temos dentro do estado uma federação com vários entes que não tem hierarquia entre eles. Existe uma discussão sobre uma crise no federalismo, pois dizem que a união é o ente mais rico, pois ela tem 7 impostos e pode criar imposto não existente na união (competência residual), e os demais entes são muito menores do ponto de vista econômico.
	Autonomia financeira: está diretamente relacionado ao pacto federativo, pois este princípio trata de cada ente federativo dentro das suas competências realizando seus gastos e arrecadando seus créditos. Se um ente não tiver uma fonte de receita suficiente, se for economicamente dependente, não seria autônomo.
	Democracia: também está relacionado com a autonomia é ligado ao princípio da legalidade, pois indicamos os nossos representantes no legislativo e é o legislativo que vai autorizar ou não o plano de gastos do PE. Quando há um aumento de tributo é uma manifestação dos nossos interesses pelo legislativo, mas essa democracia também está no poder executivo, pois o governo também é eleito pelo povo. 
	Princípio da eficiência: caracterizado pela busca do ente público pela maior economicidade do poder público em busca do maior retorno possível, ou seja, em busca do bom e barato. O PE deve gastar o menos possível em busca do melhor retorno possível. Algumas pessoas trazem os subprincípios que são o “custo-benefício” e a “economicidade”.
	Princípio da impessoalidade: o agente público não se confunde com o próprio governo, o que se faz na administração pública deve ser anônimo. 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO FINANCEIRO: 
	Princípio da redistribuição de renda: as despesas públicas devem ser voltadas para atender as necessidades públicas, por isso, o orçamento público deve atender as demandas de quem mais precisa, das pessoas que são mais carentes, e assim está estabelecendo a redistribuição de renda. A tributação e o gasto público são uma excelente forma de redistribuição e renda. O problema do Brasil é que o estado acaba interferindo principalmente nas pessoas que são mais abastadas.
	Princípio do Desenvolvimento Econômico: o desenvolvimento influencia tanto na receita quanto no orçamento. Os tributos devem ser cobrados sem que se crie obstáculos ao desenvolvimento econômico. Além disso, os incentivos fiscais têm na ideia de crescimento econômico a sua principal justificativa. Por fim, os orçamentos estatais devem prever os investimentos necessários para desenvolver o país e erradicar as desigualdades regionais.
	Princípio da solidariedade: todos devemos contribuir com os gastos, as despesas públicas. Aqui um ponto importante são as contribuições previdenciárias.
	Princípio da Anterioridade Orçamentária: estabelecer que o orçamento tem que ser aprovado anteriormente ao início do exercício financeiro. O gasto do Estado precisa ser autorizado previamente. Porém tem algumas exceções que alteram a lei do orçamento, no sentido de que abrem espaço para novas despesas:
	Créditos suplementares: destinados ao reforço da dotação orçamentária e que podem ser autorizados pela própria lei orçamentária;
	Créditos especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
	Créditos extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção internacional ou calamidade pública.
	Princípio da anualidade orçamentária: exige que o poder executivo, todo ano, submeta os seus gastos ao Congresso Nacional.
	Princípio da não afetação da receita: diz respeito, em especial, aos impostos. Tem por enunciado a vedação, ao legislador, de vincular a receita pública a certas despesas (art. 167, IV, da CF). Ou seja, os tributos da vala comum não podem ter suas receitas previamente amarradas a um fundo, órgão ou despesa. 
	Princípio do equilíbrio orçamentário: impõe um equilíbrio entre receitas e despesas. Isso não significa que o Estado não pode gastar, ele pode, mas com responsabilidade. Aquia lei de responsabilidade fiscal foi um grande marco, pois estabeleceu que os gastos desmedidos seriam considerados crimes de responsabilidade fiscal. Ex.: o caso do impeachment da presidente Dilma, que foi acusada de cometer pedaladas fiscais.
Referencias:
LEITE, Harrison. Manual de direito financeiro. [S. l.: s. n.], 2019.
https://www.youtube.com/watch?v=-jXj3BVDj3M – acesso em: 30/08/2022.
https://www.youtube.com/watch?v=8T5p_Vh4SAY – acesso em: 05/09/2022.
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