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Trichomoníase: DST comum e patologia do T. vaginalis

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O Ag. Etiológico é o Trichomonas vaginalis, é uma 
doença sexualmente transmissível (DST) não viral e 
muito comum no mundo. Pertence ao Filo 
Sarcomastigophora, a Classe é Zoomastigophorea, 
da Ordem Trichomonadida, da Família 
Trichomonadidae, a Subfamilia é Trichomonadinae, 
Gênero é o Trichomonas e a Espécie pode ser 
Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax e 
Pentatrichomonas hominis, dos três gêneros o único 
patogênico é o Trichomonas vaginalis. 
- T. vaginalis: é patológico, foi descoberto através do 
isolamento de uma mulher com vaginite. É 
encontrado no trato genital e unitário de mulheres 
e homens. 
- T. tenax: não é patológico, é um parasita que vive 
na cavidade bucal do ser humano, chimpanzés e 
macacos. Morfologicamente é parecido com o T. 
vaginalis, porém, é bem menor. 
- T. hominis: não é patológico e está presente no 
trato intestinal do ser humano, é morfologicamente 
semelhante ao T. vaginalis, o que difere é que ele 
possui 5 flagelos anteriores ao invés de 4. 
SOBRE A TRICHOMONÍASE: 
O Trichonomas vaginalis é responsável pela 
Tricomoníase, uma DST não viral que a transmissão 
se dá pelo contato sexual e compartilhamento de 
objetos íntimos (toalhas, roupas e vaso sanitário). 
Esse protozoário não possui uma forma cística, 
somente trofozoíto sendo ele não muito resistente 
no meio externo. 
O exame laboratorial é importante para diferenciar 
essa patologia de outras DST, esse exame é feito 
por meio da coleta de mucosas. 
MORFOLOGIA: 
O Trichomonas vaginalis é um protozoário unicelular 
que quando está vivo pode ter uma forma elipsóide 
ou oval, em alguns casos ele pode ser esférico. Esse 
parasita tem a capacidade de formar pseudópodes 
que são utilizados para capturar alimentos e se fixar 
em partículas sólidas. Ele não possui forma cística, 
apenas Trofozoíto. As estruturas que compõem o 
T. vaginalis é: 
- Possui 4 flagelos anteriores e de tamanhos 
desiguais; 
- Possui membrana ondulante e costa que nascem 
do complexo granular basal. Contém uma margem 
livre da membrana que tem um filamento acessório 
fixado ao flagelo recorrente; 
- É desprovido de mitocôndrias, porém possui 
grânulos densos. Esses grânulos possuem enzimas 
responsáveis pela produção de ATP; 
- Possui axóstilo que é uma estrutura rígida e hialina 
que é projetado através do centro do organismo e 
se prolonga até a extremidade posterior; 
- Contém um aparelho parabasal que é um corpo 
em forma de V que está associado a 2 filamentos 
parabasais, onde possui aparelho de golgi com 
vesículas paralelas achatadas. 
- Blefaroplasto fica antes do axóstilo e coordena os 
movimentos doa flagelos. 
 
 
 
 
@polianaa_lucena 
Tricomoníase 
 
- Não possuem mitocôndrias, mas tem grânulos 
densos paraxostilares ou hidrogenossomos. Esse 
último possui enzimas que são responsáveis por 
produzir ATPM 
. 
INFORMAÇÕES BIOLÓGICAS 
- Local de infecção: ocorre no trato genital e urinário 
do homem e da mulher, lá é produzido uma 
infecção. Esse protozoário não sobrevive fora do 
sistema urogenital. 
- Locomoção: é feita por meio de flagelos. 
- Reprodução: ocorre por meio de divisão binaria 
longitudinal e divisão nuclear. Não há formação de 
cistos. 
- Fisiologia: esse parasita é anaeróbico facultativo, 
pois, ele cresce bem na ausência de oxigênio com 
o pH entre 5 e 7,5 e em uma temperatura entre 
20°C e 40°C. Esse protozoário não possui 
mitocôndrias, mas tem grânulos densos que 
possuem piruvato ferredoxina ixidorredutase, uma 
enzima que transforma o piruvato em acetato e 
libera ATP e H2. Ele se desenvolve melhor na 
presença de bactérias. 
e mulheres. 
na presença de bactérias. A fonte de energia é a 
glicose, a maltose e a galactose. 
- Habitat: vive no trato genital e urinário de homens 
e de mulheres. 
TRANSMISSÃO E CICLO BIOLÓGICO 
O Trichomonas vaginalis é transmitido por meio da 
relação sexual e consegue sobreviver sobre o 
prepúcio do homem por até uma semana após o 
contato íntimo. O homem é o principal vetor da 
doença, e não apresenta sintomas. No processo da 
ejaculação o protozoário que está na mucosa da 
uretra é levado até a vagina por meio do esperma. 
A transmissão também pode ser não-sexual, por 
meio do contato com roupas íntimas. Durante o 
parto as mulheres também podem adquirir esse 
parasito, e a patologia é chamada de Trichomoníase 
neonatal. 
Obs. quando o protozoário encontra um local 
favorável para o seu crescimento, ele coloniza 
aquele local. 
Transmissão não sexual: 
- Por meio das mães que estavam infectadas, 
acabam infectando os filhos durante o parto. 
- Por meio do compartilhamento de peças íntimas. 
- Por material ginecológico. 
SOBREVIVÊNCIA DO PROTOZOÁRIO 
Ele pode sobreviver em uma gota de secreção 
vaginal por várias horas, em água por 2hr com a 
temperatura a 40°C, por 3h na urina e 6 hrs no 
sêmen. 
 
 
 
@polianaa_lucena 
PATOLOGIA DO T. VAGINALIS 
O Trichomonas vaginalis é um parasita extracelular 
da mucosa urogenital dos seres humanos. Diferente 
de outros protozoários, eles não invadem as células. 
Ao se aderir na mucosa dos sistema urinário e 
genital, ele consegue causar uma inflamação, no 
homem essa infecção ocorre na uretra masculina e 
na próstata. Já na mulher a inflamação é do epitélio 
vaginal e na parte externa do colo do útero 
(exocérvice), essa última torna mais provável a 
infertilidade e a transmissão do HIV. 
Obs. na mulher esse parasita fica alojado 
normalmente na vagina e no colo uterino, poucos 
são os casos em que eles estão no trato urinário. 
É comum que haja o aumento do pH vaginal após 
a entrada o Trichomonas vaginalis. O pH sai de 3,8-
4,5 ácido, para um pH maior que 5. Essa mudança 
causa a morte de diversas bactérias comensais – 
Lactobacillus acidophilus - que secretam ácido para 
impedir a infecção do trato geniturinário, e aumenta 
a quantidade de bactérias anaeróbicas. 
Quando o T. vaginalis entra em contato com as 
células do nosso sistema imunológico, ele forma 
pseudópodes, internalizam os leucócitos e os destrói 
nos vacúolos fagocíticos. 
Com a redução do pH vaginal após a entrada do 
protozoário, os Bacilos de Dodeilein que são 
responsáveis por fazer a quebra do glicogênio, 
liberar ácido lático e garantir a acidez (mecanismo 
de defesa) vaginal, passam a ficar comprometidos. 
Isso porque o parasita provoca a basicidade do pH e 
morte dessas bactérias. 
O T. vaginalis causa a morte de hemácias para 
adquirir o ferro da hemoglobina. Esse hemólise pode 
ser mediada pela inserção de poros na membrana 
das hemácias que são formados por meio da 
liberação de proteínas perforinas. Esses poros 
também podem ser formados através da interação 
dos receptores da hemácia e das adesinas do 
parasito, promovendo a aderência entra a hemácia 
e o protozoário. 
MECANISMOS PATOLÓGICOS DO 
TRICHOMONAS VAGINALIS 
- Problemas relacionados com a gravidez: a 
presença do T. vaginalis nas mulheres gestantes 
pode causar um parto prematuro, nascimento do 
bebê abaixo do peso, endometrite pós-parto, morte 
do bebê no útero, durante o nascimento ou após o 
parto. 
Obs. a resposta inflamatória gerada pela infecção do 
parasita causa alterações na membrana fetal. Isso 
ocorre, pois o sistema imune libera diversas citocinas 
que interagem com o tecido muscular liso e atua no 
útero causando contrações, e como consequência 
um parto prematuro. 
- Problemas relacionados com a fertilidade: o T. 
vaginalis está relacionado com doenças inflamatórias 
pélvicas, isso porque infecta o trato urinário. A 
resposta imunológica para essa infecção acaba 
destruindo a estrutura da tuba uterina e danificando 
as células ciliadas da mucosa, o que interfere na 
passagem dos espermatozoides ou óvulos pela tuba. 
Esse protozoário nos homens reduz a motilidade e 
vitalidade espermática, o número de 
espermatozóides normais, causa a hiperviscosidade 
 
 
 
@polianaa_lucenaseminal. 
- Transmissão do HIV: o T. vaginalis promove o 
surgimento de uma resposta imune celular no local 
da inflamação, em mulheres no epitélio vaginal e no 
colo do útero externo, em homens na uretra. Essa 
resposta imunológica causa uma infiltração dos 
leucócitos (linfócitos TCD4+ e macrófagos) que se 
ligam ao HIV. O protozoário consegue causar alguns 
pontos hemorrágicos na mucosa e permitir o 
acesso do vírus HIV à corrente sanguínea. Logo, um 
indivíduo com HIV e T. vaginalis tende a aumentar a 
quantidade de vírus no organismo. 
MECANISMOS PATOGÊNICOS DO 
TRICHOMONAS VAGINALIS 
O protozoário é reconhecido por meio de um 
conjunto de proteínas (lectinas). Ele se adere as 
células do hospedeiro e causa alterações metabólicas 
nelas, essas modificações e a destruição celular 
depende de proteases para acontecer. 
SINAIS E SINTOMAS DA TRICOMONÍASE 
25% a 50% dos casos são assintomáticos, possuem 
o pH vaginal normal. Já 1/3 dos pacientes que são 
assintomáticos apresentam sintomas dentro de 6 
meses. A mulheres que são parasitadas por esse 
microrganismo apresentam corrimento abundante 
com aspecto bolhoso ou espumoso (por causa da 
infiltração dos leucócitos), odor vaginal anormal 
prurido vulvar (coceira) e irritação, dificuldade de 
urinar, dor ao urinar, dor durante o ato sexual 
(dispareunia). 
Obs. cérvice com aspecto de morango é um sinal 
específico para a Tricomoníase 
SINAIS E SINTOMAS EM HOMENS 
Os homens possuem 3 classificações, o estado 
assintomático, o estado agudo (uretrite purulenta 
abundante) e dor assintomática leve. 
A maioria dos homens que são assintomáticos 
possuem uma alta concentração de zinco no líquido 
prostático, esse zinco é altamente toxico para o 
parasita. (pode ser diagnosticado pela alta 
concentração desse mineral no líquido prostático) 
É possível observar em homens, pela manhã, uma 
secreção clara e viscosa. Dor ao urinar e coceira. 
DIAGNÓSTICO 
A cérvice (colo do útero) com aspecto de morango 
é observada apenas em 2% dos paciente, logo 
apenas um diagnóstico clínico não é suficiente para 
comprovar a presenta de Trichomonas vaginalis. 
20% das mulheres possuem um corrimento 
espumoso. 
A investigação laboratorial é necessária para se ter 
um diagnóstico e, consequentemente, um 
tratamento adequado que controle a propagação a 
infecção. 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
É necessário fazer um anamnese, nas mulheres é 
importante observar se há a presença de 
corrimento, já em homens é interessante se ter 
informações acerca da secreção uretral. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Na mulheres é feito um esfregaço do conteúdo 
vaginal e nos homens é executado o exame do 
 
 
 
 
@polianaa_lucena 
líquido prostático e do sedimento urinário. 
TRATAMENTO 
- Sistêmico: TINIDAZOL (2g) via oral e 
METRONIDAZOL (2g) via oral, ambos são dose 
única. 
- Local: acidificação do meio vaginal por meio do 
METRONIDAZOL (Creme) por 10 dias, tratar o 
parceiro, evitar a ingestão de álcool durante o 
tratamento oral e evitar atividade sexual. 
- Tratamento em gestantes: TINIDAZOL (250mg) 
via hora de 12/12 hrs por 7 dias ou METROIDAZOL 
(500mg) via oral de 12/12 hrs por 7 dias. Se a mulher 
estiver amamentando é indicado o 
METRONIDAZOL (2g) dose única e evitar 
amamentação por 24hrs. 
EPIDEMIOLOGIA 
É um parasita cosmopolita, mas é mais comum em 
mulheres com vida sexual ativa. É multifatorial, isso 
é, pode infectar pessoas de diversas idades e 
condições econômicas. A transmissão é por meio do 
ato sexual, esse protozoário é o mais frequentes 
entre os microrganismos que causam DSTs. Não 
possui forma cística, apenas trofozoíto e consegue 
sobreviver fora do seu habitat. 
 
PRÁTICA DE TRICOMONÍASE 
 
Fase evolutiva: Trofozoito 
Ag. Etiológico: Trichomonas vaginalis. 
 
 
 
@polianaa_lucena 
 
• Agente etiológico: Trichomonas vaginalis 
● Forma evolutiva: Trofozoíto 
● Forma de transmissão/contaminação: Relação sexual 
● Medicamento: Metronidazol, secnidazol, tinidazol 
● Diagnóstico: testes de amplificação de ácido nucleico das secreções vaginais, por urina ou cultura uretral 
● Habitat no humano: Vagina, uretra e próstata 
● Tipo de ciclo: Monoxeno (ciclo em um único hospedeiro) 
 
 
@polianaa_lucena

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